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SUMÁRIO
Pg
EXPOSIÇÃO
OBSERVÁVEIS
6. OBSERVAÇÕES IMPORTANTES 7
10. REFERÊNCIAS 14
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1. ESQUEMA DE PROFILAXIA DA RAIVA HUMANA PÓS-EXPOSIÇÃO
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* Animais do Estado de São Paulo: a profilaxia deve ser indicada o mais rápido possível nas seguintes situações: O animal não puder ser observado; houver
dúvidas a respeito do estado de saúde do animal no momento do acidente; o animal adoecer, morrer ou desaparecer durante o período de observação de 10 dias; houver
contato comprovado do animal com morcegos imediatamente antes do acidente e de possível transmissão.
** Soro vacinação: Esquema de 4 doses de vacina antirrábica (dias 0, 3, 7 e 14) e Soro antirrábico (SAR) ou Imunoglobulina humana antirrábica homóloga (IGHAR).
SORO - infiltrar na (s) porta (s) de entrada. Quando não for possível infiltrar toda a dose, aplicar o máximo possível e, a quantidade restante (a menor possível), aplicar pela
via intramuscular, podendo ser utilizada a região glútea. Sempre aplicar em local anatômico diferente do que foi aplicada a vacina. Quando as lesões forem muito extensas
ou múltiplas, a dose pode ser diluída, o menos possível, em soro fisiológico, para que todas as lesões sejam infiltradas. O SORO SÓ DEVE SER ADMINISTRADO ATÉ O
7º DIA APÓS A PRIMEIRA DOSE DA VACINA.
ATENÇÃO:
Animais de baixo risco para a transmissão da Raiva (não é necessário indicar esquema profilático da raiva em caso de acidentes causados por estes
animais): ratazana de esgoto, rato de telhado, camundongo, cobaia ou porquinho da índia, hamster e coelho. Para acidentes envolvendo estes animais
preencher a Ficha de Investigação de Atendimento Antirrábico Humano, avaliação situação vacinal em relação ao tétano (utilizar a orientação da profilaxia
do tétano após ferimento) e dispensar tratamento contra raiva.
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2. ESQUEMA DE PROFILAXIA DE REEXPOSIÇÃO
Tipo de esquema anterior Esquema de reexposição
Completo a) Até 90 dias: não realizar esquema profilático
b) Após 90 dias: duas doses (dias 0 e 3)
Incompleto a) Até 90 dias: completar o número de doses
b) Após 90 dias: ver esquema de pós-exposição
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• Dispensar o paciente da aplicação da vacina antirrábica e manter o animal em
observação por 10 dias, independente do tipo de lesão (leve ou grave) e hábitos
de vida do animal (domiciliado, errante, etc.).
• A UVZ realizará observação domiciliar de TODOS os cães de terceiros, ou
seja, cujo cão agressor não é do próprio dono e a observação domiciliar de
“TODOS” os gatos envolvidos em acidentes com vítima.
• Em caso de cães de terceiros ou gato, acionar a Unidade de Vigilância de
Zoonoses (UVZ) para observação domiciliar do animal:
Solicitar a observação pelo e-mail: viganimal@saude.pmrp.com.br. Caso não
esteja disponível, eventualmente, deverá ser solicitado por telefone:
36282015.
Ao telefonar ou encaminhar e-mail passar as seguintes informações do animal:
Atenção! Todas as informações são necessárias para iniciar a observação do
animal. Nas exceções em que não seja possível obter alguma dessas
informações, deve ser informado no corpo do e-mail.
1. endereço correto (aonde o animal poderá ser localizado);
2. características do animal: nome, raça, sexo, tamanho, cor,
pelagem;
3. nome e telefone de contato do tutor do animal, se houver
4. situação em que ocorreu a agressão (história), com a data da
exposição;
5. UBS/UBDS e o profissional que está solicitando a observação;
6. UBS/UBDS que dará sequência ao atendimento.
• A UVZ observará no domicílio cães/gatos do proprietário quando indicado pela
equipe de saúde e vigilância epidemiológica.
• A UVZ notificará “imediatamente” a unidade de saúde ao colocar o animal em
observação. No caso do animal não ser encontrado a UVZ informará
imediatamente a sala de vacina de referência do caso.
