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Marcy Jacks
Cavaleiro Vingativo
Revisora da Série
Capítulo Um
Capítulo Dois
Capítulo Três
Quando August acordou do que devia ser a melhor noite de sono que
tinha tido em muito tempo, sentia-se como se tivesse acabado de ficar
acordado depois de dormir em uma nuvem.
Uma nuvem que por acaso tinha um homem sexy, muito nu nela.
August não queria se mover. Ainda estava escuro. Ele se virou para o
lado, seus olhos inchados de sono. Eram cinco e meia da manhã. O sol
nasceria em menos de uma hora, e August tinha que ir.
O pensamento o deixou doente. Ele se acomodou de volta no peito de
William. Parecia que, depois de ficar cansado demais para ficar acordado
durante o resto da noite, acabara por cair sobre o outro homem em algum
momento, adormecendo.
Não só o colchão e os lençóis sob ele eram super confortáveis, mas
dormir com um belo homem que era bom na cama, era luxuoso, também.
Não queria se mover. Realmente não queria ter que sair.
Mas tinha.
August ficou imóvel por mais um minuto. Só queria fingir por um
pouco mais de tempo que aqui era onde deveria estar. Queria fingir que ele era
realmente seu amante e que ele e William iriam sair e ter um felizes para
sempre ou algo assim.
Fazerem suas refeições juntos, sair em encontros e, de vez em
quando, levar o irmão de August, Nathan, também para jantar.
William tinha irmãos ou irmãs? Ele tinha os dois?
Algo sobre ele fez com que tivesse certeza de ter alguns irmãos. Não
conseguia explicar por que, mas era verdade.
Também era verdade que já estava atrasado. Nem deveria estar aqui
agora. Bobby esperava que voltasse com o dinheiro que tinha coletado de seus
trabalhos.
August sentou na cama. Olhou para o homem que dormia no colchão.
Esfregou seu peito, apenas sobre seu coração. Não funcionou para
aliviar a dor. Tinha que ir. Tinha que deixar este lugar e a fantasia que se
deixara sentir na noite anterior.
Era falso. Não era real, e precisava voltar para o mundo real.
O mundo real era cruel.
August saiu da cama, deslizando lentamente seus pés para o tapete
debaixo dele, tentando tudo o que podia para ser devagar e silencioso. Não
queria ter que acordar William. Não porque estivesse preocupado que o outro
homem pudesse machucá-lo, mas mais ou menos porque estava assustado
que iria implorar para William para deixá-lo ficar, para deixar August segui-lo
para casa e viver com ele como um cão perdido à procura de um mestre.
Merda. August parou enquanto colocava sua camiseta, e então
deslizou a coisa sobre sua cabeça, imaginando o que diabos deveria fazer
agora.
Ele e William não tinham discutido um preço. William tinha que saber
o que August era, e mesmo assim o trouxe aqui de qualquer maneira, teve
relações sexuais com ele de uma maneira tão doce e terna que quase poderia
ser como fazer amor.
Talvez William fosse apenas super-baunilha, mas de qualquer forma,
não era um homem estúpido. Sabia o que August fazia para viver.
Então esperaria que pagasse como era devido... não é?
August pegou o casaco, sentou-se na beira da cama, e ficou imóvel
por um momento.
Pegar a carteira de outra pessoa parecia um movimento de um
ladrão, mesmo se lhe devia o dinheiro. Queria que a noite passada tivesse sido
sobre uma conexão que eles compartilharam, uma chance de algo mais.
Mas seu irmão precisava desse dinheiro, e quanto mais pensava
sobre isso, mais se lembrava de como estava com fome. Estava morrendo de
fome, e não tinha dinheiro para comer nada.
Apertou os punhos, tomando uma decisão, sabendo que isso
significaria que nunca mais voltaria a ver William, e se o fizesse, então não
seria bom, isso era certo.
Encontrou facilmente a carteira de William. Estava na calça do
homem no banheiro. Tinha estado sob a jaqueta de August.
Respirou fundo, enviou uma silenciosa desculpa ao homem que ainda
dormia e abriu-a.
Não podia acreditar quanto dinheiro estava lá dentro. Apenas lá,
dinheiro.
Tinha que ser alguns milhares de dólares. Alguns eram americanos,
mas a maior parte era canadense.
Ele ficaria mais irritado se August tomasse as notas americanas? Ou a
mesma quantidade de raiva se August apenas pegasse as notas canadenses?
Não queria empurrar sua sorte. August contou mil dólares em notas
canadenses, esperando que William o perdoasse por isso.
Realmente não estava roubando, e isso tinha sido sua taxa quando
tinha começado. Essa taxa tinha diminuído significativamente ao longo dos
meses, mas August gostava de pensar que era o que valia a pena. Além disso,
ele e Will tiveram um monte de sexo, então parecia uma quantidade adequada.
