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U N I V E R S I D A D E D E T R Á S - O S - M O N T E S E A LT O

D O U R O / U N I V E R S I D A D E D O M I N H O
E S C O L A S U P E R I O R D E E N F E R M A G E M D E
V I L A R E A L

MESTRADO DE ENFERMAGEM DA PESSOA EM SITUAÇÃO C R Í T I C A

INVESTIGAÇÃO EM ENFERMAGEM

“AUTONOMIA NA TOMADA DE DECISÃO DO ENFERMEIRO NO CUIDADO AO DOENTE


CRÍTICO”

C ATA R I N A B E S S A

O R I E N T A D O R E S : P R O F E S S O R V Í T O R R O D R I G U E S
P R O F E S S O R A M Â N C I O C A R V A L H O
P R O F E S S O R A M A R I A D O C A R M O S O U S A
P R O F E S S O R A C R I S T I N A A N T U N E S

2 5 D E F E V E R E I R O , 2 0 1 7
INDÍCE
1. INTRODUÇÃO
2. OBJETIVOS
3. ENQUADRAMENTO TEORICO CONCETUAL
3.1- AUTONOMIA
3.2. TOMADA DE DECISÃO
3.3- DOENTE CRÍTICO
4. MEDOTODOGIA
4.1- TIPOS DE INVESTIGAÇÃO
4.2- POPULAÇÃO E AMOSTRA
4 . 3 - C O L H E I TA D E D A D O S
4.4- INSTRUMENTO DE RECOLHA DE DADOS
4.5 - PROCEDIMENTO DE RECOLHA DE DADOS E QUESTÕES
ÉTICAS
4.6- CRONOGRAMA
5. CONCLUSÃO
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1.INTRODUÇÃO

• Após uma reflexão do trabalho que pretendia desenvolver ao longo deste


mestrado e incidindo especificamente nesta temática e para implementação de
metodologias de investigação, escolhi para tema a desenvolver a Autonomia na
tomada de decisão do Enfermeiro no cuidado ao doente crítico.
• Este tema é para mim de especial interesse uma vez que desde a minha
licenciatura me importo saber qual o nosso “grau de autonomia”, e como o
mesmo é entendido pela nossa classe. Porém é um tema ainda pouco
desenvolvido, existindo poucos estudos debruçados no tema quer no nosso país
quer no estrangeiro.
1.INTRODUÇÃO

• A evolução científica em enfermagem tem vindo a sofrer constantes evoluções


o que gera diretamente ganhos para a saúde dos indivíduos, mas apesar disso o
reconhecimento do enfermeiro enquanto profissional individual ainda gera
muitas questões, mesmo no seio da nossa classe, sendo eu defensora de um
enfermeiro como um profissional com intervenções autónomas e algumas
interdependentes decidi incidir o meu estudo nesta temática.
2.OBJETIVOS

• Definir conceito de autonomia, tomada de decisão e doente crítico;


• Realizar uma revisão de literatura na área temática escolhida;
• Utilizar critérios de seleção e inclusão dos estudos;
• Selecionar metodologias de investigação;
• Formular um cronograma de previsão de gestão de desenvolvimento do
projeto;
• Refletir sobre princípios éticos inerentes a esta questão.
3.ENQUADRAMENTO TEÓRICO
CONCETUAL

• Ao pensar na atividade de um enfermeiro, fica inerente aos processos que este


realiza as palavras autonomia, tomada de decisão.
• Neste trabalho uma vez que queremos estudar a autonomia da tomada de
decisão no cuidado ao doente crítico, este conceito será também desenvolvido
ao longo do enquadramento teórico.
3.1- AUTONOMIA

Mas do que falamos quando nos referimos a • Estamos aqui então perante uma ambiguidade. Se
autonomia? por um lado temos de adquirir a nossa própria
autonomia temos também o dever de respeitar a
Autonomia indica assim a capacidade humana
autonomia do próximo. Tornando assim este
em criar leis para si próprio, ou a capacidade conceito que nos parece imediatamente simples
de uma coletividade determinar por ela mesma bastante complexo.
a lei a qual se submete. Para Kant a autonomia • Tal como considera (Nunes,2003) o expoente
será uma competência de vontade humana em máximo da conquista da autonomia dos
dar a si mesmo a sua própria lei e que será enfermeiros está relacionado com o regulamento
dever próprio atingir uma autonomia moral, do seu exercício profissional e a criação da ordem
assim como respeitar a autonomia dos outros. com os seus estatutos e códigos deontológico.
3.2-TOMADA DE DECISÃO

• Ao falarmos em autonomia profissional o • As teorias do julgamento e da tomada de


conceito de tomada de decisão está decisão podem ser subdivididas como
agregado a si por inerência, ser autónomo sendo normativas, descritivas e
é assumir a responsabilidade das decisões prescritivas.
que tomamos. A autonomia tem de se • As normativas concentram-se em como as
refletir em qualquer tomada de decisão, decisões devem ser tomadas num mundo
que está diretamente ligada á nossa ideal e enunciam normas. As teorias
capacidade e obrigação como profissionais descritivas procuram explicitar como é
de o fazer. que as pessoas alcançam os juízos e
decisões.
3.2-TOMADA DE DECISÃO
Tomar decisões faz
parte do dia-a-dia.
Muitas vezes, decide-se
sem grandes análise e,
também, sem uma
avaliação apurada do
que se está a fazer.

