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Profª Ma.

Flávia Cutrim
EMENTA:

Prescrição, leitura e interpretação dos exames


laboratoriais solicitados na Atenção Básica e
Secundária na assistência de enfermagem,
proporcionando aos enfermeiros a capacidade de
intervenção, permitindo uma assistência
humanizada e qualificada.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
Unidade 1:
1. Introdução à interpretação clínica dos exames laboratoriais:
1.1 Considerações gerais.
1.2 Epidemiologia e Bioestatística: aplicações ao laboratório
clínico.
2. Exames Hematológicos
1.1 – Série eritrocitária e índices hemantimétricos;
1.2 – Série leucocitária e Leucemias;
1.3 – Trombócitos ou plaquetas e testes de coagulação
1.4 – Velocidade de hemossedimentação (VHS)
3. Dosagens Bioquímicas
3.1 – Eletrólitos;
3.2 – Enzimas.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
Unidade 2:
3.3 – Metabolismo dos carboidratos (Diabetes mellitus):
Síndrome metabólica
3.4 – Metabolismo das lipoproteínas;
3.5 – Função renal;
3.6 – Função hepática e Hepatites virais;
3.6 – Outras dosagens: Ác. Úrico, Ác. Láctico, Ác. Pirúvico,
Transferrina e Ferritina.
4. Urinálise
4.1- Coleta, exame físico, químico qualitativo e quantitativo,
sedimentoscopia
5. Interpretação clínica dos exames laboratoriais utilizados no
Pré-operatório
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
Unidade 3:
6. Função respiratória: Gasometria arterial e estudo eletrolítico
7. Marcadores laboratoriais utilizados nas alterações cardíacas
8. Marcadores laboratoriais nas provas de Inflamação, doenças
Auto-imunes e Sorologias
9. O laboratório clínico nas principais endocrinopatias
Unidade 4:
10. Fezes
10.1 – Parasitológico
10.2 – Sangue oculto e coprológico funcional
11. Culturas Microbiológicas: Sepsemia
12. Diagnóstico e monitoramento das Infecções Sexualmente
Transmissíveis
13. Abordagem de interpretação nos exames de Pré-Natal
Bibliografia Básica:
DIEUSAERT, P. Como prescrever e interpretar um exame
laboratorial: guia prático de análises médicas. 2. ed. São Paulo:
Organização Andrei, 2001.
FISCHBACH, F.T. Manual de enfermagem: exames laboratoriais
e diagnósticos. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.
WALLACH, J. Interpretação de exames laboratoriais. 7. ed. Rio de
Janeiro: Medsi & Guanabara Koogan, 2003.
 
Bibliografia Complementar:
FERREIRA, A. W. Diagnóstico Laboratorial. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 1996.
PAGANA, K. D.; PAGANA, T. J. Manual de testes diagnósticos e
laboratoriais. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001.
RAVEL, R. Laboratório Clínico. 6.ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 1997.
 Normalidade x Alterações
 Significado clínico dos

resultados:
ATENÇÃO PRIMÁRIA E SECUNDÁRIA
 
 A sensibilidade e a especificidade são as
características que, juntamente com a taxa de
prevalência do agravo na população estudada,
ajudam a determinar a precisão de diagnóstico
de um teste ou de uma combinação de testes
numa dada população.
 A escolha de um exame laboratorial ou
instrumento de diagnóstico ou a combinação
de testes e instrumentos, depende
principalmente de outros critérios importantes:
1 Objetivo da detecção do agravo e
2 Prevalência do agravo na população estudada.
 
 Sensibilidade: refere-se a precisão com que
um teste pode confirmar a presença de um
agravo. Um teste com grande sensibilidade
dará poucos resultados falsamente
negativos.
 
 Especificidade: refere-se a precisão com que
um teste pode confirmar a ausência de um
agravo. Um teste com grande especificidade
dará poucos resultados falsamente positivos.
 
1. Série vermelha ou
eritrócitos;
2. Série branca ou leucócitos;
3. Trombócitos ou plaquetas e
testes de coagulação
4. Velocidade de
hemossedimentação (VHS)
 Hemácias :
Principal componente
do sangue
 Hemoglobina: Transp. de Oxigênio
(ferro)
 Hematócrito: Volume relativo das
hemácias dentro do volume do
sangue, que é expresso em %
ERITROGRAMA
A) Contagem das Hemácias
 Valores normais
 Homens
4.5 a 6 milhões
 Mulheres
4.5 a 4.8 milhões
 Crianças -4.6 a 4.8 milhões

B) Hematócrito: Homem -40% a 54%


 Mulher -37% a 47%
C) Hemoglobina: Homem -14% a 17%
 Mulher -12% a 15,5%

OBS: Quando a Hb está baixa indica


Anemia ou Hemorragia recente.
 Aumento da contagem das hemácias -
POLICITEMIA relativa ou absoluta.
 Diminuição da contagem das hemácias - ANEMIA,
sobrecarga liquida ou hemorragia, mais de 24 h.
 São produzidas na M.O na proporção de 2 milhões
por segundo.
 As células velhas são destruídas no BAÇO.
 Nas maiores ALTITUDES há uma maior produção de
hemácias.
 Quando os eritrócitos se rompem (HEMÓLISE)
liberam hemoglobina, que é convertida em
BILIRRUBINA e eliminada pela vesícula biliar.
Obs: Toda alteração nas hemácias será devido a
PATOLOGIAS ou incapacidade do BAÇO de retirar
da circulação hemácias com mal formação.