Guardaria uma de vinte para si mesmo para que pudesse comprar um
sanduíche e uma bebida, depois daria o resto a Bobby e esperaria que fosse
suficiente.
August colocou a carteira de volta. Olhando aquelas notas lá o fez
tentado a pegar tudo dentro dessa carteira.
Não gostava que tivesse tido a tentação. Era errado. Ele se sentiu
sujo, e um pouco irritado que tinha caído tão baixo para começar.
Tinha que escrever uma nota para William. Devia tanto ao homem.
William tinha estado chamando por alguém na noite passada,
quebrando ocasionalmente o humor que August havia criado em sua cabeça,
mas ao mesmo tempo, ainda era um amante atencioso, o mais gentil, o
melhor que tinha tido.
Não sabia que era possível ter um orgasmo quando alguém o
penetrasse sem que August precisasse se tocar. Às vezes não conseguia um
orgasmo, mesmo quando o fazia. Era assim que poucas pessoas podiam ser
indiferentes.
Se não parasse de pensar nisso, iria ficar de mau humor durante o
dia, e hoje era um dos poucos dias em que acordou sentindo-se bem com o
mundo.
Deixou a nota na mesa de cabeceira com o nome de William nela. Ele
deu um último olhar de despedida para o homem adormecido na cama e
suspirou enquanto se dirigia para a porta.
Talvez em uma vida passada, isso poderia ter sido capaz de
acontecer, mas não agora. Ninguém queria um parceiro com tanta bagagem
quanto August tinha, e realmente, o que William poderia fazer sobre isso de
qualquer maneira? August estava preso a fazer isso até que as dívidas de seu
irmão fossem pagas e, no mundo real, precisava encontrar uma maneira de
salvar a si mesmo e seu irmão, e não trazer alguém que não sabia nada sobre
as pessoas horríveis que August se encontrava envolvido.
Tentou não pensar muito sobre William quando chegou aos
elevadores. Teve que esfregar os olhos apenas um pouco quando as portas se
fecharam.
Capítulo Quatro
August não gostou disso. Odiava encontrar-se com Bobby, e tinha que
ignorar a chance de conseguir qualquer coisa para comer por causa das
mensagens de texto que tinha encontrado em seu telefone.
Aparentemente, Bobby estava tentando contatá-lo a noite toda.
Não era bom. Isso não era bom.
August tinha pelo menos algum dinheiro para ele. Enfiou uma nota de
vinte na meia, esperando que Bobby não a encontrasse, mas estava mais do
que preparado para entregar o resto.
Não pagaria a dívida de Nathan, mas seria melhor do que nada, isso
era para ter certeza.
Encontraria Bobby no estacionamento de trás do bar onde conhecera
William, curiosamente.
Embora, considerando que esta era uma cidade pequena, havia
muitos lugares obscuros que duas pessoas poderiam encontrar-se.
Mais do que duas, na verdade. Bobby tinha três de seus homens lá,
dois dos quais segurava Nathan pelos braços enquanto estava de joelhos. Ele
tinha um olho preto. August tentou não estremecer com isso.
O outro homem estava ao lado de Bobby, um bastão de beisebol em
suas mãos e uma expressão presunçosa em seu rosto, como se pensasse que
ele era Negan do The Walking Dead. A única coisa que estava faltando era o
arame farpado.
— Onde diabos você esteve? — Bobby estalou. — É como se tivesse
um telefone para nenhum uso. Você estava me ignorando ou algo assim?
August apressou-se em seu passo. Ele não se atreveu a hesitar
quando Bobby estava tão irritado e seu irmão estava ali.
— Não, me desculpe. Eu estava com um cliente.
— Melhor ter sido um bom. O que você tem?
August olhou para seu irmão e fechou os olhos quando enfiou a mão
no bolso da jaqueta e puxou a pequena pilha de notas.
— Há quase mil dólares.
Bobby ergueu as sobrancelhas. Quase parecia que ia começar a sorrir.
— Tudo isso? Santa merda, quem você fodeu desta vez?
August conteve um estremecimento. Sabia o que ele era, o que tinha
se transformado para manter seu irmão seguro, mas isso não significava que
gostava de ser lembrado por Bobby.
— Algum cara da cidade. Acho que alguém quebrou seu coração e
estava sozinho.
— Jesus Cristo, não quero uma história aqui, apenas me dê o maldito
dinheiro.
Bobby estendeu a mão e August avançou, colocando o dinheiro nela.
Ele e seu irmão se entreolharam enquanto Bobby contava.
August pensou que poderia tentar sua sorte.
— Bobby, você sabe que vou te pagar. Posso levar Nathan para casa
comigo?
— Vamos ver — disse Bobby, ainda examinando as notas.
Ele sempre dizia isso.
— Seria mais fácil se ele estivesse comigo. Podemos trabalhar juntos
para pagá-lo mais rápido.
