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SEMINÁRIO DE LITERATURA
TEMA: LIVRO DE DOM CASMURRO
COMPONENTES:
EMANUEL ASAFE
FELIPE GABRIEL
GABRIEL SOUSA
JOÃO GUILHERME SANTOS
REBECA
VICTOR
WILLIAM
YASMIM
Dom Casmurro, obra
realista de Machado de
Assis, foi publicado pela
primeira vez em 1899 e
conta a história do
possível triângulo
amoroso entre Bentinho,
Capitu e Escobar.
Contexto histórico de Dom Casmurro
A aprovação da Lei Eusébio de Queirós, em 1850,
que proibia o tráfico de escravos, desagradou aos
conservadores fazendeiros. Eles ofereciam resistência
diante das mudanças que se anunciavam com a
inevitável perda da mão de obra escrava, que
ocorreria, definitivamente, em 1888, com a abolição
da escravatura.
Além disso, a Guerra do Paraguai, ocorrida
entre 1864 e 1870, foi responsável por grande
endividamento do país. Dessa forma, a
monarquia brasileira se mostrava cada vez mais
enfraquecida e cedia espaço para as ideias
republicanas. Assim, em 1889, ocorreu a
Proclamação da República.
Nesse contexto, a fuga da realidade empreendida
pelos românticos não tinha mais lugar no país. A
estética realista, portanto, surgia com a tarefa de
mostrar, sem retoques, a realidade brasileira. E,
dessa forma, o nacionalismo ufanista dos
românticos foi substituído pelo nacionalismo
crítico dos realistas.
Casamento no século XIX
No século XIX, casamentos se baseavam, então, nos arranjos
bem terrenos, fossem eles familiares ou políticos, de pais
ambiciosos. Sem dinheiro, “Amostras de balcão,” – como se
chamava à exposição da moça à janela – não davam em nada.
Considerado um negócio tão sério que não envolvia gostos
pessoais, o matrimônio por interesse se consolida, entre as
elites. As esposas eram escolhidas na mesma paróquia, família
ou vizinhança. Ritos sociais passavam a organizar, então, o
encontro de jovens casais que passavam, sem intermediários, ao
casamento. Namoro: pouco ou nenhum. Noivado, rápido.
Obrigado pela atenção!
Contexto do Casamento no século XIX em Dom
Casmurro
O casamento está acabado, mas é século XIX, e eles precisam manter as
aparências. A solução encontrada por Bentinho é viajar para a Europa com
esposa e filho, mas voltar sozinho:
“Ao cabo de alguns meses, Capitu começara a escrever-me cartas, a que
respondi com brevidade e sequidão. As dela eram submissas, sem ódio,
acaso afetuosas, e para o fim saudosas; pedia-me que a fosse ver.
Embarquei um ano depois, mas não a procurei, e repeti a viagem com o
mesmo resultado. Na volta, os que se lembravam dela, queriam notícias, e
eu dava-lhes, como se acabasse de viver com ela; naturalmente as viagens
eram feitas com o intuito de simular isto mesmo, e enganar a opinião. Um
dia, finalmente...”
Assim, grande parte da obra aparenta ser um
romance romântico, isto é, apresenta um casal
apaixonado, um obstáculo a vencer e a realização
amorosa, simbolizada pelo casamento. No entanto,
o narrador continua a história e mostra a realidade
do casamento burguês, a partir da narrativa do
ciumento Bentinho, em quem a leitora e o leitor
devem ou não confiar.
A figura da mulher no século XIX
Propõe-se o exame da construção do perfil feminino na
perspectiva histórico-social do caráter segregativo da
mulher no século XIX. A partir de Capitu, estuda-se o tema
da segregação que põe a mulher num contexto de
submissão à dominação masculina. Com o intuito de
observar criticamente as discussões acerca da figura
feminina deslegitimada, discute-se como a composição
literária enfoca o modelo dominante de algumas
instituições brasileiras, como a família e o meio político em
mudanças no final do século dezenove.