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Capítulo Um
1
Esconderijo subterrâneo que contém tudo o que alguém precisa para sobreviver.
e caneta e estabeleceu-se no sofá na sala de estar. Gastar o seu tempo
tentando descobrir quem o queria morto parecia a coisa lógica a fazer. Se iria
tentar permanecer vivo, precisava saber quem era o seu inimigo e como
eliminá-lo rapidamente.
Capítulo Dois
****
Merda. Droga. Foda-se tudo para o inferno. Jai fechou a porta de sua
sala e respirou fundo. Disse a equipe para encontrar o melhor guarda-costas
do planeta e lhe trouxeram um modelo de merda. Um modelo muito musculoso
que parecia ter encarado a morte algumas vezes. Foda-se. Jai passou a mão
sobre a cabeça enquanto tentava se acalmar. Não precisava ficar atraído pelo
seu guarda-costas. Precisava se concentrar no que estava acontecendo em sua
vida.
A noite provou ser completamente inútil na tentativa de descobrir
quem o queria morto. Ele tinha muitos inimigos e não amigos que
preencheriam uma lista nada curta. Desde os rivais políticos até ao pessoal do
Blackburn que fazia parte da parte da oposição. Pode ser qualquer um.
Ele sentou em sua cadeira e pegou os relatórios dos últimos meses.
As pessoas na sua folha de pagamento não deviam estar na lista, mas Jai não
confiava em ninguém. Não pensou que alguém que trabalhava próximo a ele
precisaria contratar alguém para matá-lo. Aparentemente, já teriam feito
pessoalmente, se fosse esse o caso. Não parecia um trabalho interno então
começou a olhar para as pessoas de fora.
Foi onde os números aumentaram consideravelmente.
Contratar alguém para matá-lo, na verdade, queria dizer que a
pessoa tinha que lucrar com sua morte de alguma forma. Este era o atributo
chave que o aturdiu. Havia muitas pessoas que o queriam morto, mas quem
lucraria mais com isso?
Ele esfregou a mão sobre o rosto e olhou para sua tela de
computador. Matá-lo poderia colocar Ardell Garnet na parte superior do quadro
de líderes da corrida política, mas a única coisa que tinha que fazer era ganhar
a próxima eleição. Ele não assumiria automaticamente após a morte de Jai.
Ainda teria que conquistar as pessoas da Força Blackburn e eles eram um
público difícil.
A dor batendo em seu crânio sugeriu que precisava de uma pausa.
Com seu novo guarda-costas, sentiu-se um pouco mais relaxado. Ele tinha
toda a confiança que Brice trataria de tudo o que precisava ser organizado.
Pelo menos esperava que fosse o suficiente para realmente dormir na própria
cama.
Fechou seu escritório e subiu para o quarto. Tudo parecia tão
tranquilo que só o deixava mais desconfiado. Esqueceu-se de dar a Brice um
tour pela casa, mas achou que Atticus cuidaria disso. Tirou sua camisa e calça
e foi para a cama. A porta estava fechada, as janelas também e o quarto
aparentemente seguro.
Então porque não se sentia da mesma maneira?
Mesmo com um guarda, não queria se sentir como uma criança
precisando de alguém para cuidar de cada movimento seu. Não queria precisar
que Brice viesse para a cama com ele quando quisesse dormir. Fechou os
olhos e pensou sobre o homem bonito como um modelo. De onde será que ele
veio que foi tão abençoado com aquele aspecto. Talvez fosse geneticamente
alterado. Não havia qualquer homem, em qualquer planeta, que parecesse tão
bom, então tinha que ter alguma coisa muito diferente sobre ele.
Algo era definitivamente atraente demais sobre ele.
Jai suspirou. Não era extremamente profissional pensar em um
empregado de maneira sexual. Ele já tinha escândalos suficientes em sua vida,
sem adicionar mais isso. Mas se permitiu se distrair com a ideia por alguns
segundos. Brice tinha um corpo grande e lábios perfeitamente beijáveis. Tinha
um ar que sugeria dominação que só deixou Jai mais ligado. Seu pau
endureceu ao pensar em Brice o dominando na cama. Não era do tipo me
amarre, como gostavam algumas pessoas, mas definitivamente gostava de
sexo mais áspero.
