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A MULHER NA IDADE MÉDIA

IDADE MÉDIA
• A Idade Média é um período da história da Europa entre os séculos V
e XV. Inicia-se com a Queda do Império Romano do Ocidente e
termina durante a transição para a Idade Moderna.
• Os humanistas do século XV e XVI chamavam a Idade Média de Idade
das Trevas. Afirmavam que havia ocorrido na Europa um retrocesso
artístico, intelectual, filosófico e institucional, em relação à produção
da Antiguidade Clássica.
• Vale destacar que a Igreja Católica teve uma preponderância
marcante durante todo o período medieval (século IV ao XV).
Educação Medieval

• Somente uma minoria da população medieval sabia ler e escrever, posto


que apenas os filhos da nobreza estudavam.
• Na maior parte do período medieval, o latim foi a língua oficial,
especialmente no que diz respeito à escrita.
• A literatura medieval foi marcada pelo uso do latim na maioria dos textos,
os quais repercutiam os temas religiosos e existenciais da moral cristã.
• Contudo, as manifestações escritas em forma lírica e narrativa do século XII,
romperam com essa tradição e marcaram o abandono do latim clássico.
• A poesia trovadoresca, as canções de amigo, de amor e de escárnio e mal
dizer, marcaram o pensamento medieval até meados de 1418.
As Mulheres na Idade Média
• Além de exercerem o papel tradicional dito pela sociedade de
esposas, mães e filhas, também se ocupavam de diversos outros
papéis sociais. Muitas mulheres tinham uma profissão e até
conduziam alguma forma de negócio sem a tutela de seus maridos,
de forma autónoma.
• Por exemplo, os registos documentais de Paris do século XIII
apresentam mulheres professoras, médicas, boticárias, copistas,
tintureiras, mas também alguns papéis de liderança importantes, tais
como abadessas e rainhas. 
A EDUCAÇÃO
• A família medieval mostrava-se menos inclinada em instruir as suas
filhas. Contudo, as damas da sociedade constituíam um situação
exclusiva, já que as suas responsabilidades sociais condiziam com um
certo nível de educação e cultura. Por isso, sabiam ler e escrever,
muitas de forma perfeita e algumas até dominavam o latim e o grego.
• Entretanto, fora do meio privilegiado, a formação feminina era
orientada antes de mais nada para o casamento, a educação dos filhos,
e a gestão doméstica. As mulheres deviam ser educadas para serem
mães zelosas, educadoras da moral e da fé e exemplos para suas filhas,
sendo a figura materna a verdadeira depositária dos valores.
A mulher na Família

• As filhas eram totalmente excluídas da sucessão, quando contraiam matrimónio


recebiam um dote, constituído de bens que seriam administrados pelo marido. 
Quando a mulher se casava passava a fazer parte da família do esposo. Nessa nova
família, quando viúva, não tinha direito à herança.
• O casamento era um pacto entre duas famílias e o seu objetivo era simplesmente
a procriação. A mulher era ao mesmo tempo doada e recebida, como um ser
passivo.
• A sua principal virtude, dentro e fora do casamento, deveria ser a obediência,
submissão.
• Aos homens, pais ou maridos cabia o direito de castigá-las como uma criança, um
doméstico, um escravo.  Este desdém revela ao mesmo tempo desconfiança e
temor.
Atividades Profissionais

• Na época, a mulher era vista como um ser que foi feito para obedecer. Não era bom
que uma mulher soubesse ler e escrever, a não ser que entrasse para a vida religiosa.
• Uma moça deveria saber fiar e bordar. Se fosse pobre, teria necessidade do trabalho
para sobreviver. Se fosse rica, ainda assim deveria conhecer o trabalho para
administrar e supervisionar o serviço de seus domésticos e dependentes.
• As camponesas deveriam, quando casadas, acompanhar seus maridos em todas as
atividades desempenhadas no domínio senhorial onde trabalhava. Quando viúva
trabalhava com os filhos ou sozinha.
• Às aristocratas cabia a tarefa de ser dona de casa. O suprimento de alimentos e
vestimentas da vasta família estava sob sua responsabilidade. Tinha de administrar o
trabalho dos domésticos, controlar e supervisionar o abastecimento de alimentos.
Conclusão
• O casamento, tornando-a responsável pela reprodução biológica da família,
garantia-lhe papel de relevo na estabilidade da ordem social. Juridicamente
despersonalizada, esteve reduzida ao meio familiar e doméstico.
• O casamento não tinha nunca o objetivo de unir pessoas que se amam, ou o
objetivo de dar prazer a alguma das partes, e sim o objetivo da procriação.
• A mulher quando se casava simplesmente trocava de homem ao qual tinha
que se submeter (de pai para agora marido).
• À mulher cabia as responsabilidades domésticas, exceto no caso de
camponeses e classes mais baixas, que deveriam acompanhar seu marido
no trabalho feudal

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