O documento descreve o vestuário usado pelos personagens nos Contos da Cantuária de Geoffrey Chaucer. As roupas refletem fatores como classe social, ocupação e personalidade. A análise do vestuário fornece insights sobre as dinâmicas sociais da baixa Idade Média inglesa retratada na obra.
O documento descreve o vestuário usado pelos personagens nos Contos da Cantuária de Geoffrey Chaucer. As roupas refletem fatores como classe social, ocupação e personalidade. A análise do vestuário fornece insights sobre as dinâmicas sociais da baixa Idade Média inglesa retratada na obra.
O documento descreve o vestuário usado pelos personagens nos Contos da Cantuária de Geoffrey Chaucer. As roupas refletem fatores como classe social, ocupação e personalidade. A análise do vestuário fornece insights sobre as dinâmicas sociais da baixa Idade Média inglesa retratada na obra.
IDADE MÉDIA Fonte: Contos da Cantuária, Geoffrey Chaucer.
Aluno: Pedro Henrique Garcia carvalho
R.A.: 109365. A VIDA DE CHAUCER – NOTAS DE NEVILL COGHILL • Informações incertas sobre a data de seu nascimento, especulando que teria sido em 1342. • Seu pai, John, era mercador e serviu como mordomo assistente na corte real de Southampton. • Agnes, suposta mãe de Chaucer, pertencia a uma família de oficiais da casa da moeda. • Geoffrey possuía uma vida financeiramente razoável. • Teve seu primeiro contato com os estudos quando foi para a esmolaria da catedral de São Paulo. • O inicio da vida poética se deu em sua viagem para França. A VIDA DE CHAUCER – NOTAS DE NEVILL COGHILL • Suas inspirações poéticas o diferenciava dos autores ingleses desse período. • O casamento era visto como uma instituição formal padronizada, caracterizada pela relação de dominância do homem sobre a mulher. • Chaucer defendia a conciliação do casamento e as idealizações românticas. • Faleceu em 1400 e foi sepultado como o pai da poesia inglesa. A OBRA ENQUANTO FONTE HISTÓRICA • Apresenta descrições detalhadas sobre os aspectos individuais de cada personagem. • Apresenta um grupo diversificado socialmente no enredo da trama. • Isso possibilita uma compreensão mais ampla das dinâmicas sociais da baixa idade média. OBJETO DE PESQUISA • O vestuário na baixa idade média. • Analise das descrições do narrador sobre as vestimentas utilizadas pelos personagens apresentados. • Compreensão dos fatores sociais que envolvem os personagens apresentados e a forma que se manifesta em suas vestes. • Conciliar a observação das vestes e a observação da personalidade individual. • Estabelecer um mapeamento social do grupo de personagens. • Analisar como as dinâmicas sociais se manifestam em seus contos. METODOLOGIA • Inspirada na obra “O queijo e os vermes” de Carlo Ginzburg. • Utilização da dinâmica de analise da micro história. • Observação de um aspecto estreito para a compreensão e questionamento de uma dinâmica social. • Obra “Outono da idade média ou primavera dos tempos modernos?” de Philip Wolff contribui para a compreensão da fonte em si. • Prioriza conceitos e detalhes inseridos na fonte e reforça a importância das crônicas e poesias. CONTEXTO HISTÓRICO • Recorte histórico: Inglaterra, segunda metade do século XIV. • O recorte está ligado ao momento em que o autor escreve a fonte. • Realidade conturbada, por conta das várias crises que se passavam na Europa. • Fim da peste negra e inicio da guerra dos cem anos. • Expansão cristã teve como consequência a possibilidade de mais viagens de nobres em nome da fé. MAPEAMENTO SOCIAL • Para uma padronização da divisão do grupo de personagens, foi utilizada a idealização de Alfredo, o grande. • Divisão social em três grupos: Homens que rezam, Homens que lutam e Homens que trabalham. • É necessário mencionar a existência de uma heterogeneidade dentre esses grupos. • Chaucer cita elementos que contribuem para a compreensão dessa dinâmica. VESTIMENTA DOS HOMENS QUE REZAM • O grupo com um todo possuía algum tipo de ligação com a igreja católica. • Para a análise dos aspectos religiosos, nessa categoria será observado os personagens que dedicam suas vidas a serviços da igreja. • A prioresa. • Mulher dita como doce, gentil e delicada em seus atos e em sua personalidade. • É descrita como extremamente cautelosa sobre as condições de suas vestes. • Tinha fortes inspirações na virgem Maria. • Utilizava vestes padrão de uma prioresa, sendo enfatizado o cuidado sobre elas e o simbolismo religioso