• No período noturno, além de preencher a ficha de notificação e colher as
informações do animal agressor, o profissional deverá informar o funcionário
escalado para a sala de vacina para que ele no dia seguinte (sem falta) pela
manhã solicite a observação do cão ou gato a UVZ (inclusive aos finais de semana
no caso de Pronto Atendimento).
• Alterações da saúde, desaparecimento, morte de animal em observação, a UVZ
avisará imediatamente a sala de vacina correspondente assim como ao término
do prazo de observação (10 dias).
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• Em caso de cão pertencente à própria vítima ou que resida no mesmo local, o
animal será observado pela vítima e a unidade de saúde / sala de vacinas deverá
fazer contato diário para verificar a situação de saúde do animal.
• Se o animal permanecer sadio após 10 dias de observação: Encerrar o caso.
• Se o animal morrer, adoecer ou desaparecer: Mudar a conduta conforme
orientação presente neste Manual e no Manual Técnico do Instituto Pasteur para
Profilaxia da Raiva Humana.
ATENÇÃO:
A CONDUTA DESCRITA ANTERIORMENTE SÓ PODERÁ SER ADOTADA SE
O CÃO/GATO ESTIVEREM SADIOS, SEREM OBSERVÁVEIS E RESIDIREM NO
ESTADO DE SÃO PAULO
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6. OBSERVAÇÕES IMPORTANTES
• Proceder à profilaxia do tétano segundo o esquema preconizado (caso o
paciente não seja vacinado ou esteja com o esquema vacinal incompleto) e usar
antibióticos nos casos indicados, após avaliação médica.
• Durante o Simpósio de Raiva Humana e Animal em 2009 a Diretora do Instituto
Pasteur de São Paulo, Dra. Neide Takaoka, considerou o município de Ribeirão
Preto como área controlada de raiva em cães e gatos.
• A nova situação epidemiológica do município propiciou a revisão das avaliações
dos acidentes envolvendo cães e gatos independente do tipo de lesão (leve ou
grave) e hábitos de vida do animal (domiciliado, errante, entre outros).
• É necessário avaliar as circunstâncias da agressão e as condições e
comportamento do animal agressor. Podem ser dispensados do tratamento os
indivíduos agredidos por cães ou gatos domiciliados e, com certeza de baixo
risco, cuja agressão tenha ocorrido por algum motivo justificável, como defesa
própria ou do território, proteção do alimento ou ninhada, reação a estímulos
dolorosos ou maus tratos, etc. Nos casos de dúvidas, indicar a vacinação.
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O cérebro do animal morto deve ser encaminhado para exame de
imunofluorescência direta para o diagnóstico da raiva. O resultado
negativo permite a dispensa do tratamento profilático do paciente. O
resultado pode ser aguardado por até 48 horas após o acidente, desde
que o animal não apresente sinais sugestivos de raiva. Se o
resultado não puder ser obtido nesse período, o tratamento deve ser
iniciado e posteriormente suspenso, caso negativo. Este procedimento
não é indicado para equídeos (burro, mula, etc) e morcegos. Para
estes animais, a exclusão da doença só pode ser feita através do
resultado da prova biológica que demora cerca de 45 dias.
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7. ESCOLHA DO SORO ANTIRRÁBICO
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Caso não haja disponibilidade da imunoglobulina homóloga, aconselha-se administrar
pré-medicação do paciente antes da aplicação do Soro Antirrábico Heterólogo (SAR),
conforme esquema descrito no item 8.1.
Se o paciente não se enquadrar em nenhuma das situações (A, B ou C), é
considerado paciente sem risco e deverá ser indicado Soro Antirrábico Heterólogo, sem
esquema de pré-medicação.
