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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI

CURSO DE MEDICINA

FISIOLOGIA
DA OLFAÇÃO
ARTUR CLÍMACO
CÉSAR RODRIGUES
FRANCISCO ALMONDES
GUILHERME MOURA
LUCAS GUILHERME
LUÍS FELIPE
OLFAÇÃO
• “s.f.: Ação do sentido do olfato; ato de cheirar,
de sentir o cheiro de algo ou de alguém”
(Aurélio, 2010)

• Microsmático (pouco desenvolvido).


• Trata-se de um fenômeno subjetivo.
• As experiências no modelo animal não
representam a realidade humana.
• Sentido menos conhecido.
CAVIDADE NASAL

(Retirada de Netter, 2011)


RECEPTORES
• Células receptoras ou osmaceptor:
são neurônios bipolares com duas
extremidades:
1. bastão olfativo - com cílios
2. Axônio - que perfura a lâmina crivosa
do etmoide

• Células progenitoras (moduladas pela


chalonas)
• Células de sustentação
• Glândulas de Bowman
(Retirada de Aires, 2008)
RECEPTORES

(Retirada de Douglas, 2006)


RECEPTORES

(Retirada de Guyton, 2011)


MUCO NASAL
• Facilita a dissolução das substâncias odoríferas
• Protege a mucosa de atritos
• Dissolve substâncias estranhas a respiração
EXCITAÇÃO DO RECEPTOR
• A excitação é feita por partículas odoríferas
• Normalmente são hidrossolúveis e voláteis
Odor Substância
Canforada 1,8-cineol; cânfora
Floral Alfa-ionona, álcool betafeniletílico

Almiscado Anéis cetônicos (C15-17) – ex.: civetona

Acre (de suor) Ácido butírico, ácido isovalerânico

Fétido Sulfureto de hidrogênio, etilmercaptano

Etéreo 1,2-dicloroetano, acetato


(Adaptada de benzila
de Douglas, 2006)
SUBSTÂNCIAS LIPOSSOLÚVEIS
• Facilitação da penetração na membrana
celular
• Necessitam ligar-se a proteínas de ligação a
odorante (OBP)
• Esse mecanismo permite a ligação ao receptor
sensorial.

O + OBP

O + Receptor Odorante (O)

Membrana
plasmática
SINAL DE TRANSDUÇÃO
• Há grande diversidade de receptores.
• Estão ligados à Proteína Golf, ativando a via da
Adenilato ciclase (ou a via da Fosfolipase C)
SINAL DE TRANSDUÇÃO

(Retirada de Aires, 2008)


CODIFICAÇÃO NO NÍVEL DOS RECEPTORES
Estudos sugerem que:

•Cada glomérulo recebe projeções de neurônios de um


mesmo receptor olfatório (RO).
•Diferentes glomérulos podem ser ativados por uma mesma
substância
=
•cada RO reconhece substâncias diferentes;
•cada substância é reconhecidas por RO diferentes.
=
•Uma substância seria representada no bulbo olfafório por
uma combinação única de glomérulos

(Retirada de Aires, 2008)


CODIFICAÇÃO NO NÍVEL DOS RECEPTORES

Sensibilidade relativa (Retirada de Aires, 2008)


SOMAÇÕES TEMPORAL E ESPACIAL

• Quanto maior um
estímulo (concentração
de substâncias),
maiores serão as
aferências – para a
maioria das substâncias

• Quanto maior o tempo


de estímulo, maior a
aferência (até a
adaptação)

(Retirada de Douglas, 2006)


ADAPTAÇÃO
• Perda de sensibilidade após certo tempo, o que é
modulado pelo SNC.
• Resultado de:

• a) dessensibilização do receptor pela fosforilação


de uma proteína quinase
• b) ajuste de sensibilidade dos canais iônicos
promovidos por AMPc.
• Exemplo: percepção do perfume
ADAPTAÇÃO

(Retirada de Douglas, 2006) (Retirada de Silbernagl, 2003)


PAPEL DO BULBO OLFATÓRIO

Interneurônio
Inibitório
(GABA)

Excitatório
(Glutamato)

(Retirada de Berne, et. al, 2009)


VIAS OLFATIVAS

(Retirada de Douglas, 2006)


(Retirada de Aires, 2008)
INTEGRAÇÃO OLFAÇÃO GUSTAÇÃO

(Retirada de Aires, 2008)


ALTERAÇÕES DA SENSIBILIADE OLFATIVA

• Anosmia: ausência absoluta da sensação


olfativa
– Relacionada ao SNC.

• Hiposmia ou disosmia: sensibilidade


diminuída ou distorcida
– Relacionada aos receptores
OLFAÇÃO
Há dois sistemas neurais distintos envolvidos
na percepção consciente dos odores:

• sistema olfatório
• sistema trigeminal-intranasal.

Há ainda o sistema vomeronasal,


(conhecido principalmente como sistema
receptor de feromônios)
SISTEMA VÔMERO NASAL
• “FEROMÔNIOS são substâncias que se esparzem no
ambiente aéreo e estimulam receptores olfativos de
modo similar às substâncias odorantes, porém, sem
provocar cheiro perceptível”. (Douglas, 2006)

• feromônio sinalizador: causam uma alteração no


estado fisiológico
• feromônio liberador: causam alteração no
comportamento imediato no organismo.
SISTEMA TRIGEMINAL
• Composto por
1) receptores quimiossensoriais de nervo trigêmeo
localizado por toda cavidade nasal.
2) ramificações intranasais do nervo trigêmeo (ramos
etmóide e palatino).
• Há um postulado de que o sistema trigeminal
contribui para a característica dos odores
percebidos.
• Além disso, ele próprio pode ser responsável pela
sensação “crua” dos odores, embora seja possível
pouca discriminação ou reconhecimento.
(Retirada de Houssay, 2004)
SISTEMA TRIGEMINAL

(Retirada de Netter, 2011)


SISTEMA TRIGEMINAL
• Interage com o sistema olfatório das seguintes
formas:
1. Pela modificação do fluxo aéreo nasal.
2. Pela alteração de reflexos axônicos locais e liberação de
neuro-hormônios ou neurotransmissores.
3. Por ser um novo ingresso quimiossensorial adicionado ao
olfatório.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• DOUGLAS, Carlos R. Tratado de Fisiologia Aplicada às Ciências Médicas. 6 Ed.
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006
• AIRES, M.M. Fisiologia. 3.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008
• BERNE, Robert M... [et al.], tradução Adriana Pitella Sudré... [et al]. Fisiologia. 6ª
Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009
• GUYTON, A.C.; HALL, J.E. Tratado de Fisiologia Médica. 12ª Ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2011
• DESPOPOULOS, A.; SILBERNAGL, S. Fisiologia Texto e Atlas. 5ª Ed. Porto Alegre:
Artmed, 2003.
• CINGOLANI, H.E.; HOUSSAY, A. B. et al. Fisiologia Humana de Houssay. 7. ed.
Porto Alegre: Artmed, 2004
• NETTER, F.H. Atlas de Anatomia Humana. 5ª Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011.
• LENT, R. Os seres humanos se comunicam quimicamente por feromônios? São
Paulo: Ceticismo, 2007. Disponível em <
https://ceticismo.wordpress.com/ 2007/01/26/os-seres-humanos-se-comunicam
-quimicamente-por-feromonios/
> Acesso em 02 de Outubro de 2015.

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