Eritroblastos: São hemácias nucleadas que podem


ter regenerações eritrócitária, ou como consequência
de infiltração medular e leucose.
Reticulócitos: Reflete estado regenerativo da
medula.
 As VERMINOSES são fator importante
na anemia severa.
 Ancilostomídeos
 Esquistossomídeos
 Malária e outros..
 Ideal é a ingesta de Ferro com Vit. C
SINAIS DE ANEMIA

A sintomatologia é proporcional a gravidade.


•Hipovolemia
•Queda na oxigenação
•Hb≤9 g/dl:
Irritabilidade, fadiga, palidez e dispnéia a
esforços físicos continuados.
Pode haver anginas.
 Hb entre 6 e 9 g/dl: Palidez evidente,
sopro anêmico, taquicardia , dispnéia
e fadiga a menores esforços.

 Hb<3,5 g/dl: Insuficiência cardíaca é


eminente, e toda a atividade
impossível.
 ÍNDICES ERITROCITÁRIOS:
Ajudam a classificar as anemias.

 VCM: volume corpuscular médio.


 82 a 98 mm³
 (avalia a média do tamanho)

 MICROCÍTICAS: é comum em anemias por


déficit de ferro.
 MACROCÍTICAS: Está associado a presença de
grande números de Reticulócitos, ao
tabagismo, déficit de Vit-B12 e Ácido fólico.

 HCM - Hemoglobina Corpuscular média:


26 a 34 pg
 CHCM- Concentração de Hemoglobina

Corpuscular Média: 31 a 37 g/dl


Anemias ferropriva:
há uma queda na produção de Hb.

Anemia perniciosa ou Megaloblástica:


Doença auto imune caracterizada pela falta do
fator intrínseco necessário para absorção da Vit–
B12 da dieta.
VCM > 99 fl e CHCM normal

 Anemias Hemolíticas:
Anemias falciformes, Talassemias,
Esferocitose hereditária e etc.,
são diagnosticadas logo na infância.
 Paciente com
anemia grave.
 •Baço palpável
 •Causa: Calazar/

LVA
RDW (Redcell Distribuition Width):
Observa-se a variação do tamanho da
hemácia pela varedura de pulso durante a
leitura.

• Índice de ANISOCITOSE, que se altera


precocemente no déficit de ferro antes da
alteração dos demais parâmetros, como na
queda da Hb.
VHS:
Velocidade de Hemossedimentação da hemácias.

 Indica o resultado entre as forças envolvidas na


sedimentação das hemácias e os mecanismos
oponentes exercidos por substâncias
plasmáticas, especialmente pelo Fibrinogênio e
pelas proteínas de fase aguda.

 Valores: homem: 0 a 10 mm/hora


mulher : 0 a 20 mm/hora
 Nos processos INFLAMATÓRIOS ocorre uma
maior agregação das hemácias isso favorece o
aumento da velocidade de sedimentação.

 VSH é útil para monitorar inflamação crônica e a


atividade da doença como na artrite reumatóide,
mesmo em uso de corticóides.

 OBS: homens entre 45 e 64 anos e com VHS no


limite superior, junto com fatores de risco, tem
duas vezes mais risco de morte por doenças das
coronárias.
Eritrograma:
 Contagem e morfologia de hemácias (normocíticas e
normocrômicas)
 Gestação: hipocrômicas, de tamanho e formas variadas
 Valores de referência:
Tipo de indivíduo Eritrócitos (x 106/mm³) Hemoglobina (g/dl) Hematócrito (%)

Recém nascidos (a termo) 4,0 - 5,6 13,5 - 19,6 44 – 62

Crianças (3 meses) 4,5 - 4,7 9,5 - 12,5 32 – 44

Crianças (1 ano) 4,0 - 4,7 11,0 - 13 36 – 44

Crianças (10 a 12 anos) 4,5 - 4,7 11,5 - 14,8 37 - 44

Mulheres (gestantes) 3,9 - 5,6 11,5 - 16,0 34 - 47

Mulheres 4,0 - 5,6 12 - 16,5 35 - 47

Homens 4,5 - 6,5 13,5 – 18 40 - 54


 Valores de referência dos índices hematimétricos:
Idade VCM (fl) HCM (pg) CHCM (%)
Crianças (3 meses) 83 – 110 24 - 34 27 - 34
Crianças (1 ano) 77 – 101 23 - 31 28 - 33
Crianças (10 a 12 anos) 77 - 95 24 - 30 30 - 33
Mulheres 81 – 101 27 - 34 31,5 - 36
Homens 82 – 101 27 - 34 31,5 - 36

 VCM: Volume Corpuscular Médio (tamanho)


 HCM: Hemoglobina Corpuscular Média (peso)
 CHCM: Concentração de Hemoglobina Corp. Média (cor)
A contagem de LEUCÓCITOS ou
leucometria é a principal informação na
análise.
 A contagem diferencial fornece
informações específicas sobre o tipo de
leucócitos que esta sendo afetado,
avaliando a capacidade do organismo
de combater infecções e também
detectar reações alérgicas, infestações
parasitária ou LEUCEMIAS.
 A contagem pode aumentar ou diminuir na
presença de doenças e diminuir em stress,
alcoolismo e exercício físicos excessivos.

O aumento dos leucócitos indica:


 Infecção por abcesso, meningite, apendicite,

amigdalite, LEUCEMIA, infarto do miocárdio


ou gangrena.
 A LEUCOMETRIA varia de:
 5.000 a 10.000 leucocitos/mm³.

