Você está na página 1de 42

Aula 3 – Técnicas de Laboratório

NATHALIA SANTA BÁRBARA/JANE LUÍZA – Biomédica CRBM 3ª Região 4914/3744


Aula 3 – Técnicas de Laboratório

NATHALIA SANTA BÁRBARA/JANE LUÍZA – Biomédica CRBM 3ª Região 4914/3744


Aula 3 – Técnicas de Laboratório

OBJETIVOS

Garantir a segurança dos trabalhadores

Descrever os riscos da rotina de trabalho

Esclarecer o uso correto dos equipamentos de proteção individual e


coletivo

NATHALIA SANTA BÁRBARA/JANE LUÍZA – Biomédica CRBM 3ª Região 4914/3744


Aula 3 – Técnicas de Laboratório

A Biossegurança por ser um conjunto de


procedimentos, ações, técnicas,
metodologias, equipamentos e dispositivos
capazes de eliminar ou minimizar riscos
inerentes às atividades de pesquisa,
produção, ensino, desenvolvimento
tecnológico e prestação de serviços, que
podem comprometer a saúde do homem, dos
animais, do meio ambiente ou a qualidade
dos trabalhos desenvolvidos, é de
fundamental importância em laboratórios de
ensino e pesquisa.

NATHALIA SANTA BÁRBARA/JANE LUÍZA – Biomédica CRBM 3ª Região 4914/3744


Aula 3 – Técnicas de Laboratório

O objetivo principal da biossegurança é criar um ambiente de


trabalho onde se promova a contenção do risco de exposição a
agentes potencialmente nocivos ao trabalhador, pacientes e meio
ambiente, de modo que este risco seja minimizado ou eliminado.

O termo “contenção” é usado para descrever os métodos de


segurança utilizados na manipulação de materiais infecciosos ou
causadores de riscos em meio laboratorial, onde estão sendo
manejados ou mantidos.

NATHALIA SANTA BÁRBARA/JANE LUÍZA – Biomédica CRBM 3ª Região 4914/3744


Aula 3 – Técnicas de Laboratório

A contenção primária, ou seja, a proteção


do trabalhador e do ambiente de trabalho
contra a exposição a agentes infecciosos, é
obtida através das práticas microbiológicas
seguras e pelo uso adequado dos
equipamentos de segurança.

NATHALIA SANTA BÁRBARA/JANE LUÍZA – Biomédica CRBM 3ª Região 4914/3744


Aula 3 – Técnicas de Laboratório

A contenção secundária compreende a


proteção do ambiente externo contra a
contaminação proveniente do
laboratório e/ou setores que manipulam
agentes nocivos. Esta forma de
contenção é alcançada tanto pela
adequada estrutura física do local como
também pelas rotinas de trabalho, tais
como descarte de resíduos sólidos,
limpeza e desinfecção de artigos e
áreas, etc.

NATHALIA SANTA BÁRBARA/JANE LUÍZA – Biomédica CRBM 3ª Região 4914/3744


Aula 3 – Técnicas de Laboratório
Biossegurança:
Não basta saber, tem que se aplicar.

PERIGO X RISCO

Perigo no ambiente de trabalho é definido como qualquer fonte, situação ou


ato com potencial para dano em termos de lesões, ferimentos ou danos para
a saúde ou uma combinação destes.

Risco é consequência do perigo.

NATHALIA SANTA BÁRBARA/JANE LUÍZA – Biomédica CRBM 3ª Região 4914/3744


Aula 3 – Técnicas de Laboratório

PERIGO X RISCO

Usar agulha sem dispositivo de segurança, não utilizar óculos de segurança,


não utilizar luvas - Contaminar pelo HIV, hbv

Equipamentos sem manutenção - perda de audição momentânea ou


permanente

Piso escorregadio - Fraturar o pé

NATHALIA SANTA BÁRBARA/JANE LUÍZA – Biomédica CRBM 3ª Região 4914/3744


Aula 3 – Técnicas de Laboratório

NATHALIA SANTA BÁRBARA/JANE LUÍZA – Biomédica CRBM 3ª Região 4914/3744


Aula 3 – Técnicas de Laboratório
RISCOS FÍSICOS
Consideram-se agentes de riscos físicos as diversas formas de
energia, originadas dos equipamentos e são dependentes dos
equipamentos, do manuseio do operador ou do ambiente em que se
encontra no laboratório.
Envolvem a exposição excessiva ruídos, vibrações, pressões anormais,
temperaturas extremas, radiações ionizantes, radiações não
ionizantes, ultra-som, etc.