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8.1. ADMINISTRAÇÃO DE SORO ANTIRRÁBICO HETERÓLOGO EM
PACIENTES COM RISCO
Pré-medicação:
Com a finalidade de prevenir ou atenuar possíveis reações adversas imediatas do soro
antirrábico heterólogo, em pacientes com risco, pode ser utilizado um conjunto de
drogas 30 minutos antes da administração do SAR, em esquemas variados, sendo um
deles, o esquema a seguir:
Dosagem
Medicação Dosagem Apresentação Via aplicação
máxima
Solucortef – 500 mg 10 mg/Kg Frasco 500mg EV
Hidrocortizona (diluir em 4 ml)
Ranitidina* 50 mg 1,5 mg/Kg 2 ml = 50 mg EV
Fenergan – 50 mg 0,5 mg/Kg 2 ml = 50 mg IM
Prometazina
OU
Procedimento:
• Quando o soro estiver disponível na unidade de saúde, encaminhar o paciente ao
médico para realização da prescrição do soro e das medicações prévias (vide
tabela abaixo);
• Instalar soro fisiológico a 0,9% para manter veia;
• Aplicar as medicações indicadas conforme protocolo e prescrição médica;
• Aguardar 30 minutos para que o médico realize a infiltração do soro no local da
lesão se houver lesão. A infiltração é técnica similar a aplicação de anestésico
local, devendo ser realizada pelo médico de plantão. Se necessário, diluir com
soro fisiológico se necessário, para atender a todas as lesões;
• Administrar o restante do soro por via intramuscular (IM). NÃO aplicar no mesmo
membro em que foi aplicada a vacina. Não administrar IM soro diluído em
soro fisiológico;
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• Observar o paciente por 2 horas na unidade de saúde;
• Anotar na ficha amarela de notificação: peso do paciente, quantidade de soro
aplicada, se foi realizado infiltração no local. Se o médico não realizou a infiltração
anotar o nome do médico, anotar em que unidade o paciente realizará o restante
das doses de vacina;
• Encaminhar ficha de notificação para a Vigilância Epidemiológica Distrital;
• A vigilância epidemiológica distrital transfere a ficha de notificação preenchida
para aplicação do soro para a unidade de saúde que irá realizar o seguimento do
paciente.
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INDICAÇÕES:
• Quadros anteriores de hipersensibilidade grave;
• Utilização anterior de outros soros específicos heterológos ou imunoglobulina de
origem equídea (antiescorpiônico, antirrábico, antiofídico, etc.);
• Histórico de contato frequente com cavalos, mulas, pôneis, etc, por trabalho ou
lazer;
• Situações especiais em que o volume do SAR heterólogo ultrapassar o volume
máximo permitido para administração IM. De acordo com avaliação da Vigilância
Epidemiológica.
PROCEDIMENTO:
• Enfermeira da Unidade/sala de vacina realiza avaliação do caso e preenche a
“Ficha de Investigação de Atendimento Antirrábico” (ficha amarela), que deverá
ser corretamente preenchida em todos os campos;
• Discutir o caso com a Vigilância Epidemiológica, que fará a requisição do Soro
antirrábico;
• Quando o soro estiver disponível na unidade de saúde, encaminhar o paciente ao
médico para realização da prescrição do soro;
• O médico deve realizar a infiltração do soro no local da lesão, se houver lesão. A
infiltração é técnica similar a aplicação de anestésico local, devendo ser realizada
pelo médico de plantão. Se necessário, diluir com soro fisiológico se necessário,
para atender a todas as lesões;
• Administrar o restante do soro por via intramuscular (IM). NÃO aplicar no mesmo
membro em que foi aplicada a vacina. Não administrar IM soro diluído em
soro fisiológico;
• Anotar na ficha de notificação: peso do paciente, quantidade de imunoglobulina
aplicada, se foi realizado infiltração no local. Se o médico não realizou a infiltração
anotar o nome do médico, anotar em que unidade o paciente realizará o restante
das doses de vacina;
• Encaminhar ficha de notificação para a Vigilância Epidemiológica Distrital;
• A vigilância epidemiológica distrital transfere a ficha amarela preenchida para
aplicação do soro para a unidade de saúde que irá realizar o seguimento do
paciente.
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10. REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento
de Vigilância Epidemiológica. Normas técnicas de profilaxia da raiva humana.
Brasília, 2014.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento
de Vigilância Epidemiológica. Manual de Vigilância Epidemiológica de
Eventos Adversos Pós-Vacinação. Brasília, 2014.
BRASIL. Ministério da Saúde. NOTA INFORMATIVA Nº 26 – SEI/2017 –
CGPNI/DEVIT/SVS/MS. Informa sobre alterações no esquema de vacinação da
raiva humana pós-exposição e dá outras providências. Disponível em:
http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2017/agosto/04/Nota-Informativa-
N-26_SEI_2017_CGPNI_DEVIT_SVS_MS.pdf. Acesso em 22 de Julho de 2020.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento
de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Manual do Centro de Referência
de Imunobiológicos Especiais. Brasília, 2019.
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