Diferencial: 100% divididos em:


 Eosinófilos–2% a 4 % (60 -320 L/mm³)
 Linfócitos –21% a 35%( 1.200 –2.400 L/mm³)
 Monócitos –4% a 8% ( 240 –640 L/mm³)
 Neutrófilos–Bastões: 3% a 5% (120 –320 L/mm³)

 Segmentados: 58% a 66% (3.300 –5.200 L/mm³)


 Basófilos: 0% a 1% ( 0 –80 L/mm³)
O fumo, café e obesidade aumenta os
leucócitos
 O álcool diminui.
 Cada pessoa tem seu próprio número

normal, porém a mesma forma


leucocitária.
NEUTRÓFILOS:
 •Defesa predominante para Bactérias.

 Neutrofilia:
É o aumento do numero absoluto de
neutrófilos
 (Bastonados e Segmentados), que são
células maduras, pós-mitóticas, que
fazem diapedese e exercem sua atividade
reacional e defensiva nos tecidos e
cavidades naturais.
 Na M.O há um contingente de 10 a 20 vezes
superior ao existente no sangue.
 É a reserva granulocítica medular, com

predominância de bastões sobre


segmentados na proporção de 3/2, havendo
uma preferência hierárquica na liberação dos
segmentados para o sangue, assim com
domínio na forma leucocitária.
 Assim, segmentados na sua maioria na

corrente sanguínea e bastões na sua maioria


de reserva na M.O.
 É a liberação da reserva medular ( Bastões)
por estímulos oriundos das áreas
inflamatórias, infeccionadas, traumatizadas
ou necróticas.
 Há dois contingentes, um que circula livre nos
vasos e outra que adere ao endotélio na
microcirculação.
 Assim a contagem total seria em dobro.
 SINAL LEUCÊMICO.
BASTÕES SEGMENTADOS

Valor relativo 3% a 5 % 58% -66%

Valor absoluto 120 -320 3.300 –5.200


LINFÓCITOS:
 Defesa predominante para Vírus.

 Linfocitopenia: ↓ no nº de linfócitos

 Linfocitose: ↑ no nº de linfócitos

Valor relativo 21% -35 %


Valor absoluto 1.200 –2.400
EOSINÓFILOS

 Há Eosinofilia, aumento no nº em infestações


por:
 •Parasitoses( Ancilostomose,

Estrongiloidiase, Ascaridíase, Filiriase,


Esquistossomose, Tricuriase, Larva Migrans) .
 •Quadro asmático, Renites e Dermatites .

 Valor relativo 2% -4%


 Valor Absoluto 60 –320
BASÓFILOS:
Constantes nas leucemias e colite ulcerativa.

MONÓCITOS:
Macrófagos fixos nos tecidos, constantes nas
endocardites, hepatites, tuberculose,
leishmaniose.

 Valor relativo 0% -1 %
 Valor absoluto 0 -80
Leucócitos : 3600 a 11.000 /mm³
Neutrófilos : 40 a 78 % 1700 a 7800 /mm³
Segmentados : 40 a 78 % 1700 a 7800 /mm³
Eosinófilos : 1 a 5 % 20 a 500 /mm³
Basófilos : 0a2% 0 a 200 /mm³
Linfócitos : 20 a 50 % 1000 a 4000 /mm³
Monócitos : 2 a 12 % 20 a 1000 /mm³
 Tem origem da fragmentação do citoplasma
dos megacariócitos na M.O.
 Tem importância na fase inicial da

hemostasia, por meio de adesão plaquetária


à superfície estranha formando o tampão
plaquetário.
 Qualitativa: Aspecto Morfológico –processos
em síndromes mieloproliferativas e destruição
periféricas na PTI (Púrpura Trombocitopênica
Idiopática).
 •Quantitativas: Plaquetopenia

 Hiperplaquetemia
VALORES:
 Adultos – 140.000 –400.000 mil/mm³
 Crianças –150.000 –450.000 mil/mm³
 TROMBOCITOSE: Aumento do nº de plaquetas,
ocorre nas Hemorragias, doenças infecciosas
e inflamatórias, anemia ferropriva, câncer,
cirurgias recentes, esplenectomia e gravidez.

 TROMBOCITOPENIA: Queda no nº de
plaquetas, ocorrendo nas doenças infiltrativas
da M.O, leucemias, aplasia medular, déficit de
acido fólico e Vit.B12, destruição por doenças
autoimunes ou por drogas, CIVD (coagulação
intravascular disseminada), LVA.
 Indicador de alterações numéricas e
funcionais das plaquetas, medindo a duração
de um sangramento após uma incisão
cirúrgica na pele.
 VALORES: 3 a 6 minutos
 Obs: O tempo de sangramento alto pode

indicar LLA, CIVD, Hepatopatia grave, e deficit


de fatores de coagulação(I,II,V,VII,VIII,IX ou XI)
 TAP: Tempo de avaliação da Protombina.
 Exame de escolha para monitorizar terapia

com drogas anticoagulantes orais.

 TAP alto indica patologias que afetam o


processo de absorção, síntese e
metabolização da Vit. K ou deficiência do
fator VII.
TAP:
VALORES: 10 a 14 segundos.

 TTPA: Tempo de Tromboplastina Parcialmente


Ativada.
 Avalia defeitos na via intrínseca da

coagulação, como deficiência dos fatores de


coagulação VIII, IX, XI,XII, com exceção das
plaquetas.
VALORES: 21 a 35 segundos
 Glicoproteína sintetizada no fígado , que está
envolvida no processo final da coagulação
VALORES: 200 A 400 mg/ dl (2 a 4 g/l);

 O fibrinogênio eleva em processos


inflamatórios e infecciosos agudos, traumas,
neoplasias, pós operatórios, uso de
anticoncepcionais orais, síndrome nefrótica ,
gravidez e tabagismo.
 O FIBRINOGÊNIO diminui com a queda da
produção hepática, aumento do consumo sem
tempo de reposição adequado na CIVD, em
complicações obstétricas e traumatismos.

