A partir de Galileu Galilei, considerado pai da ciência moderna, a

atividade científica passa a ter as seguintes características:

1) Empírica – um conhecimento somente é científico quando se baseia em dados

concretos, em evidências empíricas.
Se não estiver baseado em evidências empíricas, é superstição, é pseudociência.

2) – o cientista precisa levantar hipóteses, que são possíveis

Hipotética
explicações para o fenômeno sob análise.

3) Experimental – o cientista precisa realizar experimentos, testes e provas para

confirmação e validação de seus dados e hipóteses.

A ciência conquista sua independência dos dogmas religiosos.

A imparcialidade e a objetividade passam a nortear a atividade científica.
 4) Ativa – por meio da ciência e da razão, o homem torna-se capaz de compreender os
mistérios da natureza para, assim, dominá-la, explorar seus recursos, objetificá-la conforme seus
interesses econômicos.

 Empirismo baconiano – Francis Bacon (1561-1626): “saber é poder”.

 Racionalismo cartesiano – René Descartes (1596-1650): “a ciência deve nos tornar senhores da
Natureza”.
 Filosofia Clássica Filosofia Moderna

Ciência ativa: conhecimento

Ciência contemplativa: com a utilidade prática de
conhecimento pelo dominar a natureza
conhecimento (Francis Bacon, René
(Aristóteles) Descartes)
• Atualmente os movimentos ambientalistas
criticam a ideia de ciência ativa.

• A exploração da natureza e os riscos para planeta.

• O filósofo alemão Hans Jonas

(1903- 1993).

• Obra principal: O Princípio

Responsabilidade
• Contexto histórico: avanço desenfreado da
tecnologia e da ciência no século XX .

Ética da responsabilidade de Hans Jonas:

• “Somente aja na medida em que o efeito de

suas ações não destrua a possibilidade
futura da vida nas próximas gerações”.
• A valorização do homem e da sua
capacidade racional, tem seu ápice no
Iluminismo do século XVIII.

• Para os iluministas, é por meio

do conhecimento
racional/científico que alcança o
progresso, valorizando-se a
liberdade de pensamento e o
senso crítico superando-se, assim,
dogmas cegos e superstições.

O que os iluministas criticavam?
O Antigo Regime, baseado nos
privilégios da nobreza
O envolvimento entre Igreja e
Estado
Os abusos do poder
clerical/eclesiástico (da Igreja) pela
imposição de dogmas
Superstições e pseudociência
Fundamental para as
Revoluções
Liberais/Burguesas:
Revolução Inglesa,
Independência dos
O que os iluministas defendiam? EUA, Revolução
Francesa
O princípio da igualdade civil
perante a lei, sem privilégios a
nenhuma classe
O Estado laico (secular): imparcial
em questões religiosas
A liberdade de pensamento, o
senso crítico
Ciência/razão como caminho do
progresso
 Exemplos de filósofos iluministas:

Jean-Jacques Rousseau: defensor Voltaire: defensor da liberdade Denis Diderot: idealizador da

da igualdade civil, da democracia de credo, e grande crítico dos “Enciclopédia”, junto a
e da soberania popular. abusos eclesiásticas. D’Alembert.
Auguste Comte
(1798-1857)
Questão 14 – ENEM 2019
A lenda diz que, em um belo dia ensolarado, Newton estava relaxando sob uma macieira. Pássaros gorjeavam
em suas orelhas. Havia uma brisa gentil. Ele cochilou por alguns minutos. De repente, uma maçã caiu sobre a
sua cabeça e ele acordou com um susto. Olhou para cima. “Com certeza um pássaro ou um esquilo derrubou
a maçã da árvore”, supôs. Mas não havia pássaros ou esquilos na árvore por perto. Ele, então, pensou:
“Apenas alguns minutos antes, a maçã estava pendurada na árvore. Nenhuma força externa a fez cair. Deve
haver alguma força subjacente que causa a queda das coisas para a terra”.
SILVA, C. C.; MARTINS, R. A. Estudos de história e filosofia das ciências. São
Paulo: Livraria da Física, 2006 (adaptado).