Nathan devia a Bobby dez mil, mas August já tinha certeza de que,
entre os dois, haviam dado ao homem quinze mil dólares no total, e ainda
assim Bobby ainda parecia pensar que tinha mais a receber.
Bobby rosnou, revirando os olhos.
— Maldição, poderia esperar dez segundos enquanto conto essa
merda? Agora tenho que começar tudo de novo.
August mordeu os lábios juntos. Queria dizer mais, mas um rápido
olhar para seu irmão, e parou. Nathan balançava a cabeça suavemente,
dizendo-lhe para não empurrar a questão ainda mais.
E ele tinha o olho preto. Se August estava sendo forçado a se vender
para pagar a dívida de seu irmão, então não queria pensar no que Bobby
estava fazendo com ele para ganhar seu dinheiro de volta.
Bobby parou na última conta quando terminou de contar. Franziu a
testa, olhando para o dinheiro em suas mãos.
— Está tudo ai — disse August.
— Isso é tudo o que ele te deu?
— Tudo isso.
Bobby olhou para ele, seus olhos se estreitaram.
— Mil e oitenta dólares é uma quantia estranha para dar. Você cobrou
demais, ou ele simplesmente deu isso a você?
Uh-oh.
— Eu pedi mil, mas ele não tinha.
— Ele não tinha mais uma nota de vinte dólares? O que, isso veio de
sua carteira ou de uma máquina de banco por aqui? Por que não lhe daria mais
vinte para torná-lo mesmo grande?
August começou a tremer. Devia ter sabido. Devia ter percebido que
isso ficaria estranho.
— Eu juro, não é... eu não...
— Foda-se, alguém procure nesse idiota.
— Espere!
August tentou recuar, mas os homens de Bobby não o deixaram
escapar. Os dois que estavam ao seu lado o agarraram por seus braços e
puxaram-no de joelhos. Começaram a procurar nos bolsos.
August olhou para seu irmão. A expressão de Nathan era de
derrotada, quase morta. Ninguém mais o segurava, mas ainda não se movia, e
isso assustou ainda mais August.
— Alguma coisa? — Bobby perguntou.
— Nada ainda.
Talvez eles não encontrassem. Talvez não verificassem seus sapatos.
E iria fugir com isso, e seria bom. Por favor, só desta vez e, em seguida, seria
mais esperto da próxima vez que algo como isso acontecesse. Ele o esconderia
melhor. Bobby nunca teria que saber o que tinha feito.
Não. As mãos que o seguravam desceram até as pernas. Eles até
sentiram a sua virilha antes de arrancarem o sapato direito.
August lutou quando isso aconteceu.
Bobby bateu palmas com prazer.
— Oh! Aqui vamos nós. Algo lá dentro que você não quer que eu
veja, não é? — Ele riu.
— Por favor não! Não é desse jeito!
Os sapatos dele saíram, e as mãos que se agarraram a ele eram
muito fortes para que fizesse qualquer coisa. Não conseguia detê-los, e quando
revistaram sua meia, encontraram o enrolado, e agora fedorento, a nota de
vinte escondida ali.
— Aqui vamos nós. Alguém me entregue o resto do meu dinheiro, por
favor? — Bobby perguntou, segurando a mão novamente, como se toda aquela
coisa fosse apenas um aborrecimento para ele, um desperdício de seu tempo.
Fez uma careta quando a nota foi posta em sua mão.
— Ugh, merda. Dinheiro de pé. Seja como for, acho que eles dizem
que você deveria lavar as mãos toda vez que você lida com dinheiro de
qualquer maneira, certo? Você nunca sabe onde foi.
August se empurrou de joelhos, derrotado e vazio. Se era assim que
se sentia, então só podia imaginar como seu irmão se sentia, como estava
sobrevivendo a isso.
Bobby aproximou-se dele, caindo para seus quadris para que
estivessem mais perto do nível dos olhos.
— Agora, você quer me explicar por que achou que era legal estar
roubando minha grana?
August não podia olhá-lo nos olhos. Simplesmente não podia. Era
muito covarde, estava muito assustado. O que diabos ia fazer sobre isso
agora?
— Ei? Olá? De repente você está surdo ou algo assim? — Bobby deu
um tapa na cabeça dele. Não doeu, mas ainda era suficiente para fazer August
encolher.
— Você e seu irmão me devem uma merda de dinheiro. O que dei
não era suficiente? Você quer mais? É isso?
August sacudiu a cabeça.
Ficou chocado ao ouvir a voz de Nathan.
— Bobby, por favor, é minha culpa. Desconte em mim, se for preciso.
Bobby parecia congelar naquilo. Ele se virou devagar, como se fosse
um predador que tinha cheirado sangue no ar.
O rosto de Nathan estava abatido, derrotado, como se soubesse que
havia uma punição para os dois, mas estava apenas apostando em pelo menos
poderia salvar August da ira de Bobby.