NATHALIA SANTA BÁRBARA/JANE LUÍZA – Biomédica CRBM 3ª Região 4914/3744


Aula 3 – Técnicas de Laboratório
RISCOS BIOLÓGICO
Os materiais biológicos abrangem amostras provenientes de seres
vivos como plantas, bactérias, fungos, parasitas, animais e humanos
(sangue, urina, escarro, peças cirúrgicas, biópsias, entre outras).
 Exposição a certas doenças infecciosas transmissíveis por via
respiratória, devido a exposição a sangue e fluidos orgânicos, por
via fecal-oral e por contato.
As consequências dessa exposição
podem afetar diretamente os
trabalhadores, atingindo-os nos
aspectos físico, psicológico, familiar e
social

NATHALIA SANTA BÁRBARA/JANE LUÍZA – Biomédica CRBM 3ª Região 4914/3744


Aula 3 – Técnicas de Laboratório

Os agentes de riscos biológicos podem ser distribuídos em 4 classes, de


acordo com a patogenicidade para o homem, virulência, modos de
transmissão, disponibilidade de medidas profiláticas eficazes e
disponibilidade de tratamento eficaz e endemicidade.

 Classe de risco I- Microorganismo com pouca probabilidade de provocar


enfermidades humanas ou veterinárias. Baixo risco individual ou para comunidade.

 Classe de risco II - A exposição ao microorganismo pode provocar infecção; porém,


existem medidas eficazes de tratamento. Risco individual moderado e risco limitado
para a comunidade.

NATHALIA SANTA BÁRBARA/JANE LUÍZA – Biomédica CRBM 3ª Região 4914/3744


Aula 3 – Técnicas de Laboratório

Classe de risco III - O microorganismo pode provocar enfermidade humana


grave e se propagar de uma pessoa infectada para outra; porém, existe
profilaxia eficaz. Risco individual elevado e baixo risco comunitário.

Classe de risco IV - Microorganismo que representa grande ameaça humana e


animal, com fácil propagação de um indivíduo para o outro, não existindo
profilaxia ou tratamento. Elevado risco individual e para comunidade.

NATHALIA SANTA BÁRBARA/JANE LUÍZA – Biomédica CRBM 3ª Região 4914/3744


Aula 3 – Técnicas de Laboratório
RISCOS ACIDENTE
Considera-se riscos de acidentes qualquer fator que coloque o
trabalhador ou aluno em situação de perigo e possa afetar sua
integridade e bem estar físico.
São exemplos de riscos de acidentes: equipamentos sem proteção,
probabilidade de incêndio e explosão, arranjo físico e armazenamento
inadequados, etc.

NATHALIA SANTA BÁRBARA/JANE LUÍZA – Biomédica CRBM 3ª Região 4914/3744


Aula 3 – Técnicas de Laboratório

RISCOS QUIMICO

Consideram-se agentes de riscos químicos os produtos que possam


penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras,
fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da
atividade de exposição, possam ter contato ou ser absorvido pelo
organismo através da pele ou por ingestão.

FISPQ

NATHALIA SANTA BÁRBARA/JANE LUÍZA – Biomédica CRBM 3ª Região 4914/3744


Aula 3 – Técnicas de Laboratório
RISCOS ERGONÔMICOS
Considera-se riscos ergonômicos qualquer fator que possa interferir
nas características psicofisiológicas do trabalhador causando
desconforto ou afetando sua saúde. Tais riscos referem-se as
condições dos projetos dos laboratórios como a distância em relação
à altura dos balcões, cadeiras, prateleiras, gaveteiros, capelas,
circulação e obstrução de áreas de trabalho. Os espaços devem ser
adequados para a execução de trabalhos, limpeza e manutenção,
garantindo o menor risco possível de choques acidentais.