Ah, sexo. Não tinha certeza de que se lembrava de como fazê-lo. Não
se lembrava da última vez que teve sexo com um homem. Com os olhos
fechados, imaginou os lábios de Brice envolvendo o seu pau e enfiou a mão em
suas calças para se acariciar. As pessoas com cargos políticos tinham os casos
mais picantes imaginados.
Um político e seu guarda-costas. Poderia ser tão picante assim?
Ele gemeu quando aumentou o aperto em torno do seu pau, seus
movimentos ficaram frenéticos enquanto se esforçava para gozar. Talvez
devesse tê-lo como amante clandestino. Sabia que definitivamente teriam um
pouco de diversão. Com um gemido gutural, Jai gozou duro, clamando para a
escuridão quando o seu orgasmo se espalhou. A imagem de Brice veio em sua
cabeça antes que percebesse que o homem estava em seu quarto olhando
para ele.
— Foda-se! — Jai agarrou os cobertores e os puxou sobre o seu
corpo. — O que está fazendo?
— Esperando por você terminar. — Brice veio em direção a ele. —
Sempre se masturba para dormir?
Jai engoliu em seco, mortificado.
— Não.
— Então é só quando estou perto?
Quando Jai abriu os olhos, Brice estava sorrindo.
— Há alguma coisa que precise?
— Só fazendo o meu dever. — Ele puxou alguns lenços de papel da
caixa na mesa de cabeceira e lhe alcançou. — Pensei que preferia me manter
por perto.
— É bom. — Jai pegou os lenços e se limpou. — Só me mantenha
vivo. Não me importo como faz isso.
— Sim. Tenho certeza.
Jai levantou e jogou os lenços no cesto do lixo ao lado da cama.
— Mas ter alguém me observando dormir é assustador.
Especialmente desde que o homem mascarado entrou sem ser detectado no
meu quarto.
— Então quer que eu fique no corredor?
— Não importa. — Jai tirou sua cueca, dando as costas para Brice. —
Preciso dormir um pouco.
Após se estabelecer pela segunda vez, Jai pôde finalmente relaxar.
Brice foi para o sofá no quarto e sentou. Não demorou muito antes de Jai cair
no sono, completamente satisfeito com a segurança ao seu redor.
Capítulo Três
Uma foda rápida e dura foi tudo o que ele e Brice concordaram, mas
não esperava que fosse tão bom. Ótimo. Porra fantástico. Passou os dedos
pelo cabelo e tentou contemplar sua próxima jogada. Com todas as
informações que reuniu naquele dia, basicamente sabia que Andrew Walt e
Garnet Arnett tinham uma ligação mais do que apenas de negócios. Um
assassino nunca tinha uma reunião com alguém em plena luz do dia, onde
poderia ser fotografado. O fato de que Atticus sentiu a necessidade de apagar
as fotos significava que algo estava errado.
Brice se sentou na varanda e passou a mão sobre o rosto. Muito
parecido com o seu patrão, no momento, estava gasto. Não dormiu muito bem
na noite antes de sua libertação e no primeiro dia que invadiu o quarto de Jay.
Estava tramando e planejando sua abordagem toda a noite fodida, isso lhe
deixou pouco tempo para descansar.
Além disso, tinha que estar em guarda até que a missão fosse feita.
Não tinha nenhuma razão para suspeitar de jogo sujo ainda, mas seus
instintos diziam o contrário. Não confiava em Andrew, tanto quanto poderia
julgá-lo e começou a receber as mesmas vibrações de antes de ir para a
prisão. Inferno, saltou de planeta em planeta para fugir da aplicação da lei e
isso só o fez parecer mais culpado.
