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marinhos
Apesar dos organismos marinhos vivos
representarem apenas 2 % em peso do
estoque de C orgânico disponível nos
oceanos, eles são a principal fonte de
compostos orgânicos em oceano
aberto. O COD representa 89 % em
peso do total e a matéria orgânica
particulada o COP, isto é os detritos dos
organismos cerca de 9% do total.
Proporções entre COP e os
organismos vivos
Assumindo um valor médio de 1,0mg/l para o
oceano aberto temos 1000 toneladas
métricas de COD por km cúbico de água do
mar.Volume total oceano 1,35X 10 6 km3
DOC total :1,35 x 10 x15 toneladas
Em média temos uma produção anual de
100g de C por metro de oceano.(~0.3 g/dia)
Área dos Oceanos 362 milhões m2:
36 X 10x 12 gramas de C fixado por ano
Excreção do fitoplâncton e
material particulado
Nem todo C fixado fotossintéticamente
continua como matéria viva . Estima-se que
até 20 % do material fixado seja excretado
como COD por processos naturais exudação
Após a morte das células do fito mais material
orgânico dissolvido é produzido pela autólise
e degradação microbiana
Nas zonas costeiras rios são uma fonte
importante de COD para os oceanos.
Produção de matéria viva
Biomassa
A definição de material Classificação dos
particulado é organismos.
dependente do tipo de
filtro usado(0,2-1,2um)
Autótrofos
O material particulado Heterótrofos
inclui o fito vivo, seus Foto-autotrófos
detritos, inorgânicos e CO2 e luz
orgânicos, desde
colóides até agregados Quimio-autotrófos
orgânicos visíveis. Redução / inorgânicos
Tipos de Organismos Autotrófos
Oceanos : fito( Foto-Autotrófo) compreende
as algas, as algas verdes-azuis e algumas
bactérias.
Os Quimio-Autotrófos estão restritos as
bactérias e reduzem compostos inorgânicos
Em sistemas aquáticos predominam os
processos foto-autotrófos mas, o consumo
de orgânicos para o crescimento também
ocorre ( heterotrofia)
Fixação do C pelas plantas
Mesmo organismos com pigmentos
fotossintéticos atuam as vezes como
heterótrofos. A fixação de C novo no escuro
pode ocorrer na ausência de CO2 e muitos
caminhos biossintéticos assim ocorrem.
Algumas algas cianofíceas e diatomáceas
litorâneas facultativamente são quimiotróficas.
Note-se porém que poucas espécies crescem no
escuro usando Carbono orgânico dissolvido.
Fotosíntese e Respiração
A clorofila é o pigmento essencial para a
conversão do CO2 em matéria viva. A
respiração é o reverso da fotossíntese e
ocorre simultaneamente. Assim a produção
primária liquida(i.e o C novo fixado) é
sempre menor que a fixação bruta( total).
Dependendo da intensidade da luz pode
haver um equílíbrio ou seja o sistema não é
fonte nem O2 e nem de CO2.
Supondo que a taxa de respiração fosse
constante, seja no claro como no escuro, o
que foi questionado por Fogg(1975),
bastaria subtrair o O2 gasto na respiração,
para obter a produção primária total do
sistema. As coisas se complicam pois existe
também estimulação da respiração pela luz.
O número de variáveis envolvidas no
processo fotossintético é grande excreção de
MO é um fator importante a ser considerado.
Excreção pelo fito: um processo
normal?
Sabe-se que as plantas vasculares produzem
um grande número de compostos orgânicos
extracelulares. Estes podem atuar como
estimuladores de produção e da fisiologia
do organismo. Carboidratos por exemplo
são exudados por um grande número algas
taxonomicamente diferentes. A proporção
de material excretado em relação ao peso
total da alga pode ser muito significativa.
Tipos de compostos orgânicos
excretados pelo fitoplâncton
Não só carboidratos foram identificados
com produtos de excreção mas, ácidos
glicólicos, lipídeos, fosfatos orgânicos,
enzimas , vitaminas ,estimuladores de
crescimento ou inibição e até toxinas.
A liberação de compostos orgânicos mais
simples como açucares e aminoácidos
deve ocorrer por difusão através da
membrana celular.
Fitoplancton normal excreta?
Quanto e quando?
Moléculas maiores como poli sacarídeos,
proteínas e polifenóis devem sair do interior do
fito por processos mais elaborados. Sabemos que
as células de fito em boas condiçôes fisiológicas
excretam uma certa % em peso do C assimilado
fotosintéticamente. A grande questão é:
Quanto e quando elas excretam?
Alguns estudos de culturas de laboratório na
década de 70 relataram até 50 % em peso excreção
Revisão da excreção do fito
Estudos posteriores mostraram que o
comportamento de algas em culturas de
laboratório, não necessariamente reproduz o
estado fisiológico normal.Foi demonstrado que
excreção em culturas de laboratório. é muito maior
que a observada“in situ”
,Isto levou ao polêmicas e ao famoso artigo de
Sharp( 1977) Excretion of organic matter by
phytoplankton :Do healthy cells do it?
Ocean & Limnol
Fatores que afetam a excreção
Oligotrofia
Quando a densidade de células por m 3 é
baixo e faltam nutrientes a excreção é maior
Eutrofização
Ocorre menor porcentagem de excreção
quando existe grande densidade de células.