NATHALIA SANTA BÁRBARA/JANE LUÍZA – Biomédica CRBM 3ª Região 4914/3744


Aula 3 – Técnicas de Laboratório
NÍVEIS DE BIOSSEGURANÇA
O nível de segurança biológica atribuído a um determinado trabalho
deve depender de uma avaliação profissional baseada numa
estimação dos riscos, em vez da atribuição automática de um nível
laboratorial de segurança biológica, de acordo com a designação do
grupo de risco atribuído ao agente patogênico.

 Nível de contenção física para manipulação de agentes biológicos.

NATHALIA SANTA BÁRBARA/JANE LUÍZA – Biomédica CRBM 3ª Região 4914/3744


Aula 3 – Técnicas de Laboratório

NATHALIA SANTA BÁRBARA/JANE LUÍZA – Biomédica CRBM 3ª Região 4914/3744


Aula 3 – Técnicas de Laboratório

NÍVEL 1
Microorganismos de classe de risco I podem ser manipulados em laboratórios
de ensino básico com a utilização de EPIs.

NÍVEL 2
Microorganismos de classe de risco II podem ser manipulados em
laboratórios clínicos ou hospitalares com finalidade de diagnóstico e requer,
além dos EPIs necessários, cabine de segurança biológica.

NATHALIA SANTA BÁRBARA/JANE LUÍZA – Biomédica CRBM 3ª Região 4914/3744


Aula 3 – Técnicas de Laboratório

NÍVEL 3
Microorganismos de classe de risco III ou grandes volumes e concentrações
de microorganismo de classe de risco II. Além do requerido no nível de risco
2, é necessário um controle rígido quanto à inspeção e manutenção das
instalações e equipamentos e treinamento específico para manipulação
desses microorganismos.

NÍVEL 4
Microorganismos de classe de risco IV. É uma unidade funcional
independente de outras áreas e requer, além de todas as contenções
necessárias nos outros níveis, procedimentos especiais de segurança.

NATHALIA SANTA BÁRBARA/JANE LUÍZA – Biomédica CRBM 3ª Região 4914/3744


Aula 3 – Técnicas de Laboratório

MAPA DE RISCO
O Mapa de risco é uma representação gráfica de um conjunto de
fatores presentes nos locais de trabalho capazes de acarretar
prejuízos à saúde dos servidores, causando acidentes e doenças do
trabalho. É utilizado para facilitar a visualização dos riscos existentes
no local.

NATHALIA SANTA BÁRBARA/JANE LUÍZA – Biomédica CRBM 3ª Região 4914/3744


Aula 3 – Técnicas de Laboratório

NATHALIA SANTA BÁRBARA/JANE LUÍZA – Biomédica CRBM 3ª Região 4914/3744


Aula 3 – Técnicas de Laboratório

NATHALIA SANTA BÁRBARA/JANE LUÍZA – Biomédica CRBM 3ª Região 4914/3744


Aula 3 – Técnicas de Laboratório

NATHALIA SANTA BÁRBARA/JANE LUÍZA – Biomédica CRBM 3ª Região 4914/3744


Aula 3 – Técnicas de Laboratório

NATHALIA SANTA BÁRBARA/JANE LUÍZA – Biomédica CRBM 3ª Região 4914/3744


Aula 3 – Técnicas de Laboratório

NATHALIA SANTA BÁRBARA/JANE LUÍZA – Biomédica CRBM 3ª Região 4914/3744


Aula 3 – Técnicas de Laboratório

NATHALIA SANTA BÁRBARA/JANE LUÍZA – Biomédica CRBM 3ª Região 4914/3744


Aula 3 – Técnicas de Laboratório
BOAS PRÁTICAS DE LABORATÓRIO

 Conjunto de normas e procedimentos de segurança que visam minimizar os acidentes em


laboratório.

• Lavar as mãos antes e após a jornada


• Não comer ou preparar alimentos
• Não fazer higiene bucal, maquiagem, roer unhas...
• Trabalhe com seriedade
• Descarte adequado para material biológico
• Organizar protocolo antes das tarefas.
• Cuidado ao retirar materiais de dentro da centrífuga.
• Não lavar ou desinfetar luvas cirúrgicas ou luvas de exame para reutilização.
• Não atender o telefone ou abrir portas usando luvas descartáveis.
• Quando for trabalhar, manter a bancada livre de cadernos, livros ou qualquer material que não faça parte da
tarefa.