August jurou sentir seu coração parar quando Bobby se levantou,
quase tão lento e deliberado quanto se ajoelhou. Aproximou-se de Nathan, e
August estava tão amedrontado de medo por seu irmão que sentiu suas
entranhas congelar, mas por alguma razão, não conseguiu chamar Bobby,
pedir ao homem para parar ou mesmo para implorar por alguma misericórdia.
Estava totalmente petrificado, e não havia nada que pudesse fazer
sobre isso quando Bobby acertou Nathan direto em seu olho já preto.
Nathan gritou. A dor tinha que ser pior agora por causa da contusão
que já tinha.
A primeira reação de August foi ir ao seu irmão, tentar impedi-lo de
se machucar, impedir que alguém quisesse fazê-lo sofrer, mas os capangas de
Bobby o agarraram pelos ombros, e eles se seguraram firmemente.
— Você acha que pode me dizer o que fazer? Seu pedaço de merda.
Ele só está aqui por sua causa!
Bobby agarrou Nathan pelo colarinho, puxando-o para cima de modo
que estavam nariz a nariz, de modo que Bobby estava rosnando bem em seu
rosto.
— Você acha que pode mandar em mim e nada vai acontecer? Você?
Ele jogou Nathan no chão úmido e sujo. Nathan parecia que queria
voltar, mas não porque temia mais retaliação.
August assistiu, aterrorizado, incapaz de se mover, mesmo que os
homens de Bobby não estivessem segurando-o, quando Bobby voltou para ele.
Bobby fez um gesto para seus homens. Eles retiraram as mãos dos
ombros de August e deram um passo para trás enquanto Bobby voltava para
os calcanhares novamente, certificando-se de nunca colocar os joelhos na
calçada.
— Por que você faz essa merda? Não está bravo com ele? Não está
nem um pouco chateado?
August piscou, não completamente compreendendo.
Bobby suspirou, batendo em August em cada bochecha, levemente,
mas ainda machucando.
— Ok, olá? Responda-me. Não gosto de esperar.
— Não entendo — admitiu August. O que mais poderia dizer, para
isso?
Bobby o agarrou pelo queixo, se levantando ao lado dele, forçando-o
a olhar para seu irmão enquanto Bobby apontava.
— Ele, esse saco de merda. Emprestou dinheiro de mim que não
poderia pagar, e por isso, você está vendendo a si mesmo para homens que
estão fazendo merda só sabe o que para você. Você gosta disso? Quero dizer,
acho que se estivesse com caras, não seria tão ruim. Você parece atrair os
maricas mais do que as senhoras.
Não achava que Bobby entenderia se ele explicasse que não
importava com quem ele dormisse. Fazer sexo com estranhos por dinheiro,
sem amor, era degradante, não importando o quê.
— Então não te incomoda? Você nem está perto de me pagar, e tudo
o que aconteceu é por causa dele.
August olhou para seu irmão. Nathan não estava mais olhando para
ele. Seus olhos estavam apertados fechados, sua boca torcida enquanto
claramente lutava para não chorar. O coração de August quebrou, e naquele
momento, se sentiu mais sombrio e sozinho do que já esteve em toda a sua
vida.
Nunca tinha visto seu irmão chorar antes. Nem mesmo quando seus
pais morreram. Vê-lo agora, ou prestes a acontecer, era a coisa mais louca,
mais fodida que já tinha experimentado em toda a sua vida, e que incluía
vender-se a estranhos por dinheiro.
Estava zangado com seu irmão naquele momento, e também odiava
isso. Isso era culpa de Nathan por ter seu vício de jogo estúpido. Era culpa de
August por tentar ajudar, e era culpa de Bobby por ser um maldito, ganancioso
tubarão de empréstimo.
August desviou o olhar de seu irmão. Não podia enfrentá-lo. Não
queria enfrentar nada disso.
Bobby suspirou. August não o viu vir quando o homem maior o socou
no lado da cabeça.
Viu branco quando caiu.
Nathan gritou.
— Segure-o de volta!
August continuou segurando a cabeça, tentando desesperadamente
deter o horrível dolorido e latejante. Sua visão girou, e não era apenas sua
visão. O chão debaixo dele se inclinava e girava.
Abriu os olhos, vagamente consciente de Bobby de pé sobre ele.
— Agora, por mais tocante que fosse, você realmente pensou que nós
íamos deixar passar isso? Que você poderia tentar roubar parte do meu
dinheiro e eu apenas deixaria sair ileso?
A bota de Bobby chutou duro e rápido, acertando August no intestino
antes que pudesse fazer qualquer coisa para tentar se proteger. Ele exalou um
duro suspiro, tossindo fora qualquer ar restante em seus pulmões e incapaz de
sugar mais de volta dentro.
— Pare com isso! Bobby! Desculpe, pare! Pagarei de volta seu
dinheiro, tudo, — disse Nathan.