Se Andrew estava tramando, definitivamente fugiria como da última
vez. Ficaria e lutaria contra o bastardo. Um rosnado curvou seus lábios com o
pensamento de realmente começar a fazer Andrew pagar por todo o inferno
que o fez passar. A vingança é um prato que se serve frio.
Sua IA apitou e a puxou para fora do bolso. O rosto bonito de Bella
encheu a tela então o abriu para que o holograma pudesse aparecer.
— Vejo que fez um grande progresso. — Ela olhou em volta. — Sei
que disse que não queria saber, mas estou curiosa para saber como violou a
equipe de segurança e conseguiu ter o seu chefe de segurança detido vinte e
quatro horas antes de começar esta missão.
— Nunca conto os meus segredos, Bella. Sabe disso. — Brice
bocejou.
Ela olhou para ele.
— Transou com ele, não foi?
Um tom ligeiro de ciúmes marcou sua acusação. Não era incomum
usar sexo para conseguir o que queria. Por que ser completamente miserável
se você não tem que ser? Além disso, tinha acabado de sair da prisão, se
tivesse o seu caminho, se transformaria em um homem prostituta e transaria
com toda a Força Blackburn.
— Existe algo que queira Bella?
— Um relatório do progresso. Acho que posso informar que está
enrolando para mata-lo? É um retrato fiel do que está acontecendo aqui?
Ele riu.
— Quase soa estar com ciúmes, Bella.
— Eu não entendo por que está em sua casa e não o matou ainda.
— Porque faço tudo em meu próprio tempo. — Ele olhou em volta
para se certificar de que ninguém poderia ouvi-lo. — Não sabe nada sobre
mim, mas sabe disso. Só porque não estou seguindo o plano que você e
Andrew traçaram, não significa que não estou fazendo o que diabos aceitei
fazer.
— Hey, o plano não era meu. Andrew é o único responsável. Acho
que pensou que teria que usar o sexo de qualquer maneira e já que ele é mais
para as mulheres do que os homens, você era o melhor candidato para o
trabalho.
Brice deixou escapar um suspiro.
— Boa noite, Bella. Pode me chamar novamente quando parar de
defender o idiota.
Desligou o IA e o enfiou no bolso. A casa não estava completamente
tranquila com a nova equipe de segurança em guarda todas as horas do dia.
Acenou para os guardas do lado de fora do quarto de Jay e entrou, decidindo
que o seu trabalho do dia foi feito.
Após tirar suas roupas, puxou os cobertores para trás e subiu na
cama com Jay roncando baixinho ao lado dele. Ficou ali na escuridão silenciosa
e se perguntou sobre o homem que estava ao seu lado. A razão para o
assassinato parecia um pouco superficial. Não estava atualizado com a política,
mas acreditava que se Jay morresse, Arnett não subiria ao poder
imediatamente. Haveria uma nova eleição, a menos que tivesse algo na manga
para ganhar isso, as medidas drásticas de assassinar Jay eram estúpidas.
Brice estendeu a mão e acariciou a mão do outro homem. A partir do
que viu naquele dia, adicionando toda a sua bisbilhotice, Jay não era um cara
mau. Estressado, sim, mas não uma pessoa má. Ele queria fazer da Força
Blackburn um lugar melhor e com isso, trabalhava sem parar com os seus
assessores para mudar o planeta para melhor. Houve vários relatos sobre a
escassez de alimentos no lado norte do planeta e muitos documentos
assinados por ele para levar comida para as pessoas que necessitavam. Ele
enviava notas manuscritas para a população do planeta para que soubessem
que ouviu e queria ajudar.
Precisava ser um homem com uma grande quantidade de classe para
fazer isso.
Cochilou por um tempo. Dormir em um colchão normal, depois de
passar quase sete anos em uma laje de concreto, foi uma grande diferença.
Também gostou da sensação de ter alguém ao seu lado. O calor do corpo de
Jay fez Brice ter uma sensação de paz. Não teve muito contato humano ao
longo dos anos. A maioria dos presos simplesmente ficou ao redor enquanto
queriam algo dele e, em seguida, o deixavam. Sem conexão. Sem amor.