 É um teste mais importante na CIVD.


Coagulograma
A Prova do laço avalia a fragilidade capilar
(petéquias), deve ser NEGATIVA, num tempo
de 5 – 10 min de teste >>>>> Tendência a
hemorragias;
 Tratamento: A HBPM (heparina de baixo

peso molecular) e a Heparina convencional


não atravessam a barreira placentária.
1. Eletrólitos;
2. Enzimas;
3. Glicose
4. Outras dosagens
 POTÁSSIO:
 Cátion de maior concentração nos liquidos

intracelulares e 2% nos LEC.


VALORES: LIC : 150 a 160 mEq/L
LEC: 3.5 a 5 mEq/L
 é medido especialmente no LEC, para saber

seu excesso ou diminuição e saber a origem


das arritmias.
 SÓDIO

É o maior cátion e a principal partícula


osmótica do meio extracelular.
 Assim o mais importante do

organismo.
VALORES: 135 a 145 mEq/L
 CÁLCIO:
Cerca de 98% está localizado nos ossos e
dentes; 2% no fluido extracelular e em
outros tecidos, especialmente no
musculo esquelético. Desses 2 % , 50%
esta ligado a proteínas plasmáticas e
40% estão ionizados ou livres.
VALORES: Ca Total –8.2 a 10.2mg/dl
Ca Ionizado –4.65 a 5.28 mg/dl
 CLORETO:
 Ajuda a manter a pressão osmótica do

sangue, pois regula o volume sanguíneo e o


controle da pressão arterial.
 Afeta o mecanismo acido-básico
 É eliminado pelo rins.

VALORES:100 A 108 mEq/L


FOSFATOS:
São encontrados nos ossos, tecidos moles,
ligado a proteinase lipídios e carboidratos.
Elevam-se na desidratação e exercícios físicos.
É inversamente proporcional ao Cálcio.

VALORES: 2.7 a 4.5 mg/dL


Crianças: 4.5 a 6.7 mg/d|L
 MAGNÉSIO:
 É absorvido pelo intestino delgado, 50% nos

ossos, 1% no sangue e tecidos moles 49%.


 Tem importância para enzimas intracelulares.
 Seu aumento pode levar a PCR após arritmias

cardíacas.
 Valores abaixo de 1.0 acompanhada da

queda de cálcio é sinal de gravidade.

VALORES: 1.3 a 2.1 mg/dL


 TGO -(Transaminaseoxaloacética)
 Também conhecida com
AST(aspartatoaminotransferase), encontradas em
diversos órgãos e tecidos, incluindo coração,
fígado, mesculoesquelético e eritrócitos
 Sua elevação indica comprometimento celular
mais profundo.
 Ex: nos hepatócitos, proveniente de hepatites
virais agudas, alcóolicas, metástase hepática,
necroses medicamentosas e isquêmicas.

VALORES: 7 –45 UI/L


 TGO -(Transaminaseoxaloacética)
AST(aspartatoaminotransferase) – Hepatites
 TGP –( transaminasePirúvica)

também em miosites ou miocardites.


 AMILSE / LIPASE:

inflamações na cavidade abdominal e biliar.


 TGP –( transaminasePirúvica)
 Também conhecida como

ALT(Alaninaaminotransferase)
 Encontrada abundantemente no fígado
 Se eleva rapidamente na lesão hepática.
 Pode-se está elevada também em miosites ou

miocardites.
 No RN pode-se estar elevada devido a

imaturidade do fígado.

VALORES: 5 –35 UI/L


 AMILASE:
 São enzimas que hidrolisam amilopectina,
amido e glicogênio na boca, estômago e
intestino.
 É de origem pancreática e de glândulas
salivares.
 Seus níveis tem importância clinica na
investigação de função pancreática.
 20% das pancreatites cursam com Amilase

4 a 6 x o limite superior.

VALORES: 25 A 85 U/L
 LIPASE:
 É uma enzima digestiva produzida pelas

células do pâncreas exócrino.


 Tem o papel de hidrolisar as longas cadeias

de triglicerídeos no intestino delgado em


ácidos graxos e em glicerol.
 É um melhor marcador que a amilase como

marcador pancreático.
 A Lipase fica elevada na maioria das

inflamações na cavidade abdominal e trato


biliar.

VALORES: abaixo de 160U/L


 FOSFATASE ALCALINA (ALP):
 É uma enzima presente em todos os tecidos

do organismo, principalmente de túbulos


renais, ossos, placenta, TGI e fígado.
 Influencia no transporte de lipídios e

calcificação óssea.
 É importante na investigação de doenças

hepatobiliares, ósseas e metástases.


 É marcadorde processo obstrutivo hepático,

litíase e carcinoma do pâncreas.

VALORES: 30 A 85 U/L
 GAMA GT (Gama GlutamilTranspeptidase):
 É uma enzima de membrana celular envolvidas

no transporte de aminoácidos por meio da


membrana celular.
 Os níveis são de origem hepática e se

aumentados por 28 dias, é decorrente de


lesão hepática ligadas ao álcool.
 No pós IAM (infarto) a GGT fica aumentada por

4 semanas.
VALORES:
 •Homens acima de 16 anos: 6 a 38U/L
 •Mulheres de 16 a 45 anos : 4 a 27 U/L
 •Mulheres acima de 45 anos: 6 a 37 U/L
 •Crianças : 3 a 30 u/l
 FOSTATASE ÁCIDA:

 São enzimas ativas com um PH de 5. As


maiores concentrações na próstata, no
fígado e M.O.
 São marcadores de 50% de carcinomas na

próstata.
 Está elevado em crianças em fase de

crescimento e metabolismo ósseo.