— Você não está pagando nenhuma merda, — Bobby estalou. — Este,
por outro lado, é um soldado. Ele provou a si mesmo. Está disposto a fazer
qualquer coisa para me pegar o que você me deve. Quero bater muito nele,
mas estou tentando segurar porque posso ser paciente às vezes, e sei que,
como um prostituto, ele vai ter que se manter bonito para me trazer mais
dinheiro.
— Posso fazer isso, também. Eu farei. Vou ganhar o dinheiro. Eu
prometo. Já pagamos muito.
August ouviu o tapa, embora ainda estivesse com tanta dor que não
conseguiu olhar quando seu irmão gritou.
— Seus merdinhas não pagaram nada de volta. Você tem alguma
ideia de quantos juros acumulou todo esse tempo? Isso não é nada. Ainda me
deve. Ainda vai me pagar, pelo resto de suas vidas, se tiver que fazê-lo, e vai
sair com ele e vai vender seu traseiro se for necessário, não que seja bom, não
mais.
August não achava que seu coração pudesse afundar mais, mas fez.
O que diabos isso deveria significar? O que Bobby e seus homens
fizeram com Nathan?
Ele não se mexeu. Era melhor não se mover, não chamar a atenção
para si mesmo. Terminaria logo, e talvez Bobby deixasse Nathan ir com ele.
Eles poderiam encontrar um lugar para dormir e descobrir o que iriam fazer na
parte da manhã.
Exceto que Bobby notou August, e voltou para ele, pisando em
direção a ele, seu rosto enrugado como se algo tivesse sugado de volta em seu
crânio. Ele se abaixou, agarrando August por um punhado de cabelos e
puxando-o de joelhos.
— Você, sua cadela, você vai...
— É o bastante.
Tudo estava em silêncio. Tudo estava frio. O som da brisa correu
entre August e Bobby, mas isso foi tudo o que August ouviu naquele momento
depois que aquela voz profunda os interrompeu.
Então Bobby ergueu os olhos e os estreitou.
— Quem diabos é você?
Capítulo Cinco
Quando William voltou para a segurança de sua casa, dentro onde ele
e seu companheiro não seriam encontrados por ninguém, nem pela polícia,
nem por aquele idiota no estacionamento da Rua Principal, ele soltou a mão de
August.
August ofegou para respirar, caindo de joelhos, ofegante.
William deixou cair o homem que estava segurando,
descuidadamente no chão. Ele não se mexeu. Seus olhos estavam abertos,
mas estava aparentemente atordoado de tudo o que tinha acontecido.
William não se importava com ele. Sua única preocupação era para
seu companheiro.
Colocou as mãos nas bochechas de August, notando o pouco de
sangue no lado de sua cabeça em seu cabelo. Um daqueles homens tinha
batido nele, e William estava feliz por ter cortado os dedos fora aquele pedaço
de merda. Talvez lhe ensinasse uma lição.
— Aggy, bebê, você está bem?
— O quê... — August respirou fundo. — O que diabos aconteceu?
Certo, ele também ficou atordoado. William deveria ter carregado os
dois, mas não tinha pensado que iria levá-los tão rápido. Arrancar August ao
longo, forçando-o a correr assim, mesmo enquanto tentava manter os pés fora
do chão, tanto quanto possível, provavelmente tinha sido demais.
— Trouxe você para casa comigo. Você está seguro agora. Nunca vai
ter que trabalhar para esse homem, nunca mais. Entendeu? Você está em
casa.
— Casa?
Capítulo Oito
Capítulo Nove
Capítulo Dez
Will ainda não podia acreditar que tinha havido um problema na casa
de Carlisle e que não tinha percebido.
Cada instinto protetor que tinha para seu companheiro se
intensificou. Se não tivesse perdido o que tinha acontecido, não teria
encontrado August, e não teria sido capaz de salvá-lo daqueles idiotas naquele
beco.
Mas agora que August estava aqui, isso significava que teria de se
envolver em todas as batalhas futuras que William teria com Keaton, e haveria
muitas outras.
Tanta coisa para pensar. William dispersou todos esses pensamentos
enquanto estava parado na porta, onde o irmão de seu companheiro e
companheiro conversavam.
O porão era separados em vários quartos. Um deles era uma pequena
prisão.
A porta estava aberta agora, e August e Nathan estavam dentro,
falando suavemente enquanto William dava aos dois homens sua privacidade
encostando-se à parede do lado de fora, ao lado da porta.
Nathan parecia estar tentando fazer a coisa protetora de irmão
convencendo August que tudo o que William tinha feito ou oferecido era bom
demais para ser verdade.
Demorou muito para William não ir lá e lembrar ao idiota que a única
razão pela qual August estava em perigo, para começar, era por causa da
estupidez de Nathan.
