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RESUMO

INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO
SISTEMA CARDIOVASCULAR II
(GRANDES VASOS E PRINCIPAIS
VEIAS E ARTÉRIAS)
Júlio Alexandre do Lago Silva Nunes
& Maria Heloísa Silva Santos
MONITORIA

MÓDULO 5
AULA 4
Sumário
HISTOLOGIA .............................................................................................................................. 2
Características gerais das artérias e veias ................................................................................ 2
Camadas da parede vascular ................................................................................................. 2
endotélio .................................................................................................................................. 7
Propriedades das células endoteliais: ................................................................................ 7
Controle das células musculares lisas pelo endotélio (afeta fluxo sanguíneo e pressão
arterial local) ...................................................................................................................... 11
Cisalhamento gerado pela interação do fluxo com endotélio promove relaxamento dos
vasos por meio do NO ...................................................................................................... 11
Artérias ...................................................................................................................................... 16
Artérias de grande calibre / elásticas ................................................................................... 17
Túnica íntima ..................................................................................................................... 18
Túnica média ..................................................................................................................... 20
Túnica adventícia .............................................................................................................. 21
Artérias de médio calibre ...................................................................................................... 22
Túnica íntima ..................................................................................................................... 24
Túnica média ..................................................................................................................... 25
Túnica adventícia .............................................................................................................. 25
Artérias de pequeno calibre e arteríolas .............................................................................. 25
TÚNICA ÍNTIMA ................................................................................................................ 25
TÚNICA MÉDIA ................................................................................................................. 26
TÚNICA ADVENTÍCIA ...................................................................................................... 26
capilares ................................................................................................................................ 28
Classificação dos capilares ............................................................................................... 29
PERÍCITOS ........................................................................................................................... 34
Anastomoses ou derivações arteriovenosas ....................................................................... 35
veias.......................................................................................................................................... 37
Vênulas e veias de pequeno calibre .................................................................................... 38
Veias de calibre médio ......................................................................................................... 39
Túnica íntima: .................................................................................................................... 40
Túnica média: .................................................................................................................... 40
Túnica adventícia: ............................................................................................................. 40
Veias de grande calibre ........................................................................................................ 42
Túnica íntima: .................................................................................................................... 42
Túnica média: .................................................................................................................... 43
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Túnica adventícia: ............................................................................................................. 43
Vasos sanguíneos atípicos ...................................................................................................... 44
Seios venosos durais: ........................................................................................................... 45
Veia safena magna: .............................................................................................................. 46
Veia central da medula da suprarrenal: ............................................................................... 47
Vasos linfáticos ......................................................................................................................... 48
ANATOMIA ............................................................................................................................... 49
Vasculatura do coração ............................................................................................................ 49
Artérias do coração: .............................................................................................................. 49
ARTÉRIA CORONÁRIA DIREITA: ACD .......................................................................... 50
ARTÉRIA CORONÁRIA ESQUERDA; ............................................................................. 51
Veias do coração/Drenagem venosa do coração ................................................................ 53
Veias tributárias do seio coronário: .................................................................................. 53
Os principais vasos são: ....................................................................................................... 56
Artérias .............................................................................................................................. 57
VEIAS .................................................................................................................................... 62

HISTOLOGIA

CARACTERÍSTICAS GERAIS DAS ARTÉRIAS E VEIAS

CAMADAS DA PAREDE VASCULAR

A parede vascular é dividida em 3 camadas, as quais recebem o nome de túnicas:

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● Túnica íntima: A túnica íntima é a camada mais interna. É composta pelo endotélio
(camada de epitélio pavimentoso), uma lâmina basal que reveste o endotélio (tecido
conjuntivo), e uma camada de tecido conjuntivo frouxo (camada subendotelial - abaixo
do endotélio). Além disso, podem ser encontradas algumas células de músculo liso.
Como caraterística das artérias e arteríolas, têm-se que possuem uma fina camada
elástica (lâmina elástica interna) que possui fenestrações, as quais permitem a passagem
de substâncias para as camadas mais internas do tecido.
● Túnica média: É composta, em sua grande maioria, por células musculares lisas
vasculares, onde estão dispostas circunferecialmente. Além da camada de músculo liso,
a qual é mais espessa em artérias, há a camada elástica externa, que separa a túnica
média da adventícea. A camada elástica externa é, como a interna, dotada de
fenestrações, as quais possuem a mesma função da interna. Todos componentes
extracelulares da túnica média são produzidos pelo músculo liso.
● Túnica adventícia: É a camada mais externa do vaso. É compreendida como a camada
de tecido conjuntivo mais externa. Sua composição é de fibras colágenas e elásticas. A
espessura da túnica adventícia pode variar de acordo com o vaso que está presente, ou
seja, em artérias, sua espessura é mais reduzida (fina), já nas veias são mais espessas. É
nessa camada que, nos grandes vasos estão presentes os vasos dos vasos (vasa vasorum)
e nervos autonômicos, os quais vão suprir a grande parede vascular e promover a
contração dos vasos (via simpática), respectivamente.

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OBS: Diversos tipos de vasos podem ter suas estruturas variadas, isto é, podem ter camadas
mais espessas ou mais finas, com alguns componentes mais presentes que outros. Tudo isso de
acordo com o papel que o vaso exerce, isto é, os capilares que possuem o papel de fazer a troca
de substâncias possuem apenas endotélio, para que sua função seja facilitada.

