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TRABALHOS DE

Q U I M B A N D A NA F O R Ç A
DE UM P R E T O VELHO

Trabalhos de Qulmbanda • .l
N. A. MOL I NA

TRABALHOS
DE
QUIMBA DA
NA FORCA
DE UM PREtO
VEL O
2 EDITORA E S P I R I T U A L I S T A LT D A .
Rua F r e t · c m e c a , l 9 "/ZC 14- ' C a i x a Postal '1.041/ZC
58 ruo d e J a n e i r o .._ R J
20000
Rio de Janeiro, R J - 127620
OBRAS DO MESMO AUTOR

Feitiços d e Preto Velho


O Livro Negro d e São Cipriano
O S e c u l a r Livro d a Bruxa
Antigo Llvro do Feiticeiro

Coleção .Saravá

S a r a v â Seu Tr a n c a - R u a
Sarav·ã a Linha das A l m a s

Sa r a v â Exu
S a r a v â Oxoce
Sara v ã Ibeij ada
Saravã X a n g ô
S a r a v â Ogun
S a ra vã
Obaluaiê
S a r a v â o R e i d as 7 Encruzilhadaa
Saravã o Povo d 'A g u a
Saravá Maria Padilha
Saravá Pomba Gira
Saravá Seu Mara bô
Saravâ Seu T i r i r i
Saravá Seu Caveira
Saravâ Oxum
Saravá Inhassã
S a ra v á Iemanjá.
M a n u a l de O f e r e n d a s e Despachos na Umbanda e na
Quimbanda.

A n t i g o L i v r o de São C i p r i a n o· - o G i g a n t e e Ve r d a d e i r o
Capa de Aço

3. 777 P o n t o s C a n t a d o s e R i s c a d o s n a U m b a n d a e na
Quimbanda

A n t i g o B r e v i á r i o de Rezas e M a n d i n g a s

O L i v r o N e g r o de São C i p r i a n o Ve r d a d e i r o C a p a P r e t a .

C o m o C o r t a r o O l h o Grande

� i l i l t o s C a n t a d o s e Ris c ados dos E x u e P o m b a Gira


( C o m os 7 P e d i d o s e O r a ç õ e s E s p e c i a i s )

Pontos C a n t a d o s e Riscados de O x oc e e
Caboclos ( C o m os 7 P edi dos e O raç ões Especiais)

Pontos Cantados e
R is c ad o s dos Pretos Ve l h o s
( C o m os 7 P e d i d o s e O r a ç õ e s E s p e c i a i s )

Antigo M a n u a l do Cartomante

C o m o F az e r e D e s m a n c h a r Tr a b a l h o s de Q u i m b a n d a

M a n u a l d o B a b a l a ô e Ya l o r i x â
Nostradamus- A M a g i a B r a n c a e a M a g i a Negra.

Trabalhos de Q u i m b a nd a n a Força de u m

Nroestsoo sV eliv
P l hroos s ã o e n c o n t ra d o s e m t o d a s a s l i v r a r i a s ,
e c as as d e a r t i g o s d e U m b a n d a d e t o d o B r a s i l e a t e n ­
demos pelo Serviço de R e e m b o l s o Postal.
iN D l.C E
Pá g .

Apresentaçã a .
13
Dedicató ria .
21
As defumaçõ es e suas finalidades . . . . . . . . . . . . . . .
- Trabalho de defumaçã o p a ra quebrar deman da 23
e destruir forças 27

malé ficas . . . . . . . . . . . . . . . . · . . .

- Trabalho de defumaçã o p a ra afastar olho gran-


de e trazer bons fluidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
29
28
- Trabalho de defumaçã o p a ra cortar forças a s - 30
trais negativas, malefícios e pragas de pessoas
Inimigas . . . . . . . . . . . . . . . . . . -

� . . . . . . .. .. . . . .. . . . . . •

- Trabalho de defumaçã o p a ra cortar forças as- 32


n egat ivo s , . . . .. .... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
- T rtrais
a b a lnegativas . . .o. . evocando
. . . . . . . . . .um
. . . .P.J.". eto
. . . . .Ve­
...
.

h o de defumaçã .