NATHALIA SANTA BÁRBARA/JANE LUÍZA – Biomédica CRBM 3ª Região 4914/3744


Aula 3 – Técnicas de Laboratório
QUANTO A ESTRUTURA FÍSICA
Ambiente amplo
• Paredes, teto e chão de materiais de fácil limpeza e antiderrapante
Iluminação, Água e voltagem dos aparelhos
• Bancadas fixas, impermeáveis e resistentes
Mobília de fácil limpeza
• Pias com infraestrutura
Portas fechadas e/ou do tipo “vai e vem”
• Objetos pessoais, alimentação e estocagem em áreas próprias
Autoclave em local próprio
• Piso anti-derrapante, impermeável, resistente a produtos químicos e de fácil limpeza.
Refeitório ou copa: situar-se fora da área técnica de trabalho
• Ventilação: Manutenção dos filtros dos condicionadores de ar e capelas.

NATHALIA SANTA BÁRBARA/JANE LUÍZA – Biomédica CRBM 3ª Região 4914/3744


Aula 3 – Técnicas de Laboratório
Não cheirar nem provar qualquer produto químico.

A S
BO S
T IC A
PRÁ

NATHALIA SANTA BÁRBARA/JANE LUÍZA – Biomédica CRBM 3ª Região 4914/3744


Aula 3 – Técnicas de Laboratório

A S
BO S
TIC A
P RÁ
E O SERVIÇO TERCEIRIZADO?!

NATHALIA SANTA BÁRBARA/JANE LUÍZA – Biomédica CRBM 3ª Região 4914/3744


Aula 3 – Técnicas de Laboratório

A S
BO S
T IC A
PRÁ

NATHALIA SANTA BÁRBARA/JANE LUÍZA – Biomédica CRBM 3ª Região 4914/3744


Aula 3 – Técnicas de Laboratório

NATHALIA SANTA BÁRBARA/JANE LUÍZA – Biomédica CRBM 3ª Região 4914/3744


Aula 3 – Técnicas de Laboratório

NATHALIA SANTA BÁRBARA/JANE LUÍZA – Biomédica CRBM 3ª Região 4914/3744


Aula 3 – Técnicas de Laboratório

NATHALIA SANTA BÁRBARA/JANE LUÍZA – Biomédica CRBM 3ª Região 4914/3744


Aula 3 – Técnicas de Laboratório

NATHALIA SANTA BÁRBARA/JANE LUÍZA – Biomédica CRBM 3ª Região 4914/3744


Aula 3 – Técnicas de Laboratório

NATHALIA SANTA BÁRBARA/JANE LUÍZA – Biomédica CRBM 3ª Região 4914/3744


Aula 3 – Técnicas de Laboratório

NATHALIA SANTA BÁRBARA/JANE LUÍZA – Biomédica CRBM 3ª Região 4914/3744


Aula 3 – Técnicas de Laboratório

A S
BO S
TIC A
PR Á
Descartar apropriadamente o material
utilizado.

NATHALIA SANTA BÁRBARA/JANE LUÍZA – Biomédica CRBM 3ª Região 4914/3744


Aula 3 – Técnicas de Laboratório
EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA
EPI – EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

Considera-se EPI todo dispositivo de uso individual, destinado a proteger a


saúde e a integridade física do trabalhador, não sendo adequado o uso
coletivo por questões de segurança e higiene. Sua função é prevenir ou
limitar o contato entre o operador e o material infectante.

 Óculos de Proteção
 Protetor Auricular
 Protetor Facial
 Calçados fechados
 Luvas
 Máscaras
NATHALIA SANTA BÁRBARA/JANE LUÍZA – Biomédica CRBM 3ª Região 4914/3744
Aula 3 – Técnicas de Laboratório
EPC– EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO COLETIVA

São equipamentos que possibilitam a proteção do pessoal do


laboratório, do meio ambiente e da pesquisa desenvolvida.

Cabine de segurança biológica (csb)


POR HJ
Capela química É SÓ!
Chuveiro de emergência
Lava olhos
Extintor de incêndio
OBRIGADA!!!

NATHALIA SANTA BÁRBARA/JANE LUÍZA – Biomédica CRBM 3ª Região 4914/3744

Você também pode gostar