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ENDOTÉLIO

O endotélio é a camada mais interna dos vasos sanguíneos, e é composta por um epitélio
pavimentoso simples. Essas células que compõem o endotélio são poligonais, alongadas e
achatadas na direção do fluxo sanguíneo.
Na porção do lúmen do endotélio (parte que fica para dentro do vaso) são expressas
diversas moléculas de adesão, de superfície e receptores, como, por exemplo, receptores de
lipoproteínas de baixa densidade (LDL), receptores de insulina e histamina. Devido à essa
característica, há o papel do endotélio em controlar o homeostasia do sangue.
A capacidade do endotélio de conseguir responder a diversos estímulos é conhecida
como ativação endotelial. Essa ativação endotelial pode ser tanto benéfica (no caso de
responder a estímulos e manter o equilíbrio do corpo) quanto maléfica (quando sua resposta
desencadeia alguns processos patogênicos no como, como, por exemplo, a aterosclerose.
Além da presença das moléculas de adesão, elas produzem diversas substâncias, como
citocinas, linfocinas, fatores de crescimento e moléculas que promovem a vasodilatação e
vasoconstrição.

Propriedades das células endoteliais:

● Manutenção da barreira de permeabilidade seletiva: Promove o transporte seletivo


de moléculas do sangue para os tecidos ou do tecido para o sangue. Essa seletividade
pode ser feita tanto pelo tamanho das moléculas quanto por suas cargas. A membrana
plasmática do endotélio é permeável à substâncias hidrofóbicas/lipossolúveis, como O2

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e CO2, ou seja, passam facilmente pela membrana plasmática por difusão simples. Por
outro lado, as substâncias hidrofílicas/hidrossolúveis, como glicose e aminoácidos, são
transportadas ativamente através da membrana ou pelas zônulas de oclusão nas vias
transcelulares (isto é, de célula para célula). Nessa via entre células, são usadas diversas
vesículas para o transporte. No caso específico de algumas substâncias, como LDL,
transferrina e colesterol ocorre a endocitose mediada por receptores (processo
dependente da clatrina), onde para que a molécula seja transportada, deve-se,
inicialmente ligar-se a um receptor específico. Além disso, há as fenestrações que
servem para dar passagem às moléculas maiores.

● Manutenção de uma barreira não trombogênica entre as plaquetas e a camada


subendotelial: Em uma superfície normal do endotélio, não há a formação de
trombos/agregados de plaquetas, isso acontece porque sua superfície possui a
capacidade de produzir diversas substâncias anticoagulantes (Ex: trombomodulina) e
substâncias antitrombogênicas (como a prostaciclina - PGl2 - e o ativador do

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plasminogênio tecidual que tem o papel de impedir a agregação das plaquetas ou
interferir na liberação dos fatores de coagulação. Porém, a lesão do endotélio promove
a liberação de substâncias coagulantes, ou seja, agentes pró-coagulantes, como o fator
de von Willebrand ou o inibidor do ativador de plasminogênio tecidual:
■ Anticoagulantes:
● Trombomodulina
● Prostaciclina (PGl2)
● Ativador do plasminogênio tecidual - O ativador do
plasminogênio transforma o plasminogênio em plasmina, que é
responsável, principalmente por degradar coágulos de fibrina.
■ Pró-coagulantes:
● Fator de von Willebrand
● Inibidor do Ativador do plasminogênio tecidual

● Manutenção do fluxo sanguíneo e da resistência vascular: Essa função é mediada


pela secreção de vasoconstritores e vasodilatadores.
■ Vasoconstritores:
● Endotelina
● Enzima conversora de angiotensina (ECA)
● Prostaglandina H2
● Tromboxano A2
■ Vasodilatadores:
● N2O (óxido nitroso)
● Prostaclicina

● Modula respostas imunes: Ocorre tanto pela interação entre linfócitos com receptores
expressos na no endotélio quanto pela secreção de interleucinas IL-1, IL-6 e IL-8

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● Sintese de hormônios e atividade metabólica: Essa função é feita a partir da síntese e
secreção de diversas substâncias que possuem diversas funções no organismo. Por
exemplo: Há os diversos fatores de estimulação de colônias hemocitopoéticas (CSF) -
CSF de granulócitos-macrófagos, CSF de granulócitos, CSF de macrófagos -, além do
fator de crescimento de fibroblastos (FGF) e fator de crescimento derivado de plaquetas
(PDGF). Contudo, também há os inibidores de crescimento, como a heparina e o fator
de crescimento trasformador β. Atuam na regulação da pressão arterial, por meio da
conversão de angiotensina I em angiotensina II (a partir do ECA).

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● Modificação das lipoproteínas: É o ato de oxidar as móléculas de LDL e VLDL
(lipoproteínas de muito baixa densidade), esse processo formas as células espumosas,
que são presentes nas placas de ateroma.

Controle das células musculares lisas pelo endotélio (afeta fluxo sanguíneo e pressão
arterial local)

Um dos exemplos de substâncias que atuam no controle do tônus vascular é o fator de


relaxamento derivado do endotélio (EDRF), que tem como seu principal componente o NO
(Óxido Nítrico), que possui um tempo de meia-vida muito curto, o que explica a sua ação local.
Ou seja, por ter um período de ação curto, age, sobretudo, nas regiões muito próximas de sua
liberação.

Cisalhamento gerado pela interação do fluxo com endotélio promove relaxamento dos
vasos por meio do NO

Funções do NO:

● Promoção da vasodilatação
● Inibição da adesão dos monócitos em células endoteliais disfuncionais (atuação como
anti-inflamatório - OBS: Em muita quantidade induz inflamação)
● Promove um ambiente antiploriferativo e antiapoptótico (inibição da proliferação e
apoptoses) - (regulação da apoptose)

Processo de ação do NO na dilatação dos vasos sanguíneos:

● A produção do NO é feita de modo contínuo pelo endotélio, essa produção é mediada


por uma enzima, a òxido-nítrico-sintase endotelial (eNOS), que promove a oxidação da
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L-arginina. A eNOS, depende de Ca2+ para funcionar normalmente e é ativada pelo
fator de crescimento endotelial vascular (VEGF).

