Você está na página 1de 8

Ciclo de Calvin

Por: Miguel Arcanjo Nito


• O ciclo de Calvin (também conhecido como o ciclo de Calvin-Benson)
é o conjunto de reações químicas que ocorrem em cloroplastos
durante a fotossíntese. O ciclo é independente de luz, porque tem
lugar após a energia foi capturado a partir de luz solar. O ciclo de
Calvin é o nome de Melvin Calvin, que ganhou um Prêmio Nobel de
Química para encontrá-lo em 1961. Calvino e seus colegas fizeram o
trabalho na Universidade da Califórnia, Berkeley Descoberta Usando o
radioativo carbono-14 isótopo como um traçador, Calvin, Andrew
Benson e sua equipe mapearam a rota completa que o carbono passa
por uma planta durante a fotossíntese. Eles rastrearam o carbono-14
a partir da sua absorção da atmosférica de dióxido de carbono para a
sua conversão em hidratos de carbono e outros compostos orgânicos.
As algas unicelular Chlorella foi utilizado para rastrear o carbono-14.
• O grupo Calvin mostrou que atua sobre a luz solar de clorofila numa planta para abastecer o
fabrico de compostos orgânicos, não diretamente sobre o dióxido de carbono como se
acreditava anteriormente. Conceito de Ciclo de Calvin (ou Ciclo do Carbono) Também conhecido
como ciclo do carbono, o ciclo de Calvin é a designação dada a uma cadeia cíclica de reações
químicas que ocorrem no estroma dos cloroplastos, na qual se forma glícidos após a fixação e
redução do dióxido de carbono. Esta cadeia de reações foi pela primeira vez observada por
Calvin e seus colaboradores quando efetuavam experiências para identificar o trajeto seguido
pelo dióxido de carbono absorvido pelas plantas. Para isso, efetuaram, entre 1946 e 1953, uma
série de investigações em que estudaram o crescimento da Chlorella, uma alga verde, num meio
com dióxido de carbono radioativo. Nesses estudos verificaram que o carbono radioativo surgia
integrado em moléculas de glicose 30 segundos depois de se ter iniciado a fotossíntese.
Interrompendo o processo a intervalos definidos, identificaram os compostos intermédios, bem
como a sua relação com as fontes de energia química gerada durante a fase dependente da luz.
Descrição do Ciclo de Calvin O ciclo de Calvin inicia-se com a combinação do dióxido de carbono
com um composto de cinco átomos de carbono (ribulose difosfato (RuDP)) originando um
composto instável com seis átomos de carbono.
• O que é
• Este composto desdobra-se de seguida em duas moléculas com três átomos
de carbono cada (o ácido fosfoglicérico (PGA)). O ácido fosfoglicérico é
então fosforilado pelo ATP e reduzido pelo NADPH, formando o aldeído
fosfoglicérico (PGAL). O aldeído fosfoglicérico segue então dois caminhos
diferentes: uma parte vai regenerar a ribulose monofosfato e o restante é
utilizado para diversas sínteses no estroma, entre as quais a síntese da
glicose. Por cada seis moléculas de dióxido de carbono entradas no ciclo,
formam-se doze de PGAL: dez vão regenerar a ribulose monofosfato e as
restantes duas vão formar, por exemplo, uma molécula de glicose. Nesse
conjunto de reações são utilizadas dezoito moléculas de ATP (três por cada
ciclo) e doze moléculas de NADPH. Ciclo de Fixação do Carbono nas Plantas
O ciclo foi primeiro elucidado por Calvin e colaboradores em 1946 e por esta
razão, também é conhecido como ciclo de Calvin.
• Ele pode ser dividido em quatro fases distintas: fase de
carboxilação, fase de redução, fase de regeneração e
fase de síntese dos produtos. A fase de carboxilação
consiste na reação de CO2 com a ribulose bisfosfato,
catalisada pela ribulose-1,5-bisfosfato carboxilase
(RuBisCO), seguida por uma clivagem molecular,
formando o ácido fosfoglicérico. A fase de redução
consiste na redução do ácido glicérico, formado na
etapa anterior, em triose fosfato. A fase de regeneração
consiste na regeneração da ribulose bisfosfato através
de reações de interconversão de açúcares.
• A fase de síntese de produtos consiste na produção de outros
compostos, tais como, polissacarídeos, aminoácidos e ácidos
graxos. A síntese desses compostos é influenciada pelas
condições fisiológicas. O ciclo de Calvin também é conhecido
como a rota C3 de fixação do carbono, uma vez que o produto
formado é um composto de 3 carbonos (ácido fosfoglicérico).
Entretanto, esta não é a única rota de fixação do CO2. Na
maioria das plantas e gramíneas tropicais, tais como, a cana-
de-açúcar e a cevada, a fixação do CO2 resulta em compostos
de 4 carbonos como o oxaloacetato, o malato e o aspartato. A
fixação ocorre pela carboxilação do fosfoenolpiruvato a
oxaloacetato catalisada pela fosfoenolpiruvato carboxilase.
• Por essa razão, essa rota é chamada de C4. Existe ainda o
metabolismo ácido das crassuláceas (CAM), cujo nome se deve ao
fato de ser primeiro encontrado nas Crassulaceae. Esta rota de
fixação do CO2 é muito comum nas famílias das angiospermas:
Agavaceae, Bromeliaceae, Cactaceae, Euphorbiaceae, Liliaceae,
Orchidaceae, etc. Como nas plantas de metabolismo C4, o
primeiro metabólito a ser sintetizado pela fixação do CO2 é o
oxaloacetato. Este CO2 é posteriormente liberado pela
descarboxilação do malato e refixado no ciclo de Calvin pela
RuBisCO. Entretanto os metabolismos CAM e C4 diferem entre si
pelo local e tempo de ocorrência. Nos vegetais que apresentam
metabolismo C4, a fixação do CO2 ocorre nas células
fotossintéticas presentes no mesófilo da folha.
• O carbono fixado na forma de malato migra para as células
envolventes da bainha onde ocorre então a liberação e
refixação do CO2 através do ciclo de Calvin. Nas plantas do
metabolismo CAM o período de fixação via
fosfoenolpiruvato carboxilase e RuBisCO estão separados
pelo tempo. Nessas plantas, a fixação ocorre durante a
noite quando os estômatos estão abertos via carboxilação
do fosfoenolpiruvato e acúmulo do malato, assim formado,
nos vacúolos. Durante o dia, os estômatos se fecham para
minimizar a perda de água, e o malato é transportado para
o citossol onde é descarboxilado e o CO2 é fixado. Fonte:
www.knoow.net

Você também pode gostar