- Tralho Quimbandeiro escolhido pelo Irmã o deuma


. . . .b a lho de defumaçã o p a ra com.agrar
Fé.
casa a
para quebrar maus fluidos afugentando o mal . . .

Deus . . . ............ . . . ............ ..

e33 a f u g e n t a r maus 34
- T31,
- Trarbaabl ahlho
o dededefumaçã
defumaçã o op apara.
ra quebrar trazer demandas.
bons fluidos
fartura. pa
- eTrabalho
espíritos de
. . defumaçã
ra . . . . . . . .o. . .oferecido
dentro de um a residê ancia
.. . . u mou. certo
casa
Preto Velho,
comercial . para cortar. . . .malefícios
. .. .
.
e . fluidos
. . . . . . . . . . . . . . _. . . . . . . . 35
�. . :.. . . .
.
TRABALHOS D E QUIMBANDA

- T r a b a l h o de def u ma çã o feito n a f o rç a de Ib ej a­
d a com o intuito de harmonizar o amb iente com

a F a l a n g e de Ibeji . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
- T r a b a l h o de def u ma çã o 1=a r a quebrar u m a de-
manda . . . . .. .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..... . . ...
40
- T r a b a l h o de def u ma çã o p a r a quebrar u m a de-
c a s a de negócios, pu rificando o amb iente . . . . . .

41
- i'Prabalho de d e f u m a ç ã o r a r a cortar m a u s flui-
dos, p u r i f i : : a n d o o l o c a l . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . .

42
- T r a b a l h o de def u ma çã o p a r a li m pa r o local, e
logo a p ó s f i r m a r o m e s m o . . . ................ 44

B a n h o s de D e s c a rg a e Firmeza. e a s suas aplicações

47
- B a n h o s de Descarga p a r a fortalecer o A n j o de
49
G u a r d a e cortar malefícios . . . . . . . . . . . . . .. . . .
47 49
--B a n h o r a r a fortalecer o A n j o ·de G u a r d a
de G u a r d a ( p a ra a sexo mascu lino) . . . . . . . . . 50

43
- - 2.0 B a n h o p a r a f o rta lecer o A n j o de G u a rda ,
( p a r a o sexo mascu lino) . . . . . . . . . . . . . . . . . 4S
- - 3.0 B a n h o p a r a fortalecer o A n j o de Gu arda, 51

p a r a o sexo mascu llno . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49


- - �••0 .Banho p a ra fortalecer o A n j o de
Gu arda, p a ra o sexo
f emi n i n o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
- - B a n h o de Descarga r a r a �ortar peso e olho
grande . e p a r a recuperação de forças . . . . ..
NA F O R Ç A D E U M PRETO VELHO

Pág.

- - B a n h o de Descarga p a r a c o r t a r :peso e reno-


v a r forças . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52
. 53
- - B a n h o de F i r m e z a . . . . . . . . . . . . . .. .. . . . . . 53
.
- - o u t r o B a n h o de F i r m e z a . . . . . . . . . . . . . . . . .
- - B a n h o de D e s c a r g a p a r a c o r t a r u m a d eman-
da e fortalecer. o A n j o de G u a r d a . . . . . . . . .
54
..
54

53
55
- - B a n h o de F i r m e z a para firmar um Preto
Ve l h o n a cabeça . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55
- - B a n h o de F i r m e z a �
=a
. ra firmar um 56
Caboclo n a 56
c ab eç a . . . .. . . .... .. ... ........ . . .. . .
.

- - B a n h o de F i r m e z a p a r a f i r m a r X a n g ô n a

- cabeça . . . . .. . . . .. . .. . . . . . . . . . . .. . . .. . . . . .