1. Cisalhamento do endotélio = aumento da produção de VEGF


2. VEGF ativa o eNOS, que aumenta a síntese de NO (a partir da oxidação da L-arginina)
3. Difusão do NO para a túnica média
4. Nas células musculares lisas, o NO liga-se ao guanilato ciclase
5. Guanilato ciclase, ativado pelo NO, produz cGMP
6. cGMP ativa a protinoquinase G (PKG)
7. PKG reduz a concentração de Ca2+ no meio intracelular
8. Redução do Ca2+ promove o relaxamento (Ca2+ é importante para a contração)

OBS: Outros meios que promovem o relaxamento do músculo liso vascular:

● Estresse metabólico (situações de alta produção de metabólitos ou grande atividade


celular - Ex: durante a prática de exercícios):
a. Inicialmente, há a produção de fatores de relaxamento derivados do endotélio,
como a prostaciclina - PGl2
b. PGl2 liga-se a receptores do músculo liso
c. Ligação com os receptores ativam o PKA (proteinoquinase A), por meio do
cAMP
d. PKA fosforila a quinase da cadeia leve da miosina (MLCK)
e. MLCK fosforilada não permite a ligação com o cálcio, o que faz a célula relaxar

● Liberação do fator de hiperpolarização derivado do endotélio (EDHF): Promove a


hiperpolarização da membrana do músculo, o que dificulta sua contração.

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As endotelinas possuem o papel de realizar a vasoconstrição, ou seja, a partir da
contração do músculo liso vascular, aumenta a resistência, elevando a pressão arterial. As
endotelinas, que são fatores derivados do endotélio, possuem diversas famílias, dentre as quais
as com 21 peptídeos são os vasoconstritores mais fortes. Nessa família estão a endotelina 1 (EL-
1), EL-2 e EL-3. Essas endotelinas têm ação parácrina (atuam em outras células próximas) e
autócrinas (atuam se ligando aos próprio receptores). A EL-1 é a mais recorrente no organismo,
e níveis elevados de EL-1 indicam a possibilidade de diversas doenças cardiovasculares:

● Hipertensão sistêmica
● Hipertensão pulmonar
● aterosclerose
● Insuficiência cardíaca congestiva
● Insuficiência renal

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OBS: Outros vasoconstritores atuam no corpo, como o tromboxano A2, que é sintetizado a
partir da prostaglandina H2. Além de que, quantidades reduzidas de NO, seja por sua redução
ou inativação (por meio so superóxido O2-) possuem relação com a contração muscular.

RESUMÃO DAS PROPRIEDADES

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ARTÉRIAS

As artérias podem ser classificadas de acordo com 3 tipos, de acordo com o calibre e
composição das túnicas, sobretudo da média:

● Artérias de grande calíbre / elásticas: Artéria pulmonar, aorta e as principais


ramificações
● Artérias de médio calibre / musculares: São difíceis de distinguie no microscópio,
pois sua composição é meio que de transição
● Artérias de pequeno calibre e arteríolas: As arteríolas possuem, em sua túnica média,
um ou duas camadas de músculo liso. Enquanto as artérias de pequeno calibre possuem
cerca de 8 camadas

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ARTÉRIAS DE GRANDE CALIBRE / ELÁSTICAS

As artérias de grande calibre possuem a função de conduzir o sangue do coração para


fora do corpo, porém uma outra importante função está relacionada com a presença dos diversos
folhetos elásticos presentes nas paredes arteriais. Essa função é a de manter a pressão arterial
constante durante o período de relaxamento dos ventrículos. O bombeamento pelos ventrículos
promovem a distensão das paredes das artérias (distensão é limitada pelo tecido conjuntivo - da
média e da adventícia). A retração das paredes elásticas promovem o fluxo sanguíneo tanto em
direção ao coração (que induz o fechamento das valvas semilunares) quanto para o corpo
(mantendo a PAM).

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Túnica íntima

● Endotélio: Lembrando que o endotélio possui sua lâmina basal. As células endoteliais
são alongadas e achatadas, sempre paralelas à direção do fluxo sanguíneo. As células
são unidas tanto por zônulas de oclusão, quanto por junções gap. Nas células endoteliais
são encontradas uma estrutura específica, os corpúsculos de Weibel-Palale, que são
organelas eletrón-densas, as quais possuem em seu interior o fator de von Willebrand e
a selectina P. Esse corpúsculo de Weilbel-Palade é importante pois libera o fator de von
Willebrand quando a célula é lesada e dá início ao processo de coagulação, e, a partir
da selectina P (uma molécula de adesão) possibilita o reconhecimento dos neutrófilos
para possibilitar o início da migração para fora do vaso.

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● Camada subendotelial: É composta por fibras colágenas e elásticas. Uma das principais
células dessa região são as células musculares lisas, as quais produzem todas as
substâncias extracelulares, ou seja, as fibras colágenas e elásticas são produzidas pelas
células musculares lisas.

● Lâmina elástica interna: Difícil de ser visualizada nas artérias elásticas, pois possuem
diversas outras camadas. Consiste na camada elástica mais interna.
OBS: Além de barreira física, o endotélio produz diversas substâncias que atuam na regulação
do calibre dos vasos, além de diversas outras propriedades;

Túnica média

É a camada mais espessa das três camadas das artérias elásticas:


Componentes da túnica média:

● Lâmina elástica externa: Juntamente com a lâmina elástica interna (túnica íntima),
circunda toda a camada de músculo liso. Devido à suas fenestrações as substâncias
conseguem passar para as camadas mais internas. A quantidade de lamelas elásticas está
relacionada com a pressão arterial, uma vez que hipertensos possuem maiores
quantidades de lamelas, e à medida que a idade avança essa quantidade também
aumenta.

● Células musculares lisas: Estão dispostas em camadas espirais, na maioria dos vasos.
Na aorta essa disposição é circular. São células fusiformes, alongadas, com núcleos
também alongados. Possuem uma lâmina basal que a reveste, exceto no local das
junções comunicantes. Como não há fibroblastos na túnica média, são as células
musculares lisas que produzem o colágeno e a elastina. Essas células respondem a
fatores de crescimento liberados pelo endotélio para migrarem para a túnica íntima, é
por isso que há células lisas nas placas de ateroma.