— Gosto de deitar ao seu lado. — A voz rouca de Jay soou na
escuridão enquanto Brice estava ali perdido em seus pensamentos. — Você me
faz sentir seguro.
A ternura e vulnerabilidade demonstradas por ele não poderia ser
fácil. Inferno, eles nem se conheciam. Não havia nenhuma razão para Jay
confiar nele ou pensar que por um segundo não o mataria com suas próprias
mãos. Brice olhou para o homem ao lado dele, um pequeno sorriso brincando
em seus lábios. O trabalho sempre foi fácil para ele, mas não este. Brice
prensou seus lábios sobre os de Jay, beijando-o. Os beijos ficaram mais
intensos quando o outro homem o empurrou de volta contra o colchão, suas
mãos tateando os músculos rígidos do peito nu de Brice.
Arrastando a boca para o queixo de Brice, ele beliscou
carinhosamente antes acalmar a dor com a língua. Nunca foi muito de beijar.
Sempre o teve como um ato íntimo e Brice não tinha tempo para intimidade.
Jay, no entanto, gostava de beijá-lo. Brice se encontrou gostando do ato
também. O sabor de Jay era bom. Forte e doce ao mesmo tempo. Trabalhou
um caminho quente de beijos molhados pela garganta de Brice até que
alcançou os seus mamilos.
Rodando sua língua ao redor de um mamilo suavemente, Jay chupou
e lambeu até que Brice gemeu. Seu pênis pressionou contra a perna do
homem e Jay estendeu a mão para acariciá-lo
— Está carente, bebê? — Jay sussurrou contra o seu peito. — Quer
que cuide disso para você?
Seus lábios sugaram o outro mamilo de Brice dando-lhe o mesmo
tormento enquanto acariciava o seu pênis em um ritmo dolorosamente lento.
Brice apertou os ombros do homem e o arrastou para cima. Um confronto
quente de línguas e dentes tinha Brice na borda. Jay se moveu para que
estivesse montado nele, não estava com pressa para cuidar das necessidades
de Brice enquanto continuava a lamber e explorar com a sua boca. Jai arqueou
sobre ele, esfregando sua bunda contra o pau duro de Brice só para provocar.
Brice poderia provocar, também. Ele esfregou o polegar sobre a
cabeça do pênis de Jay, espalhando a gota de pré-sêmen ao redor da ponta.
Jay gemeu na boca de Brice antes de rasgar seus lábios para longe.
— Preciso de você em mim, agora. — Jay pegou o lubrificante,
lubrificou o pau de Brice e o trouxe para o seu traseiro.
Antes tinha sido elétrico. Quente, cru, apaixonado. Era tipicamente o
que foder implicava. Foi bom, também. E seria bom novamente. Como veludo
quente o traseiro de Jay agarrou a ponta do seu pênis. Seu amante se moveu
acima dele, afundando muito lentamente com os olhos fechados e a cabeça
jogada para trás em êxtase. Sim, isso seria fodidamente bom para ele,
também.
Jay se inclinou para trás e balançou os quadris devagar.
— A sensação de dê-lo dentro de mim é.
Brice acariciou o pênis de Jay enquanto o homem o montou. Gemidos
e gemidos encheram o quarto silencioso em torno deles. Brice levantou Jay
para fora dele e virou o homem de forma que estivesse deitado de bruços.
Tomando o controle completamente, o encheu novamente com um golpe duro.
Jay agarrou os lençóis, grunhindo enquanto Brice o tomou. O traseiro
de Jai tinha um controle apertado em torno do seu pênis. Seus dedos cavaram
nos quadris de Jay enquanto empurrava e se retirava, cada vez indo mais
fundo em seu corpo disposto. Seu orgasmo veio tão duro e rápido quanto os
seus impulsos, a intensidade o sacudindo enquanto se agarrou a Jay. O outro
homem grunhiu com seu próprio clímax e Brice desabou em cima dele,
respirando o cheiro quente de homem, suor e sexo. Ele acariciou Jay, sentindo
a necessidade de alguma proximidade. Nunca se sentiu assim antes. Nunca
sentiu a necessidade de ser íntimo junto com o sexo. Sempre foi sobre o
prazer, mas com Jay, sentia algo diferente. Sentia vontade de beijar e abraçar.
