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Risco Biológico

para o Trabalhador
de Saúde

UNIFAL-MG
Maria Silvana Totti da Costa
27/04/23
COMO OCORREM OS ACIDENTES DE TRABALHO COM
MATERIAL BIOLÓGICO?
27/04/23
COMO OCORREM OS ACIDENTES DE TRABALHO COM
MATERIAL BIOLÓGICO?

27/04/23
27/04/23
27/04/23 Fim
TIPOS DE EXPOSIÇÕES
 Exposições percutâneas – lesões
provocadas por instrumentos perfurantes e
cortantes (p.ex. agulhas, bisturi, vidrarias);
 Exposições em mucosas – p.ex. quando
há respingos na face envolvendo olho,
nariz, boca ou genitália;

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TIPOS DE EXPOSIÇÕES
 Exposições cutâneas (pele não-
íntegra) – contato com pele com
dermatite ou feridas abertas;
 Mordeduras humanas –
consideradas como exposição de risco
quando envolverem a presença de
sangue

27/04/23
 Os acidentes de trabalho com sangue e
outros fluidos potencialmente
contaminados devem ser tratados como
casos de emergência médica, uma vez
que as intervenções para profilaxia da
infecção pelo HIV e Hepatite B necessitam
ser iniciados logo após a ocorrência do
acidente, para a sua maior eficácia.

27/04/23
 As medidas profiláticas pós-exposição não
são totalmente eficazes
 É necessário implementar ações educativas
permanentes sobre as precauções
 E conscientizar da necessidade de empregá-
las adequadamente, como medidas mais
eficazes para a redução do risco de infecção
pelo HIV ou Hepatite em ambiente
ocupacional.

27/04/23
27/04/23
RISCOS DE TRANSMISSÃO
A . Transmissão de Contato
 Contato Direto: por contato direto com a pele ou
mucosa.
Ex: Herpes simples, Herpes Zoster, feridas com
secreção abundante não contidas no curativo,
diarréia infecciosa em paciente ou com higienização
precária.
Também estafilococos, estreptococos, enterococos,
parasitos, bactérias multirresistentes. Podem
causar surtos em hospitais.
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 Contato Indireto: por contato da pele
ou mucosa com superfícies ambientais,
artigos ou equipamentos contaminados
com microrganismos.
Ex: Clostridium difficile e bactéria
multirresistentes, Enterococo (resistente à
vancomicina) ocorre transmissão
relacionada à itens pessoais como
termômetro e estetoscópio –
Chão e parede são provavelmente de pouca
importância.

27/04/23
27/04/23
RISCOS DE TRANSMISSÃO
 Transmissão aérea por gotículas:
gotículas maiores do que 0,5 micrometros.
Podem ser geradas durante a tosse,
espirro, conversação ou realização de
procedimentos (broncoscopia, inalação,
etc).
 Ex: Doença meningocócica, Coqueluche,
Difteria, Caxumba e Rubéola.
27/04/23
RISCOS DE TRANSMISSÃO

 Transmissão aérea por aerossol:


partículas, cujo tamanho é de 0,5mm ou
menos. Ressecam e ficam suspensas no ar,
por horas, e podem atingir inclusive quartos
adjacentes pois são carreadas por corrente
de ar.
 Ex: M. tuberculosis, Vírus do Sarampo e
Vírus Varicela-Zoster.
27/04/23
RISCO DE TRANSMISSÃO DO VÍRUS DA
IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA

 Estudos realizados estimam, em média, que o


risco de transmissão do HIV é de
0,3% em acidentes percutâneos e de
0,09 % após exposições em mucosas.

 O risco após exposições envolvendo pele não-


íntegra não é precisamente quantificado,
estimando-se que ele seja inferior ao risco
das exposições em mucosas.