Em contraponto a uma interpretação idealizada, o texto aponta para a seguinte dimensão fundamental da
ciência moderna:
A) Falsificação de teses.
B) Negação da observação.
C) Proposição de hipóteses..
D) Contemplação da natureza.
E) Universalização de conclusões.
ENEM 2016 2ª Aplicação
Fundamos, como afirmam alguns cientistas, o antropoceno: uma nova era geológica com
altíssimo poder de destruição, fruto dos últimos séculos que significaram um transtorno
perverso do equilíbrio do sistema-Terra. Como enfrentar esta nova situação nunca ocorrida antes
de forma globalizada e profunda? Temos pessoalmente trabalhado os paradigmas da
sustentabilidade e do cuidado como relação amigável e cooperativa para com a natureza.
Queremos, agora, agregar a ética da responsabilidade.
BOFF, L. Responsabilidade coletiva. Disponível em: http://leonardoboff.wordpress.com. Acesso
em: 14 maio 2013.

A ética da responsabilidade protagonizada pelo filósofo alemão Hans Jonas e reivindicada no

texto é expressa pela máxima:
A) “A tua ação possa valer como norma para todos os homens”.
B) “A norma aceita por todos advenha da ação Comunicativa do discurso”.
C) “A tua ação possa produzir a máxima felicidade para a maioria das pessoas”.
D) “O teu agir almeje alcançar determinados fins que possam justificar os meios”.
E) “O efeito de tuas ações não destrua a possibilidade futura da vida das novas gerações”...
QUESTÃO 01 – Enem 2014 2ª Aplicação
Numa época de revisão geral, em que valores são contestados, reavaliados, substituídos e muitas vezes recriados,
a crítica tem papel preponderante. Essa, de fato, é uma das principais características das Luzes, que, recusando as
verdades ditadas por autoridades, submetem tudo ao crivo da crítica.
KANT, I. O julgamento da razão. In: ABRÃO, B. S. (Org.). História da Filosofia. São Paulo:
Nova Cultural, 1999.

O Iluminismo tece críticas aos valores estabelecidos sob a rubrica da autoridade e, nesse sentido, propõe:
A) a defesa do pensamento dos enciclopedistas que, com seus escritos, mantinham o ideário
religioso.
B)o estímulo da visão reducionista do humanismo, permeada pela defesa de isenção em questões políticas e
sociais.
C) a consolidação de uma visão moral e filosófica pautada em valores condizentes com a
centralização política.
D)a manutenção dos princípios da metafísica, dando vastas esperanças de emancipação para a humanidade.
E)o incentivo do saber, eliminando superstições e avançando na dimensão da cidadania e da ciência..
QUESTÃO 07 – Enem 2018
O século XVIII é, por diversas razões, um século diferenciado. Razão e experimentação se
aliavam no que se acreditava ser o verdadeiro caminho para o estabelecimento do
conhecimento científico, por tanto tempo almejado. O fato, a análise e a indução passavam
a se parceiros fundamentais da razão. É ainda no século XVIII que o homem começa a
tomar consciência de sua situação na história.
ODALIA, N. In: PINSKY, J.; PINSKY, C. B. História da cidadania. São Paulo:
Contexto, 2003.

No ambiente cultural do Antigo Regime, a discussão filosófica mencionada no texto tinha

como uma de suas características a:
A) Aproximação entre inovação e saberes antigos.
B) Conciliação entre revelação e metafísica platônica.
C) Vinculação entre escolástica e práticas de pesquisa.
D) Separação entre teologia e fundamentalismo religioso.
E) Contraposição entre clericalismo e liberdade de pensamento..
Em suma, o espírito positivo, segundo Comte, instaura as ciências como investigação
do real, do certo e indubitável, do precisamente determinado e do útil. Nos domínios
do social e do político, o estágio positivo do espírito humano marcaria a passagem do
poder espiritual para as mãos dos sábios e cientistas e do poder material para o
controle dos industriais.
GIANNOTTI, J. Vida e obra. In: Comte. São Paulo: Abril Cultural, 1978. (Coleção Os
Pensadores).

Com base no texto, para Auguste Comte, no estado positivo o conhecimento

é
resultado do(a):
A) mito, que procura debater o porquê dos acontecimentos.
B) política, que elege os melhores representantes para a sociedade.
C) religião, que objetiva explicar as forças sobrenaturais do mundo.
D) ciência, que substitui a busca abstrata pela essência das coisas..
E) filosofia, que elucida os caminhos do espírito humano.