— Está tudo bem, Nathan. Eu prometo. Will está comigo. Eu o
conheço. Não me pergunte como agora, porque não posso explicar, mas ele
cuidará de nós.
Will estremeceu com isso.
Ele não estava muito ansioso para cuidar do irmão de August, um
viciado em jogos de azar. De fato, considerando a merda que tinha sido
forçado a fazer para proteger Nathan, Will teve dificuldade em não ir lá e
espancar o homem.
Mas se isso fazia August feliz, então William estava, pelo menos,
tentando. O resto seria inteiramente problema de Nathan. William ia fazer
apenas o possível por ele antes que lavasse as mãos dele. Esperava que
August não permitisse que sua vida inteira fosse ditada por se preocupar se
um viciado queria se recuperar ou não.
William suspirou. Talvez devesse apenas ver onde isso levaria antes
de julgar com dureza, mas não podia evitar. Estava além de chateado com
aquele cara lá dentro.
— Ninguém faz nada de graça, August. Eles têm que querer algo de
você.
— Eles não querem nada de mim, ou de você. Querem nos ajudar, e
vamos deixá-los. Você vai deixar que eles te ajudem.
Will ficou bastante orgulhoso com a dureza que ouviu na voz de seu
companheiro naquele momento. Aggy não tinha sido um imbecil em sua vida
anterior juntos, e parecia que não era um agora.
A vida não tinha sido amável com ele até agora, mas pelo menos não
o tinha quebrado. William ficaria eternamente grato por isso quando se tratava
de seu companheiro.
— Eu... ok. Vou tentar — disse Nathan.
— Venha aqui.
William deu um pulo ao redor da porta aberta. Os irmãos estavam se
abraçando. Teve que desviar o olhar do que parecia ser um momento
particular. Maldição, agora estava ouvindo algum choro. Algumas desculpas.
Isso era muito pessoal. Este era seu companheiro, mas esta era uma vida que
seu companheiro tinha vivido antes de encontrar William novamente. August
lembrou-se de que tinha tido irmãos em sua vida passada? Isso devia ter sido
estranho para ele se lembrar disso. Will tinha certeza de que ficaria um pouco
desconfortável se acordasse um dia e percebesse que não tinha irmãos ou que
tinha mais irmãos do que sabia o que fazer.
— Will? Estamos saindo — disse August depois de alguns momentos.
— Bem aqui.
August saiu do quarto com Nathan. Os dois homens estavam
realmente de mãos dadas, como crianças pequenas, mas William não os
culpava por isso. Tudo isso tinha que ser tão novo e estranho para os dois.
William olhou para Nathan.
— Vocês dois tiveram uma conversa.
Nathan assentiu, abaixando a cabeça, como se estivesse
envergonhado.
— Sim.
— Bom, porque para ficar nesta casa, você está recebendo algum
aconselhamento severo. Você nunca vai colocar August naquele tipo de posição
novamente, entendeu?
— Está tudo bem, Will.
— Não está — insistiu William. Não se atrevia a afastar os olhos do
outro homem. — Quero ouvir você dizer isso.
Nathan engoliu em seco e depois assentiu com a cabeça, olhando
para ele.
— Compreendi.
Will podia sentir que estava dizendo a verdade, mas se esse homem
era um verdadeiro viciado, então não importava o quanto estivesse dizendo a
verdade agora. Mais tarde, conseguiria romper essa promessa.
Por agora, William ia ter que aceitá-lo, e teria que encontrar alguém
para esse cara com quem conversar e logo se quisesse diminuir as chances de
uma recaída.
— Tudo certo. Vamos lá em cima. Nós vamos mostrar-lhe ao redor. —
Embora William estivesse esperando que esse cara não fosse acabar ficando
por muito tempo. Outro ser humano ao redor era apenas uma má ideia, e não
estava acasalado com ninguém aqui, mas August queria seu irmão por perto.
Pelo menos até que William tivesse certeza de que aqueles homens
não estariam voltando, era o melhor plano que tinham atualmente.
— Você pode realmente se transformar em outras pessoas? —
Perguntou Nathan.
— Você viu por si mesmo na noite passada. O que você acha? —
Perguntou William.
— Ele pode, e seus irmãos podem se transformar em animais — disse
August, aparentemente sem perceber o humor de William com Nathan, ou
preferindo ignorá-lo por enquanto. — Esses caras são os melhores. Espere até
encontrá-los.
— Já conheci um deles.
— Isso foi diferente, confie em mim sobre isso. São nossos amigos.
Isso fez Will sorrir. Sabendo que seu companheiro lembrava o
suficiente que confiava em William e em seus irmãos de forma tão sincera,
faria com que tudo valesse a pena.
— Não quero ser portador de más notícias ou qualquer coisa, — disse
Will, precisando ter certeza de que seu companheiro estava claro sobre isso, —
mas quando Alistair, Garrick e os outros voltarem, provavelmente não vão ser
tão festivos. Não leve isso a sério — acrescentou, olhando para Nathan
enquanto subia as escadas.