Acariciar e simplesmente ficar ali em volta dele.
— Não sou contra o afago, mas não sou um fã de deitar em uma
confusão pegajosa também. — Jay passou a mão ao longo de Brice.
— Oh. — Brice deixou-o ir e retirou-se dele. — Desculpe.
— Não se preocupe. — Jay lhe deu um sorriso caloroso. — O que de
uma chuveirada e depois irmos tomar café da manhã?
Brice assentiu. Eles foram para o banheiro e Jay ligou o chuveiro.
Brice observou os movimentos do seu amante. Era para ser um caso de uma
noite. Era para ser apenas sexo. Brice passou a mão sobre o rosto e chamou a
atenção de Jay para ele.
— Será que quer descansar um pouco? — Jay roçou seu rosto áspero
coberto de barba com os dedos. — Parece que não conseguiu dormir.
Brice tentou sorri e quando isso não funcionou, puxou Jay para um
beijo. Às vezes, falar não era a resposta. Pelo menos para ele. Jay foi o
primeiro a se distanciar e pegou a mão de Brice para arrastá-lo para o
chuveiro. O vapor quente acalmou seus pensamentos enquanto Jay alcançou o
sabonete líquido e esguichou um pouco em sua mão.
— O que o manteve acordado a noite toda? — Perguntou Jay,
acariciando o pênis de Brice com a mão ensaboada. — Certamente não estava
preocupado comigo.
Brice deixou cair a cabeça para trás e os lábios de Jay pressionaram
beijos molhados em seu pescoço.
— Eu não durmo muito. Não é nada de anormal.
— Não é saudável. — Jay lavou as mãos e segurou as bochechas de
Brice. — Você é tão porra sexy na parte da manhã. Acabei de tê-lo, mas juro
que quero você de novo.
Brice pegou o sabão.
— Não sou contra a idéia, mas você não tem uma reunião hoje?
Jay torceu o nariz.
— Posso ignorá-la.
Brice sabia melhor do que isso.
— O dever lhe chama. — Ele virou o outro homem em torno de modo
que suas costas estivessem viradas para ele. — Mas faço uma promessa para
hoje à noite.
Agarrando a parede do chuveiro, Jay deixou Brice lavar suas costas.
— Gosto do som disso, mas a noite parece distante.
Ele ensaboou o corpo sedoso de Jay.
— Você soa como um adolescente com tesão.
A risada de Jay encheu o banheiro.
— Eu acho que sou.
****
Era difícil falar de negócios com Brice ao redor. Jay manteve-se
roubando olhares em direção ao seu guarda-costas como um menino com uma
queda. Inferno, ele tinha uma queda pelo rapaz. Parecia louco e inexplicável,
só o conhecia a dois dias e estava ficando cada vez mais ligado ao homem.
Como se ele fosse querer mais.
Um relacionamento com um político era uma coisa difícil e nem todo
mundo foi feito para isso. Trabalhava o tempo todo e não tinha horas
regulares. Sempre houve problemas de confiança e de vez em quando tomava
algumas bebidas com alguns caras. Por alguma razão, Brice era diferente. Ele
o fez sentir-se protegido, o que era algo que Jay gostava. Parecia
completamente ridículo para um homem adulto querer outro homem para
protegê-lo, mas não era a mesma coisa. Gostou. Gostava dele. O sexo era fora
deste mundo, tão bom que não conseguia parar de pensar na próxima vez que
estaria com ele. Nada disso fazia sentido, desde que era suposto ser um caso
de uma noite ou uma aventura no máximo. Não achava que Brice estava
procurando um namorado e mesmo que estivesse, Jay não estava
completamente certo que poderia ser ele.
