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APRENDIZAGEM E O ENSINO DA LINGUAGEM ESCRITA:

As crianças, a sala de aula e a aprendizagem da linguagem


escrita como um processo discursivo.

Desenvolvimento, aprendizagem e ensino da linguagem escrita.

Maria de Fátima Cardoso Gomes


As crianças, a sala de aula e a
aprendizagem da linguagem escrita
como um processo discursivo.
ALEXANDRA TORRES

Trata-se de perceber que temos o


compromisso de compreender a leitura
como um processo no qual o leitor realiza
um ativo de construção do significado do
contexto sócio-cultural.
• O ensino-aprendizagem da linguagem escrita,
baseiam na concepção de que a língua é um sistema
fechado (transmissão e memorização)

• a teoria da associação ( associacionista) defende


que ideias simples podem ser vinculadas as ideias
complexas.

• Nesta perspectiva, institui-se um trabalho que vai das


partes par ao todo e do simples para o complexo.
• As funções psicológicas ( atenção, percepção e memória ) atuam
independentemente umas das outras.

• A memória vem associada a retenção ( decoreba de silabas ), ela


é vista por essa corrente pedagógica como aprendizagem

• Ler e escrever é muito mais do que adquirir habilidades básica de


decifração e escrita de palavras e pseudotextos.
O que leva a criança a aprender a escrever?
ANATÁRCIA MIRANDA

• Os rabisco e os desenho são visto como outros


domínios que unem os gestos e a linguagem
escrita.
• Vygotsky valorizava o ensino da linguagem
escrita e não a escrita de letras.
• O que conta como aprendizagem da leitura e da
escrita no contexto da sala de aula só pode ser
analisado se são consideradas as interações
discursivas, as ações dos participantes e as
suas histórias.
• Pensando dessa forma, considera-se que não
basta se perguntar como as crianças aprendem
a ler e escrever é um processo de construção
individual.

• Cada escola é única, assim como cada sala,


entretanto isto não quer dizer que não
apresentem universalidade.
FRANCISCO RAMOS

Todo professor deve fazer uma reflexão sobre a


língua oral e a aprendizagem da língua escrita.A
leitura e escrita são dois aspectos que estão
intimamente ligados, ou seja, para que haja um
processo de aprendizagem eles precisam estar
relacionados. Desse modo, a aprendizagem da leitura
e escrita requer cuidados, atenção especial, tanto no
que diz respeito ao processo de aprendizagem,
quanto no tocante à qualificação de profissionais.
É imprescindível que o (a) professor (a)
não seja somente um mero transmissor de
conhecimento. Mas sim, um mediador(a)
entre o educando e o conhecimento, o
qual seja capaz de despertar interesse e
segurança a seu aluno.
Para alguns teóricos como Piaget,
Vygotsy, bruner e Ausubel construtivismo
é uma teoria, que procura descrever os
diferentes estágios pelos quais passam os
indivíduos, no processo de aquisição de
conhecimentos, de como se desenvolve a
inteligência humana e de como o individuo
se torna autônomo.
Desenvolvimento, aprendizagem e
ensino da linguagem escrita.
CARLOS JACQUES

Interpreta cada abordagem psicológica


e em suas relações com a
aprendizagem da linguagem escrita.
Na perspectiva associacionista:
• O termo associacionismo origina-se da concepção
de que a aprendizagem se dá por meio de um
processo de associação de ideias, seguindo os
níveis das mais simples para as mais complexas.

• Thorndike e Skinner considera a teoria do


comportamento reflexo ou estimulo e resposta, a
aprendizagem é um reflexo do ensino e há apenas
uma resposta correta correspondendo ao estímulo
apresentado pelo professor.
• Presume-se nesta teoria que as propriedades
básicas do educando como a inteligência,
personalidade, percepção, emoção, existem pré
formadas desde o nascimento (hereditariedade).

• Esta teoria se baseia na similidade das tarefas,


consistindo em gravar respostas corretas e eliminar
as incorretas ( erros não construtivos ).

