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1. Conceitos de Economia

Etimologicamente a palavra economia deriva do grego oikonomía: oikos - casa, moradia;


e nomos - administração, organização, distribuição. Deriva também do latim oeconomìa:
disposição, ordem, arranjo.

Segundo os economistas a economia seria a ciência da ação humana proposital para fins
da reprodução das bases materiais da sociedade em um mundo condicionado pela
escassez.

A economia pode ser definida assim: o estudo de como as pessoas e a sociedade


decidem empregar recursos escassos, que poderiam ter utilizações alternativas, para
distribuir recursos, produzir e consumir bens variados.

FLUXO CIRCULAR DA ECONOMIA


Agentes Econômicos Necessidades Materiais
Escassez de recursos ou

Restrições Orçamentárias

• FAMÍLIAS Consumo de bens finais < ou =


Renda Salarial
• EMPRESAS Investimentos produtivos < ou =
Orçamento de gastos
• GOVERNOS Gastos Sociais < ou =
Orçamento público

Pode-se fazer a seguinte divisão no estudo econômico:

- Macroeconomia - analisa o comportamento da economia como um todo, por meio de


valores agregados. Faz parte dela os movimentos globais nos preços, na produção ou
no emprego.

- Microeconomia é o ramo da ciência econômica voltado ao estudo do comportamento


das unidades de consumo (indivíduos e famílias ); ao estudo das empresas e ao
estudo da formação de preços dos diversos bens, serviços e fatores produtivos.

FLUXO CIRCULAR DA ECONOMIA – MODELO SIMPLIFICADO.

Etapa 1- Mercado de trabalho

Empresas: produzem bens e serviços utilizando-se de insumos como matéria-prima e


força de trabalho, assim, demandam força de trabalho, devendo pagá-la em forma de
salários (preço da mão-de-obra).

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Famílias: Oferecem sua força de trabalho e em troca recebem os salários (renda da


economia).

Etapa 2 – Mercado de consumo de bens

Empresas: Vendem os bens e serviços produzidos para as famílias, obtendo lucro (preços
unitários acima dos custos unitários).

Famílias : Compram os bens das empresas, utilizando do poder aquisitivo dos salários
pagos pelas empresas, obtendo nestas compras a satisfação de suas necessidades
materiais.

Revisão de matemática básica


Aplicações das relações e funções no cotidiano

Ao lermos um jornal ou uma revista, diariamente nos deparamos com gráficos, tabelas e
ilustrações. Estes, são instrumentos muito utilizados nos meios de comunicação. Um texto
com ilustrações, é muito mais interessante, chamativo, agradável e de fácil compreensão.
Não é só nos jornais ou revistas que encontramos gráficos. Os gráficos estão presentes
nos exames laboratoriais, nos rótulos de produtos alimentícios, nas informações de
composição química de cosméticos, nas bulas de remédios, enfim em todos os lugares.
Ao interpretarmos estes gráficos, verificamos a necessidade dos conceitos de plano
cartesiano.

Ao relacionarmos espaço em função do tempo, número do sapato em função do tamanho


dos pés, intensidade da fotossíntese realizada por uma planta em função da intensidade
de luz a que ela é exposta ou pessoa em função da impressão digital, percebemos quão
importantes são os conceitos de funções para compreendermos as relações entre os
fenômenos físicos, biológicos, sociais...

Observamos então que as aplicações de plano cartesiano, produto cartesiano, relações e


funções estão presentes no nosso cotidiano.

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Valores assumidos por uma ação numa Bolsa de Valores

O Plano Cartesiano
Referência histórica: Os nomes Plano Cartesiano e Produto Cartesiano são homenagens
ao seu criador René Descartes (1596-1650), filósofo e matemático francês. O nome de
Descartes em Latim, era Cartesius, daí vem o nome cartesiano.

O plano cartesiano ortogonal é constituído por dois eixos x e y perpendiculares entre si


que se cruzam na origem. O eixo horizontal é o eixo das abscissas (eixo OX) e o eixo
vertical é o eixo das ordenadas (eixo OY). Associando a cada um dos eixos o conjunto de
todos os números reais, obtém-se o plano cartesiano ortogonal.

Cada ponto P=(a,b) do plano cartesiano é formado por um par ordenado de números,
indicados entre parênteses, a abscissa e a ordenada respectivamente. Este par ordenado
representa as coordenadas de um ponto.