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Túnica adventícia

● Fibras colágenas: Impedem a distensão excessiva da parede do vaso, principalmente


durante a sístole.

● Fibras elásticas: Dispostas de modo não organizado, ou seja, não estão dispostas em
lamelas, como nas camadas elásticas externas e interas

● Fibroblastos e macrófagos: Principal tipo celular da camada

● Vasa vasorum: Os vasos dos vasos, apenas nas artérias maiores, pois ,devido à grande
espessura, a difusão de substâncias importantes não é possibilitada. É compreendida
como uma rede capilar (parecida com a da circulação geral). Ou seja é responsável pelo
suprimento de O2, nutrientes e pela remoção de metabólitos / produtos de degradação.
Vale ressaltar que esse suprimento vale para a camada externa, já que a camada interna
recebe por difusão. A troca de substâncias ocorre do mesmo modo com o qual ocorre
na circulação “Normal”, a partir da transição de arteríolas para capilares e vênulas.

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OBS: Há a inervação dos vasos, que são feitas pelos neurônios pós-sinápticos simpáticos, que
promove a contração a partir do neutrotransmissor norepinefrina (NE)

ARTÉRIAS DE MÉDIO CALIBRE

Uma característica muito importante das artérias de médio calibre, isto é, as grandes
artérias musculares, é que haverá uma maior predominância das células musculares lisas na
região da túnica adventícia, ou seja, haverá uma menor quantidade de fibras elásticas. Uma
outra característica é que a lâmina elática interna é proeminente.

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Túnica íntima

Nas artérias musculares, a túnica íntima é muito fina e é constituída de endotélio, uma
camada subendotelial e uma lâmina elástica interna.. Em algumas artérias musculares,
dependendo de seu diâmetro, sua camada subendotelial é tão escassa que faz parecer que a
lâmina elástica interna está em contato com o a lâmina basal do endotélio. Vale ressaltar que a
Lâmina elástica interna é bem proeminente, e pode estar ondulada devido à contração do
músculo liso.
Sua espessura pode variar com a idade; em crianças é muito fina, em adultos é
compreendida como ⅙ do total da parede, e em idosos está bem alargada devido ao acúmulo de
lipídios.

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Túnica média

É composta, sobretudo por músculo liso. Além da camada predominante de músculo


liso, que é entremeado por fibras colágenas, há uma pequena quantidade de fibras elásticas.
Assim como nas artérias elásticas, nota-se que nas artérias musculares não há fibroblastos,
portanto, cabe ao músculo liso produzir as fibras colágenas e elásticas, e sua própria substância
fundamental.

Túnica adventícia

É composta, sobretudo, por fibroblastos, fibras colágenas, fibras elásticas e algumas


células adiposas dispersas (em alguns vasos). É relativamente espessa, sendo quase da mesma
espessura da túnica média. Com relação às fibras, tem-se que as colágenas são mais
predominantes, ao passo que as elásticas ficam dispostas na região adjascente à túnica média,
o que forma a lâmina elástica externa. Há ainda, pequenos nervos e vasos que suprem as paredes
dos vasos maiores (vasa vasorum).

ARTÉRIAS DE PEQUENO CALIBRE E ARTERÍOLAS

TÚNICA ÍNTIMA

Em artérias de pequeno calibre é existente, enquanto nas arteríolas podem ou não existir.
Entre as células do endotélio e as células musculares lisas, há junções comunicantes (visíveis
apenas ao microscópio eletrônico.

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TÚNICA MÉDIA

Principal forma de conseguir distinguir as artérias de pequeno calibre das arteríolas, pois
nas de pequeno calibre, haverá cerca de 8 camadas de músculo liso, ao passo que nas arteríolas,
há cerca de uma ou duas camadas.

TÚNICA ADVENTÍCIA

Presença de uma fina camada de tecido conjuntivo, que é pouco definida.

OBS: As arteríolas controlam o fluxo sanguíneo a partir do controle da resistência terminal. Ou


seja, a partir da vasodilatação ou vasoconstrição, podem regula o fluxo sanguíneo. Uma
importante estrutura que faz o papel de controlar essa resistência são os esfincteres pré-
capilares, que são ligeiros espessamentos do músculo liso. Essas estruturas podem alargar ou
contrair o vaso, vasodilatando ou vasoconstringindo. A partir desse controle do calibre, há uma
reorganização da distribuição do sangue. Por exemplo, durante a atividade física, as arteríolas
aumentam o diâmetro nos músculos (reduzindo a resistência, o que aumenta o fluxo sanguíneo)
e reduzindo o diâmetro das arteríolas do intestino (aumentando a resistência o que reduz o
fluxo). Após uma refeição ocorre o inverso.

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CAPILARES

É a partir dos capilares que ocorre o movimento de fluidos entre os vasos e os tecidos.
Nesse líquido podem ser encontrados gases, metabólitos e produtos de degradação. A
composição dos capilares é de apenas uma camada de células endoteliais, a qual é revestida por
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uma lâmina basal. Seu diâmetro é tão pequeno que permite, muitas vezes apenas a passagem
de eritrócitos em fila ou até mesmo forçam-nos a se dobrarem. É por conta dessa espessura
reduzida que a troca de substâncias, a partir do líquido é permitida.

Classificação dos capilares

São classificados em contínuos, fenestrados e descontínuos. Suas estruturas variam de


acordo com o órgão ou tecido onde estão presentes.

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Capilares contínuos

Encontrados em:
● Músculos cardíacos, esqueléticos e lisos
● Tecido conjuntivo
● Pele
● Pulmões
● SNC

Nesse tipo capilar, as células endoteliais são contínuas são revestidas por uma
membrana basal. Há, na porção do lúmen, pequenas microvilosidades. Além disso, há diversas
vesículas elétrondensas, numerosas vesículas de pinocitose que ficam presentes tanto na porção
basal quanto na porção luminal. Essas vesículas atuam na transitose (transporte de substâncias
entre o lúmen e tecido conjuntivo, e vice-versa). Visto no MET, o capilar possui um aspecto de
duas membranas plasmáticas que envolvem uma fita de citoplasma. Há, ainda, unindo as células
endoteliais, as junções de oclusão, que fazem o papel de não permitir a passagem de moléculas
grande entre as células.

