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Como fazer

dicionários
Profa. Me. Eliane Bianchi Wojslaw
15/10/2023
Objetivo geral
• Fornecer instrumentos, caminhos e
ideias para quem deseja produzir um
dicionário especializado ou temático.
Conteúdos

1. Por que fazer dicionários?


2. O projeto terminográfico.
3. Ficha terminográfica.
4. Sugestão de metodologia.
Por que fazer um dicionário?
Por que fazer um
dicionário?
• Dicionários são organizadores do conhecimento.
• Dão autonomia intelectual para o aprendizado e construção
do conhecimento.
• Registram conhecimentos para a posteridade.
• Normatizam e normalizam vocabulários especializados.
• Aumentam o neuroléxico cerebral, enriquecem o mentalsoma
(veículo consciencial da intelectualidade e discernimento.
• Permitem a tradução para outros idiomas.
• Aumentam as possibilidades de comunicação
interdimensional.
Dicionários especializados
Glossários conscienciológicos
Consciex (consci + ex)
Consciex (consci + ex)
Extraphysical consciousness; paracitizen of an extraphysical society (sociex).
Plural: consciexes. Outdated variants: spirit, ghost, discarnate.

Conscin (cons + in)


Conscin (cons + in)
Intraphysical consciousness; the human personality; a citizen of the intraphysical
society. Outdated variant: incarnate. Plural: conscins.

Consciousness, the
Consciência, a
It is you and I, also known as individuality, individual essence, soul, spirit, self,
ego, intelligent principle in constant evolution, utilizing specific vehicles to
manifest in diverse dimensions, through self-awareness and rationality with which
ideas and self-thosenic actions are processed. It is 1 of the 2 basic cosmic
components - the other being energy.

Consener (cons + ener)


Consener (cons + ener)
Energivorous consciousness. A permanently needy consciousness, with an
insatiable desire for the consciential energies of human beings (conscins) and
subhumans. Variant: energetic vampire.
Dicionários
especializados
Thesaurus Thermiport
Amparador extrafísico

En: Extraphysical helper.


Es: Amparador extrafísico.
Fr: Protecteur extraphysique.
It: Sostenitore extrafisico.
Ro: Helper extrafizic.
De: extraphysischer Helfer, m.

Definição. O amparador extrafísico é a consciex benfazeja e auxiliadora de consciência humana (conscin) ou de


várias consciências humanas ao mesmo tempo, quando afins ao nível de evolução, notadamente durante as
projeções extrafísicas, abrangendo a influência benéfica em toda a vida intrafísica da personalidade e até mesmo
durante o estado da vigília física ordinária. (Vieira, Waldo; Enciclopédia da Conscienciologia; 9ª Ed.; 2018; p.
845).
Exemplo. “O amparador extrafísico ou o evoluciólogo sempre apontam o caminho ideal.” (Idem; Homo sapiens
reurbanisatus; 2003; p. 1.108).
Variante(s): anjo da guarda; anjo guardião; anjo de luz; guia; mentor (utilizadas fora do contexto
conscienciológico).
Cognato(s): amparo; amparado(a); amparador(a); amparando(a); amparar; amparável; amparofilia; Amparologia;
Amparoteca; maxiamparabilidade.
Remissiva(s): amparador extrafísico de função; amparabilidade; amparo extrafísico; atitude pró-amparador
extrafísico; convívio com amparador.
Tipos de dicionário
Há vários tipos, conforme tamanho e estrutura e complexidade.

1) Vocabulário (VOLP) ou Léxico


2) Glossários
3) Dicionários
4) Tesauros (idiomas)
5) Enciclopédias
Tipos de dicionários conforme objetivos

1. Dicionário léxico (línguas): de verbos, sinôminos, antônimos, regência verbal.


2. Dicionário de variantes do português, regionais.
3. Dicionários temáticos (football, de insetos, de flores).
4. Terminológicos (de uma área do saber, Arquitetura, Psicologia, Conscienciologia)
5. Analógicos (buscam enumerar palavras ou ideias por analogia)
Terminologia – definições
• A palavra terminologia significa um “conjunto de palavras técnicas pertencentes a
uma ciência, uma arte, um autor ou um grupo social” (Pavel; Nolet, 2002, p.13).
Exemplo: a terminologia da medicina, do direito, da botânica, da enfermagem.

