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O PAPEL DA SOCIEDADE NA EFETIVAÇÃO

DE UMA LEGISLAÇÃO QUE GARANTA


DIREITOS A COMUNIDADE SURDA

COMPONENTES:
DANILO GUTIERREZ COELHO SILVEIRA.
DEBORA MILENA CARVALHO NASCIMENTO.
LYNCONL THARLYSON NASCIMENTO E SOUSA.
 
INTRODUÇÃO

• Existem dois documentos legais além da Constituição Federal de 1988, que deram a
estrutura e as condições necessárias para que a educação de surdos tomasse o
formato que tem hoje. A partir da Constituição Brasileira de 1988, nosso país iniciou
sua prática democrática em todos os âmbitos, níveis e situações da sociedade. A
democracia ficou mais concreta e também na área da educação especial e nos
movimentos surdos passou a ocorrer uma maior participação de todos, com o
interesse e do apoio de todos a tornar a acessibilidade e a inclusão uma realidade.
Isto se refere às próprias pessoas com deficiência. Eles mesmos “arregaçam as
mangas” e vão discutir suas possibilidades, seus sonhos e direitos.
PROTESTO PELOS DIREITOS DAS COMUNIDADES SURDAS.
•Um papel que deveria ser atribuído a todos os participantes de uma sociedade igualitária e com uma
busca incessante por equidade mas, que constantemente é negligenciado pela sociedade em geral. Por
mais que não tenham um contato próximo a Constituição Federal de 1988, nos artigos 205 e 208, bem
como a LDB – Lei de Diretrizes e Bases, nos artigos 4ª, 58, 59 e 60, garantem às pessoas surdas o
direito de igualdade de oportunidade no processo educacional, bem como em outras áreas. Contudo,
isso não tem sido uma realidade na nossa sociedade, a Constituição dá possibilidades para a
construção de novos caminhos, respeitando os direitos de todos, e isso inclui as pessoas com
deficiência, suas necessidades de acessibilidade e inclusão educacional e social. A primeira lei que
merece ser mencionada, a qual se refere à educação de todas as pessoas com deficiência, é a de
número 10.098 de 19 de dezembro de 2000. Ela é o início das práticas dos direitos das pessoas com
deficiência, junto com seus familiares e simpatizantes, bem como o público em geral.
• No Brasil, Libras foi oficializada em 2002, pela Lei no 10.436 de 24 de abril, embora já fosse
utilizada pelos surdos há muitos anos. Hoje não se fala mais em filosofia educacional oralista,
entretanto, discute-se e pesquisa-se muito a respeito do bilinguismo. O bilinguismo diz respeito a duas
línguas, ou seja, no caso do Brasil, à libras e da língua portuguesa na modalidade escrita. No entanto é
notório que o bilinguismo faz parte de um projeto teórico que não entra em vigor de forma eficiente,
já que a sociedade não busca o conhecimento nessa área, ou só busca quando algum familiar ou
pessoa próxima apresenta a deficiência.
AVANÇOS LEGAIS DOS DIREITOS HUMANOS DE SURDOS/AS NO
PLANO INTERNACIONAL E NACIONAL

• A discussão em torno dos Direitos Humanos, desde o século XVIII, segue sem haver consenso. Em
geral se considera que são os direitos fundamentais do homem e da mulher, necessários à garantia
da igualdade, liberdade e dignidade. Com relação às pessoas Surdas, na contextualização histórica,
observa-se que com a modernidade, avanços significativos nas áreas educacional e de saúde
permitiu a organização de comunidades surdas e, também, dos discursos e práticas de normalização
com interesses econômicos e da biopolítica. Mas, somente a partir da segunda metade do Século XX
que evidenciam discussões jurídico-políticas a respeito dos direitos dos/as Surdos/as.
• A Assembleia Geral Da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou, em 1975, a “Declaração
dos Direitos das Pessoas Deficientes", a qual foi mundialmente enfatizada no ano de 1981, declarado
como “Ano Internacional da Pessoa Deficiente”, com tema "Participação e Plena Igualdade",
conclamando diversos planos e organizações a nível nacional e internacional, enfatizando a
igualdade de oportunidades.
• Após mais de 30 anos, foi aprovada a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (CDPD), em 2006,
que foi promulgada pelo Brasil através do Decreto nº 6.949, de 25/08/2009. Este documento é um marco na história,
pois apresenta como princípios o respeito pela dignidade inerente à pessoa humana, autonomia individual, incluindo a
liberdade de fazer suas próprias escolhas, e a independência das pessoas; conclama a não discriminação, a participação
e inclusão plena e efetiva na sociedade, o respeito pela diferença e aceitação das pessoas com deficiência como parte da
diversidade e da condição humana; a igualdade de oportunidades, a acessibilidade, a igualdade entre homens e
mulheres, além do respeito pela evolução das capacidades das crianças e o direito à preservação da identidade.
CONHEÇA OS PRINCIPAIS DIREITOS DOS SURDOS NO BRASIL