O primeiro número indica a medidada do deslocamento a partir da origem para a direita


(se positivo) ou para a esquerda (se negativo).

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O segundo número indica o deslocamento a partir da origem para cima (se positivo) ou
para baixo (se negativo). Observe no desenho que: (a,b)(b,a) se ab.

Os dois eixos dividem o plano em quatro regiões denominadas quadrantes sendo que tais
eixos são retas concorrentes na origem do sistema formando um ângulo reto (90 graus).
Os nomes dos quadrantes são indicados no sentido anti-horário.

Produto Cartesiano

2.1 Funções Lineares

Funções lineares (ou funções polinomiais do 1o grau) são funções1 f : R ! R da forma


y = f(x) = ax + b;
onde a e b são constantes reais. Sua representação no plano cartesiano é uma reta
(linha). A constante a é chamada coeficiente angular e, por definição, é a tangente do
ângulo formado entre a reta e o eixo-x no sentido positivo. A constante b é chamada
coeficiente linear e geometricamente é a ordenada do ponto em que a reta intercepta o
eixo-y (Figura 2.1): Coeficiente angular, coeficiente linear e raiz de uma função linear

..

2 PENSAMENTO ECONÔMICO X IDEOLOGIA ECONÔMICA

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2.1 ESCOLA CLÁSSICA


Com sua obra An Inquiry into the Nature and Causes of the Wealth of Nations (1776;
Investigação sobre a natureza e causa da riqueza das nações), Adam Smith lançou os
alicerces da moderna economia. Naquele livro, ele criticou e desacreditou as políticas
protecionistas e alfandegárias do mercantilismo e defendeu a liberdade de comércio.
Muitas de suas idéias foram sintetizadas, formalizadas e desenvolvidas por David
Ricardo, parlamentar britânico que teve grande influência sobre a opinião pública e o
governo de seu país, e descreveu pela primeira vez o conceito de modelo econômico
como uma abstração simplificadora da realidade econômica.
O terceiro dos grandes clássicos britânicos foi Thomas Malthus, autor de An Essay on
the Principle of Population (1798; Ensaio sobre o princípio da população), obra em que
previu um crescimento aritmético da produção de alimentos e demais bens, e outro
geométrico e, portanto, muito mais rápido, da população e de suas necessidades, o que
deveria levar, ao cabo de gerações, à fome e à miséria generalizadas.
As principais contribuições da escola clássica à teoria econômica foram sua afirmação da
identidade entre os interesses particulares dos indivíduos e o interesse geral da
sociedade, assim como a teoria do valor-trabalho. A afirmação da identidade entre
interesses particulares e gerais leva necessariamente a outra nova afirmação: uma vez
assegurada a não-intervenção do estado e de grupos que interfiram na atividade
econômica espontânea, o livre jogo da oferta e da procura tende necessariamente a
produzir o equilíbrio econômico. A escola clássica lançou assim os alicerces do
liberalismo, doutrina que teria poderosa influência nos séculos vindouros.
Em oposição aos fisiocratas, que, como se viu, consideravam que só a terra podia gerar
um produto líquido, os clássicos britânicos defenderam a teoria do valor-trabalho,
segundo a qual todo trabalho produtivo gerava um excedente econômico, ou seja,
riqueza. Sendo o valor a quantidade de trabalho investida na produção de um bem,
Ricardo chegou a afirmar que a terra não possuía influência alguma na determinação do
valor e considerou o capital como cristalização do trabalho, isto é, uma reserva de
trabalho anteriormente realizado.

2.2 LIBERALISMO
Doutrina política e econômica surgida na Europa, na Idade Moderna. Na política coloca o
direito do indivíduo de seguir a própria determinação, dentro dos limites impostos pelas
normas definidas, como fundamento das relações sociais. Por conseguinte, defende as
liberdades individuais frente ao poder do Estado e prevê oportunidades iguais para todos.
Na economia defende a não-intervenção do Estado por acreditar que a dinâmica de
produção, distribuição e consumo de bens é regida por leis que já fazem parte do
processo – como a lei da oferta e da procura – que estabelecem o equilíbrio.
O liberalismo econômico nem sempre se identifica com o liberalismo político. Na política,
ganha diferentes conotações em cada país, sendo identificado como de esquerda, de
centro ou de direita, conforme as combinações de ideologias locais.
Seu desenvolvimento nos séculos XVIII e XIX está asssociado ao crescimento da classe
média. Desafiando o Estado monarquista, aristocrático e religioso, os liberais lutam para
implantar governos separado do clero e da monarquia, parlamentares e constitucionais.
Mais tarde, liberais de alguns países, como do Reino Unido, aceitaram a intervenção
estatal para superar injustiças sociais ou mesmo formas de protecionismo econômico,
enfrentando a oposição de não-liberais.

