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Universidade de Brasília

Faculdade de Ciências da Informação


Biblioteconomia
Linguagens Documentárias

1º semestre de 2014

Tesauro de Cultura Material dos Índios no


Brasil
Museu do Índio - FUNAI
Discentes
Bruna de Oliveira Cares - 11/0110633
Irene Ribeiro Baptista - 11/0121937
Ricardo de Almeida Oliveira - 11/0040155
Contextualização
O acervo do Museu do Índio é composto por:
● 16.852 peças etnográficas de valor histórico, estético e
utilitário;
● 18.217 publicações nacionais e estrangeiras sobre
Etnologia Indígena, Antropologia e áreas afins;
● 68.217 documentos audio-visuais;
● 226.227 documentos textuais

Consulta ao acervo via Base de Dados.


Histórico
Desenvolvido entre 2003 e 2004.
Objetivo: estabelecer uma terminologia padrão
representativa do material produzido pelas sociedades
indígenas, visando:
● a indexação dos artefatos existentes no acervo
etnológico e;
● a unificação da linguagem informacional para
facilitar o processo de comunicação entre os diferentes
acervos do museu.
Histórico
Dilza Fonseca da Motta, MSc em Ciência da
Informação pela UFRJ, foi contratada para o
desenvolvimento do tesauro.
O tesauro
Âmbito temático:
Se destina à área de cultura material dos índios
no Brasil.
Cultura material: universo de artefatos com os
quais as populações indígenas atendem às suas
necessidades de provimento de subsistência,
conforto doméstico, transporte, reprodução da vida
social e da identidade étnica.
O tesauro
Números de termos:
1040, sendo 776 autorizados e 264
não-autorizados.
Língua:
Monolíngue, com a maioria dos termos em
língua portuguesa e uns poucos usados por
etnias indígenas brasileiras.
O tesauro
Fontes para levantamento de termos:
As fontes básicas para levantamento dos
termos foram o Dicionário do Artesanato
Indígena, elaborado por Berta Ribeiro (1988) e
a Suma Etnológica Brasileira, editada por
Darcy Ribeiro e outros autores (1986).
O tesauro
Com o objetivo de tornar o termo mais preciso,
foi necessário usar “qualificadores” entre
parêntese após o termo no caso de:
● homógrafos, representando conceitos
diferentes.
● termos sinônimos pertencentes a
subcategorias diferentes.
O tesauro
Singular x plural
De modo geral, os termos foram
apresentados no singular, por se tratar de um
tesauro com base em conceito, exceção foi
feita para aqueles já dicionarizados no plural
(p. ex: “paus entrechocantes”).
Na maioria das vezes, os termos descrevem o objeto, mais do que
representam, seu conteúdo conceitual.
O tesauro
Nível de pré-coordenação
Procurou-se evitar, sempre que possível, a
particularização do artefato segundo o povo
indígena, a matéria-prima ou o evento; o Museu
do Índio dispõe de rede eletrônica para tratamento
da sua informação que viabiliza buscas nas quais
pode-se coordenar nomes de artefatos com
etnias, materias-primas, formas, etc.
O tesauro
Apresentação tipográfica
Termos preferidos em caixa alta e negrito
(de cor vermelha na entrada);

Os não-descritores em caixa baixa.


O tesauro
Relacionamentos:
● relação de gênero/espécie (TG / TE);
● relação de todo/parte (TGP / TEP). As
relações partitivas são tratadas como um
tipo de relacionamentos gênero/espécie;
● relação associativa (TA / TA);
● relação de equivalência (USE / UP);
O tesauro
● nota de aplicação (NA). Teve-se a
preocupação de “definir” cada descritor
para obter coerência entre o uso do termo
na representação de um objeto e seu
conteúdo conceitual. Para essas notas
foram utilizados o dicionário e a Suma.
O tesauro
● nota de escopo (NE). Foi usado para tornar o
âmbito conceitual do descritor no sistema
mais preciso.
● nota de indexação (NI). É prescritiva, indica a
forma pela qual o descritor deve ser usado, ou
como a indexação deve ser feita.
● Top Term (#)
● Existência de fotografia: câmera
O tesauro - plano geral
Apresentação do tesauro
● Parte sistemática, incluídos apenas os termos
autorizados e os demais com que mantêm relações de
gênero / espécie e de todo / parte. Revelando os níveis
hierárquicos;
● Parte alfabética, incluindo termos autorizados e não
autorizados e respectivos relacionamentos;
● Duas relações de identificadores;
● Índice rotado - KWIC - dos termos autorizados,
não-autorizados e identificadores;
● Caderno de fotos.
Crítica
Luhn (1959) citado por Lancaster (2004) define
índice KWIC como: “índice rotado, derivado,
em sua forma mais comum, dos títulos de
publicações. Cada palavra-chave que aparece
num título torna-se ponto de entrada,
destacada de alguma forma, aparecendo,
normalmente, realçada no centro da página.”
Crítica
Atualização
Referências
MOTTA, Dilza Fonseca da; OLIVEIRA, Leandra
de. (Col.). Tesauro de cultura material dos
índios no Brasil. Rio de Janeiro: Museu do Índio,
2006. xviii, 249 p.

LANCASTER, F. Wilfrid. Indexação e resumos:


teoria e prática. 2. ed. Brasília: Briquet De Lemos,
2004. xviii, 452 p
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