• O ciclo de Calvin (também conhecido como o ciclo de Calvin-Benson) é o conjunto de reações químicas que ocorrem em cloroplastos durante a fotossíntese. O ciclo é independente de luz, porque tem lugar após a energia foi capturado a partir de luz solar. O ciclo de Calvin é o nome de Melvin Calvin, que ganhou um Prêmio Nobel de Química para encontrá-lo em 1961. Calvino e seus colegas fizeram o trabalho na Universidade da Califórnia, Berkeley Descoberta Usando o radioativo carbono-14 isótopo como um traçador, Calvin, Andrew Benson e sua equipe mapearam a rota completa que o carbono passa por uma planta durante a fotossíntese. Eles rastrearam o carbono-14 a partir da sua absorção da atmosférica de dióxido de carbono para a sua conversão em hidratos de carbono e outros compostos orgânicos. As algas unicelular Chlorella foi utilizado para rastrear o carbono-14. • O grupo Calvin mostrou que atua sobre a luz solar de clorofila numa planta para abastecer o fabrico de compostos orgânicos, não diretamente sobre o dióxido de carbono como se acreditava anteriormente. Conceito de Ciclo de Calvin (ou Ciclo do Carbono) Também conhecido como ciclo do carbono, o ciclo de Calvin é a designação dada a uma cadeia cíclica de reações químicas que ocorrem no estroma dos cloroplastos, na qual se forma glícidos após a fixação e redução do dióxido de carbono. Esta cadeia de reações foi pela primeira vez observada por Calvin e seus colaboradores quando efetuavam experiências para identificar o trajeto seguido pelo dióxido de carbono absorvido pelas plantas. Para isso, efetuaram, entre 1946 e 1953, uma série de investigações em que estudaram o crescimento da Chlorella, uma alga verde, num meio com dióxido de carbono radioativo. Nesses estudos verificaram que o carbono radioativo surgia integrado em moléculas de glicose 30 segundos depois de se ter iniciado a fotossíntese. Interrompendo o processo a intervalos definidos, identificaram os compostos intermédios, bem como a sua relação com as fontes de energia química gerada durante a fase dependente da luz. Descrição do Ciclo de Calvin O ciclo de Calvin inicia-se com a combinação do dióxido de carbono com um composto de cinco átomos de carbono (ribulose difosfato (RuDP)) originando um composto instável com seis átomos de carbono. • O que é • Este composto desdobra-se de seguida em duas moléculas com três átomos de carbono cada (o ácido fosfoglicérico (PGA)). O ácido fosfoglicérico é então fosforilado pelo ATP e reduzido pelo NADPH, formando o aldeído fosfoglicérico (PGAL). O aldeído fosfoglicérico segue então dois caminhos diferentes: uma parte vai regenerar a ribulose monofosfato e o restante é utilizado para diversas sínteses no estroma, entre as quais a síntese da glicose. Por cada seis moléculas de dióxido de carbono entradas no ciclo, formam-se doze de PGAL: dez vão regenerar a ribulose monofosfato e as restantes duas vão formar, por exemplo, uma molécula de glicose. Nesse conjunto de reações são utilizadas dezoito moléculas de ATP (três por cada ciclo) e doze moléculas de NADPH. Ciclo de Fixação do Carbono nas Plantas O ciclo foi primeiro elucidado por Calvin e colaboradores em 1946 e por esta razão, também é conhecido como ciclo de Calvin. • Ele pode ser dividido em quatro fases distintas: fase de carboxilação, fase de redução, fase de regeneração e fase de síntese dos produtos. A fase de carboxilação consiste na reação de CO2 com a ribulose bisfosfato, catalisada pela ribulose-1,5-bisfosfato carboxilase (RuBisCO), seguida por uma clivagem molecular, formando o ácido fosfoglicérico. A fase de redução consiste na redução do ácido glicérico, formado na etapa anterior, em triose fosfato. A fase de regeneração consiste na regeneração da ribulose bisfosfato através de reações de interconversão de açúcares. • A fase de síntese de produtos consiste na produção de outros compostos, tais como, polissacarídeos, aminoácidos e ácidos graxos. A síntese desses compostos é influenciada pelas condições fisiológicas. O ciclo de Calvin também é conhecido como a rota C3 de fixação do carbono, uma vez que o produto formado é um composto de 3 carbonos (ácido fosfoglicérico). Entretanto, esta não é a única rota de fixação do CO2. Na maioria das plantas e gramíneas tropicais, tais como, a cana- de-açúcar e a cevada, a fixação do CO2 resulta em compostos de 4 carbonos como o oxaloacetato, o malato e o aspartato. A fixação ocorre pela carboxilação do fosfoenolpiruvato a oxaloacetato catalisada pela fosfoenolpiruvato carboxilase. • Por essa razão, essa rota é chamada de C4. Existe ainda o metabolismo ácido das crassuláceas (CAM), cujo nome se deve ao fato de ser primeiro encontrado nas Crassulaceae. Esta rota de fixação do CO2 é muito comum nas famílias das angiospermas: Agavaceae, Bromeliaceae, Cactaceae, Euphorbiaceae, Liliaceae, Orchidaceae, etc. Como nas plantas de metabolismo C4, o primeiro metabólito a ser sintetizado pela fixação do CO2 é o oxaloacetato. Este CO2 é posteriormente liberado pela descarboxilação do malato e refixado no ciclo de Calvin pela RuBisCO. Entretanto os metabolismos CAM e C4 diferem entre si pelo local e tempo de ocorrência. Nos vegetais que apresentam metabolismo C4, a fixação do CO2 ocorre nas células fotossintéticas presentes no mesófilo da folha. • O carbono fixado na forma de malato migra para as células envolventes da bainha onde ocorre então a liberação e refixação do CO2 através do ciclo de Calvin. Nas plantas do metabolismo CAM o período de fixação via fosfoenolpiruvato carboxilase e RuBisCO estão separados pelo tempo. Nessas plantas, a fixação ocorre durante a noite quando os estômatos estão abertos via carboxilação do fosfoenolpiruvato e acúmulo do malato, assim formado, nos vacúolos. Durante o dia, os estômatos se fecham para minimizar a perda de água, e o malato é transportado para o citossol onde é descarboxilado e o CO2 é fixado. Fonte: www.knoow.net