VALORES: 0 a 3.7 U/L


 PSA –(Antígeno Prostático Específico).
 É uma glicoproteína com atividade proteolítica

que dissolve gel seminal depois da ejaculação.


 Os níveis estão altos no câncer da próstata,

hipertrofia benigna da próstata e prostatites


agudas ou crônicas.
 Correlaciona-se diretamente com o tamanho

da próstata, com a fase do câncer e resposta


ao tratamento.
 Para fechar diagnóstico se faz com PSA +

toque retal + biópsia.


VALORES:
 40 a 50 anos –2 a 2.8 mg/ml
 51 a 60 anos –2.9 a 3.88 ng/ml
 61 a 70 anos –4 a 5.3 ng/ml
 71 acima –5.6 a 7.28 ng/ml
 GLICOSE 6 –FOSFATO DESIDROGENASE
 A G6PD é uma enzima que faz parte da via que
metaboliza a glicose.
 Seu déficit altera a estabilidade das hemácias,
tornando-as vulneráveis a desnaturação
oxidativa da Hb, levando a Hemólise.
 A suscetibilidade a hemólise é aumentada pela
exposição a agressões virais ou bacterianas e
na presença de distúrbios metabólicos.

VALORES: 4.3 a 11.8 U/g


 CK (Creatinoquinase Total):
 É uma enzima que desempenha o papel de
reguladora no metabolismo intracelular dos
tecidos contráteis.
 Está presente no tecido cardíaco, musculatura
estriada e cérebro.
 A maior utilização está na avaliação do
diagnóstico das lesões e doenças da
musculatura esquelética e no IAM.
VALORES:
 CK TOTAL: Homens: 55 a 170 U/L

Mulheres: 30 a 135 U/L


CK diminui em: CK se eleva nos casos de:
•Distrofia muscular
•Perda de massa
•Exercicios extenuantes
muscular
•Dermatomiosites
•Hepatopatias alcóolicas
•Injeções intramusculares
•Artrite reumatóide
recentes
•Pacientes idosos e •Após crises convulsivas
acamados •IAM e cardioversão

CK ↓ CK ↑
OBS:
 No IAM o CK total esta aumentado
nas primeiras 4 a 6 horas após o
inicio do quadro, com pico entre 18
a 24 horas, ficando alterada por 48
a 72 horas de 3 a 20 vezes o valor
normal.
 A glicose é essencial para função do cérebro
e dos eritrócitos.
 A dosagem tem como finalidade de
diagnosticar e acompanhar o tratamento de
portadores de algum distúrbio no
metabolismo de carboidratos que leva a
hipoglicemia ou hiperglicemia.

VALORES: 70 A 100 mg/dl


 Glicemia < 50mg/dl:
 Fadiga, mal-estar, nervosismo, alterações de

humor, irritabilidade, tremores, cefaleia,


fome, sudorese fria, taquicardia, arritmias.
 Caso não haja correção da glicose ocorre:
 Vista turva ou dupla, incapacidade de

concentração, frauquesa motora, convulsões,


danos cerebrais irreversíveis e morte.
 Diabetes Mellitus:
 Caracterizada pela hiperglicemia, glicosúria e

outras manifestações decorrente do


comprometimento do sistema vascular,
nervoso, levando a lesões diversos orgãos,
olhos, rins e coração.
 ÁCIDO LÁTICO E PIRÚVICO:
 Os níveis de Acido Lático estão relacionados
com a disponibilidade de oxigênio.
 É um marcador sensível e confiável de
hipóxia tecidual, TROMBOSES PERIFÉRICAS.

VALORES: Lactato: 0.93 a 1.65 mEq/L


Piruvato: 0.08 a 0.16 mEq/L
 Causas da elevação:
 Choque, hipovolemia, IAM, insulficiência

ventricular esquerda, edema pulmonar,


diabetes mellitus, insuficiência hepática,
neoplasias, leucemia, exercícios excessivos e
hiperventilação.
 ÁCIDO ÚRICO:
 Oriundo do catabolismo das PROTEÍNAS da

dieta e fontes endógenas, concentra-se


principalmente no fígado.
 Excretado principalmente por via renal.
 O níveis são determinados pela relação entre

a dieta, produção endógena e os mecanismos


e reabsorção e excreção.

VALORES: Homem: 3.4 a 7 mg/dl


Mulher: 2.3 a 6 mg/dl
 GOTA:
 Caracteriza-se por HIPERURICEMIA devido a

hiperprodução como na hipoexcreção


 A alteração da função renal, hipertenção

arterial, DM, podem induzir a uma diminuição


da velocidade de excreção do AU.
 CREATININA:
 A análise quantitativa dos níveis séricos,
urinários de creatinina e o “CLEARANCE”
avaliam a função Renal.
VALORES:
 N.Urinários: Homem: 1 a 1.9 g/24 hs

Mulher: 0.8 a 1.7 g/dl


 N.Séricos: Homens: 0.8 a 1.2 mg/dl

Mulheres: 0.6 a 0.9 mg/dl


 DEPURAÇÃO: Homens: 85 a 125 ml/min

Mulher: 75 a 115 ml/min


 Para normal função dos Rins é necessário:

 Fluxo sanguíneo, filtração glomerular, função


tubular e permeabilidade das vias urinárias.
 •A função dos Rins é depurar, equilíbrio

hidroeletrólitico e produção de hormônios.