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Capilares fenestrados

Encontrados em glândulas endócrinas e locais de absorção de líquidos e metabólitos:

● Vesícula biliar
● Rins
● Pâncreas
● Trato intestinal

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A princpal característica desse tipo de capilar é a existência das aberturas circulares que
percorrem todo o endotélio, as chamadas fenestrações. Possui uma Lâmina basal contínua e,
assim como os capilares contínuos, possuem as vesículas de pinocitose. Acredita-se que as
fenestrações sejam formadas a partir da extensão de uma vesícula pinocitótica que se abre, ao
mesmo tempo, nas duas extremidadas da células, ou seja, se abre na membrana basal e na
membrana luminal.

Essas fenestrações são locais de transporte específico do endotélio, são chamados de


poros de filtração, porém, não há a passagem livre de plasma (como ocorre nos capilares
descontínuos).
Na vesícula biliar e o trato gastrointestinal, nos locais onde não estão havendo a
absorção, as paredes dos capilares são mais grossas e com menos fenestrações. Contudo, ao
inciair a absorção, há a redução da espessura e o aumento da quantidade de fenestrações.

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Capilares descontínuos

Encontrados em:
● Fígado
● Baço
● Medula óssea

Nesse tipo de capilar, nota-se o maior diâmetro comparado aos outros tipos. Nesse, há
a existência de aberturas no citoplasma, as quais são separadas por lacunas intercelulares que
possibilitam a passagem de proteínas plasmáticas do sangue. Há uma descontinuidade da
Lâmina basal. Dependendo do tecido ao qual esteja associado podem variar a apresentar células
especializadas.

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PERÍCITOS

Os perícitos são células perivasculares que circundam as células endoteliais com seus
prolongamentos citoplasmáticos. São envolvidas por uma membrana basal, a qual é contínua
com a membrana basal das células endoteliais. Uma característica dos perícitos é a sua
contratilidade, que é regulada pelo NO, produzido pelas células endoteliais.
Devido a essa característica podem controlar o fluxo sanguíneo em leitos vasculares
específicos. Além disso fornecem um suporte e estabilidade ao leito vascular, uma vez que se
comunica fisicamente e quimicamente com as células endoteliais.
Estudos indicam que essas células possuem características de células-tronco
mesenquimatosas indiferenciandas, uma vez que determinados sinais do ambiente podem
estimular os pericitos a se diferenciar em outros tipos de células, como adipócitos, fibroblastos,
condrócitos, osteócitos e músculo esquelético. Além de, em processos de angiogênese, se
diferenciar em células endoteliais.

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ANASTOMOSES OU DERIVAÇÕES ARTERIOVENOSAS

No geral, o sangue que sai de uma arteríola segue em direção a um capilar, o qual irá
direcionar o sangue em direção às veias. Portanto, devido à existência das anastomoses /
derivações arteriovenosas, pode haver a passagem do sangue de uma artéria diretamente para
uma veia, sem que o sangue passe por um leio capilar.

Locais onde são encontradas:

● Ponta dos dedos


● Ponta do nariz
● Lábios
● Tecido erétil do pênis e clitóris

Uma característica muito importante dessas anastomoses é a existência de uma camada


mais espessa e muito inervada de músculo liso. Diferente dos esfincteres pré-capilares, o tecido
muscular liso das anastomoses. ao contrair, envia o sangue para os leitos capilares, ao passo
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que o relaxamento induz o sangue a percorrer o caminho direto, ou seja, sem passa pelo leito
capilar.
Uma função para essa característica é a de atuar na termorregulação, pois ao enviar o
sangue para os capilares, há a promoção da dissipação de calor, ao passo que o caminho direto
mantém a temperatura corporal.
Além disso, atua na ereção , pois o caminho direto retira o sangue dos tecidos
cavernosos, promovendo a perda da ereção, ao passo que o caminho do capilar, promovido pela
contração do músculo liso, promove a ereção, a partir do enchimento dos capilares.

OBS: Uma outra via direta do sangue da artéria para a veia são as vias preferenciais que são
formadas nas metarteríolas. O uso da via preferencial é modulado pela contração dos esfincteres
pré-capilares, ao passo que o caminho dos capilares é aberto ao relaxar.

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VEIAS

Ao contrário das artérias, as veias possuem suas túnicas menos definidas e menos distintas. São
classificadas em 4 tipos de acordo com seu calibre.

● Vênulas: Apenas 0,1 mm


○ Vênulas pós capilares
○ Vênulas musculares
● Veias de pequeno calibre: Menos de 1mm e contínuas com as vênulas musculares:
● Veias de médio calibre: Geralmente acompanhada das artérias. Diâmetro de até10mm
● Veias de grande calibre: Calibre maior que 10mm → Ex: veias cavas e veia porta
hepática

As veias de médio e grande calibre possuem 3 camadas, contudo, não são muito bem
distintas. Além disso, nota-se que as veias médias e grandes estão acompanhadas das artérias,
ao passo que as Vênulas estão acompanhadas das arteríolas. Um fato importante é que a parede
das veias tendem a ser mais finas que as das artérias. Devido à reduzida musculatura das veias,
elas possuem seus lúmens colapsados, ao contrário das artérias, as quais possuem uma maior
musculatura que possibilita a sua abertura constante.
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Além disso, as veias que estão submetidas à ação da gravidade, isto é, aquelas em que
o sangue precisa subir contra a gravidade → Ex: veias dos membros → possuem válvulas que
facilitam e garantem o curso unidirecional do sangue venoso.

OBS: Veias e artérias acompanhadas uma das outras.