O que não o impediu de querer, porém essa era a parte mais
assustadora de todo o cenário.
Após o café da manhã veio uma infinidade de reuniões. Jay não
chegou a ver Brice novamente até o meio da tarde quando Brice o obrigou a
dar uma pausa para o almoço. Tudo sobre o homem parecia caloroso, amoroso
e erótico, tudo ao mesmo tempo. De alguma forma, a idéia de merda tomou
um banco traseiro quando começou a perceber que queria mais com Brice. Os
dois homens tinham uma conexão que não podia ser explicada em um período
de tempo regular. Não estava professando amor, mas a idéia de conhecer
Brice em um nível mais profundo tinha tanto apelo para Jay, que se sentia
como um adolescente com uma celebridade superstar.
— Você é da Força Blackburn? — Perguntou Jay, dando uma mordida
em seu frango a puttanesca com macarrão.
— Poderia dizer isso. Cresci no sul. Minha mãe era de outro lugar,
mas me trouxe para viver com o meu pai quando eu tinha dois anos.
— Você não a conhece?
— Nah.
Brice parecia tão arrogante sobre isso que Jay não fez mais
perguntas.
— O que fez você desejar ser um militar?
Ele encontrou o olhar de Jay.
— A necessidade de paz.
Jay conseguia entender isso. Quando foi eleito, a Força Blackburn
tinha terminado sua terceira guerra civil dentro das últimas três décadas. Elas
realmente promoveram a campanha de Jay como sendo a resposta para todos
os problemas que os civis enfrentavam no planeta. Era uma quantidade
extrema de pressão, mas pensou que estava fazendo a diferença. A paz foi
chegando devagar, mas seguramente.
— Você se dá bem com o seu pai?
Brice respirou fundo.
— Não.
Nem mais nem menos. Jay colocou o garfo de lado e decidiu deixar o
assunto para lá.
— Você já ouviu falar alguma coisa sobre a pessoa que está tentando
me matar? Aquele homem, Atticus, estava tentando escondê-lo. Quem é ele?
— Estou olhando para isso. — Brice se levantou e atravessou a sala.
— Se precisar de mim estarei lá em cima.
Por alguma razão, Brice parecia distante. Jay não sabia o que
aconteceu entre esta manhã e agora, mas não podia pensar muito nisso. Eles
só fizeram promessas para o sexo e talvez isso fosse tudo o que Brice queria
dele. O pensamento doeu, mas não tinha o direito de ficar chateado.
Jay olhou de volta para o seu computador e pensou sobre o que
queria fazer a seguir. Talvez ser honesto com ele era o caminho a percorrer.
Gostava de ter as coisas claras. A honestidade era sempre a melhor política. A
promessa da noite permanecia em sua mente enquanto pensava sobre tudo o
que aconteceria. Se queria ter um relacionamento com Brice, precisava dizer
isso a ele, então precisava fazer isso agora. Antes de transarem novamente e
turvarem mais as águas.
Ele se levantou e foi encontrar Brice.
Capítulo Cinco
2
Sexually Transmitted Diseases (STD) Doença Sexualmente Transmissível.
Tudo o que precisávamos saber ele nos ensinou para completarmos nossa
primeira tarefa. Matei meu primeiro alvo dentro de cinco minutos depois de
fazer contato com ele.
— E ainda assim você não me matou. — Jai tomou um gole de
refrigerante. — Acho estranho que tenha me usado para obter informações.
Alguma vez pretendeu concluir esse trabalho?
— Sim. Tinha toda intenção de concluir o trabalho, até o momento
em que você perguntou quem me enviou. — Brice tomou um gole de cerveja.
— Você sabia demais sobre o que estava acontecendo. Essa foi a bandeira
vermelha que me fez pensar que nós dois tínhamos sido enganados. Que
melhor maneira de me matar, do que me entregar um contrato para matar
você, certo?
Jai ficou de pé e começou a limpar a bagunça na mesa. Colocou os
pratos sujos na lavadora e voltou para a mesa.
