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AVALIAÇ

ÕES

1º ATPCA de CNT e
Matemática
AVALIAÇÃO
Pedro Demo (2002, p.18 -19): “[...] podemos afirmar que a avaliação, ao contrário do que se
aventa, é feita para classificar, busca comparar, contrasta as pessoas sobre cenários onde sempre
há quem esteja mais em cima e quem esteja mais em baixo. Assim, em vez de negar seu contexto
classificatório, é bem melhor – e mais realista – argumentar sobre razões pedagógicas da
classificação e seus riscos óbvios. Avaliamos, entre outras coisas, para saber da distância entre o
lugar que ocupa no momento o aluno e o lugar onde deveria estar. Pretendemos descobrir os
motivos por que não aprende e gostaríamos que, sabendo disso, pudesse recuperar a posição
onde deveria estar”.
Tradicionalmente, quando se fala em avaliação escolar, a primeira reação dos alunos tende
a ser negativa: ficam nervosos, preocupados e desmotivados. Aposto que você lembra bem
do desgaste  nos processos de correção dessas provas.
Essa tradição do processo avaliativo,
que professores de diversas gerações
anteriores aplicavam, faz com que
educadores de hoje ainda tenham
dificuldades em se desvincular das
avaliações conteudistas, muitas vezes,
também, por pressão da própria
escola e de pais e responsáveis, que
não compreendem a efetividade de
outros processos avaliativos. 
Para conseguir melhorar esses
processos, a primeira coisa a se
fazer é entender os motivos da
existência da avaliação
escolar, qual a melhor forma de
avaliar (considerando todos as
partes envolvidas) e,
principalmente, como mensurar e
lidar com os seus resultados.
QUAL O • Antigamente, a avaliação escolar era utilizada também como um instrumento

PAPEL DA de poder do professor sobre os alunos. E as notas, por sua vez, serviam para
rotular os estudantes, separando-os entre os “melhores” e “piores” da turma. 
AVALIAÇÃO • Esse tipo de tratamento dado ao processo avaliativo não possui efeito positivo
ESCOLAR? sobre o desenvolvimento do aprendizado dos alunos.
Atualmente, tem-se um outro olhar sobre tudo isso. A avaliação escolar é
tida como uma forma de diagnosticar a situação de aprendizagem de
cada aluno.
Ou seja, sua função é verificar o quanto do conteúdo ensinado foi absorvido pelos alunos,
bem como analisar se eles estão conseguindo acompanhar a programação curricular.

Ainda, de acordo com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), o objetivo das avaliações
é “realizar uma análise global e integral dos estudantes”. 
• Sendo assim, a avaliação mostra as
dificuldades de cada aluno. Porém, esses
pontos não devem ser encarados como
fraquezas, mas sim como objetivos que o
professor deve ajudar a alcançar e a
solucionar nos próximos passos. 

• Dessa maneira, a avaliação deve ser


entendida como um processo contínuo e
sistemático dentro da escola. 
Engana-se também quem pensa
que as avaliações se aplicam
apenas aos alunos. O resultado
delas é essencial para averiguar se
o método de ensino que está
sendo usado em sala pelo corpo
docente está sendo eficaz. A partir
disso, o professor pode refletir e
aprimorar sua metodologia.
Baseando-se nos estudos e análises de Bloom (1993), é possível definir as
funções da avaliação em:

• Diagnóstica (analítica): realiza um “diagnóstico”


sobre a situação de aprendizagem de cada aluno em
relação a determinadas competências, habilidades e
conhecimentos. Com ela, é possível mapear os
pontos fortes e as dificuldades de cada aluno,
permitindo ao professor descobrir a melhor forma
de solucionar esses problemas de maneira
individual e melhorar suas metodologias aplicadas. 
Formativa (controladora): utiliza diferentes práticas e métodos do processo avaliativo para medir de
forma individual e profunda, o que contrapõe-se ao método de avaliação tradicional conteudista, já que
esse processo avaliativo ocorre em uma via de mão dupla, em que o professor da feedbacks sobre a
situação de aprendizagem do aluno e o aluno da feedbacks sobre os métodos de ensino, dando aos
alunos um papel mais ativo no processo de ensino aprendizagem. Entre os principais meios de avaliação
formativa, podemos citar:

• Autoavaliação

• Testes tradicionais

• Simulados

• Seminários

• Debates

• Trabalhos em grupo
• Somativa (classificatória): avalia quais foram as habilidades, competências e conhecimentos adquiridos
pelos estudantes ao final do processo educacional, avaliando os resultados de aprendizagem de cada aluno. 
• O diferencial dessa avaliação escolar, em
relação às outras existentes, é que ela gera
informações de qualidade do processo
instrucional e o quanto os objetivos de
aprendizagem foram alcançados. 

