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Léon Walras

(1834-1910)
MARGINALISTAS

(Livro do Hunt)
Relembrando
• Utilitaristas: Bentham, Say, Senior e Bastiat
Racionalismo, Individualismo, Liberalismo
Utilidade como prazer
Utilitarismo: base filosófica da teoria do valor-utilidade
Abordam a “utilidade total” do consumo

• Marginalistas (nova escola): Jevons, Menger, Walras


 Inglês, Austríaco e Franco-Suíço: desenvolveram conceitos
parecidos separadamente
Conceito de Utilidade Marginal
Dão origem à Economia NEOclássica, abandonando
completamente a teoria do valor-trabalho que ainda era
presente entre alguns clássicos.
Revolução Marginalista
• Não é a satisfação total de possuir ou usar um produto que lhe
confere valor (determina seu preço), mas sim a satisfação ou prazer
proporcionada pelo ÚLTIMO E MENOS DESEJADO ACRÉSCIMO no
consumo.
• Mantendo-se os outros fatores constantes, os acréscimos de
utilidade de qualquer bem diminuem com a sua crescente
disponibilidade/consumo. É a utilidade da última e menos desejada
unidade que determina o valor (preço) de todas as outras PARA O
INDIVÍDUO.
• De uma utilidade marginal decrescente para os compradores
provém uma redução coletiva da disposição ou vontade de gastar.
Surge daí a CURVA DE DEMANDA por um bem.
• CONCEITO DE MARGINALIDADE: também associado à Lei dos
Retornos Decrescentes (Produto Marginal Decrescente) e dos
Custos Marginais Crescentes que dão origem à CURVA DE OFERTA.
• Importância cada vez maior da MODELAGEM MATEMÁTICA
León Walras
• Economista e matemático
• Influenciado por Cournot (modelos de competição monopolística -
duopólio, oligopólio, um dos primeiros a utilizar funções matemáticas
para descrever demanda e oferta)
• Enfatiza a aplicação da matemática à análise econômica
• Sucedido por Wilfredo Pareto
• Livro: “Elementos de ECONOMIA PURA” (1874)
• Faz contribuições semelhantes aos escritos de Jevons e Menger quanto
à UMG e à Metodologia Científica (ciência pura ou positiva, isenta de
valores morais).
• Defesa do modo de produção capitalista, do livre mercado, laissez-faire,
liberdade de trocas, maximização do bem-estar.
• A contribuição mais importante e duradoura de Walras foi sua TEORIA
DE EQUILÍBRIO GERAL
Equilíbrio Geral (Walras) VS
Equilíbrio Parcial (Marshall)
• Equilíbrio Geral: ocorre quando a oferta iguala a demanda
em todos os mercados aos preços prevalecentes. Supõe
interação entre os mercados.
• ECONOMIA DE TROCAS E ANÁLISE DE BEM-ESTAR: Caixa de
Edgeworth (introduziu o conceito de curvas de indiferença, curva
de contrato), alocações Pareto-eficientes, Primeiro e Segundo
Teoremas do Bem-estar, etc.

• Equilíbrio Parcial: ocorre quando a demanda iguala a oferta


em um mercado específico aos preços prevalecentes.
Análise estática (ceteris paribus)
• ESTRUTURAS DE MERCADO: Concorrência, monopólio,
Oligopólios, Teoria do Consumidor, Teoria da Firma
Equilíbrio Geral
• Definição
  de EQUILÍBRIO: é um sistema de preços (p) =
(p1, p2,..., pn) onde:
1. Os consumidores maximizam utilidade, dado (p)
2. Firmas maximizam lucro, dado (p)
3. Market Clearing (Oferta Agregada = Demanda Agregada)

• OBS: demanda de um bem depende dos preços de “todos”


os outros bens (interação entre os mercados, por exemplo,
bens substitutos e complementares). A produção de um
bem também depende de preços pertencentes a outros
mercados (insumos, bens substitutos e complementares).
INTERAÇÃO ENTRE OS MERCADOS
Auto-ajuste e equilíbrio
• IDEIA IMPLÍCITA: Preços se equilibram para ajustar/igualar
oferta e demanda.
• EQUILÍBRIO WALRASIANO: existe pelo menos um
vetor/conjunto de preços capaz de equilibrar todos os
mercados.
• Nenhum economista antes de Walras tinha criado uma
estrutura conceitual e teórica (matemática) geral para o exame
da multiplicidade de relações entre diferentes mercados
Determinação simultânea dos preços em todos os mercados.
• Hipóteses do modelo: Consumidores máx. utilidade (racionais,
calculistas, egoístas), UMG pode ser medida. Firmas máx. lucro.
Mercados de concorrência perfeita (atomizado, produtos
homogêneos, gostos estáticos, ausência de falhas, informação
completa, custos de transação nulos)
Relação com a Mão-Invisível
• Walras tentou explicar como que agentes consumidores
e firmas, tomando suas decisões individualmente e de
maneira egoísta, em seus mercados, promovem o Bem-
Estar Social, isto é, uma alocação eficiente (e justa –
melhor possível economicamente) dos recursos e da
renda da economia.
Economistas posteriores provaram com rigor matemático que
o livre mercado atinge tal objetivo: Gerard Debreu entre
outros
Sempre em contraposição a uma “organização da economia
pelo estado – socialismo”.
• Mas, E SE HOUVER DESEQUILÍBRIOS/CRISES?
Lei de Walras e Lei de Say
• Lei de Walras: diz que o VALOR DO EXCESSO DE
DEMANDA AGREGADA é sempre zero, quaisquer que
sejam os preços de mercado. Significa que não pode
haver SUPERPRODUÇÃO GENERALIZADA na economia,
mesmo em desequilíbrio.
 Se existem n mercados na economia e n-1 mercados estão
em equilíbrio, então necessariamente o último mercado
estará em equilíbrio. EQUILÍBRIO GERAL.
Se UM ou mais mercados tem EXCESSO DE DEMANDA,
então UM ou mais mercados tem EXCESSO DE OFERTA na
mesma magnitude e vice-versa. DESEQUILÍBRIO /preços não
ótimos em mais de um mercado.
• No segundo caso, como corrigir o desequilíbrio?
Lei de Walras e Lei de Say
• Nada precisa ser feito! O Mecanismo de Auto Ajuste dos
mercados, isto é, as forças de mercado (oferta e demanda),
automaticamente modificarão os preços até que o equilíbrio
seja atingido. PROCESSO DE TÂTONNEMENT. Como um cego
que, através do seu tato, acha a saída de um labirinto.
• Walras comparou seu equilíbrio geral à figura de um Leiloeiro,
que conhece os preços de equilíbrio de cada mercado, e que
através de lances, atinge a melhor solução possível para
todos.
• Em vez da mão-invisível, o Leiloeiro Walrasiano: metáfora para o
mercado e para a impossibilidade dos Governos coordenarem a
Economia (como alguém poderia conhecer todas as preferências,
gostos, disposições à pagar de todas as pessoas ou todos os custos,
métodos de produção, tecnologias de todas as empresas?)

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