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Liberalismo econômico – Seu principal teórico é o economista escocês Adam Smith


(1723?-1790), autor de O Ensaio Sobre a Riqueza das Nações, obra básica da economia.
Ataca a intervenção estatal e propõe uma economia dirigida pelo jogo livre da oferta e da
procura, o laissez-faire (deixai fazer, em francês). Para Adam Smith a verdadeira riqueza
das nações está no trabalho, que deve ser dirigido pela livre iniciativa dos
empreendedores. O liberalismo econômico recebe, posteriormente, a colaboração do
sociólogo e economista inglês Thomas Robert Malthus (1766-1834) e do economista
inglês David Ricardo (1772-1823)

2.3 TEORIA KEYNESIANA


O grande colapso da bolsa ocorrido em 1929 e a subseqüente depressão que seguiu nos
EUA e no mundo, marcou a sucumbência da escola de pensamento econômico
predominante, a Liberal (ou Neoclássica), a qual afirmava que as flutuações na economia
eram apenas temporárias e o mercado as ajustaria sem muito tardar.

Como disse certa vez Thomas Khun : ... A ciência funciona como um sistema de acúmulo
e alívio de estresse que influencia sua própria história... Se um trabalho científico revela
inconsistências e gera certo estresse no mainstream, .quando este desajuste atinge certo
nível, a ciência em vigor pode desabar: ocorre uma revolução no sistema. As novas idéias
são incorporadas e as outras abandonadas...

A grande depressão dos anos 30 trouxe consigo uma nova noção no pensamento
econômico, a de ruptura, descontinuidade e imprevisibilidade, incertezas dantes não
consideradas possíveis no sistema econômico. De acordo com a nova visão que surgiu
na teoria de Keynes, o mercado por si só não era capaz de retornar ao equilíbrio, já que a
demanda agregada se mantinha em patamar inferior à oferta agregada, necessitando-se
dos gastos estatais para suprir esta carência de demanda.
A teoria keynesiana pode ser resumida como o conjunto de idéias que propõe a
intervenção estatal na vida econômica com o objetivo de conduzir a um regime de pleno
emprego. As teorias de John Maynard Keynes tiveram enorme influência na renovação
das teorias clássicas e na reformulação da política de livre mercado.

O objetivo do keynesianismo era manter o crescimento da demanda em paridade com o


aumento da capacidade produtiva da economia, de forma suficiente para garantir o pleno
emprego, mas sem excesso, pois isto provocaria um aumento da inflação.

Na década de 1970 o keynesianismo sofreu severas críticas por parte de uma nova
doutrina econômica: o monetarismo. Em quase todos os países industrializados o pleno
emprego e o nível de vida crescente alcançados nos 25 anos posteriores à II Guerra
Mundial foram seguidos pela inflação. Os keynesianos admitiram que seria difícil conciliar
o pleno emprego e o controle da inflação, considerando, sobretudo, as negociações dos
sindicatos com os empresários por aumentos salariais. Por esta razão, foram tomadas
medidas que evitassem o crescimento dos salários e preços, mas a partir da década de
1960 os índices de inflação foram acelerarados de forma alarmante.

A partir do final da década de 1970, os economistas têm adotado argumentos


monetaristas em detrimento daqueles propostos pela doutrina keynesiana; mas as
recessões, em escala mundial, das décadas de 1980 e 1990 refletem os postulados da
política econômica de John Maynard Keynes.

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2.4 NEOLIBERALISMO
A excessiva utilização de políticas keynesianas de gastos públicos provocou o
crescimento da inflação e o conseqüente endividamento estatal durante o período entre
1950 e 1970, o que levou a uma crise generalizada tanto nos países desenvolvidos
quanto nos países emergentes a partir o início dos anos 80. A crise econômica e os novos
parâmetros estabelecidos pela globalização e pela revolução tecnológica colocaram em
jogo as políticas de benefício social dos países desenvolvidos e de financiamento público
nos países em desenvolvimento. A resposta a essa nova realidade surgiu nos Estados
Unidos e na Inglaterra na forma de neoliberalismo.