• Por fim, conclui-se que todos os tipos de


avaliações são fundamentais nos ambientes
escolares, principalmente para encontrar
onde as metodologias estão acertando e
quais são as mudanças necessárias para
melhorar o processo de ensino aprendizagem.
COMO FAZER UMA AVALIAÇÃO
ESCOLAR?
É preciso, primeiramente, analisar os
motivos e o tipo de avaliação utilizada e,
consequentemente, definir seus objetivos.

• Por que você está avaliando? 

• O que você quer saber? 

• Como você vai analisar os resultados


para chegar a uma conclusão?
TIPOS DE
AVALIAÇÃO
‘Assumindo esta função reguladora que pressupõe a avaliação
formativa, para ambos os personagens principais do processo
educativo ela poderá estabelecer e permitir ao aluno corrigir seus erros
e mais importante que isso, reconhecê-los, e dando possibilidade para
que o professor não se torne o único responsável por esta tarefa, por
este “ato político de avaliar”’ Rabelo, 2004, p. 74.
A partir dessas perguntas, o professor pode
escolher o método mais adequado para aplicar.
Existem diversas metodologias de avaliação:

• Observar os alunos

• Solicitar que eles façam redações sobre


determinado tema

• Aplicar provas objetivas

• Avaliação de trabalhos práticos

• Propor debates

• Apresentação de seminários
INSTRUMENTOS AVALIATIVOS
• Provas Observação diária;
• Objetivas;
• Dissertativas ; • Comportamento e participação;
• Oralidade;
• Leitura;
• Produção textual;
• Raciocínio lógico;

• Resumos e resenhas; Trabalho em grupo;


• Textos narrativos e
relatos de experiências; • Apresentações orais;
• Textos descritivos; • Trabalho em equipe;
• Textos • Cartazes, podcast, vídeos, PPT, etc;
prescritivos/injuntivo; • Registros diversos;
• Textos dissertativos;
Bloco 1 _(1º bimestre) Bloco 2 _ (2º bimestre)
• Avaliação Objetiva • Avaliação Dissertativa
• Produção de texto • Produção de texto
• Observação diária • Observação diária

Bloco 2 _ (4º bimestre)


Bloco 1 _ (3º bimestre) • Avaliação Dissertativa
• Avaliação Objetiva • Produção de texto
• Produção de texto • Observação diária
• Observação diária
Além disso, a avaliação precisa ser um processo contínuo e sistemático, que vai se
ajustando conforme as necessidades aparecem. Sendo assim, é perfeitamente
possível e desejável que mais de um método de avaliação apareça no planejamento
pedagógico, além da velha prova escrita.
NO QUE SE
BASEAR PARA
FAZER UMA
AVALIAÇÃO?
• A avaliação escolar só tem sentido
se estiver de acordo com o
conteúdo ensinado. Tentar avaliar os
alunos com conteúdos não vistos
foge totalmente da proposta
educacional. 
• Isso parece óbvio, mas as coisas
podem se tornar muito confusas
se o professor decidir usar um
trabalho de pesquisa como fonte
principal de nota.
• Se o professor quiser aplicar uma avaliação sobre
determinado assunto, ele deve promover
experiências para que os alunos consigam
aprender antes. Da mesma forma, se quer que os
alunos façam uma pesquisa, deve ensiná-los como
fazê-la e entender que os resultados podem (e
provavelmente serão) diferentes dos esperados. 

• Lembre-se que todos os exames feitos em sala de


aula, sejam eles bons ou ruins, servem para que a
equipe pedagógica consiga tomar decisões mais
precisas quanto à aprendizagem dos alunos e aos
métodos de ensino.
Se as respostas não atingirem suas expectativas, o professor pode procurar
outra forma de desenvolver o conhecimento e explicar os assuntos para que
os alunos tenham um melhor desempenho. Como você já sabe, a avaliação é
um processo contínuo e deve ser assim para o professor também.

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