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JHONATAS VIE IRA
JONATAN SI LVA
PEDAGOGIA-EM-
PARTICIPAÇÃO:
a documentação pedagógica no
âmago da instituição dos direitos
da criança no cotidiano
Júlia Oliveira-Formosinho
João Formosinho
CONTEXTUALIZAÇÃO
Os autores nos introduzem em uma pedagogia onde se almeja a construção de autonomia e
conhecimento sustentada pela documentação pedagógica, cujo o qual será capaz de registrar o
que as crianças produzem, falam e pensam para concretizar uma autorregulação que permita
uma ação educativa coerente com seus direitos e aprendizagens.
• o professor é organiza o ambiente e observa e escuta a criança para a compreender e lhe responder;
• a criança é um ser com competência e atividade;
• os objetivos da educação são são os do envolvimento na experiência e a construção da aprendizagem
na experiência contínua e interativa;
• a motivação da criança sustenta -se no interesse intrínseco da tarefa e nas motivações intrínsecas das
crianças.;
• a atividade da criança é entendida como colaboração no âmbito do quotidiano educativo
DESCONSTRUÇÃO DA PEDAGOGIA CONVENCIONAL E
RECONSTRUÇÃO DE uma pedagogia participativa
Para isso é necessário desconstruir a cultura pedagógica da passividade (Formosinho, 1987) vivenciada e
naturalizada pela maioria. Isto requer que a prática da Pedagogia-em-Participação seja trabalhada em vários
níveis simultaneamente:
Construir uma pedagogia com a criança implica começar por descobrir essa criança na sua vivência
fenomenológica.
Esta práxis de descoberta busca transformar o ano cotidiano de aprendizagem e as experiências que
a criança vivência.
O aprender da criança não é um fenômeno meramente interior, é uma realidade que depende quer da
sua natureza quer da experiência ambiental, no contexto de uma cultura.
RECONCEPTUALIZAR A IMAGEM DE CRIANÇA
No âmbito de uma pedagogia da infância transformativa, preconiza-se uma planificação pedagógica que
conceptualiza a criança como uma pessoa com agência, um ser com direito à coconstrução da sua jornada
de aprendizagem.
Os “ofícios” de aluno e professor são reconstruídos com base na reconceptualização da pessoa como
detentora de agência: a pessoa do aluno e a pessoa do professor.
O papel do adulto é criar espaço para que a criança se escute a si própria e comunique a escuta de si.
Olhamos o processo educativo como mediação pedagógica que abre às crianças as portas plurais
da cultura, contribuindo assim para o seu processo de humanização.
Nesta pedagogia há quatro eixos que sustentam o
saber-fazer pedagogico e são âncoras que
intencionalizam o processo educativo para o
desenvolvimento da criança.
O respeito pela identidade da criança conduz inevitavelmente à conceção de uma pessoa na escola como
partícipe respeitado, ouvido, respondido e, por isso, incluído.
Pede-se imaginação profissional para criar um cotidiano partilhado em que não se faz uma troca de lugares
entre o educador e a criança, colocando esta criança exclusivamente no centro do processo educativo
O respeito pela criança competente e participativa inicia -se na negociação do que aprender, como
aprender, como avaliar.
A mediação pedagógica é um modo de ser e estar com as crianças que exige, em muitos momentos, a
suspensão ética da educadora.
Exige a autorregulação profissional, isto é, a suspensão ética dos saberes, fazeres e poderes profissionais
para permitir à criança, através da participação, o exercício dos seus próprios saberes, fazeres e poderes.
Isto implica desenvolver uma mediação pedagógica como função profissional avançada, que sabe
silenciar-se, sabe suspender a própria voz para dar espaço à voz da criança.
Mediar a agência da criança exige a ética de reconhecer que a participação ativa da criança na
aprendizagem depende do contexto educativo e dos processos que nela se desenvolvem.
O PAPEL DA DOCUMENTAÇÃO PEDAGÓGICA NA PLANIFICAÇÃO
SOLIDÁRIA E na ação pedagógica
Planificar é dar à criança poder para se escutar e para comunicar a escuta que fez de si.
Por meio dessas narrativas, a documentação pedagógica tem potencial para revelar um processo
dinâmico de crescer no aprender, integrado com o crescer no ser.
O fluir dos processos pedagógicos participativos não é previsível, não é um processo linear nem
totalmente programável.
O PAPEL DA DOCUMENTAÇÃO PEDAGÓGICA NA PLANIFICAÇÃO
SOLIDÁRIA E na ação pedagógica
A documentação pedagógica representa uma conquista a esse nível pois visibiliza cada criança na sua
competência, agência e desafia à criação de respostas (situações) educacionais respeitosas das
identidades plurais emergentes, com direitos de participação.
Fazer diferenciação pedagógica significa ensinar de tal modo que a aprendizagem, que é direito de
todos, se concretize também num direito de cada um.
Fazer diferenciação pedagógica significa pensar em termos de equidade e não em termos de igualdade
burocrática.
Permite compreender e respeitar a identidade aprendente de cada criança e fazer com ela um caminho
cotidiano de aprendizagem solidária.
O PAPEL DA DOCUMENTAÇÃO PEDAGÓGICA NA MONITORIZAÇÃO
DA AÇÃO docente: garantindo os direitos da criança
A documentação pedagógica está no âmago da autorregulação profissional que se exerce com autonomia
profissional sustentada na pedagogia explícita que se prática.
O PAPEL DA DOCUMENTAÇÃO PEDAGÓGICA NA MONITORIZAÇÃO
DA AÇÃO docente: garantindo os direitos da criança
A documentação realizada neste espírito constitui informação próxima para fazer avaliação pedagógica
através de atos profissionais que interrogam a própria documentação, que a fazem falar sobre a
aprendizagem da criança, sobre o que está a fazer, a sentir e a aprender (Campos; Colasanto, 2016)