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José de Alencar

Iracema
Biografia do
autor
José Martiniano de Alencar nasceu em 1º de maio de 1829 na
cidade de Messejana, no Ceára. Com apenas 1 ano de idade, sua
família muda-se para o Rio de Janeiro, que na época era capital
do Império do Brasil. José de Alencar foi uma figura
multifacetada, exerceu a profissão de advogado e atuou na
política elegendo-se Deputado Estadual do Ceará. Foi também
chefe da Secretaria do Ministério da Justiça e Ministro da Justiça.
Casou-se com Ana Cochrane e, em 1872, teve seu primeiro
filho, Mário Cochrane de Alencar (membro da Academia
Brasileira de Letras). Faleceu no Rio de Janeiro dia 12 de
dezembro de 1877, com 48 anos, vítima de tuberculose.
Obras do autor
Cinco Minutos (1856) Alfarrábios (1873)
A viuvinha (1857) Ubirajara (1874)
O guarani (1857) O Sertanejo (1875)

Lucíola (1862) Senhora (1875)


Diva (1864) Encarnação (1877)
Iracema (1865) Verso e Reverso (1857)
O gaúcho (1870) O demônio familiar (1857)
O tronco do Ipê (1871) As asas de um anjo (1858)

Sonhos D’ouro (1872) Mãe (1860)


O jesuíta (1875)
Resumo Do livro Iracema
O casal protagonista é formado pela índia Iracema e pelo português Martim, que se encontram quando a índia está fazendo sua sesta
(repouso após o almoço) e se assusta ao ouvir o estranho, o que lhe faz atirar uma flecha em Martim. Vendo que o rapaz não reagiu ao
ataque e que não tinha más intenções, Iracema o socorre e decide levá-lo para sua tribo, a dos tabajaras. Chegando lá, Martim é
recebido pelo pajé Araquém (pai de Iracema), com quem firma um acordo de defesa da tribo. Em troca de proteção, o pajé oferece ao
português uma boa hospedagem e muitas mulheres belas. Porém, Martim não toca em nenhuma mulher, pois só tem olhos para
Iracema, a virgem dos lábios de mel. Em meio a sua estadia, Martim descobre que Iracema detém o segredo de jurema (uma fruta com a
qual se faziam rituais muito sagrados), e que por isso ela deveria manter sua virgindade. Porém, ele passa a se apaixonar cada vez mais
pela índia. Ela corresponde ao seu amor, para a grande inveja de Irapuã, guerreiro tabajara que é apaixonado por Iracema e que tenta
prejudicar e ferir Martim. O casal acaba vivendo um romance proibido e, quando Martim precisa partir para uma guerra com outra
tribo, Iracema decide ir com ele e levá-lo até o amigo do português, o guerreiro Poti.
Martim resolve fazer uma cabana para ele e Iracema. Lá, descobre que ela ficou grávida e, mesmo com os apelos da índia, de que não
queria ser deixada sozinha, o português parte junto com o seu amigo para defender a tribo dos tabajaras, sem se despedir de sua amada.
Após o retorno de Martim, as coisas não são mais o que costumavam ser. Ele sente saudade de Portugal, sua terra natal, enquanto
Iracema sente saudade do seu povo, com quem não pode mais viver depois de ter desrespeitado a tradição e fugido com o português,
abandonando sua virgindade. Depois de um tempo, Iracema dá à luz a um menino, que ela nomeia Moacir. Logo após ter o bebê, ela
procura por Martim e descobre que ele foi para a guerra novamente, o que a chateia muito.
Iracema recebe a visita de Caubi, seu irmão, que sempre a ajudou e cuidou dela. Ele fica muito feliz em conhecer seu sobrinho. Porém,
Caubi nota que a irmã está acabada fisicamente e mentalmente, e que, por tristeza e saudades do amado, acaba não tendo mais leite para
amamentar o recém-nascido.
O final de Iracema é triste: a índia acaba morrendo e entregando seu filho aos braços de Martim. A criança é a prova do amor dos dois,
filha de uma indígena e um português, tornando-se o primeiro cearense de muitos outros que viriam.
Curiosidade
José de Alencar foi grande amigo de Machado de Assis (1839-1908),
figura que o nomeou patrono da cadeira nº 23 da Academia
Brasileira de Letras.
● Em homenagem a José de Alencar, na cidade de Fortaleza
s do autor
encontra-se o “Teatro José de Alencar”, inaugurado em 1910.
Além disso, na cidade do Rio de janeiro, foi erguida uma
estátua do escritor.
Agradecemos pela
atenção!

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