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Soluções

páginas 32 e 33
Soluções, páginas 32 e 33

PONTO DE PARTIDA EDUCAÇÃO LITERÁRIA ORALIDADE MENSAGENS EM DIÁLOGO

Exercício 1. Exercício 1. Exercício 1.1 Exercício 1.

Exercício 2.

Exercício 3.

Exercício 4.

Exercício 5.

Exercício 6.

Português 12.º ano


Soluções, página 32

Ponto de partida
1. Desta cena do quotidiano rural, evidenciam-se alguns estados de espírito das
personagens, por exemplo, alegria e convivialidade, apesar da fadiga e do cansaço;
calma e tranquilidade, embora seja um ambiente de trabalho árduo no campo.

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1. A primeira parte (estrofes 1 a 3) centra-se na descrição da «ceifeira» e do seu


«canto», elementos de um espaço exterior. Na segunda parte (estrofes 4 a 6), o
sujeito poético reflete sobre o impacto que esse canto teve nele mesmo (espaço
interior das emoções e dos sentimentos).

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2. Embora parta de uma focalização objetiva da «ceifeira» e do seu «canto», o eu


lírico introduz alguns traços de caráter subjetivo na sua caracterização (por exemplo,
o adjetivo «pobre» – v. 1 –, anteposto, pressupõe um juízo de valor) apresenta uma
explicação para o facto de a figura feminina cantar enquanto trabalha – «Julgando-se
feliz talvez...» (v. 2); caracteriza antiteticamente a sua voz, simultaneamente «alegre»
e «cheia / De […] anónima viuvez» (vv. 3-4), isto é, marcada por duras condições de
vida (perda, solidão, indigência).

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3. Com a antítese «alegra e entristece» destaca-se o impacto antagónico que a voz


da ceifeira tem no sujeito poético: por um lado, «alegra[-o]» vê-la feliz a cantar, em
plena sintonia com a Natureza; por outro lado, «entristece[-o]», já que o «canto»
está desenquadrado das duras condições de vida da «ceifeira», das quais ela não
tem consciência. O sujeito poético, contrariamente, possui esse discernimento, o
que o impede de desfrutar daquele momento.

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4. O sujeito poético e a figura feminina percecionam a vida de forma oposta: a


«ceifeira» canta sem razão, ou seja, não tem consciência da sua realidade difícil e
dura, sendo aparentemente feliz. Pelo contrário, o sujeito poético é incapaz de se
libertar da intelectualização das suas emoções, não consegue sentir sem pensar, o
que lhe impossibilita o acesso a uma felicidade inconsciente.

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5. O sujeito poético deseja experienciar a felicidade inconsciente da ceifeira,


mantendo a sua própria consciência. Esta felicidade racional permitir-lhe-ia atenuar,
evadir-se da dor de pensar; contudo, pelo seu caráter paradoxal (ser inconsciente,
conscientemente) essa concretização é impossível.

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6.
a) 2;
b) 1;
c) 1.

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1.1 Sugestão de tópicos:


– Dor de pensar tem a ver com o sofrimento que o raciocínio nos traz.
– No trailer, é evidente o sofrimento causado pelo pensamento, sobretudo nas fases
mais confusas da personagem, em que, por exemplo, lembrar-se daqueles que o
rodeiam é bastante difícil.
– Pensar em excesso, sofrer por antecipação, não conseguir usufruir apenas das
emoções ou sensações do momento, tudo conduz a situações penosas.
– Devemos promover um equilíbrio entre o sentir e o pensar; isto é: não
intelectualizar em excesso mas também não sentir apenas. Do equilíbrio das duas
dimensões resultará também o nosso equilíbrio emocional.

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Mensagens em diálogo
1. Em Pessoa, a dor de pensar resulta da incessante intelectualização de emoções, da
omnipresença da Razão, que se sobrepõe à Sensação. A incapacidade de se libertar
do raciocínio traz ao eu insatisfação, angústia, infelicidade e ambição de apenas
sentir sem pensar. O exacerbamento das emoções domina D. Madalena – vive em
estado de permanente inquietação, pois teme que o seu primeiro marido esteja vivo
e regresse; a tensão interior aumenta quando sabe, pelo romeiro, que está vivo.
Perseguida pelo passado, a personagem não consegue encontrar a felicidade e a
serenidade, acabando por «abandonar o mundo» e enclausurar-se.
A supremacia da Razão ou da Emoção (na poesia do ortónimo e na personagem
garrettiana, respetivamente) acarreta uma consequência comum de infelicidade.

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