• A transferência da aprendizagem ocorre à medida


em que existem elementos idênticos e é
considerado um fenômeno individual.
Para Baggio (1992):

• Há uma excessiva preocupação com a


decodificação mecânica da escrita, com perda
quase que total no processo de aprendizagem.

• O conhecimento anterior da criança é ignorado no


processo, bem como o contexto familiar e social.

• A leitura e a escrita não são diferenciadas e sem


nenhum caráter funcional.
Na perspectiva construtivista piagetiana
ANDREA MACHADO

• Ressalta a importância da relação entre professor e


aluno e entre alunos, em cooperação, para o
conhecimento da linguagem escrita e ser construído.

• O meio influência o desenvolvimento dos indivíduos


de forma a acelerá-lo ou retardá-lo, mas, a ação do
sujeito é considerada fundamental para a construção
do conhecimento.
• O processo de construção do conhecimento é muito
valorizado.
• O erro ( erro construtivo ) é analisado como hipótese
que constitui o processo de ensino aprendizagem,
ampliando as possibilidades de aprender e ensinar.
• O professor é agente provocador e reequilibrador deste
processo.
• A cooperação entre os estudantes é reconhecida e
valorizada.
• O sujeito é ativo.
Na perspectiva sócio-cultural vygotskyana.
ANTONIOCUNHA

• A cultura faz parte da natureza humana,


redefinindo as relações entre desenvolvimento
(zona de desenvolvimento proximal) e
aprendizagem, criando novas possibilidades de
intervenção na sala de aula.

• O conteúdo escolar aprendido é incorporado


como desenvolvimento mental pelos alunos.

• O conhecimento é construído pela ação


compartilhada ( interação ) ou dialógica e nunca
pela ação exclusivamente individual.
• O sujeito é interativo.
• O professor valoriza o coletivo na construção de
conhecimento, sem no entanto desconsiderar a ação
intrapsíquica de cada um estudante.
• O erro é superado por uma forma de avaliação mais
dinâmica e prospectiva, expressando o conceito de
zona de desenvolvimento proximal.
• Aprendizagem e desenvolvimento são concebidos
como processos interdependentes e contínuos, mas
caminhando lado a lado.
• Institui uma profunda interação entre os indivíduos na prática
pedagógica,com o olhar voltado para o que ainda pode ser aprendido e
desenvolvido com ajuda ou mediação dos outros ou da linguagem
( avaliação prospectiva ).

• Aqueles que apresentam dificuldades estariam juntos com os que não


apresentam e com os professores, até que consigam realizar
independentemente suas tarefas.
( Gomes 2002 ).

• Aprender é compreendido como um processo múltiplo, apresentando


múltiplas formas de ensinar os conteúdos escolares, múltiplas
metodologias avaliativas, exige que reconheçamos as singularidades
dos sujeitos aprendizes.

• Ver a sala de aula como cultura, onde a heterogeneidade e diversidade


linguística são componentes fundamentais para o processo de ensino-
aprendizagem.
"Nasceu gente é
inteligente!”

Jean Piaget
Bola de gude
• BIROCA - são feitos quatro buracos - as birocas - na terra. Os jogadores, de 2 a 4,
jogam suas bolinhas até a primeira biroca, e quem ficar mais perto dela iniciará o
jogo. A partir daí, deverá percorrer todo o circuito, ou seja, colocar sua bolinha em
cada um dos buracos, podendo “matar”, depois disso, a bolinha dos adversários,
atingindo-a com a sua e a eliminando do jogo. Se errar a biroca ou a bolinha de outro
jogador, perde a vez, e assim por diante.

• TRIÂNGULO - Nesta modalidade, risca-se um triângulo na terra, colocando-se em


seu interior as bolinhas dos jogadores. A partir daí os participantes se revezam
“matando” as bolinhas no interior do triângulo, até que não reste mais nenhuma
delas.
O jogo na visão de Piaget e Vygotsky
Para Vygotskyana:
• Para Piaget:
O erro construtivo;
• Erro é construtivo;
• O sujeito interativo;
• O sujeito é ativo;
• Interação influência no processo de
• Cooperação entre alunos;
desenvolvimento (ZDP).
• O meio social como processo que ajuda a
retardá-la ou acelerá-lo.

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