- - B a n h o de F i r m e z a r:ara f i r m a r a R a i n h a do
57
M a r . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
..
- - B a n h o de F lrmez a r a r a as f i l h a s de o x u m . .
- - B a n h o de F i r m e z a p a r a as f i l h a s de I n h a s s ã
.,. - B a n h o de F i r m e z a p a r a os F i l h o s do O r i x á
Guerreiro Ogun . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56
- 53
- B a n h o de F i r m e z a p a ra os filhos de O x a l á . .
57 60
- - B a n h o de Descarga p a ra ambos os sexos, p ara
t i r a r peso e o l h o
grande . . . . . . . . . . . . . . . . .

- - Banho de D e s c a r g a };:a r a c o r t a r u m a deman-


62
da . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
·. . . . . . . . . . . . . . . . 62

53
- - B a n h o de Des c arga p a r a a b r i r os c a m i n h o s . .
8 T R A B A L H O S DE QUI� AND.Al

Pág.
Tr a b a l h o s realizados c o m o P o n t o R i s c a d o e D e s -
c a r g a d e Po n to s de 63
Fo g o . . .. . . . . . . . . . . . . . . . .

- Tr a b a l h o d e Q u i m b a n d a utiliza do p a r a d e s m a n - 63
c h a r u m a d e m a n d a e nv i a d a po r pess oa i n i m i g a
- Tr a b a l h o de Q u i m b a n d a c o m P o n t o de Fo g o ,
m a n d a n d o u m a d e m a n d a d e vo l t a p a r a a pess o a 66

inimiga . . . .. . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
.. . .. 70
- T r a t a l h o de Q u i m b a n d a , Des:: a rga e D e m a n d a ,
feit o em c i m a de u m a
76
encruzilhada . . . . . . .. . .
- Tr a b a l h o d e Q u i m b a n d a , c o m d e s c a rg a d e F'onto 81
d e Fo g o , p a r a ser re a liza do e m u m a c a s a d e n e -
gó c i o . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . .. .. . . . . . . . .
.

.. . .

- rrl"abalho de Q u i m b a n d a c o m P o n t o de Fogo 89
d e Fo g o );:ara pessoa
91
i nd e s e j á ve l . . . . . .. . . . .
.

-T r a Pt aolnhtoos de Fo g o
realizados e mc oumm diversos
Tr a b a l h oti po
d es Qdue i m
p ób a n. d..a . 93
- Tr e nv i a d o a pe s s o a i n i m i g a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
a b a l h o que s e fa z p a r a a u m e n t a r o n ú m e r o
84
d e VEndas de u m a , c a s a 93
- T r a b a l h o p a r a ser re a li za d o no po rtã o do C e m i -
c o m e rc i a l .. . . . . .. . .. .
.

- Tr a b a l h o p a r a trazer u m a pess oa p a r a . seu c o n -


té r i o p a r a u m a pessoa i n d e s e j á ve l . ........ .

- Tr a b a l h o p a r a f e c h a r os c a minho s de u m a pes-
vívio
soa
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ,

93
inimiga . . .. . .. .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
.

- T. r a b a l h o que se f a z p a r a a f a s t a r u m a pess oa in- 95


desejá vel de nossa casa . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . .
94 95
- Tr a b a l h o que se fa z r:ara se p o d e r a t ra i r u m a
pesso p a r a si . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . .
.

- Tr a b a l h o q ue se fa z p a r a se t r a z e r u m a pe s s o a
que e s t e j a d i s t a nte d e nós . 96
• . . . .. . . . . . . . . . . .

- Tr a b a l h o q u e s e f a z p a r a q u e s e f e c h e o •Caminho
d e u m a pessoa i n d e s e j á v e l . . .. . . . . . . . . . . . . . .
NA FORÇA DE UM PRETO VELHO

Pág.
- Tra b a l h a que se faz }:ara que u m a pessoa seja
proc;urada por outra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ·

9'1
- Trab a lh o pa ra fazer com que alguém fique em
união com a pessoa que faz este trabalho . .....
97
- Trab a lh o para fechar os caminhos de pessoa ini-
miga . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ·

98
- Tr a b a l h o pa ra fazer u m a pessoa mu da r de uma
casa onde reside, ou onde t ra ba lh a . ..........