Uma das inovações do modelo em relação ao liberalismo é a intervenção indireta do


Estado na economia, não para asfixiá-la, mas para garantir a sua sobrevivência, já que
não confiam na autodisciplina espontânea do sistema. Os neoliberais acreditam que o
mecanismo de preços é a peça-chave da economia de um país. A função do Estado é
manter o equilíbrio geral dos preços por intermédio da estabilização financeira e
monetária, obtidas basicamente com políticas antiinflacionárias e cambiais.

A liberdade econômica das empresas e as leis de mercado continuam como dogmas no


neoliberalismo. A nova doutrina atribui ao Estado a função de combater os excessos da
livre concorrência e o controle de mercados pelos grandes monopólios. Um dos
instrumentos para disciplinar a economia é a criação de mercados concorrenciais através
dos blocos econômicos, como no caso da União Européia (UE).

Para os neoliberais, o Estado não deve desempenhar funções assistencialistas, o que


resultaria numa sociedade completamente administrada e, portanto, antiliberal. É a
afirmação da sociedade civil que deve buscar novas formas de resolver seus problemas.
Ao Estado cabe apenas a tarefa de garantir a lei comum bem como a função de equilibrar
e incentivar as iniciativas da sociedade civil. Os dois maiores expoentes do neoliberalismo
na política são o ex-presidente norte-americano Ronald Reagan e a ex-primeira ministra
inglesa Margaret Thatcher .

2.5 ECONOMIA DE MERCADO

Modelo econômico segundo o qual, com exceção de determinadas atividades


consideradas próprias do estado (como a defesa nacional, a promulgação de leis e a
manutenção da ordem pública), todas as demais atividades e as transações econômicas
dependem da livre iniciativa das pessoas, para alcançar seus objetivos econômicos da
forma considerada a mais apropriada, sem a intervenção do governo. Neste contexto
econômico, os indivíduos decidem livremente questões relativas ao emprego, à utilização
de seu capital e de seus recursos; por exemplo, como distribuir os lucros entre a
poupança e o consumo e como escolher para comprar entre os diferentes bens
oferecidos.

2.6 ECONOMIA CENTRALIZADA

Sistema econômico que se caracteriza por fortes regulamentação e planificação por parte
do Estado nos países comunistas. A queda dos sistemas comunistas nos países do Leste
Europeu, em 1989, e na União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), em 1991,
serviu como argumento para demonstrar não somente que a planificação centralizada ou

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o projeto comunista fracassou, mas também que é inviável. Uma opinião mais serena não
estabeleceria generalizações tão taxativas. Em primeiro lugar, não se pode valorizar sua
pertinência baseando-se nos sucessos econômicos e, em segundo lugar, sua associação
com o termo socialismo ou comunismo somente tem sentido quando se trata de mostrar
que esse era o único sistema econômico alternativo ao capitalismo.

Esse sistema econômico não foi implantado na URSS depois da Revolução Russa de
1917, mas quando Josef Stalin, em meados da década de 1920, tomou o poder e o
controle do Partido Comunista da União Soviética (PCUS). Com o objetivo de reconstruir
a economia a curto prazo, os objetivos, a médio prazo, consistiam em conseguir um
desenvolvimento econômico gradual, fomentando um crescimento equilibrado em todos
os setores industriais. A vitória de Stalin supôs uma política, em grande parte, de
industrialização, com três aspectos políticos e econômicos inter-relacionados: a
coletivização forçada do setor agrícola controlado por granjas estatais, o controle
centralizado da economia mediante planos qüinqüenais e a neutralização da oposição
com a reforma do sistema político. A coletivização pretendia eliminar a dependência
alimentícia do setor industrial, suprimindo os pequenos proprietários agrícolas e
aumentando o excedente do setor. A proibição dos mercados e a centralização da tomada
de decisões econômicas pretendiam maximizar o uso dos recursos destinados à indústria.
Essa política teve importantes efeitos negativos sobre o nível de vida médio da
população.