— Ainda está planejando manter sua parte do contrato? Você me
disse que iria me proteger. E confiei em você.
— E é isso o que estou fazendo, e por isso você está aqui.
— Então, quando a merda acontecer você vai estar ao meu lado?
Brice estava indo se servir de outra cerveja.
— Gosto demais do jeito que a sua bunda aperta o meu pênis para
matá-lo ou te abandonar agora.
Jai parecia perplexo.
— Estou brincando. Relaxe. — Apertou o botão para uma cerveja e
esperou. — Bem, mas não estava brincando sobre a parte da sua bunda
apertando o meu pau. Gosto muito disso.
— Isso não é engraçado.
— É melhor rir do que chorar. — Brice apontou para o corredor
estreito. — O quarto é por ali, caso queira dormir.
— Não vou conseguir cair no sono agora.
— Quer que eu te abrace?
Jai se levantou e virou a mesa.
— Cale a boca.
Brice pulou para trás antes que a mesa pousasse sobre ele e olhou
para Jai como se ele tivesse perdido o juízo.
— Está louco?
— Estou com vergonha por um dia ter achado que você era atraente.
— Você não quer dizer bonito?
— Fique longe de mim. — Jai caminhou pelo corredor para ir até o
quarto e Brice o deixou ir.
Ainda tinha muito para processar, e talvez ainda fosse muito cedo
para provocá-lo sobre o que aconteceu entre eles. Brice endireitou a mesa e foi
até a sala de estar para repensar sobre todas as besteiras que estavam
acontecendo na Força Blackburn. Seu pai deveria entrar em contato quando
descobrisse algo e tudo que poderia fazer era simplesmente esperar.
****
Jai acordou com uma dor de cabeça terrível e rolou na cama para
encontrar Brice olhando para ele. Gemeu e se sentou lentamente.
— Você tem alguma ideia de quão assustador isso é? Precisa acordar
as pessoas se quiser algo, em vez de ficar sentado os observando enquanto
dormem. Você nunca dorme?
— Durmo. Mas você esteve dormindo por quase 12 horas. E não
tinha certeza se estava vivo, exceto pelo seu ronco.
— Você é tão engraçado.
— Você acha? Estive assistindo o canal de comédia pelas últimas
duas horas. Talvez devesse experimentar me candidatar para o concurso de
piadas que estão preparando.
Jai sacudiu a cabeça e esfregou os olhos. Brice se aproximou dele e
sentou-se no outro lado da cama com uma caneca em suas mãos. Mesmo que
o maldito homem o tenha traído, o que era uma ofensa imperdoável, ainda
gostava do sentimento protetor que ele tinha. Enquanto saber que alguém o
observava dormindo era um pouco assustador, quando essa pessoa era Brice,
o fazia se sentir bem.
Ele o traiu e mesmo assim Jai ainda se sentia completamente
confortável ao seu lado. Isso tinha que ser fodido em vários níveis.
— Você apareceu nos noticiários. — Brice lhe entregou a caneca. —
Não fui colocado como suspeito, mas sua nova equipe de segurança relatou
que você está desaparecido. Suspeitam de sequestro.
— Meu assassino me sequestrou. Essa é uma ótima manchete para
os jornais.
— Não sei por que ainda está chateado comigo por ter sido
contratado para matá-lo. O importante é: Eu não te matei. Poderia ter te
matado, mas não o fiz.
— Quer um tapinha nas costas por causa disso?
— Não. Quero que veja que nós dois somos vítimas aqui. Eles me
querem morto também, por isso seria muito bom se parasse de fazer beicinho
agora e me ajudasse a descobrir toda essa merda.
Jai bebeu o chá quente que estava na caneca.
— A merda que aconteceu? O que há para descobrir?
— Como fazer com que esses filhos da puta paguem por isso.
Ele olhou para o homem. Sexy não começaria a descrevê-lo. Deus,
mesmo com toda história de traição ainda estava atraído por ele e por mais
que não quisesse admitir, seu pênis tinha uma mente própria.
