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Como pensar:
Raciocínio
clínico
aplicado
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INSTITUTO M ASTER D E ENSINO
PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS
Autora:
Vanessa Silva Lemos
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SUMÁRIO
Apresentação 04
Raciocínio clínico 06
Erros diagnósticos e Viés cognitivo 11
Como evitar viés cognitivo 13
Qualificador semântico e Resumo do 16
caso
Lista de Problemas 17
Pensamento clínico e processo mental 18
Exemplificando com vinheta clínica 29
Referência da literatura 33
3
APRESENTAÇÃO
4
RACIOCÍNIO CLÍNICO
5
Figura 1- Modelo de raciocínio diagnóstico baseado no
reconhecimento de padrões e na teoria do processo dual.
C O M O PENSAMOS? C O M O RACIOCINAMOS?
O processo mental pode levar a um reconhecimento
automático (instantâneo), que é o Sistema 1 (heurístico, intuitivo)
gerando hipótese se as características atuais do paciente forem
suficientes e se assemelharem a características de um script de
doença armazenado. Essa abordagem se apoia fortemente na
experiência do médico para tomada de decisão e, portanto,
utiliza o raciocínio que depende da lógica indutiva. Assim, 7
quanto mais experiente for o médico, maior será o
reconhecimento de padrões gerais , com isso, normalmente as
decisões são tomadas sob certa incerteza devido ao emprego de
heurísticas ou atalhos mentais utilizando as primeiras impressões
intuitivas.
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C O M O EVITAR VIÉS C O G N ITIVO ?
diagnóstico final.
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O QUE É ?
CATEGORIAS CONTRASTE
IMPORTANTES
INÍCIO agudo x crônico (súbito*)
contínuo/constante x episódico/intermitente
CURSO TEMPORAL progressivo x estável
unilateral x bilateral
simétrico x assimétrico
LOCAL proximal x distal
difuso x localizado/focal
monoarticular x poliarticular
PRESENÇA DE D O R dor x indolor
FATOR DESENCADEANTE pós prandial x exercício x pleurítico
seca x produtiva (tosse)
OUTRO com sangue x sem sangue (vomito, diarreia)
2-RESUMO D O C AS O
• Palavras que descrevem as características de um sintoma ou
sinal na apresentação do paciente
• Útil em gerar comparação e contraste quando considerados
diagnósticos concorrentes.
• Frequentemente assume a forma de opostos emparelhados
PONTOS CHAVES
a. Sintomas
b. Achados no exame físico
c. Condição médica crônica
d. Problemas anteriores (aparentemente resolvidos que
podem repetir ou causar complicações)
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Figura 4 – Habilidade do pensamento clínico
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De acordo com as figuras 4 e 5, a organização do
pensamento pode ser uma estrutura fundamental para minimizar
erro diagnóstico, através do contínuo feedback formativo sobre
habilidades de raciocínio clínico. O raciocínio clínico é o
processo de se coletar a história clinica do paciente com
objetivos e identificar os três principais diagnósticos diferenciais
mais prováveis. Cada vez que a história for coletada, deve-se
pensar nas informações coletadas, no que pode ser a causa dos
sintomas do paciente e no que mais se precisa perguntar para
produzir uma lista das três prováveis diagnósticos diferenciais.
Existem muitas habilidades diferentes envolvidas no processo de
raciocínio clínico. O que fazer?
QUEM?: Epidemiologia
• Quem é o paciente? Pense no problema inicial.
• Dados demográficos, fatores de risco, situação social,
circunstâncias.
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C O M O ? Mecanismo fisiopatológico
• Explique os sintomas (história clínica) e sinais (exame
físico) do paciente relacionando o seu conhecimento de
patologia e fisiologia (processo fisiopatológico) que
contém o início, a duração e a sequência de eventos á
historia e ao exame.
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RESUMO: Sumário
• Pensar e apresentar um resumo do caso conciso com
qualificadores semânticos (palavras chave).
