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animais e Humana
Raiva
Cuidados gerais
Lavar imediatamente o ferimento com água corrente , sabão ou outro detergente ;
Cão ;
Gato ;
Morcego ;
Animais silvestres : macaco , canídeos silvestres , guaxinins , ... ;
Animais de produção : bovinos , equinos , suínos , ovinos , ...
Coelho ;
Cobaia , porquinho da Índia ;
Hamster
Rato de telhado;
Ratazana de esgoto;
Camundongo
Aves
Raiva – formas animal
Furiosa
Paralítica
Raiva - Transmissão
Mordedura ( principal );
Arranhadura ;
Lambedura de mucosas ;
Lambedura de pele lesada.
Raiva - etiopatogenia
Raiva - Transmissibilidade
Variável ;
Depende da gravidade do ferimento e da localização ;
No homem , em média 45 dias , variando de dias a 1 ano ou mais ;
Em animais depende da espécie , variando de 15 dias a 4 meses , exceto
morcegos , cujo período pode ser maior.
Raiva – incidência
Esquema
de 4 doses
Iniciar 4 doses + + soro
Iniciar dose 0 e 3 soro
Observar 10 dias Esquema de 4
Acidentes graves Observar 10 dias
Se evoluir = 4 doses doses + soro
Se ñ evoluir =
suspender dose
restante
Raiva
–
profila
xia
pós-
exposi
ção
(nota
técnica
08/2022 )
Cão e gato
Mamiferos Mamíferos
Passível de Não passível morcegos
de produção silvestres
observação de observação
Contato indireto Lavar com água e sabão Lavar com água e sabão
Iniciar
Observar 10 Iniciar 4 04 doses
Ferimento leve Iniciar 4
dias doses + soro
doses Iniciar
Se evoluir = 4
doses 04 doses
+ soro
Iniciar Iniciar
Ferimento grave Observar 10
4 doses 4 doses
dias
+ soro + soro
Se evoluir = 4
doses + soro
Raiva - vacinação Dose : IM = 0,5 ou 1 ml ( dependendo do fabricante )
ID = 0,2 ml / 02 locais
Não aplicar no glúteo .
IM = 0, 3 ,7 e 14
ID = 0, 3 ,7 e 28
IM e ID = 0, 3, 7 e 14
Raiva - soro
A dose da IGHAR é de 20 UI/Kg de peso e a do SAR é de 40 UI/Kg de peso.
Conforme indicação, tanto a IGHAR quanto o SAR devem ser administrados o
mais rápido possível. Caso não tenha disponível, administrar no máximo em até
7 dias após a 1° dose de vacina raiva (inativada). Após esse prazo, a
administração da IGHAR ou do SAR é contraindicada.
Havendo possibilidade de identificação da localização da(s) lesão(ões), recentes
ou cicatrizadas, deve-se infiltrar o volume total indicado, ou o máximo possível,
dentro ou ao redor da(s) lesão(ões). Se a infiltração não for possível, aplicar o
restante por via intramuscular (IM), respeitando o volume máximo de cada
grupo muscular mais próximo da lesão.
Não é recomendada a administração da IGHAR ou SAR no mesmo grupo muscular
de aplicação da vacina.
PARTICULARIDADE: Em situações excepcionais de escassez de IGHAR ou SAR
fazer somente infiltração no local da ferida.
Raiva – profilaxia exposição pós PrEP
reexposição pós PEP
Atenção : se foi aplicado apenas 01 dose de PrEP ou PEP , essa deve ser desconsiderada e o esquema de
profilaxia , indicado para o caso , deve ser iniciado.
Raiva – sintomatologia
Os pródromos duram de 2 a 4 dias e são inespecíficos. O paciente apresenta mal-estar, pequeno aumento de temperatura,
anorexia, cefaleia, náuseas, dor de garganta, entorpecimento, irritabilidade, inquietude e sensação de angústia.
Podem ocorrer hiperestesia e parestesia no trajeto de nervos periféricos, próximos ao local da mordedura, e alterações de
comportamento.
A infecção progride, surgindo manifestações de ansiedade e hiperexcitabilidade crescentes, febre, delírios, espasmos
musculares involuntários, generalizados e/ou convulsões. Espasmos dos músculos da laringe, faringe e língua ocorrem
quando o paciente vê ou tenta ingerir líquido, apresentando salivação intensa.
Os espasmos musculares evoluem para paralisia, levando a alterações cardiorrespiratórias, retenção urinária e obstipação
intestinal.
O paciente se mantém consciente, com período de alucinações, até a instalação de quadro comatoso e evolução para óbito.
Observa-se presença de disfagia, aerofobia, hiperacusia e fotofobia. O período de evolução, após instalados os sinais e
sintomas até o óbito, é, em geral, de 5 a 7 dias.
Raiva - diagnóstico
O diagnóstico laboratorial da raiva ante-mortem pode ser realizado através da identificação do antígeno
rábico pela técnica de imunofluorescência direta (IFD) em decalques de células de córnea (Cornea Test),
na biópsia da pele da região da nuca (folículo piloso) ou da saliva.
Nenhuma das técnicas, isoladamente, apresenta 100% de sensibilidade, mas o conjunto delas aumenta a
probabilidade da confirmação laboratorial. Ressalta-se que o diagnóstico positivo é conclusivo, porém o
negativo não exclui a possibilidade de raiva.
Em casos nos quais não há histórico de vacinação do paciente, a pesquisa de anticorpos no soro, através
da soroneutralização (RIFFT), oferece uma importante contribuição para o diagnóstico in vivo. A
presença de anticorpos no LCR, mesmo após vacinação, também é diagnóstica da infecção pelo vírus da
raiva.
Raiva - tratamento