98
- Tra b a l h o que se faz para se deixar a brir os ca-

m i n h o s d e u m a pessoa a m i g a . . ..............

99
- Tr a b a l h o pa ra afastar pessoa i n i m ig a e pa ra
103
Tr a b
naãloh oser
s pma vista f .i n a. l i .d .a .d .e s. . .. . .. . .. . . . .. .. . .. .. . . .. . .. . .
a r ais diversas .

- Tra b a l h o para cortar malefícios diversos, utili-


99
- T rdo
a b durante
a l h o parao sono . . um
deixar . a
. . pessoa
. . . . . . . inimiga
. . . . . . . .a flita
. . .. . .
100
103
- T r a b a l h o r a r a obrigar u m a pessoa se m u d a r de
- Trabalho que se faz quando u m a pessoa tiver dor
u m local e que viva em desespero . . .. .. . . .. . .

d e cabeça o u perturbação e s p i r i t u a l . . . . . .. . ;
100
- Tra b a l h o pa ra obrigar u m a pessoa Indesejável
104
mudar-se do local onde reside . ,. . ... . .. . .. .
- .
.

Tra b a l h o para cortar malefícios e demandas .

101
104
- Tra b a l h o que se faz para cortar m a l enviado por
111
pessoas i n i m i g a s . . . . . . . . .. . . . .. . . . . .. .. . . . . .

105
- Tra b a l h o que se faz p a ra u m a criança dormir
sossegada, afastando esplritos zombeteiros . . . ..

106
10 TRABALHOS DE Q U I M B A N D �

Pág.
- Trabalh o que se faz r a r a se obter confirmação
em u m local onde se vai t ra ba lh a r . . . . . . . . . . .

113
- Trabalh o de Q u imba n da pa ra gerar u m a certa
confusão em u m local de trabalho . . . . . . . . . . . . .
114
- Tra b a l h o de Q u imba n da :r:a r a ser feito contra
uma pessoa i n i m i g a . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . .

115
- Trabalh o pa ra q u e b ra r as f o r ç a s d e pessoas i n i -

migas . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. 117
- Tr a t a l h o que se faz em louvor das Almas, para
· pedir a j uda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

119
- Tr a b a l h o que se faz para se obter a proteção

de

Obaluaiê . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . .. . . . . .. . . . .

12J
O
- r a çTrab
õ e s aplh
aor a que
diversas
se fazf i npa
a l ira
d a duem
s a pessoa
. . . que
. . . .estuda
.. . . . . . 127

- O
n ãraç
o ã o para oa que
esquecer lc an ça r a salvação
estudou . . . . . eterna
. . . . . . . . . . . .. .. .. . . .

127

- 1O2raç
1 ã o ao A n j o de .Guarda . . . . . . . . . . . . . . . . . 12!)
128
- Oração
Trabalh o a São
que Miguel
se faz p Arc
a r a n jse
o para
a t rairproteção
a amizade em
qualquer viagem
de u m a certa por terra.
pessoa . . . .por ... .m. .a.r. . e. . pelo
. . . . .ar
. . . .. ..
- O raç ã o contra obsessões dos maus espíritos e
122
perseguições de demônios . . .. . . . . . . . . . . .. . . .
- Tra t a l h o que se faz para afastar maleficlos,
131
maus pensamentos e pessoas indesejáveis que
- O
queiram se aproximar d e. . todo
r a ç ã o p a r a proteger . ..e
. . .qualquer
. . . . . . . .perigo
.......
135
123
- Oração para anular dificuldades e embaraços
- Tra b a l h o que se faz p a ra a c alm a r u m a pessoa
em
que negócio.s
vive nervosa . e . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
.
NA F O R Ç A D E U M P R E T O V E L H O 11

Pág.

- O ra ç ã o a São J u da s Tade u r a r a obter-se a sõ­


lução de negócios, situações difíceis e questões
judiciais . .. . . . . . . 14'0
. . . . . . . . . . . , . . . . . . . . . . . . . . ·. . . .

- O ra ç ã o a São Cipriano C o n t ra feittarias,

bruxedos, m a l e f i z i o s e práticas diabólicas . . .. ..