Os planos qüinqüenais teriam que ser planos agregados, porque não se poderia realizar
um plano para cada um dos 12 milhões de bens produzidos em uma sociedade industrial.
Ao permitir um certo grau de discricionariedade em cada setor, indústria ou empresa,
esses planos em cada setor, indústria ou empresa, esses planos somente podiam ser
aplicados de forma eficaz em função dos objetivos gerais que inspiraram o plano, e sua
eficiência dependia dos objetivos políticos. A premiação dos gestores ou administradores,
em função da capacidade para o cumprimento dos objetivos do plano, implicava em
motivos para pedidos de mais matérias primas necessárias e para subestimar a
capacidade produtiva da fábrica. Portanto, a centralização provocou um desenvolvimento
desequilibrado, incompatível com uma planificação eficiente. De fato, pretender alcançar
determinados objetivos, mediante a racionalização e a utilização de recursos e sua
aplicação de forma cooperativa, imaginativa e motivada, não permite definir a economia
centralizada do regime stalinista como uma economia "planificada". Devido à posição
monopolista dos produtores, não existiam incentivos para adaptar-se às variações da
demanda ou para melhorar a qualidade dos produtos.

Esse sistema só foi exportado para o resto do Leste Europeu a partir de 1945. Em 1947,
quando a União Soviética decidiu não incorporar-se ao Plano Marshall, desconfiando das
intenções do Ocidente, Moscou mudou sua estratégia, impondo pela força governos
comunistas nos países que estavam sob sua esfera de influência. O objetivo era copiar o
mecanismo da economia centralizada, reforçar o auto-abastecimento, para eliminar a
dependência comercial da Europa Ocidental, e criar relações comerciais bilaterais com
cada país, criando assim uma dependência econômica com a URSS (ver COMECOM).

A partir do início da década de 1960, tornaram-se patentes os problemas e surgiram


numerosas reformas, conduzindo a uma situação insustentável que deu lugar à política da
perestroika, ou "reforma econômica" de Mikhail Gorbatchov, e sua contrapartida política,
denominada glasnost ou "transparência": a supressão parcial da censura e o fomento da
crítica positiva, que pretendiam também debilitar os opositores das reformas. Entretanto,
os efeitos dessas medidas foram incontroláveis.

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3 INTRODUÇÃO À MICROECONOMIA
Microeconomia é o ramo da ciência econômica voltado ao estudo do comportamento das
unidades de consumo ( indivíduos e famílias ); ao estudo das empresas e ao estudo da
formação de preços dos diversos bens, serviços e fatores produtivos.

3.1 Resumo da teoria elementar do funcionamento do mercado

Costuma-se definir a procura, ou demanda individual, como a quantidade de um


determinado bem ou serviço que o consumidor estaria disposta a consumir em
determinado período de tempo. É importante notar, nesse ponto, que a demanda é um
desejo de consumir, e não sua realização. Demanda é o desejo de comprar.

A Teoria da Demanda é derivada da hipótese sobre a escolha do consumidor entre


diversos bens que seu orçamento permite adquirir. Essa procura individual seria
determinada pelo preço do bem; o preço de outros bens; a renda do consumidor e seu
gosto ou preferência.

A Demanda é uma relação que demonstra a quantidade de um bem ou serviço que os


compradores estariam dispostos a adquirir a diferentes preços de mercado. Assim, a
Função Procura representa a relação entre o preço de um bem e a quantidade procurada,
mantendo-se todos os outros fatores constantes.
Quase todas as mercadorias obedecem à lei da procura decrescente, segundo a qual a
quantidade procurada diminui quando o preço aumenta. Isto se deve ao fato de os
indivíduos estarem, geralmente, mais dispostos a comprar quando os preços estão mais
baixos.

Assim se torna fácil a observação de que as relações preço - quantidade são inversas.
Enquanto a relação da demanda descreve o comportamento dos compradores, a relação
da oferta descreve o comportamento dos vendedores, evidenciando o quanto estariam
dispostos a vender, a um determinado preço.
Os vendedores possuem uma atitude diferente dos compradores, frente aos preços altos.
Se estes desalentam os consumidores, estimulam os vendedores a produzirem e
venderem mais. Portanto quanto maior o preço maior a quantidade ofertada.
A Função Oferta nos dá a relação entre a quantidade de um bem que os produtores
desejam vender e o preço desse bem, mantendo-se o restante constante.

Pela tabela é possível perceber que as quantidades ofertadas aumentam à medida que os
preços aumentam. São diretas as relações preço - quantidade.
O equilíbrio da oferta e da procura num mercado concorrencial é atingido com um preço
que faz igualar as forças da oferta e procura. O preço de equilíbrio é aquele com o qual a

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quantidade procurada é precisamente igual à quantidade oferecida.