VÊNULAS E VEIAS DE PEQUENO CALIBRE

● Vênulas:

○ Vênulas pós capilares: São caracterizadas por um endotélio que é revestido por
uma membrana basal por pericitos. Essas vênulas são onde há a maior atividade
dos agentes vasoativos (histamina e serotonina). Esses agentes promovem a
liberação de líquido no tecido, bem a imigração de leucócitos. A relação com os
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pericitos é muito importante pois garante a sobrevida e proliferação de ambas,
uma vez que compartilham informações por meio das junções comunicantes,
além de ambas produzirem fatores de crescimento. Há mais perícitos nas veias
que nas artérias.
○ Vênulas de endotélio alto: São as vênulas pós-capilares presentes no sistema
linfático. Possuem a característica de haver células cubóides, com núcleos
ovóides. São encontradas nos órgãos linfáticos secundários (linfonodos,
tonsilas). Possuem a capacidade de recrutar linfócitos. Suas células endoteliais
possuem características de células secretoras, pois possuem um grande
complexo de golgi, muitos polirribossomos, e um grande RER, além das
vesículas secretoras. Há corpúsculos de Weibel Palade
○ Vênulas musculares: Localizadas distalmente às pós capilares. Ao contrário das
veias pós-capilares, possuem uma túnica média verdadeira, com uma ou duas
camadas de músculo liso. No geral, não possuem pericitos. Sua túnica adventícia
é muito pouco espessa.

● Veias de pequeno calibre: Ficam contínuas às vênulas musculares, porém já


aprensentam um diâmetro maior (de até 1mm). Essas veias já possuem as 3 camadas,
podendo serem vistas. Sua túnica média possui de 2 a 3 camadas e a túnica adventícia é
mais espessa.

VEIAS DE CALIBRE MÉDIO

São veias de um calibre de até 10mm. A principal característica dessa categoria é a


presença das valvulas, as quais são mais presentes nas veias inferiores do corpo, sobretudo nos
membros inferiores. São nessas veias inferiores que podem acontecer a trombose venosa
profunda, ou seja, a formação de um trombo, pode ter várias causas (imobilidade,
hospitalização, uso de aparelhos ortopédicos), um dos principais agravos é a possibilidade de
embolia pulmonar, a partir da soltura desse embolo.

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Túnica íntima:

● Endotélio com lâmina basal, uma fina camada de subendotelial (poucas células
musculares lisas - muito poucas), em algumas há uma lâmina elástica interna fina e
descontínua.

Túnica média:

● Composta por uma camada de células musculares lisas, entremeadas de fibras


colágenas e elásticas. A disposição dessas células é circular. Contudo, podem ser
achadas, na região adjacente à túnica média células musculares lisas dispostas de modo
longitudinal

Túnica adventícia:

● Geralmente é mais espessa que a túnica média. Composta por fibras colágenas e
elásticas.

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VEIAS DE GRANDE CALIBRE

São aquelas com diâmetro superior à 10mm

Túnica íntima:

● Composta pelo endotélio e sua lâmina basal, uma fina camada subendotelial com
algumas células musculares lisas, as quais, as vezes, são difíceis de distinguir da túnica
média.

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Túnica média:

● Relativamente fina. Com camadas circulares de tecido muscular liso, além de haver
fibras colágenas e elásticas.

Túnica adventícia:

● É a camada mais espessa. Além das fibras elásticas e colágenas, e fibroblastos, há uma
camada longitudinal de músculo liso. Nas veias cavas (superior e inferior) e artéria
pulmonar há as bainhas miocárdicas, que são extensões miocárdicas atriais. A existência
dessa estrutura pode influenciar no desenvolvimento de uma fibrilação atrial.

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VASOS SANGUÍNEOS ATÍPICOS

São vasos que possuem estruturas atípicas:

● Artérias coronárias: São as artérias que fazem a irrigação do coração, ficando situada
no pericárdio, e circundada de tecido adiposo. As paredes das coronárias são mais
espessas do que outras artérias da mesma categoria, isso se deve ao fato de que elas
possuem uma grande quantidade de camadas de músculo liso. Quanto à camada
subendotelial, nota-se que em jovens ela é bem reduzida, e cresce com o avançar da
idade (quantidade crescente de músculo liso e tecido fibroelástico). Possui uma
membrana elástica interna, qua, em pessoas idosas pode ser duplicada, fragmentada ou
perdida. Seu tecido conjuntivo da túnica adventícia é frouxo e é reforçado por fibras
colágenas longitudinais, as quais possibilitam a alteração do diâmetro

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SEIOS VENOSOS DURAIS:

● São os seios venosos cranianos. Eles possuem um endotélio, mas são desprovidos de
músculo liso

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VEIA SAFENA MAGNA:

● É uma veia subcutânea, que começa no pé e drena o sangue para a veia femural. Ela é
considerada muscular devido à grande quantidade de tecido muscular liso. Há uma
grande quantidade de músculo liso em sua túnica média. Além de haver feixes bem
desenvolvidos de fibras musculares longitudinais na túnica íntima e adventícia.
Separando a túnica íntima da média há uma fina lâmina elástica interna.

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VEIA CENTRAL DA MEDULA DA SUPRARRENAL:

● Possuem uma túnica média singular, umas vez que as células musculares lisas estão
organizadas de modo longitudinal e irregular. Essa irregularidades resultam na falta de
regularidade da parede vascular. Nos locais em que há a ausência das fibras, nota-se que
apenas uma fina camada da túnica íntima separa o lúmen das células da suprarrenal.