2. QUALIFICADORES SEMÂNTICOS:
• Descritores opostos (antagônicos) pareados que podem ser
usados sistematicamente para comparar e contrastar
considerações diagnósticas de acordo com as características
semiológicas do sintoma.
C O M O GERAR-PRIORIZAR-AVALIAR as HIPÓTESES:
a. Raciocínio Hipotético-Dedutivo:
• Desenvolvimento de hipóteses deve ser realizado para
explicar o problema clínico e aplica-las para testar a fim de
tentar confirma-la ou exclui-la.
processo de doença.
e. Diagnósticos que serão objeto de tratamento
• São finalizados somente após serem avaliados quanto à
adequação para explicar os achados clínicos positivos,
negativos e normais.
g. Sinopse:
• As etapas acima detalhadas podem não ser imediatamente
reconhecíveis ou fluir na mesma sequência no contexto do
raciocínio clínico real.
6b 6c
E X . DISPNEIA
aguda x cronica?
DISPNEIA AGUDA
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FRAMEWORK M E C A N I S M O FISIOPATO LÓG ICO
HIPOXEMIA HIPERCAPNIA
1 . E D E MA PULMONAR 1 . DPOC-EXACERBADO
1. Cardiogênico 2. ASMA (CRISE)
2. Não cardiogênico 3 . D O E N Ç A NEUROMUSCULAR /
2. PNEUMONIA N E U R O L Ó G I C A AGUDA
3. EMBOLIA PULMONAR 1. Miastenia gravis
4. DERRAME PLEURAL 2. Guillain-barré
5. DPOC-EXACERBADO 3. Outro
6. D O E N Ç A INTERSTICIAL 4. OUTRO
PULMONAR
7. PNEUMOTÓRAX
8. ATELECTASIA
9.OBSTRUÇÃO POR M U C O
10.OUTRO
MISCELÂNIA OUTRO
1. SÍNDROME
C O RO N ARIANA AGUDA
(SCA)
2. OBSTRUÇÃO DAS VIAS
AÉREAS SUPERIORES (VAS)
1. Anafilaxia
2. Angioedema
3. Infecção
4. OUTRO
3. PSICOGÊNICA
1. Crise de pânico,
2. Ansiedade
3. Outro
4. OUTRO 28
E X E M P L I F I C A N DO
Vinheta clínica
João, 40 anos, branco, atendido no ambulatório de pneumologia
com tosse seca, chieira torácica e dispneia diurna e noturna,
recorrentes há 2 anos com piora progressiva nas 4 últimas
semanas. Ao exame apresenta sibilos a ausculta, taquipneia e
esforço respiratório leve. Historia de alergia a poeira, bronquite
na infância, agricultor. Tem 1 irmão com doença semelhante.
Encaminhado de município vizinho para ambulatório de
especialidade e atendido pelo interno de medicina responsável.
Em tratamento irregular para Asma.
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C O M O PENSAR?
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C O L E TA D E DADOS
QUALIFICADORES SEMANTICOS
(representação do problema)
RESUMO D O C A S O
HIPÓTESES
(construir e testar)
SCRIPT DE D O E N Ç A
(procurar e selecionar)
DIAGNÓSTICO
Lista de problemas:
1. Sintomas respiratórios diurnos e noturnos (tosse seca,
dispneia, chieira torácica) crônico
2. Tratamento irregular para asma
3. Exposição ocupacional.
HIPÓTESES DIAGNÓSTICAS
1. Asma brônquica não controlada
2. Bronquite crônica
Lista de problemas:
1. Sintomas respiratórios diurnos e noturnos (tosse seca,
dispneia, chieira torácica) crônico
2. Sopro sistólico foco mitral importante
HIPÓTESES DIAGNÓSTICAS
1. Insuficiência mitral grave
2. Asma brônquica não controlada
3. Bronquite crônica
dos pacientes.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS
LINN, Andrew et al. Clinical reasoning a guide to improving
teaching and practice. Australian Family Physician. V.41. N.1/2. P.
18-20. 2012
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