Nathan assentiu, ainda parecendo muito desconfortável com a coisa
toda.
— Certo.
— Certo, uh, eles tiveram um problema na casa de seus primos. Não
foi tão bom, — disse August.
Maldição, William estava tão orgulhoso de como August estava
aprendendo a manter certas coisas longe de seu irmão. Parecia ter um dom
natural para saber o que compartilhar e o que não compartilhar.
Já era bastante ruim que esse cara já tivesse visto William mudar
para uma pessoa de aparência totalmente diferente à sua frente, mas sabendo
que um dos irmãos de William ficara louco há cem mil anos atrás, fez uma
série de matanças e agora estava perseguindo o seu companheiro.
Pelo menos os companheiros pareciam acolher Nathan com facilidade
e fazer tudo parecer normal, e August parecia ter lembranças suficientes deles,
mesmo com suas feições mudadas.
Era quase como assistir as coisas nos velhos tempos. William cruzou
os braços, encostando-se ao batente da porta na sala de estar enquanto
August deixava Kevin o apresentar todos.
Nathan parecia inseguro, e um pouco confuso, ao ver Oscar, que
estava realmente atrasado neste momento para ter seu filho, mas parecia
educado o suficiente quando apertou a mão de todos.
— Em que você está pensando? — Yuki perguntou.
William suspirou.
— Que estranho é que haja alguém na casa.
— Se ele causar problemas, não poderemos mantê-lo aqui.
— Eu sei. — William não queria quebrar o coração de August, no
entanto, que era por isso que era importante ter as sessões de
aconselhamento sendo feitas.
— Alguma notícia de Alistair?
— Ainda não, mas a última vez que ouvi, foi antes de você aparecer.
Era definitivamente Keaton, e agora ninguém sabe onde está Gary. Carlisle
está saindo.
— Por quê? — Perguntou Will, afastando-se dos companheiros
enquanto recebiam Nathan, dando a seu irmão toda a atenção. — Gary não
quer estar com Keaton, mas Keaton nunca machucaria seu companheiro.
— É isso mesmo, Carlisle parece pensar que Gary é seu companheiro,
não o de Keaton.
Will piscou para isso, deixando aquelas palavras absorverem e então
soprando um longo suspiro.
— Deuses, isso é fodido.
— Exatamente. Keaton faria mal a Gary se Gary não pertencesse a
ele.
— Mas ele faz. — William olhou para seu companheiro, seu
companheiro que havia renascido no corpo de um homem e não uma mulher,
um homem que tinha um irmão desta vez.
As coisas eram diferentes com August. Inferno, eles eram diferentes
com a maioria dos companheiros, na verdade.
— Talvez seja uma possibilidade.
— O que você quer dizer? — Yuki perguntou.
Deixou seu irmão saber o que estava pensando, embora soasse louco
até mesmo a seus próprios ouvidos enquanto disse.
— Isso é profundo, — Yuki assobiou. — Renascer e ter dois
companheiros.
— Não há nenhuma maneira que Keaton iria querer compartilhar.
— Você acha que ele vai machucar Gary por querer escolher um
sobre o outro?
William olhou para seu irmão. O que viu naqueles olhos azuis frios
não o fez se sentir tão bem para as chances de Gary.
— Eu não sei. Nenhum de nós sabe nada sobre o que Keaton está
pensando. Talvez não machucasse o homem intencionalmente, mas se Gary
disser que sente qualquer tipo de atração em direção a Carlisle, então Carlisle
estará em apuros se Keaton puder atravessar suas defesas novamente.
William voltou-se para seu companheiro. August estava se instalando
bem enquanto falava com Oscar. Parecia que quanto mais tempo tinha com os
outros companheiros, as coisas ficavam mais amigáveis, como se todos
estivessem se reaproximando um após outro, em vez de renascerem mil anos
depois de suas mortes.
Parecia tão caseiro. Tão certo e natural. Will mal podia acreditar que
tinha passado tantos anos sem isso.
— Você estava com medo de que seu companheiro não voltasse, —
Yuki disse, e era muito claramente uma constatação e não uma pergunta.
William sorriu, balançando a cabeça, embora fosse verdade.
— Merda, e não estaria? Que diabos estou dizendo? Você estava
ficando preocupado, e então Joey apareceu.
Yuki desviou o olhar. Não corou, ou algo tão óbvio como isso, mas era
claro pela expressão em seu rosto que Will tinha estado.
— Não queria me preparar para a decepção caso o feitiço de Kevin
não esticasse para todos. Isso foi tudo.
Will teve que admitir que tinha sido exatamente o que estava
fazendo.
William se deixou excitar. Obter-se ansioso. Os companheiros mortos
de seus irmãos foram todos, um por um, lentamente começando a retornar a
eles. Kevin veio primeiro, e com ele o conhecimento de que lançou um feitiço
para essa exata razão.