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VASOS LINFÁTICOS

Os vasos linfáticos transportam o líquido dos tecidos. Os vasos linfáticos “começam” com tubos
de extremidade “cega” os quais estão situados no nos leitos de microcirculação. Essas
extremidades cegas, são origem aos capilares linfáticos, as menores estruturas dos vasos
linfáticos. Os vasos linfáticos são mais abuntantes em regiões de tecido conjuntivo frouxo, na
pele e nas mucosas. A medida que os capilares linfáticos avançam, dão origem a vasos linfáticos
cada vez maiores. Os vasos linfáticos, então desaguam nas maiores estruturas linfáticas, o ducto
torácico e o tronco linfático direito.
Devido à suas características de maior permeabilidade, são mais eficientes em fazer a
absorção dos líquidos e proteínas intercelulares. Além disso, absorvem células imunes e
moléculas inflamatórias. Ademais, ainda fazem o transporte de moléculas grande que não
conseguem passar pelas fenestrações dos capilares do tecido gastrointestinal.

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ANATOMIA

VASCULATURA DO CORAÇÃO

A vasculatura do coração, no geral, é feita a partir das artérias coronárias (e suas


ramificações) e das veias cardíacas. A porção do endocárdio e camada subendocárdica recebe
oxigênio e outras substâncias por meio da difusão. Porém, as outras estruturas necessitam de
uma irrigação sanguínea. Os vasos sanguíneos do coração, fica localizados abaixo do epicárdio,
geralmente envolto de tecido adiposo, e até mesmo entranhado ao miocárdio.

ARTÉRIAS DO CORAÇÃO:

O coração tem, como principais artérias, as artérias coronárias direita e esquerda, as


quais se originam a partir da primeira ramificação da artéria aorta. Eles se originam, mais
especificamente, dos seios coronários, os quais se localizam na porção inicial da aorta
ascendente. Elas fazem o suprimento de átrios e ventrículos. Contudo, as ramificações dos átrios
são pequenas, o que dificulta a observação, e os ramos ventriculares não são muito bem
definidos.

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ARTÉRIA CORONÁRIA DIREITA: ACD

1. Origina-se do seio coronário direito e termina na porção posterior do coração, um pouco


à esquerda da cruz do coração (junção do sulco interatrial e interventricular)
2. Após sair de sua origem, segue pela direita do tronco pulmonar e segue pelo sulco
coronário. (entre a aurícula direita e o tronco pulmonar)
3. Primeiro ramo da ACD: ramo do cone arterial. Esse ramo se ramifica na porção mais
baixa do cone pulmonar e na região superior do ventrículo direito.
4. A partir daí, inicia-se o primeiro segmento da ACD, que vai da origem até a margem
direita;
○ Delas saem dois tipos de vasos;
■ Ramos atriais;
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■ Ramos ventriculares; Geralmente são dois ou três ramos, os quais se
ramificam em direção ao ápice do coração (não alcançam - apenas
alcançariam se for considerado o ramo marginal direito)
5. O segundo segmento começa da margem direita e vai em direção à cruz do coração
○ Nesse segmento, saem dois ou três ramos ventriculares posteriores (supre a face
diafragmática)
○ Aproximando-se da cruz do coração, de um a três ramos interventriculares são
feitos.
■ Um desses ramos, o ramo interventricular posterior, ocupa o sulco
interventricular posterior. Esse ramo pode ser único ou pode ser ladeado
por outros ramos interventriculares.
■ O ramo interventricular emite ramos septais, os quais suprem as regiões
próximas
■ Um desses ramos septais é o ramo do nó atrioventricular (geralmente o
primeiro)
○ Há o ramo terminal da ACD, que fica localizado no átrio esquerdo.

ARTÉRIA CORONÁRIA ESQUERDA;

1. Origina-se do seio coronário esquerdo


2. Passa entre a aurícula esquerda e o tronco pulmonar e segue para o sulco coronário

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3. Na porção superior do sulco interventricular, a ACE se divide em dois ramos
a. Ramo interventricular anterior;
i. Desce o sulco interventricular até o ápice do coração, onde geralmente
faz a volta na margem inferior, podendo fazer uma anastomose com o
ramo interventricular posterior
ii. Esse ramo supre as porções adjacentes dos dois ventrículos. Por meio
dos ramos septais, suprem ⅔ do septo interventicular
b. Ramo circunflexo;
i. É menor e segue o sulco coronário
ii. Desse ramo, sai o ramo marginal esquerdo, que supre o ventrículo
esquerdo
iii. Esse ramo termina na face posterior do coração, antes de alcançar a cruz
do coração

OBS: Os ramos das artérias coronárias são considerados ramos terminais funcionais, são
chamados assim pois não possuem anastomoses suficiente para, em caso de oclusão de um vaso,
manter seu funcionamento.

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VEIAS DO CORAÇÃO/DRENAGEM VENOSA DO CORAÇÃO

A drenagem venosa do coração é feita pelas veias que se unem no seio coronário, e por
pequenas veias que drenam o sangue para o átrio direito.
O seio coronário é a principal veia existente no coração. Ela segue da esquerda para a
direita, na porção posterior do sulco coronário.

Veias tributárias do seio coronário:

Veia cardíaca magna:

● Principal veia tributária


● Seu primeiro segmento começa nos ramos interventriculares anteriores
● O ramo interventricular anterior sobe até o final do sulco interventricular

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● O segundo segmento parte da porção superior do sulco interventricular anterior e vira à
esquerda, no mesmo sentido do ramo circunflexo da ACE
○ IPC: A veia cardíaca magna drena as regiões supridas pela ACE

Veia interventricular posterior:

● Acompanha o ramo interventricular posterior da ACD

Veia cardíaca parva:

● Acompanha o ramo marginal direito

OBS: A a veia interventricular posterior e a parva drenam as regiões supridas pela ACD

Veia posterior do ventrículo esquerdo

Veia marginal esquerda

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OS PRINCIPAIS VASOS SÃO:

● Veias cavas superior e inferior


● Veia pulmonar

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● Tronco pulmonar
● Artéria aorta

Artérias

Tronco pulmonar

Localização:

● O tronco pulmonar fica localizado na porção superior do ventrículo direito (base)