Como se disse , a quantidade de um produto que os compradores desejam adquirir


depende do preço. Porém a quantidade que as pessoas desejam comprar depende
também de outros fatores.
Relação entre as quantidades demandadas e o preço dos bens: levando-se em conta
apenas o preço do bem observa-se quando a demanda aumenta ocorreu uma diminuição
no preço; quando ele diminui é um resultado de um aumento do preço.

3.2 Relação entre a Procura de um Bem e o Preço de outros Bens:

A ) aumento no preço do bem Y acarreta em aumento na demanda do bem X: isso


significa que os bens X e Y são substitutos ou concorrentes. Um exemplo é a relação
entre o chá e o café.

Ou seja, se o café fica mais caro a demanda por Chá aumenta, já que são bens
subistitutos.

B ) aumento no preço do bem Y ocasiona a queda da demanda do bem X: os bens em


questão, nesse caso, são complementares. São bens consumidos conjuntamente, como o
café e o açúcar.

Ou seja, se o café fica mais caro sua demanda diminui, logo com um consumo menor de
café o consumo de açúcar também sofre redução.

Relação entre a procura de um bem e a renda do consumidor:


A ) Bem Normal: são aqueles cuja quantidade demandada aumenta quando aumenta-se
a renda.

B ) Bem de luxo: ao se aumentar a renda a quantidade demandada aumenta em maior


Proporção.

Por exemplo se a renda de um individuo tem um aumento significativo ele tende a buscar
um imóvel, automóvel, etc. mais sofisticados.

C ) Bem de primeira necessidade: ao se aumentar a renda a quantidade demanda se


Mantém inalterada pois, ao se tratar de algo de primeira necessidade já fazia parte das
antigas aquisições do indivíduo.

D ) Bem inferior: são aqueles cuja quantidade demandada diminui quando a renda
aumenta. Geralmente são bens para os quais há alternativas de melhor qualidade.

O caso de imóveis ou automóveis, por exemplo.

Até agora se viu como os deslocamentos da demanda e oferta afetam os preços, contudo
não nos referimos ainda em que proporção as variações nos preços afetam as variações
na quantidade demandada ou ofertada.

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O conceito de elasticidade - preço nos permite uma maior compreensão do sistema de


preços e das reações observadas no mercado.

A elasticidade é a relação entre as diferentes quantidades de oferta e procura de certas


mercadorias em função das alterações verificadas em seus respectivos preços.
Seguindo-se esse conceito as mercadorias podem ser classificadas em bens de demanda
elástica ou inelástica.
Os bens de demanda inelástica são os de primeira necessidade, indispensáveis à
subsistência do consumidor, cujas variações nos preços afetariam em menores
proporções as variações nas quantidades.

Os bens de demanda elástica são aqueles que não são indispensáveis à subsistência do
consumidor. Assim são, geralmente, os bens de luxo ou aqueles menos essenciais, cujas
variações nos preços levariam a uma alteração mais substancial na quantidade.

Alguns fatores que influenciam a elasticidade da demanda da demanda seriam a


existência de substitutos ao bem, a variedade de usos desse vem, o seu preço em
relação ao uso global dos consumidores e o preço do bem em relação à renda dos
consumidores.
Para um vendedor faz realmente muita diferença o fato de ser elástica ou não a demanda
com a qual ele se defronta. Se a demanda for elástica e ele reduzir o preço, obterá mais
receita (e vice-versa). Por outro lado se a demanda for inelástica e ele reduzir o preço
obterá menos receita (e vice-versa).

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4 TEORIA DA DEMANDA

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UM EXEMPLO EMPÍRICO E MATEMÁTICO DO


COMPORTAMENTO DA DEMANDA
Relação de demanda para calculadora HP12c:

Consumidores Preço ( $ por unidade Quantidade demandada


) (unidade)
A 500,00 1
B 300,00 10
C 250,00 20
D 150,00 40

Equação representativa da função de demanda:

Qd = a – b.P

Onde:

Qd = Quantidade demandada

a e b = parâmetros constantes
P = Preço da mercadoria em questão

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UM EXEMPLO EMPÍRICO E MATEMÁTICO DO


COMPORTAMENTO DA OFERTA

Relação de oferta de HP12c:


Fornecedor Preço ( $ por unidade Quantidade ofertada
) (unidade)
A 150,00 1
B 250,00 10
C 300,00 20
D 500,00 150

Equação representativa da função de Oferta:


Qo = c +dP
Onde:

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Qo = Quantidade Ofertada
c e d = parâmetros constantes
P = Preço da mercadoria em questão

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