 •Níveis séricos de creatinina elevados

indicam geralmente doença renal que lesou


gravemente os néfrons.
 URÉIA:
 Principal produto do catabolismo dos

aminoácidos e de protéinas.
 Principal fonte de excreção do Nitrogênio do

sangue.
VALORES: 8 A 20 mg/dl
 Causas da Uremia

Catabolismo aumentado de proteínas e sua


ingesta excessiva, desidratação, infecções,
choque hemorrágico.
 BILIRRUBINAS:
 São produtos do catabolismo da Hb, 70% é
provenientes dos eritrócitos velhos, 15% das
fontes hepáticas e 15% das células defeituosas na
M.O.

VALORES: Adultos: B. Indireta:< = 1.1mg/dl


B. Direta: < 0.5 mg/dl
B.Total sérica: 2 a 12 mg/dl
Neonatos:
B. Total: até 1.2
B. Indireta: até 0.8 mg/dl
B.Direta: até 0.4 mg/dl
Bilirrubinas (Direta e Indireta)
 Exame: BTF (Bilirrubina Total e frações);
 Lesão hepatocelular, fluxo biliar e função de síntese do
fígado;
 É o produto final da destruição da porção "heme" da
hemoglobina e outras hemoproteínas (Bilirrubina
Indireta ou Não-conjugada);
 A BI sofre o processo de conjugação no fígado e passa
a ser bilirrubina direta ou conjugada;
 O aumento da Bilirrubina no sangue seria
responsável pela coloração amarelada do globo
ocular e da pele (ICTERÍCIA);
 Valores de Referência no Adulto:
BT (BD + BI): 0,2 – 1,0 mg/dL
BD: 0 – 0,2 mg/dL
BI: 0,2 – 0,8 mg/dL
 TRANSFERRINA:
 Proteína transportadora de ferro para suprir as

necessidades teciduais, minimiza os níveis de ferro


no plasma e perdas urinárias.
Valores: 200 a 400 mg/dl

 FERRITINA:
 Proteína de reserva do ferro, é de FASE AGUDA e se

eleva nas infecções, inflamações e traumas.


Valores:
 Homem: 20 a 300 ng/ml
 Mulher: 20 a 120 ng/ml
 6 meses a 15 anos: 7 a 140 ng/ml
 FERRO:
 A hemoglobina utiliza cerca de 80% do ferro

corporal.
 Toda doença com sangramento agudo, faz

com que haja uma rápida restauração de Hb,


causando déficit de ferro.
Valores:
 Homens: 60 a 170 mg/dl
 Mulheres: 50 a 130 mg/dl
 ALBUMINA:
 Proteína mais abundante no plasma; 60% da

concentração total das proteínas do corpo.


 Papel de transporte de substâncias e na

manutenção da pressão osmótica.


 É um marcador do estado nutricional.

Valores: Pré-Albumina: 3.5 a 5 g/dl


Albumina: 16 a 30 mg/dl
 Principais Aplicações Clínicas: O teste no
sangue é útil na avaliação do estado
nutricional e nas doenças com alterações de
proteínas.
 Na urina é importante na caracterização de

doenças renais, tanto glomerulares quanto


tubulares. Ajuda no diagnóstico de derrames
cavitários (pleural, ascítico, pericárdico),
diferenciando transudato (proteína inferior a
3g/dL) e exudato (proteína superior a 3g/dL).
 Colesterol total.
 Triglicerídeos.
 Colesterol-HDL.
 Colesterol-LDL (por cálculo).
 Relação: colesterol total/colesterol-HDL.
 Relação: colesterol-LDL/colesterol HDL.
 Aparência do soro (refrigeração de 18h a 4ºC)
 Apoproteína B (Apo B).
 Esterol encontrado em todos os tecidos animais.
 Ajuda na avaliação dos riscos de aterosclerose e
doenças das coronárias.
 Curva de Tolerância à Glicose ou Curva Glicêmica;
 Objetivo: identificação de RESISTÊNCIA à INSULINA;
 O teste é realizado com várias coletas de sangue. A

primeira em jejum e as outras 30, 60, 90, 120 minutos após


a ingestão de dextrosol (glicose anidra);
 Valores de referência: 2 horas após 50 - 75g de glicose