● Vaso cardíaco mais anterior
● Em sua porção inicial, inclina-se para cima e para trás
● Um pouco à frente, vira à esquerda, ficando abaixo do arco da aorta
● Embaixo da aorta (linha da 5° vértebra torácica) se divide nas artérias pulmonares direita
e esquerda.
● Localizada no interior do pericárdio (integralmente).
○ Fica junto com a aorta em um tubo único do pericárdio visceral seroso
○ O pericárdio fibroso une-se gradualmente à túnica adventícia do vaso
● Sua base fica entre as duas aurículas e entre as duas origens das artérias coronárias

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Artéria aorta

A artéria aorta é dividida em partes:

● Aorta ascendente:

○ Possui 5 centímetros de comprimento. Parte da altura da 3° cartilagem costal até


a altura da margem superior da 2° cartilagem costal.
○ Suas ramificações são as artérias coronárias direitas e esquerdas que possuem
origem nos seios coronários direitos e esquerdos.

● Arco aórtico:

○ A primeira ramificação do arco aórtico é o ramo braquioencefálico


■ O ramo braquioencefálico, na região da articulação esternoclavicular se
ramifica em: artéria carótida comum direita e artéria subclavicular direita
● Artéria carótica comum direita: dá origem à artéria carótida
interna direita e artéria carótida externa direita
○ Artéria carótida interna direita: supre o encéfalo (anterior)
○ Artéria carótida externa direita: supre os músculos da face
e músculos do crânio
● Artéria subclávia direita: Emite, até a margem da primeira
costela, dois ramos principais, a artéria vertebral direita e a artéria
torácica interna direita.
○ Artéria torácica interna direita: irriga a parede torácica
(para apenas no 6° espaço intercostal
○ Artéria vertebral direita: Sobe, por meio dos forames
transversos para o encéfalo, onde fará a irrigação da sua
porção posterior

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● Após a margem da 1° costela, a artéria subclávia direita passa a
ser chamada de artéria axilar direita. Essa artéria irriga os
músculos torácicos, escapulares e do ombro.
○ Após passar pelo músculo redondo maior, dá origem à
artéria braquial, a qual vasculariza até as porções mais
distais do braço direito
■ O segundo e terceiro ramo do arco aórtico são: artéria carótida comum
esquerdo e artéria subclávia esquerda. Portanto dão origem às mesmas
ramificações

● Aorta descendente (porção torácica)

○ Ramos viscerais:
■ Artérias pericárdicas: irrigam o saco pericárdico
■ Artérias bronquiais direita e esqueda
● Artéria bronquial direita: Se origina, normalmente, da terceira
artéria intercostal posterior.
● Artéria bronquial esquerda: Extremidade superior da aorta
torácica
■ Artérias esofágicas: São cerca de 4 ou 5 artérias, que se originam da
porção anterior da aorta torácica e seguem vascularizando toda a
superfície do esfôfago.
■ Artérias mediastinais: Vascularizam estruturas como linfonodos, tecido
conjuntivo que reveste o mediastino. A origem é variável
○ Ramos parietais:
■ Artérias intercostais: São 9 pares de artérias, as quais se originam na
porção posterolateral da aorta torácica. Irrigarão a pele, músculos e
costelas da parede torácica. Além de irrigar as vértebras, meninges e
medula.
■ Artérias subcostais: Originam-se da porção inferior da aorta torácica, e
servem para irrigar a porção superior das estruturas (pele, músculos e
ossos) do abdômen. Além da medula, meninges e vértebras.

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■ Artérias frênicas superiores: Originada da porção inferior da aorta
torácica/ porção superior da aorta abdominal. Irrigam a porção superior
do diafragma a pleura que o recobre.

● Aorta descendente (porção abdominal):

○ Ramos viscerais:
■ Ramos viscerais impares:
● Tronco celíaco: dá origem à três ramos diferentes
○ Artéria esplênica: Maior artéria do tronco celíaco e irriga
o baço. Dá origem a outras artérias;
■ Artérias pancreáticas: São artérias que se origina
da artéria esplênica e irrigam o pâncreas
■ Artéria gastro omental esquerda: Irriga o
estômago
○ Artéria gástrica esquerda; Irriga a menor curvatura do
estômago
○ Artéria hepática comum: dá orgiem à diversos ramos
■ Artéria gástrica direita: Irriga a curvatura menor
do estômago. Faz uma anamostose com a artéria
gástrica esquerda
■ Artéria hepática própria: Irriga o fígado e a
vesícula biliar
■ Artéria gastroduodenal: Se bifurca em duas
● Artéria gastromental direita: Irrigará a
curvatura maior do estômago
● Artéria pancreaticoduodenal superior:
irriga o pâncreas e o duodenuo.
● Artéria mesentérica superior: Fica abaixo do tronco celíaco. faz
a irrigação de todo o intestino delgado e a parte transversa do
grosso. Dá origem à artéria pancreaticoduodenal inferior, que irá
fazer uma anastomose com a inferior

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● Artéria mesentérica inferior: Dá origem á artéria cólica esquerda,
sigmóidea e retal supeior.
■ Visceria pares:
● Artérias suprerrenais médias: irrigarão as glândulas suprarrenais
● Artérias renais direita e esquerda: Irrigarão todo o rim
● Artérias gonodais: irrigarão as gônodas masculinas/femininas
○ Ramos parietais impares e pares:
■ Artéria sacral mediana: Irriga o sacro, o cóccix e o m. piriforme
■ Artérias frênicas inferiores: irriga a porção inferior do diafragma e as
suprarrenais (pois dá origem à artéria suprarrenal superior)
■ 4 pares de artérias lombares: irriga as vértebras lombares, medula,
meninges
○ Bifurcação da artéria aorta abdominal:
■ Artérias ilíacas comuns direita e esquerda
● Artéria ilíaca interna e externa
○ Artéria ilíaca externa dá origem á artéria femural

VEIAS

● Tributárias para a veia cava superior:

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● tributárias para a veia cava inferior:

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