142

- O r a ç ã o pelas A l m a s . . . . . . .. . . . . . . .. . . . . . . ...
lU
- Oração aos Santos Cosme e D a m ião . . . . . . . . . .
146
- O ra ç ã o a Sant'Ana: - P a r a obter a paz domés-
tica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 146

- Salve R a i n h a . . . . . . .. .. .. . . . . . . .. . . .. . . . .. . .

148

- Ato de C o n t r i ç ã o . . . . . . . .. . .. . . . . . . .. . .. . . . .

149

- A t o de Confissão (confiteor) . . . .. . . . .. . .. . . . .
1�,')
- P a i Nosso . . . . .. . . . . . . .. .. .. . . . . . . . . . . . .. .... 150

- Oração contra o m au- olhado e quebranto . . ....


151
- O r a ç ã o ao glorioso São Jorge, contra todos os perigos
e ciladas d e i ni m i g o s . . . . . . . . .. . . . . . . 152
- O ra ç ã o proferida por São Jorge, pouco antes de
16 1
ser degolado por ordem do imperador romano
162
Deocleclano, a 23 de a bril de 303 . . . . . . . . . . . . . .
153
- G ran d e gloriosa oração ao glorioso São Jorge . .
1M
- C o n s o l a t ó r i o d o glorioso S ã o J o r g e . . .. . . . .. .

155
- Poderosa oração pa ra os casos de grande aflição
157
- Poderosa oração de Nossa Senhora da Conceiç�

Aparecida . . . . .. . .. . . .. . . . .. . . .. .. . . . . . .. . . . .
TRABALHOS DE QOTIMBAND�

Pág.

- Responso de Sa n to Antô ni o . . . . . . ... . .... . . .


168
- O r a ç ã o a S ã o J e r ô n i m o , p a r a e v i t a r t e r re m o t o s
170
- Oraçã o a Santa Catarina - P a ra obter a graça
d e e n f r e n t a r c o m c o r a g e m os m a l e s d a e x i s t ê n c i a 170

- Oraçã o a Sã o Bartolomeu . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

171
- Outra oraçã o a Sã o Bartolomeu . . . . . . . . . . . .177
.
17�
- O r a ç ã o de S ã o M a r c o s (Bravo) . . . . . . . . . . ...
17'3
- P re c e de Cá ritas . . . .... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 175
- O r a ç õ e s d e d i c a d a s a c a d a u m d o s d i a s d a se -
mana . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . .
- O r a ç ã o d e S ã o C i p r i a n o , p a r a p r e s e r va r os fi é i s
dos e n g a n os e artifícios d o demô nio . . . ......

182
- Oraçã o a Nossa S e n h o r a d a P e n h a p a r a obter

cura de doenças e obter favores . . ...........

188
- Oraçã o a Nossa Senhora dos Navegantes . . . . .. . 189
A P R E S E N TAÇ AO

Aos c a r o s Irmãos. d e F é , levo à s m ã o s m a i s es­

ta p e q u e n a o b r a , v e r .Ea n d o , como diz o pró'}?rio


nome - T ra ba lh o s de U m b a n d a n a F o r ç a de u m
P r e t o Ve l h o . - Nas p á g i n a s que s e g u e m encon­
t ra rã o algo m a is sobre T r a b a l h o s de Quimbanda,