Todo mundo lentamente começou a voltar, também. Tomas veio em
seguida, depois Oscar, e Felix e Joey, e era ainda mais estranho quando
descobriram Gary, o companheiro de Keaton, que nem sequer tinha estado lá
quando o fogo tinha acontecido.
O companheiro de Keaton tinha morrido muito antes disso, e ainda o
feitiço de Kevin tinha conseguido trazê-lo de volta, também.
Com todos os companheiros retornando, exceto para William, ele
tinha caído sob o feitiço deprimente de que Yuki falou. Will se deixou ficar
deprimido e assustado. Ele se encheu de esperança, e quando seu
companheiro não apareceu, ele caiu.
Era por isso que estava naquele bar, que era uma sorte, agora que
pensou sobre isso, porque se não estivesse lá, nunca poderia ter encontrado
seu companheiro, e tanto August e seu irmão provavelmente ainda estaria nas
mãos desses bandidos.
— A propósito, — disse Yuki. — O que você estava fazendo
enterrando aqueles dedos no quintal?
— Esperava que não visse isso — admitiu William. Oscar estava
mostrando uma grande preocupação sobre o olho negro de Nathan. Will
pensou que era melhor deixá-lo sozinho.
— Bem, eu fiz. Preciso saber a quem eles pertencem, ou se isso não
importa?
— Não importa.
Yuki assentiu.
— Certo, as pessoas que estavam machucando August então. Acertei.
— Ei, eu não os matei.
Yuki olhou para ele, e William encontrou seus olhos.
Um entendimento passou entre eles, e voltaram sua atenção para os
outros homens na sala.
Certo. Os dias de colocar seu dever atrás deles acabaram. Mesmo
que William não quisesse nada além de matar aquele idiota e se vingar de seu
companheiro, não poderia fazê-lo. Não era o seu jeito. Não era coisa honorável
para fazer como cavaleiro.
Não se rebaixaria de tal maneira, especialmente não agora que tinha
August aqui, e William iria ter certeza de que seu companheiro ficava
orgulhoso de quem estava acasalado. Fazer isso exigiria muito mais esforço da
parte de William do que simplesmente poupar um criminoso e um cafetão.
— Você e eu vamos ter que sair na busca quando os outros voltarem
para descansar, — disse William.
— Tenho a certeza que Alistair vai deixar você ficar para trás.
— Não. Eu quero ir.
Yuki franziu a testa, olhando para ele.
— Você acabou de encontrar o seu companheiro novamente. Alistair
vai lhe dar o tempo que precisa para conhecê-lo novamente.
— Não é sobre isso, e tenho certeza que August vai entender.
Algumas de suas memórias estão voltando.
O mesmo não poderia ser dito para o resto dos companheiros. Alguns
deles estavam aqui simplesmente por instinto e tinham poucas lembranças, e
acreditavam que as histórias lhes eram contadas, mas Kevin era quem mais se
lembrava. August podia estar ali com ele, pelo que William estava agradecido.
— Preciso ir lá e proteger o inocente. Esse é o meu trabalho. Ele vai
entender isso.
— Ok, mas não se empurre nem nada, — disse Yuki.
Will bufou.
— Você provavelmente não deveria falar como se eu estivesse me
oferecendo para me pregar uma cruz. É apenas uma patrulha.
Yuki deu um risinho nisso, e eles voltaram a cuidar de seus
companheiros enquanto os outros homens da sala riam e conversavam.
August ainda estava maravilhado com o quão diferente, todos ao seu
redor pareciam. Devia ter sido interessante de sua perspectiva, também,
considerando que ele tinha memórias da maioria das pessoas ao seu redor
como diferentes sexos.
O único que parecia confuso, e um pouco assustado, era Nathan, mas
já tinha visto Will transformar uma vez antes. Devia ter sido difícil negar que
havia coisas sobre o mundo que ele não entendia depois de testemunhar algo
assim.
Will tinha rapidamente dito a Yuki sobre o problema do homem, e
Yuki concordou que precisaria ser assistido. Pelo menos até que aprendessem
mais sobre como o vício funcionava, Yuki não queria que houvesse um risco na
casa mais do que William fazia.
August levantou os olhos naquele momento, como se sentisse que os
pensamentos de Will estavam sobre ele.
Quando August sorriu para ele, Will jurou que sentiu suas entranhas
se dissolverem.
Como chocolate. Algo que poderia ser banido. August podia lambê-lo
sempre que quisesse, e seria incrível.
Will ia gostar de ter seu companheiro de volta, mas antes que
pudesse relaxar, também teria que ter certeza de que o mundo em que viviam
era seguro para August habitar.
Isso significava encontrar Keaton e pôr fim a suas besteiras de uma
vez por todas.
Capítulo Onze
Capítulo Doze
FIM