- Menor que 140 mg/dL >>> Normal


- Entre 140 e 199 mg/dL >>> Intolerância à
glicose
- ≥ a 200 mg/dL >>> Diabetes

 Mulher, com 57 anos de idade, sem acompanhamento
médico regular, é atendida em ambulatório de clínica
médica de hospital secundário por queixa de edema
de membros inferiores e face e de urina espumosa há
três meses. A paciente não refere doenças anteriores e
desconhece seus antecedentes familiares.
 Ao exame clínico encontra-se orientada, normocorada,
hidratada, afebril, com edema de face (++/4). Pressão arterial
(posição deitada) = 176 x 102 mmHg com pulso = 76 bpm;
pressão arterial (posição supina) = 154 x 78 mmHg com pulso
= 72 bpm. Frequência respiratória = 18 irpm. Exame cardíaco
normal. Ausculta pulmonar: murmúrio vesicular diminuído nas
bases pulmonares, sem ruídos adventícios. Abdome com sinais
de ascite moderada, membros inferiores com edema
compressível (++/4). Fundoscopia: prejudicada por
opacificação do cristalino.
 Exames laboratoriais complementares:
Glicemia de jejum = 283 mg/dL, Creatinina =
1,8 mg/ dL, Ureia = 60 mg/dL. Colesterol
total = 312 mg/dL, LDL = 230 mg/dL, HDL =
40 mg/dL, VLDL = 42 mg/dL, triglicérides =
210 mg/dL. Albumina sérica = 1,8 g/dL.
Exame sumário de urina: proteinúria (+++
+/4), glicosúria (++/4), sem outras
alterações. Proteína na urina de 24h5,5g.
Dosagem de eletrólitos e hemograma
normais.
 Etiologia para o quadro apresentado:
 Paciente do sexo masculino, 41 anos procurou para
check-up. Sem queixas, exceto ganho de peso nos
últimos 5 anos (8 Kg). Vida sedentária. Bebe
aproximadamente 10 doses de uísque por semana.
Refere 1 irmão com coronariopatia aos 50 anos.
 Exame físico: Alt: 1,75 mts Peso: 85 kg Obesidade
tronco-abdominal ACV: fc: 85 bpm pa: 160/105 mmHg
Restante do exame sem alterações de importância.
EXAMES: Glic. 125mg% Colest total 330mg%, Trigl.
600mg%, HDL 35 mg%, LDL 185 mg% , VLDL 120mg% Glic
2 horas após 75g de Dextrosol V.O.: 180mg%
 A) Metabolismo de carboidratos?
 B) E quais os riscos para este paciente.
 Criança com um ano de idade foi amamentada com
leite materno exclusivamente até os seis meses,
quando passou a receber alimentação complementar
com frutas, papa salgada composta de vegetais,
cereais e, às vezes, carne. Na ocasião da consulta de
puericultura, por apresentar palidez, o médico
solicitou eritrograma que apresentou os seguintes
resultados: Hemoglobina = 10,2 mg/dL (valor normal =
11 - 13 mg/dL); Hematócrito = 30,8 % (valor normal = 36-
44 %); Volume Corpuscular Médio = 75 fL (valor normal =
77- 101 fL); Hemoglobina Corpuscular Média = 21 pg
(valor normal = 23-31 pg); Concentração de Hemoglobina
Corpuscular Média = 26 g/dL (valor normal = 28-33 g/dL)
e RDW = 15,5 % (valor normal 14%)
 A hipótese diagnóstica e exame complementar:
 Rastrear urina com relação à doença
renal ou do trato urinário;
 Auxiliar na detecção de doença

metabólica ou sistêmica não


relacionada à desordens renais;
 Cuidados na coleta: 50 a 100ml, jato

médio, higiene prévia.


Urina tipo I ou Sumário de urina ou EAS:
 Aspectos físicos (cor, densidade, odor, pH);
 Proteínas: traços (+); Repetir em 15 dias (Proteinúria: na
gestante: Pré-eclâmpsia)
 Glicose, corpos cetônicos : DM;
 Bilirrubina DIRETA: icterícias por danos hepáticos;
 Urobilinogênio: diminuído ou - = IR; aumentado = icterícias,
infecção grave, cirroses;
 Cilindros: comprometimento dos túbulos renais; ALTO RISCO
na gestação!!!!
 Hemácias: cálculos, traumas, cistites, etc.;
 Leucócitos: infecções urinárias, acima de 6 p/ campo;
 Nitrito: infecções urinárias assintomáticas;
 Células epiteliais: abscessos, cálculos, infecções;
 Cristais: irrelevantes, exceto os de Ác. Úrico – litíase;
 Muco: qtde exagerada nas infecções.
Urocultura c/ Antibiograma
Pesquisa de Infecção Urinária (IU);
Na gestação, tem elevada incidência. (10

a 12% das grávidas;)


O aumento do útero pode

obstruir parcialmente o ureter e


criar condições de estase urinária, A estase
é um mecanismo complicador.
Protoparasitológico (EPF)
 Identificar diversas infestações parasitárias (ovos, larvas,
cistos);
 Contaminação grave >>> ANEMIA, obstrução intestinal, etc.
 Exame em três (03) amostras , colhidas em dias diferentes;
 Evitar contaminação com urina e coleta em frascos
inapropriados;
 O MIF (Merthiolate-Iodo-Formol) é o líquido conservante
(coleta-se as três amostras no mesmo frasco);
 Taenia solium, T. saginata (teníase, “solitária”)
 Hymenolepis nana, H. diminuta
 Shistosoma mansoni (esquistossomose)
 Enterobius vermicularis (enterobíase, oxiuríase, “sibuí”)
 Trichuris trichiura (tricuríase)
 Ascaris lumbricoides (“lombriga”, ascaridíase)
 Ancylostoma duodenale, A. ceylanicum, Necator
americanus (“amarelão”, ancilostomíase)
 Strongyloides stercoralis
 Entamoeba coli, Endolimax nana, Iodamoeba butschlii,
Chilomastix mesnilli, Trichomonas hominis (amebíase não-
patogênica)
 Entamoeba histolytica (amebíase)
 Blastocystis hominis
 Balantidium coli
 Enterocytozoon bieneusi, Encephalitozoon intestinalis
 Cyclospora cayetanensis
 Cryptosporidium parvum
 Isospora belli
 Giardia lamblia (giardíase)
 SEPSE: Infecção sistêmica acompanhada de
bacteremia documentada por hemocultura. Alta
mortalidade 10-25% em UTI;
 Sepse Neo Precoce ( até 48h) e Tardia (>48 horas);
 Microorganismos mais encontrados: S. Coagulase

negativo; S. aureus; K. pneumoniae; P.


aeruginosa; Enterobacter sp.; Candida sp.
 Leucocitose freqüente;
 Porém LEUCOPENIA e a PANCITOPENIA

são considerados marcadores de


mau prognóstico;
 AUMENTA A GRAVIDADE
 Neutrofilia com desvio à esquerda e

granulações tóxicas !!!