p o i s c o m o sabem, a Q u i m b a n d a , p r á t i c a e s t a tan ­
t o c e n s u r a d a , e m u i t a s d a s vezes c r i t i c a d a p o r pes­
soas, q u e n a r e a l i d a d e , n ã o s a b e m a o c e r t o a s u a
d e fi n i ç ã o correta, m u i t ;.oe, n a s suas controvérsias,
d i z e m e a fi r m a m q u e a Q u i m b a n d a s o m e n t e s e r v e
para r e a l i z a r a. prática d o m a l , o u t r o s , a fi r m a m ,
que somente serve para casos de malefícios,
que vem tra z er resultados positivos para aque­
le que p r a t i c a a Quimbanda, e destruindo sem­
pre o lado contrário. Mlas n a realidade, não é
n a d a disto que ve m a ser.
Caros Irmãos d e Fá, a palavra Quini.ba:n.da
q ue r dizer na realidade, tudo aquilo que pode
ser feito e desfeito, por exemplo: uma pessoa
está a t i n g i d a p o r u m m a l e f í c i o e n v i a d o a t r a v é s d e
um T rabalho de Quimbanda; este dito
trabalho, so­ m e n t e p o d e s e r d e s m a n c h a d o a t r a v · é s
d a Q u i m b a n ­ da, u s a n d o - s e p a r a isto, g eralmente
um Preto Ve -
14: TRABALHOS DE QU1MBANDAI

lho, q u e seja cruzado, isto é; u m P r e t o Ve l h o que


t r a b a l h e c o m a U m b a n d a q ue ve m a ser a M a g i a
B r a n c a , e a Q u i m b a n d a , q u e ve m a ser a M a g i a
N e g ra , q u e a p l i c a d a n a p a r t e benéfica, t e m tra zido

trarão alg o mais sobre Tr a b a l h o de Q uim b a nd o ,


g ra n d e s r esultado s quando sabiamente utilieada,
p o r t a n t o urna f az p a r t e d a o u t r a e q u e r o esclarecer
ma:s u m a vez, q u e p a m se c o r t a r u m m a l e f í c i o en­
viado em u m trabalho de Q u i m b a n d a ( M a g i a Ne­
g ra ) , ou mesmo, um trabalho de d e m a nd a ; ou
u m enco sto de u m obcessor que t e n h a e nc o ntra d o
u m I r m ã o de F é desprevenido, is to tudo, somente
será n e u t ra l i z a d o atrav·-?�. da Q u i m b a n d a , a M a g i a
N e g ra as s im t a m b é m chamada por mu:tos, po�s
s o m e nte através d e la ·.3 q ue p o d e m ser c u ra d o s e
a n i q u i l a d o s t r a b a l h o s c o m o citei.

A Umbanda é linda, tem u m f u n d a m e n t o in­

f i n i t o, com um vasto horizonte, portanto a sabe ­

dor:a, n u n c a n o s chega ao auge, pois, quanto mais

pesquisamos mais ainda ternos q u e a p r e n d e r, po r ­

tanto mais u m a v·ez, l h e s afirmo, a Qu�mbanda é

tão l i n d a e t ã o profunda como a Umbanda, portanto

um Te r r e i r o p a r a ser completo, no meu e n t e n d e r,

deve t r a b a l h a r c o m as duas. partes., pois para tra ­

balhos pesados e de grar�de responsabilidade, so­

mente a Quimbanda é que pode resolver o proble­

ma, po:s c o m f o r ç a , s o m e n t e a f o r ç a é q u e m resol­ve,

pens.e o Irmão de Fé que se pode r e so l ver


NA FORÇA D E U M ·PRETO VELHO .lS

Umbanda para a verdadeira Magia Branca., istq é, .

somente da boca para fora, pois o G u i a quando


desce, ele desce nestes Terreiros int�tulados como já
citei e no decorrer dos trabalhos, o dito Gu.!a, cruza
sua linha, na maior:a das veze$ sem que ninguém
perceba, e 9 mesmo, no decorrer do Trabalho, t o r :. na-se
um autêntico Quimbandeir.o. Portanto che­
gamos ao meu ponto de vista: a Umbanda faz parte
da Quimbanda, e ambas seguem
càminhando
juntas, pois é como citei nas linhas quê .leram,
e o· G u i a quando v·em, ele tem sempre seus em­
pregados diretos e estes empregados chamam-se
E x u , mensageiros estes, que cumprindo com a s
ordens dadas pór se·"Js chefes, ·cumprem sempre as
ordens que lhes .são 4.!ctas,· e é por � t a razão que
intitulei estas pá.g;.p.à,s "Trabalhos d� Quimbanda,
na Força de um Preto V�lho" pois como sabem, de
forma geral, a maioria dos Pretos Velhos, são
Qu�mbandeiros, e se utn:zam de diversos mensa­