27/04/23
Materiais biológicos de risco de
transmissão do HIV

 Sangue, materiais contendo


sangue
 Sêmen e secreções vaginais
são considerados materiais
biológicos envolvidos na
transmissão do HIV.
27/04/23
Risco biológico de transmissão do HIV

 Líquidos de serosas, líquido amniótico,


líquor, líquido articular, fluidos e
secreções corporais são potencialmente
infectantes.
Não existem estudos que permitam
quantificar os riscos associados a estes
materiais biológicos.
Estes materiais são considerados como de
baixo risco para transmissão viral
ocupacional.
27/04/23
Materiais biológicos sem risco de
transmissão do HIV
 Suor, lágrima, fezes, urina,
vômitos, secreções nasais e saliva
 A presença de sangue nestes
líquidos torna-os materiais
infectantes.

27/04/23
Risco biológico de transmissão do HIV

 Qualquer contato sem barreira de


proteção com material
concentrado de vírus (laboratórios
de pesquisa, com cultura de vírus
e vírus em grandes quantidades)
deve ser considerado uma
exposição ocupacional que requer
avaliação e acompanhamento.

27/04/23
27/04/23
Fatores de Risco x Aquisição
de HIV
 Fatores de risco
– sangue visível na agulha
– agulha retirada diretamente de veia ou artéria
– lesão profunda
– paciente terminal
– ausência de profilaxia com AZT (proteção ≈
81%)

MMWR Morb Mortal Wkly Rep 1995;44:929


NEJM 1997;337:1485
27/04/23
COMO OCORREM OS ACIDENTES DE TRABALHO COM
MATERIAL BIOLÓGICO?

27/04/23
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COMO OCORREM OS ACIDENTES DE TRABALHO COM
MATERIAL BIOLÓGICO?
27/04/23
COMO OCORREM OS ACIDENTES DE TRABALHO COM
MATERIAL BIOLÓGICO?

27/04/23
RISCO DE TRANSMISSÃO DO
VÍRUS DA HEPATITE B

 A probabilidade de infecção pelo


vírus da Hepatite B após exposição
percutânea é significativamente
maior que pelo HIV, podendo atingir
até 40% em exposição onde o
paciente-fonte apresente sorologia
HbsAg reativa.

27/04/23
RISCO DE TRANSMISSÃO DO
VÍRUS DA HEPATITE B

 O vírus sobrevive pelo menos uma


semana, em sangue seco, à
temperatura ambiente.
 A aquisição pode resultar de
exposição, direta ou indireta, através
de lesões cutâneas ou mucosas.
 Daí a importância da vacinação
contra a Hepatite B.
27/04/23
Hepatite B - Risco

 Em profissionais da saúde  Fatores de Risco


3 a 4 vezes maior população
Tipo de exposição
geral
Denes, AE. JAMA, 239: 210-212, 1978. Categoria profissional
 Cirurgiões 13 - 18% Tempo de trabalho
Short, LJ. Am. J. Infect. Control , 21: 343-350, 1993.
 Período de incubação:
45 -180 dias
 Dentistas 12 - 27%
CDC. MMWR, 42: maio, 1993.  Meio ambiente
7 dias
Grady, GF. J. Infect. Dis., 138: 625-638, 1978
27/04/23
RISCO DE TRANSMISSÃO DO
VÍRUS DA HEPATITE C
A incidência média de soroconversão, após
exposição percutânea com sangue infectado
pelo HCV é de 1.8%
 É importante ressaltar que não existe
intervenção específica para prevenir a
transmissão do vírus da hepatite C após
exposição ocupacional.

27/04/23
Hepatite C

 Infecção aguda < 25% apresentam sintomas

30 a 70% evoluem para forma crônica

CIRROSE HEPÁTICA
HEPATOCARCINOMA

27/04/23
Profilaxia para Hepatite C

A única medida eficaz

?
para eliminação do
risco de infecção pelo
vírus da hepatite C
é prevenir a ocorrência
do acidente
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27/04/23
27/04/23
Fim
27/04/23
Os
acidentes
podem ser
evitados
através de
medidas
educativas.
educativas
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