• Terminologia é também uma “disciplina linguística consagrada ao estudo científico


dos conceitos e termos usados nas línguas de especialidade” (Ibid., p.13).

Obs.:
• língua comum é aquela que usamos no quotidiano.
• língua de especialidade utilizada a comunicação sem ambiguidade em determinada área do
conhecimento.
Funções da Terminologia

• Otimizar a comunicação entre especialistas e profissionais.


• Monossemia, harmonização.
• Intercâmbio e transferência de conhecimento especializado.
• Permitir o planejamento de uma língua de especialidade e de uma ciência.
• Facilitar a tradução especializada.
• Uma boa tradução não deve apenas expressar o mesmo conteúdo do texto de
partida, mas fazê-lo com as formas que o falante nativo da língua de chegada
utilizaria.
• Auxiliar a Documentação técnica e científica e na elaboração da Linguagem
Documentária.
Breve histórico da Terminologia: a ciência da
nomeação das coisas
• 2600 aec – Dicionários monolíngues dos sumérios, tijolos de argila.
• 1600 aec – Egito – primeiros dicionários temáticos.
• 1500 aec – civilização cretense e a talassocracia (cultura comercial) e seu idioma.
• 400 aec – Grécia – glossários de termos médicos.
• 388 aec – Platão – Crátilo (Cratylus) “origem das palavras, justeza dos nomes” pode ser
considerado o primeiro texto básico sobre terminologia.
• 300 aec – Estoicos.
• 300 aec – Roma e os vocábulos especializados da arte militar.
• Século XVI – pensadores indianos, filósofos árabes, gramáticos e lexicógrafos escreveram sobre o
assunto.
• Séc. XVIII – Lineu- nomenclatura das plantas e dos animais; Lavoisier e Berthold, química.
• 1864 - terminologia como a palavra que designa o conjunto de termos técnicos de uma ciência ou
de uma arte e das ideias que elas representam.
PARTE II
Projeto terminográfico
PROJETO
• Quem é meu público alvo?
• Que informações posso incluir neste
dicionário?
• O que é relevante e vai ajudar de fato o
profissional?
Pensando bem...
• Vamos começar com uma lista de termos que
quero incluir.

• De onde vou coletar?

• Qual a quantidade de termos?


1. Definição do tema do dicionário.

2. Delimitação do tema.

3. Título.

4. Objetivo geral (finalidade mais ampla – por que?).

Conteúdos do 5. Objetivos específicos (outras finalidades).

6. Público alvo (Para quem?).


Projeto 7. Equipe (e pré-requisitos).

terminográfic 8. Corpus de inclusão (coleta).

o 9. Critérios para inclusão.


10. Ficha terminográfica

11. Modelo da ficha terminográfica.

12. Cronograma.

13. Referências bibliográficas.


Variáveis lexicográficas e terminográficas
Variáveis gramaticais
[categoria gramatical; fonética Termos equivalentes
Termo (entrada) (símbolos fonéticos); separação de
sílabas; elementos de composição
(tradução) em Definição. Sinônimos.
(neologismos); plural; cognatos idiomas estrangeiros.
etc.]

Variantes (em uso,


Antônimos. Etimologia. Exemplo de uso. Remissivas.
em desuso).