A luminosidade é outro fator importante.
Na superfície a excreção é sempre maior.
Variáveis que afetam a excreção
Dependendo do estágio da cultura
também varia a % de excreção.
Na fase “lag” e na estacionária ocorre
maior excreção que na fase
exponencial de crescimento
Dados contraditórios: na fase
exponencial a excreção pode oscilar de
menos de 1% até 50 % em pêso do C
fixado pela luz e CO2.
Excreção versus autólise e
decomposição microbiana
Estimativas mais realistas colocam a % de
material excretado entre 10 a 20 % do C fixado
pelo plâncton( Wangersky, 1978).Em situações
de stress ambiental aumenta a excreção, mas
normalmente ela acompanha a taxa de
fotosíntese. As substãncias exudadas são
sempre usadas pelas outras algas ou bactérias
Fluxo de C excretado pelo fito
Se a estimativa de 10-20 % de excreção do
C fixado é correta, a longo prazo temos um
fluxo líquido maior de C orgânico para os
oceanos devido a excreção, do que toda
adição de C oriunda dos processos de
autólise e decomposição microbiana.
Estudos de laboratório de excreção do fito
são inconclusivos já que as condições são
diferentes das que ocorrem ‘in situ”
Produção de biomassa: sistema
terrestre e marinho
Ecossistemas terrestres diferem entre si de
modo marcante Exemplo típico: Desertos e
Savanas Tropicais.
Ecossistemas marinho: Essa distinção já
não é tão óbvia. Exemplo : Regiões de
Giros Oligotróficos e Plataformas
Continentais, correspondem aos desertos e
savanas, essa distinção porém não é tão
clara para o observador.(Hansel &
Carlson,2002)
Diferenças entre ecossistemas
terrestres e marinhos
A produção de biomassa terrestre para uma mesma
área física é bem maior que a marinha. Isto
porque o solo é mais rico em matéria orgânica e
nutrientes que o oceano.Além disto as plantas
terrestres tem maior estoque de nutrientes e C que
os organismos do fito que tem vida muito curta.
A ciclagem dos nutrientes pelo fito é bem mais
rápida que nas plantas terrestres mas a sua
reposição depende de fatores físicos como :
Fatores Físicos- Hidrografia
Estraficação, Turbulência etc. Após um
certa distância das costa em águas mais
profundas o afundamento das partículas
leva os nutrientes para o fundo,
empobrecendo o fito e impedindo a
reciclagem rápida que havia na superfície.
Além disso os solos tem um teor muito
maior de C org. e nutrientes que os oceanos.
O DOC é quase “invisível”( < 1mg/l)
Métodos de Medida de Produção
Primária
Apesar da questão da medida produção
primária líquida ser uma das mais
importantes da oceanografia , ela ainda não
esta totalmente resolvida.
Os métodos são padronizados mas se eles
realmente medem a produçao primária total
é questionável até hoje
Produção Plâncton X Algas Bentônicas.
Estimativas Globais da Produção
Em vista das diferentes metodologias
empregadas e até unidades discrepantes
entre si, é difícil apresentar um quadro
coerente da produção de biomassa gerada
anualmente pelos oceanos. A medida da
produção secundária então é ainda mais
complexa. Como ilustração é apresentada
uma distribuição da PP nos oceanos.
Estimativas de produção
A figura anterior contempla apenas a produção
oceânica e costeira do fito . Note-se que a
produção do bentos, microbiana e do zooplâncton
não é computada nesta estimativa genérica
De modo geral a produção é maior nas latitudes
temperadas que tropicais devido a fatores
hidrográficos(Termoclina permanente ou não). No
verão Oceano Antártico tem a mais alta produção
primária, sendo o oceano mais fértil do mundo
produzindo 100g /m2.ano seguido das zonas de
ressurgência nas costas oestes dos continentes .
No Oceano Ártico a produção é baixa devido a ele
estar quase o ano todo coberto pelo pack-ice. Em
regiões subtropicais a baixa conc.de P e N aliada
a estabilidade da coluna de água (termoclina
permanente) acarreta baixa produção. Em algumas
regiões equatoriais lestes do Atlantico e Pacífico a
produção é alta devido a ação contínua dos ventos
que geram ressurgências locais
Em regiões temperadas a produção varia
fortemente com estações do ano. No
inverno há pouca luz e turbulência e o fito
afunda abaixo da zona eufótica; na
primavera começa a estratificação, o fito
cresce( “Bloom”) e exaure os nutrientes. No
outono ocorre outro período de mistura e
ocorre outro “Bloom” secundário.
Método do O2 para PP
A produção pode ser estimada pelo
tradicional Método do oxigênio( Winkler)
Incubam-se as amostras de água do mar
com o fito em frascos claros e escuros e
mede-se o teor de O2 antes e depois das
incubações no claro escuro.
Produção primária é dada pelo teor de O2
do frasco claro, onde houve fotosintese,
subtraida do teor de O2 do escuro.
Problemas do método do O2
Apesar do método de Winkler semi-
automatizado hoje dar a precisão
0,02mg de Oxigênio por litro temos
problemas conceituais:
- Assumimos que taxa de respiração
seja a mesma no claro que no escuro ,
o que não é verdade( Fogg, 1975)
Problemas método do O2 de
produção primária