— Olha. — Brice estendeu a mão para ele. — Sinto muito. Verdade.
Tinha toda a intenção de matá-lo naquela primeira noite em seu banheiro. Mas
quando percebi que sabia mais do que deveria, soube que alguma coisa estava
acontecendo. Menti para proteger nós dois. Desde que nós dois ainda estamos
vivos, não acho que há espaço para que critique os meus métodos.
Jai sabia que havia certa verdade nisso.
— Está sugerindo que eu esqueça que quebrou minha confiança e que
queria me matar?
— Estou sugerindo que coloque toda essa merda de lado e me ajude
a eliminar quem nos ameaça. Para fazer isso, vai ser preciso de nós dois. Não
vou poder fazer isso sozinho. — Esfregou o braço de Jai. — Acho que nós
formamos um bom time. E quero ter você do meu lado de qualquer maneira.
Jai tomou um gole do líquido quente.
— Bem. Estou esperando que você tenha um plano.
— Algo parecido. — Brice tinha uma ideia. — Primeiro preciso que
vaze para a mídia que você não foi sequestrado. Preciso que pensem que você
está morto.
Jai empurrou o cobertor para trás e se levantou.
— Bem, pelo menos você só está matando a minha imagem pública e
não me matando de verdade.
Brice sorriu e acariciou o rosto de Jai. Deu-lhe um breve beijo e saiu
do quarto.
Jai ficou ali olhando ele sair. Não fazia sentido confiar nesse homem
sabendo que mentiu sobre tudo. Tinha muitas perguntas sobre quem Brice
realmente era, mas ao mesmo tempo, não podia explicar a forma como o fazia
se sentir. Mesmo não tendo nenhuma razão para isso, Jai ainda confiava nele.
Até certo ponto, acreditava que estaria morto se Brice quisesse.
— Para deixar tudo mais claro, isso significa que não tenho que
manter meus olhos em você? Estamos no mesmo time agora?
— Mesmo time. Mas se você quiser manter seus olhos em mim, está
tudo bem, na verdade vou achar ótimo. — Brice piscou para ele e Jai sentiu
suas reservas se derreterem.
— Não, obrigado. — Jai entrou na sala para assistir o canal de
notícias.
Uma longa história sobre o seu sequestro foi contada pela imprensa
que estava acampada fora de sua casa. Tinham vários relatos de diferentes
cenários a cada vez que mudava de canal. Alguns pensavam que o seu
sequestro foi uma conspiração política. Outros achavam que ele queria sair da
política e fugiu com um amante secreto. As histórias eram mais interessantes
do que uma novela.
— Bom, já espalhei a notícia. Deve estar surgindo a qualquer
momento no noticiário.
Antes que as palavras acabassem de sair da boca de Brice, a tela
brilhou com uma notícia urgente.
— Jai Chastain está morto.
Jai se sentou e olhou para Brice.
— Bem, e agora?
— Acho que Andrew vai me apresentar como sendo o seu assassino.
O que irá emitir uma caça a minha pessoa. Estou esperando que o meu pai
verifique um local e, em seguida, estarei esperando que alguns amigos meus o
matem, antes que ele me mate.
Jai piscou algumas vezes.
— Você diz isso como se estivesse discutindo a porra do clima.
— Não tenho nenhuma razão para sentir qualquer obrigação moral
em relação a alguém que está tentando me matar. Se não me defender, então
estarei morto.
— Vai matá-lo?
— Vou fazer o que for necessário para eliminar uma ameaça. — Brice
pegou seu transmissor IA. — Embora não tenha servido no exército da Força
Blackburn, servi no exército do meu pai e foi brutal. Apenas os mais
inteligentes e os mais aptos sobrevivem.
Jai supôs que ele tivesse razão. Mesmo com toda a sua ingenuidade,
se tivesse que escolher entre o cara chamado Andrew e Brice, também iria
querer Andrew eliminado.
Capítulo Seis
Fim