Mas quanto menos


familiares (logo, mais
instáveis e ambíguos) Situações simples,
forem os problemas, mais habituais, não levantam
morosa e analítica tende a duvidas.
ser a estratégia da
decisão.
3.2-TOMADA DE DECISÃO

Banning (2007) define tomada de decisão


A autonomia deve estar presente na tomada
como um processo que os enfermeiros
de decisão, como profissionais com deveres
realizam diariamente quando tiram
legais e profissionais perante os clientes
considerações acerca dos cuidados prestados,
(Nunes, 2006).
fazendo a gestão das dificuldades sentidas.
3.2-TOMADA DE DECISÃO
3 M O D E L O S D I S T IN TO S N A
TO M AD A DE D E C IS Ã O S E G U N D O
O ’ N E IL L

• o modelo de processamento de
informação
• o modelo intuitivo-humanista
• o modelo de tomada de decisão
3.3 DOENTE CRÍTICO

O doente crítico é o utente que, por falência de um ou mais órgãos, ou


sistemas, necessita de meios avançados de monitorização e intervenção
terapêutica. O doente gravemente queimado inclui-se na definição de doente
crítico.

A abordagem de enfermagem a este doente exige um nível de conhecimentos e


competências específicas que o enfermeiro especialista em enfermagem
médico-cirúrgica possui. Este, através da prestação de cuidados qualificados de
forma continua, permite a manutenção das funções básicas de vida, previne
complicações e limita incapacidades, visando a recuperação total do doente.
4. METODOLOGIA

• A metodologia pode ser definida como um “conjunto de métodos e técnicas que guiam a
elaboração do processo de investigação científica” (Fortin, 2009).

Neste estudo de investigação pretendemos responder as seguintes questões:


- A tomada de decisão pelos enfermeiros no cuidado ao doente critico será realizada de forma
autónoma?
- De que forma os enfermeiros percecionam a sua autonomia na tomada de decisão na pratica
dos seus cuidados ao doente critico?
4.1 TIPO DE INVESTIGAÇÃO

• Neste estudo a metodologia escolhida passara por uma investigação qualitativa do tipo
exploratório descritiva. Passará por um “processo sistemático de colheita de dados observáveis
e quantificáveis que têm por finalidade contribuir para o desenvolvimento e validação de
conhecimentos” (Fortin, 2009, p.20).
• Quando falamos em abordagem qualitativa está dirigida para apurar significados e o
entendimento de um determinado fenómeno. O investigador observa, descreve, interpreta e
analisa o meio e o fenómeno tal como ele é. Em enfermagem, o cuidar tem inerente o
conservador conhecimento do povo de forma a satisfazerem as suas necessidades de saúde e
seu bem-estar o que leva a um crescente vínculo ao método qualitativo.
4.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA

• Da população em estudo é obtida uma amostra, a qual representa parte da população alvo que
se encontra alcançável.
• Para este projeto de investigação de acordo com o problema definido a população alvo serão
enfermeiros prestadores de cuidados ao doente crítico que trabalhem em pré-hospitalar e
Hospitais em serviços como, SIV, VMER, UCI, SU, UCIC, UAVC, do distrito de Vila real, do
Porto e de Bragança.
4.2-POPULAÇÃO E AMOSTRA
Tabela 1- Critérios de seleção e inclusão dos estudos

Critérios de seleção Critérios de inclusão


Tipo de participantes Enfermeiros que trabalhem no pré-
hospitalar SIV, VMER e/ ou em unidades de
P(Person/problema) - Enfermeiros prestação de cuidados ao doente crítico,
enfermeiros generalistas, pós-graduados,
mestres, doutorados, Enfermeiros gestores.

Fenómeno e interesse Ter existido um estudo no processo de


tomada de decisão e avaliar a capacidade de
I(Intervenção) - Autonomia da tomada de autonomia no desempenho das funções dos
decisão Enfermeiros.