Quadro sinóptico
Datação (1ª Expressões com o
Notas de uso. enumerativo/explicat Outras.
publicação). uso do termo.
ivo.
• Termo (entrada). Ordem alfabética.
• Variáveis gramaticais [categoria gramatical; fonética (símbolos fonéticos); separação de sílabas;
elementos de composição (neologismos); plural; cognatos, etc.]
• Termos equivalentes (tradução) em idiomas estrangeiros.
• Definição.
• Sinônimos.
• Antônimos.
• Etimologia.
• Exemplo de uso / informações sobre o termo.
• Variantes (em uso, em desuso).
• Remissivas. (termos que complementam o significado)
• Datação (1ª publicação).
• Notas de uso.
• Expressões com o uso do termo.
• Quadro sinóptico enumerativo/explicativo. (pode ser incluído caso queiram)
• Outras.
Definições terminológicas – exemplo
• Definição. A tares é a tarefa do esclarecimento, a • Clareza, concisão,
vivência alerta da assistencialidade racional, objetividade.
libertária, científica e cosmoética, em seu mais alto
grau, a favor das consciências. (Adaptado de Vieira,
• Correção gramatical.
Waldo; 700 Experimentos da Conscienciologia; 3ª • Evita conter outros termos
Ed.; 2013; p. 414). Plural invariável: as tares. complexos na definição.
• Indica fonte de referência
(ao lado do texto entre
parênteses).
• Ou indica “Elaborado pela
equipe”.
PARTE III
Coleta de dados e inserção da planilha
no Google Drive
LINK de acesso à planilha
• https://docs.google.com/spreadsheets/d/1lKRWjvUjNYwzada7HVHcx
yVCIOkKmZRDmw0bOlWJJ-4/edit#gid=0
Comandos da planilha do Google Drive
• Salvamento automático. A planilha se salva automaticamente, tudo o que fazemos fica guardado no drive. Então, NÃO PRECISA SALVAR.
Quando terminar o trabalho é só sair do drive que ele está salvo.
• Errei, e agora?? - quando vc errar algo, dar CONTROL Z - o arquivo volta na formatação anterior. Não usar o comando desfazer/undo,
porque desconfigura a planilha.
• Você pode dar o CONTROL Z várias vezes, que vai voltando nos comandos anteriores. Caso ocorra algum problema mais sério, que vc não
consegue retornar com o Control Z, pare o trabalho e feche a planilha, me avise imediatamente que eu vejo como fazer.
• Copiar conteúdos – estando dentro da célula, dar CONTROL C
• Colar conteúdos – estando dentro da célula, dar CONTROL V Para carregar a planilha – dar CONTROL F5 (as vezes vc abre a planilha e
demora para aparecer tudo).
• Localizar termos. CONTROL F (vai abrir uma janela no canto direito da tela e você digita o que procura, depois anda com a seta até o
termo). Colocar célula em outra cor (amarelo, por exemplo). Estando dentro da célula procura o pote de tinta e escolhe a cor que vc quer. dar
enter. vc pode trabalhar clicando dentro da célula ou na barra superior que aparece o conteúdo.
• Para formatar as células – todos os comandos aparecem na barra de cima e são similares ao word e excel. Inserir linha – proceder como no
excel. clicar com o botão direito do mouse e pedir “inserir linha”. Daí pode copiar e colar os conteúdos.
• Copiar - control C
• Colar - control V
• Itálico - control I (selecione o termo antes)
“ A história particular de uma ciência se resume na de seus
termos específicos. Uma ciência só começa a existir ou consegue
se impor na medida em que faz existir e em que impõe seus
conceitos, através de sua denominação...
Denominar, isto é, criar um conceito, é a o mesmo tempo, a
primeira e última operação de uma ciência.” (BENVENISTE, 1989)
Bibliografia
• BARROS, L.A. Curso básico de terminologia. São Paulo: Edusp, 2004, p. 25-96.
• CABRÉ, M.T. La terminología hoy: concepciones, tendencias y aplicaciones. Ciência da Informação, v.24, n.5.
Disponível em: https://revista.ibict.br/ciinf/article/view/567. Acesso em: 12/10/2022.
• CANADA GOVERNEMENT. Termium Plus: The Government of Canada’s terminology and linguistic data bank. Disponível em:
https://www.btb.termiumplus.gc.ca/tpv2alpha/alpha-eng.html?lang=eng Acesso em: 10/10/2022.
• FAULSTICH, E. L. J. Terminologia: o projeto brasilterm e a formação de recursos humanos. Ciência da Informação, v. 24, n. 3,
1995. DOI: 10.18225/ci.inf..v24i3.581 Acesso em: 12 out. 2022.
• KRIEGER, M.G.; FINATTO, M.J.B. Dos fundamentos. In: ___. Introdução à Terminologia: teoria e prática. São
Paulo: Contexto, 2004.
• LARA, Marilda Lopes Gines de. Terminologia: definição, histórico e vertentes. Apresentação. 2015. Disponível
em: https://slideplayer.com.br/slide/8903079/ Acesso em: 19/09/2022.
• SAGER, J.C.. Prólogo: la terminologia, ponte entre varios mundos. In: CABRÉ, M.T. La terminologia: teoría,
metodologia, aplicaciones. Barcelona: Ed. Antártida; Empúries, 1993.
• PAVEL, Silvia; NOLET, Diane. Manual de Terminologia. Ministério de Obras Públicas e Serviços
Governamentais do Canadá, 2002. Disponível em:
https://pt.scribd.com/document/70128267/PAVEL-NOLET-Manual-Terminologia Acesso em 12/10/2022.

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