 Monócitos vacuolados !!!!
 Em indivíduos sadios os níveis ficam abaixo
de 0,1 ng/mL;
 Na sepse, podem aumentar de 5.000 a 10.000

vezes;
 Aumenta consideravelmente em
infecções bacterianas e mais
discretamente em infecções virais e
fúngicas.
pH
pO
2
pCO
2
BE
 Os valores normais dos parâmetros biológicos
são representados por faixas, que representam
pelo menos 95% dos indivíduos.
 A avaliação do equilíbrio ácido-base é feita pela
determinação do pH, da PCO2, do bicarbonato e
da diferença de bases em amostras de sangue
arterial.
 A amostra de sangue deve ser coletada em
heparina, em condições anaeróbicas, refrigerada
e imediatamente analisada.
 A verificação do pH indica o
estado do equilíbrio ácido
base. Um pH abaixo de 7,35
indica a existência de
acidose, enquanto o pH
superior a 7,45 indica a
presença de alcalose.
 A verificação da PCO2
demonstra o estado do
componente respiratório do
equilíbrio ácido-base.
 Se a PCO2 está anormal, a

origem do distúrbio é
respiratória.
 Embora na prática, o termo PCO2 seja de uso
corrente, a expressão da pressão parcial de
gases, deve respeitar a seguinte convenção:
PACO2: refere-se à pressão parcial do CO2
no gas alveolar (com A maiúsculo).
PaCO2: refere-se à pressão parcial do CO2 no
sangue arterial (com a minúsculo).
PvCO2: refere-se à pressão parcial do CO2 no
sangue venoso (com v minúsculo).
 A verificação do bicarbonato
demonstra o estado do
componente metabólico do
equilíbrio ácido-base. Se o
bicarbonato está anormal, a
origem do distúrbio é
metabólica.
 A verificação da diferença de
bases permite avaliar a severidade
do distúrbio metabólico.
 Quanto maior o déficit de bases,

tanto mais severa é a acidose.


Quanto maior o excesso de bases,
tanto mais severa é a alcalose.
 O cálculo do bicarbonato ignora o poder
tamponante do fosfato e das proteínas
(principalmente a hemoglobina) do sangue e,
portanto, não permite quantificar o distúrbio
com precisão.
 A capacidade total de neutralização das bases

é melhor refletida pelo cálculo da diferença


de bases (excesso ou déficit de bases
existentes).
 Simples – aguda ou crônica
 Duplos - acidoses e alcaloses mistas,

acidose metabólica + alcalose respiratória;


alcalose metabólica + acidose respiratória
 Triplos - acidose mista + alcalose

metabólica; alcalose mista + acidose


metabólica
 Embolia pulmonar alcalose respiratória
 Hipotensão / choque acidose metabólica
 Vômitos / CNG alcalose metabólica
 Diarréia grave acidose metabólica
 Cirrose hepática alcalose respiratória
 Insuficiência renal acidose metabólica
 Sepse alcalose respiratória
 Gravidez alcalose respiratória
 Uso de diuréticos alcalose metabólica
 DPOC acidose respiratória
 Assepsia – Álcool a 70%
 Artérias preferenciais
 Heparinização da seringa
 Coleta em condições de anaerobiose
 Tempo de espera
Máximo 20 minutos
Esfriamento da amostra
Glicólise anaeróbica se demorar
Os eletrodos de pH, pCO2 e de pO2 são contidos em um pequeno
reservatório, cuja temperatura é controlada. O aparelho requer
calibração prévia para uso.
 pH 7,35 a 7,45
 pO 80 a 100mmHg (SO2 ≥ 94%)
2
 pCO 35 a 45mmHg
2
 HCO 22 a 26mmol/l
3 ou BR
 BE/BD -2,0mEq/l e +2,0mEq/l.
-
 Na acidose metabólica a diminuição do HCO 3

acarreta diminuição da PaCO2

 Esta diminuição pode ser prevista utilizando-


se a seguinte fórmula:
 PaCO2 = 1-1,4 x  HCO3-
-
 Na alcalose metabólica o aumento do HCO3
acarreta aumento da PaCO2

 Este aumento pode ser previsto utilizando-se


a seguinte fórmula:
 PaCO2 = 0,4-0,9 x  HCO3-
 Na acidose respiratória o aumento da PaCO2
acarreta aumento do HCO3-

 Esteaumento pode ser previsto utilizando-


se as seguintes fórmulas:
 HCO3- = 0,1 x  PaCO2 na Aguda
 HCO3- = 0,25-0,55 x  PaCO2 na Crônica
 Na alcalose respiratória a diminuição da
PaCO2 acarreta diminuição do HCO3-

 Esta diminuição pode ser prevista


utilizando-se as seguintes fórmulas:
 HCO3- = 0,2-0,25 x  PaCO2 na Aguda
 HCO3- = 0,4-0,5 x  PaCO2 na Crônica
 Caso clínico de gasometria
 pH: 7,35 – 7,45
 pCO2: 35 – 45
 pO2: 80 – 100
 HCO3: 18 – 24
  
 Caso 1 - Leptospirose, 76 anos, evoluiu para

insuficiência renal.
 pH= 7,16
 pCO2 = 31
 pO2 = 86
 HCO3 = 14 mEq/L
 Caso 2 - Paciente de 48 anos, miocardiopatia
chagásica, queixa de falta de ar, dispnéia,
ausculta pulmonar com estertores creptantes
que começam na base até terço médio.
  
 pH = 7,36 (7,35 – 7,45)
 pCO2 = 53 (35 – 45)
 pO2 = 56 (80-100)
 HCO3 = 22 (18-24)
 Caso 3- Paciente DPOC,
enfisematoso,pneumonia
 pH= 7,49
 pCO2 = 80
 pO2 = 69
 HCO3 = 39
 SOUZA, A. I.; B. FILHO, M.; FERREIRA, L. O. C.. Alterações hematológicas
e gravidez. Rev. Bras. Hematol. Hemoter.,  São José do Rio Preto,  v.
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