Contexto Pré-hospitalar SIV, VMER, Hospitais


públicos e privados, com unidades de cuidado
CO(contexto)- Serviços pré-hospitalar e ao doente crítico UCI, SU, UCIC, UAVC do
Hospitais com unidades de cuidado ao doente distrito de Vila Real, Porto e Bragança.
crítico
4.3 COLHEITA DE DADOS

• A colheita de dados será realizada através de entrevista semiestruturada e de registos ou de


textos anteriormente publicados.
• A entrevista comporta questões abertas e é, geralmente, não estruturada, permitindo ressaltar os
pontos de vista dos participantes e retirar uma ideia mais precisa da experiência. Há um
exprimir de pensamentos de forma espontânea.
 4.4. INSTRUMENTO DE RECOLHA DE DADOS

• Os dados serão recolhidos por entrevista semiestruturada, sendo aplicada aos enfermeiros que
prestam cuidados a doente crítico, por uma técnica de amostragem não probabilística tipo bola
de neve até à saturação dos mesmos.
4.5-PROCEDIMENTO DE RECOLHA DE DADOS E QUESTÕES
ÉTICAS

• Os dados serão recolhidos por áudio, através de entrevista semiestruturada, sendo aplicado aos
enfermeiros que prestam cuidados ao doente crítico, por uma técnica de amostragem não
probabilística tipo bola de neve até à saturação dos mesmos.
• A conquista da autonomia leva a que os enfermeiros se deparem com problemas éticos, e com a
necessidade de eles próprios tomarem decisões complexas que exijam adequação aos princípios
e valores.
4.5-PROCEDIMENTO DE RECOLHA DE
DADOS E QUESTÕES ÉTICAS
• Para este trabalho de investigação é fundamental salvaguardar os seus direitos. Para Martins
(2008), a investigação em enfermagem é composta por requisitos e exigências, como a procura
da verdade, rigor, isenção, persistência e humildade, devendo obedecer aos princípios éticos
nacionais e internacionais estabelecidos.
• Serão respeitados os aspetos éticos de um estudo qualitativo, que tem em conta os seguintes
tópicos: fenómeno de interesse, revisão da literatura, planeamento da investigação, amostra,
recolha de dados, análise dos dados, conclusões e sugestões.
• Se for necessário será realizado um projeto de investigação que será colocado para análise para
o Conselho Científico e Comissão de Ética.
4.6 CRONOGRAMA

Tabela 2- Cronograma de atividades a desenvolver.


Tempo
1º, 2º,3º 4º, 5º,6º 7ª,8º,9º,10ºe 11º 12ª
Tarefas
Mês Mês Mês Mês
I-Tema          
II- Subtemas
III- Pesquisa bibliográfica          
 
IV- Objetivo geral do estudo          
 
V- Finalidades do estudo          
 
VI- Justificação do estudo          
 
VII- Formulação da questão de investigação        
 
VIII- Objetivos específicos do estudo        
 
IX- Marco Teórico        
 
X- Tipo de estudo        
 
XI- Participantes        
 
XII- Técnicas e instrumentos de recolha de dados      
 
Elaboração do projeto    
 
Entrega e discussão do projeto          
 
5. CONCLUSÃO

Com a elaboração deste pré-projecto inserido na unidade curricular Investigação em


Enfermagem, espera-se ter atingido os objetivos propostos pela disciplina.

Foi possível realizar o levantamento de um problema no que concerne ao exercício do


enfermeiro na profissão, e através dos conhecimentos adquiridos ao longo das aulas da
unidade curricular e através de uma revisão de literatura, conseguiu-se estruturar um
pré-projecto com os vários passos pelos quais deve passar uma investigação.

A elaboração de um cronograma confere já uma previsão do tempo que será necessário


para a elaboração de trabalho final, o que se torna especialmente importante definir.  
OBRIGADO PELA VOSSA ATENÇÃO!!
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

• Banning, M. (2007) – A review of clinical decision making: models and current research. Journal of
Clinical Nursing. 1365-2702. 187-195.
• Fortin, M.-F. (2009). O Processo de investigação (5a Edição ed.). Loures: Lusociência.
• Martins, J. (2008). Investigação em Enfermagem: Alguns apontamentos sobre a dimensão ética. Pensar
Enfermagem,12(2), pp62-66 .
• Nunes, L. (2003). Um olhar sobre o ombro: enfermagem em Portugal (1881-1998). Loures: Lusociência .
• Nunes, L. (2006). Autonomia e responsabilidade na tomada de decisão clínica em enfermagem.
Comunicação no Painel: Centralidade dos cuidados de enfermagem nas práticas. II Congresso Ordem dos
Enfermeiros, pp 1-12. Retirado de: http://www.ordemenfermeiros.pt/eventos/Documents/II%20Congresso
%202006/IICong_ComLN.pdf.

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