• De acordo com o último censo demográfico realizado em 2010 pelo IBGE


(Instituto de Geografia e Estatística), cerca de 9,8 milhões de brasileiros sofrem
com algum tipo de deficiência auditiva. O número de pessoas com alguma
dificuldade de audição representa a proporção de 5,2% da população do país.
Portanto, é essencial conhecer os principais direitos dos surdos. Diante da
deficiência, quem tem problemas auditivos apresenta algumas dificuldades para
realizar atividades rotineiras. Portanto, com o objetivo de melhorar a situação,
foram definidos alguns projetos de leis e decretos que garantem os direitos dos
surdos em diversos aspectos rotineiros
SÃO OS PRINCIPAIS DELES:

Prioridade no atendimento para pessoas surdas


• O Decreto 5.296 de 2 de Dezembro de 2004 regulamenta e dá prioridade de atendimento às
pessoas que especifica e estabelece critérios básicos para a promoção da acessibilidade.
Portanto, crianças, adultos ou idosos surdos têm prioridade em diversos setores de
atendimento. Direito à Informação Todas as pessoas devem ter acesso à informação. No caso
de pessoas surdas, por exemplo, as televisões disponibilizam a opção "closed caption”, um
sistema que funciona como “legenda”. Além disso, alguns programas possuem a “janela de
Libras”, um pequeno espaço no vídeo em que as informações são interpretadas na Língua
Brasileira de Sinais. A NBR 15.29/2006 obriga que programas políticos, jornalísticos,
educativos e informativos façam uso da janela intérprete de Libras
Direito à Educação
•De acordo com o Decreto 6.253 e Decreto 7.611, toda a pessoa surda tem direito à educação especializada, chamada
também de AEE (Atendimento Educacional Especializado), em que o aluno terá o reforço da língua portuguesa, mais aulas
de Libras e demais habilidades que o auxiliarão dentro do ambiente escolar. Além disso, a Emenda Constitucional n° 59/09
obriga a matrícula na escola de pessoas surdas ou não surdas dos 4 aos 17 anos de idade. É direito também que o surdo
tenha fácil acesso às escolas, e caso isso não seja feito, basta procurar o Conselho Tutelar para que ele te oriente como
proceder para conseguir uma vaga em escolas próximas de casa.

Direito ao Trabalho
•De acordo com o Art. 93, toda empresa com cem ou mais empregados é obrigada a preencher de 2 a 5% dos seus cargos
com beneficiários ou pessoas portadoras de deficiências.
Direito à Saúde
•O Decreto Lei n° 5.626 garante o direito à saúde de pessoas surdas ou com deficiência auditiva nas redes
do Sistema Único de Saúde (SUS), o atendimento deve ser realizado por profissionais capacitados para o
uso de Libras ou para a tradução e interpretação da mesma.

Obrigatoriedade no Teste da Orelhinha


• Como a surdez é uma deficiência que não deixa qualquer tipo de marca física nos bebês, o exame de
Emissões Otoacústicas Evocadas consta como um dos procedimentos obrigatórios do SUS desde 2010 e é
totalmente gratuito. O exame é simples e pode ser feito até mesmo com o bebê dormindo. Um fone de
ouvido é colocado no ouvido do bebê para que emissões otoacústicas possam ser medidas.
CONCLUSÃO:

• Cabe a sociedade, de maneira geral, assegurar a permanência desses direitos


em decorrências a gerações futuras e facilitar a luta da comunidade na
atualidade para que a participação de surdos em certas atividades sem inclusão
sejam amplificadas, a fim de que com isso o preconceito e a descriminação
sejam somente uma marca negativa na historia, mas que ficou no passado.
OBRIGADO!!!

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