que trazia. VESTIMENTA DOS HOMENS QUE REZAM • A mulher de Bath. • Sua personalidade era extremamente extrovertida. • É descrita como uma mulher barulhenta e até mesmo desrespeitosa. • Suas vestes condiziam com sua excentricidade. • Roupas impactantes, um vestido esvoaçante e um chapéu com um grande laço. • O monge. • A característica primordial na observação do monge são seus atos avarentos. • Sua avareza se manifestava em suas roupas, sendo de extrema luxúria. • Peles finas de animais e fivelas de ouro em seu chapéu que carregava o “nó do amor”. VESTIMENTA DOS HOMENS QUE REZAM • O erudito. • Jovem tímido e introvertido. • Muito dedicado aos estudos para o sacerdócio. • Suas vestes eram um guarda-pó velho com visíveis marcas de uso. • O magistrado. • Possuía um cargo legislativo na igreja. • Descrito como dotado de grande sabedoria tendo uma certa importância em Londres. • Suas vestes eram minimalistas. • Um casaco de pele sem ornamentos e uma sinta de seda. VESTIMENTA DOS HOMENS QUE REZAM • O vendedor de indulgências. • Mescla entre exposição de sua fé e narcisismo. • Descrição ironizada pelo narrador. • Usava uma réplica do pano de verônica em seu gorro. • Usava o gorro de forma a mostrar seus cabelos. VESTIMENTA DOS HOMENS QUE TRABALHAM • O mercador. • Perito na área em que atuava. • Suas vestes eram mistas, originárias dos lugares em que exerceu a comercialização. • Usava um casaco de pele de castor, um chapéu flamengo e bota com fivela cintilante. • O grupo artesão. • Características generalizadas entre os cinco integrantes. • Enfatiza a confraria entre eles. • Usavam todos librés brilhosos e cintos, além de bolsas para carregar suas facas. VESTIMENTA DOS HOMENS QUE TRABALHAM • O navegador. • Apresentava uma personalidade e uma conduta contraditória às suas características físicas. • Suas vestes transpassava seu espirito aventureiro. • Usava um longo saio grosso frisado e uma faca como adereço em seu pescoço. • O doutor. • Poder aquisitivo acentuado. • Avarento com seus lucros adquiridos com a peste. • Usava roupas elegantes, feitas em tafetá vermelho e azul. VESTIMENTA DOS HOMENS QUE TRABALHAM • O moleiro. • Robusto e lotado de cicatrizes, era um homem grosseiro e um charlatão. • Tinha um histórico glorioso em batalhas esportivas. • Usava um Tabardo branco e um capuz azul. • Levava em seu cinto uma espada e em sua mão um escudo, referentes a profissão de lutador. VESTIMENTA DOS HOMENS QUE LUTAM • Classe cavaleiresca estava em escassez nesse período na Inglaterra. • Divisão representada pelo cavaleiro, seu filho escudeiro e seu criado caçador. • O cavaleiro. • Descrito como um homem sensato e pleno, caracterizado como “alma pura”. • Era um homem idoso, havia deixado seus dias de batalha para viver na peregrinação. • Suas vestes são descritas como gastas, danificadas e enferrujadas. • Usava vestes de fustão manchadas e uma cota de malha enferrujada. VESTIMENTA DOS HOMENS QUE LUTAM • O escudeiro. • Apresentado como um jovem que transpassa fortes emoções. • Jovem esbelto, de cabelos cacheados com altas habilidades de batalha. • Suas vestes eram feitas em cores vivas bordadas com alvas flores. • O Criado. • Homem dedicado à caça. • Possivelmente era um couteiro-mor. • Usava um gibão, um capuz verde, um talabarte para carregar suas armas e uma corneta e uma medalha em seu peito. • As armas que trazia eram: um escudo, uma espada, uma adaga, flechas de pena de pavão e um arco. CONSIDERAÇÕES FINAIS • Objeto de pesquisa: O vestuário na baixa idade média. • Fonte: Cantos da Cantuária, Geoffrey Chaucer. • Recorte histórico: Inglaterra, segunda metade do século XIV. • Fonte metodológica #1: O queijo e os vermes, Carlo Ginzburg. • Fonte metodológica #2: Outono da idade média ou primavera dos tempos modernos?, Philip Wolff. REFERÊNCIAS • CHAUCER, G. Contos da Cantuária. São Paulo: Penguin Classics Companhia das Letras, 2013. • COGHILL, N. Introdução: vida de Chaucer. In: CHAUCER, G. Contos da Cantuária. São Paulo: Penguin Classics Companhia das Letras, 2013. • DUBY, G. The three orders: feudal society imagined. Chicago: University of Chicago Press, 1982. • GINZBURG, C. O queijo e os vermes: o cotidiano e as ideias de um moleiro perseguido pela Inquisição. São Paulo: Companhia das Letras, 2006. • WOLFF, Ph. Problemas de fontes e métodos. In:___. Outono da Idade Média ou primavera dos tempos modernos? São Paulo: Martins Fontes, 1988, p. 241-261.