geiros "E!XU" para lévar avante, e qualquer


todo
Trabalho a ser realizado, portanto a força negativa
quando bem aplicada, melhor dizend<;>, sabiamente
aplicada, realiza milagres i nca lculá vei s e &·te� mi­
lagres. geralmente, são alcançados por Pretos Ve­
lhos, tão dóceis, tão amigos, e muitas vezes inte­
resseiros, pois os mesmos já passaram por este pla­
neta •como todos nós, portanto foram homens e
mulheres nesta terra, onde passaram: p r i v a ç õ e s e
sofrimentos diremos, muita das vezes; pagando a t é
c o m a própria vida. eis que hoje eles descem. atra­
vés de se u s " c avalos " n o s T e r r e i r o s , usando a prá-
16 TRABAI,.HOS D E
QUIMBANDA

Uca d a c a r id a d e a t o d o s qu e os procuram n a s h o r a s
de m a i o r a f l i ç ã o . M t .lito s destes Pretos Velhos, como
oo Irmãos de F·á s a b e m , f o r a m n a m a i o r i a escravos
e e m o u t ra s v i d a s , pessoas n o b r e s , de r e n o m e , a l ­
g u n s j á f o r a m m é d i c o s , e t c . pois a cada e nc a r na ç ão
eles t i v e ra m m a i s u m d e g ra u a s u b i r, o u m e s m o a

d e s c e r, m u i t a s d a s v e z e s , d e f o r m a que t u d o venha a

d e p e n d e r ; d o m e r e c i m e n t o d e c a d a um , o mesmo

acontecendo até hoje, c o m toda a humanidade.

Estas p á g i n a s que p a s s a r ã o a l e r, f o r a m psicO;­


g r a f a a s e d itad a s por diversos Pretos Velhos, qw :

dentro da M i r o n g a de cada um d e i &.,

conseg u i com o d e c o r r e r d o tem po, ju n t a r e


organizar mais ·
este pequeno Tra balho que p a s s o para vossas
,
mãos com a certeza qu e os Caros I r m ã o s de Fté,

·irão. a p r e c i a r, e utilizar t o d a v e z , que se e n c o n t r a ­


remem sofrimento, pois t en h o � c e rt C z à

absoluta, que sempr e e n c o n t ra r ã o u m êe :rt O

trecho que d e n­

t r o do s o f r i m e n t o men c i o n a d o , verãó qu e t o d o m a l
.

s e u remédio tein.

.Muitos ao ouvirem a palavra

Qu i m b a n d e i r o , d i r ã o que a m e s m a ·-á uma


p a l a v ra dedkada aO
Demôn i o ; e n f i m a p a r t e m a l é f i c a , d e d i c a d a ao lado
esquerdo e t c . Mas, qu ero a f i r m a r m a i s uma
17,
·NA FORÇA D E UM PRETO VELHO

se f i c á s s e m o s s o m e n t e com u m l a d o , n ã o t e r í a m o s

nem a energia e l é t r i c a , po is ela é c o m p o s t a .das po­


l a r i d a d e s p o s i t i v a e· n e g a t i v a , d o c o n t r á r i o s e u s á s ­
semos somen te u m a d e s t a s p a r t e s n ã o teríamos a
energia elétrica.
T r a b a l h o s d e Q u i m b a n d a n a F or ça d e um Pr e ­
to de Velho., M a g iéa .u m a o b r a , v e r s a n d o sobre diversos ti-
·

pos
' ' T r a b a l h o s de Q u i m b a n d a n a F o r ç a de um
P r e t o V e l h o " , é t u d o d e u m pouco q·ue sei, e nas

páginas que s e g u e m p r o c u r o l e v a r a o conhecimento

dos, I r m ã o s de Fé, p r o v a n d o que e x i s t e o bem e o

mal, q u e p o d e m os r e a l i z a r aquilo qu e es·colhemos


fazer, onde arcaremos s e m p r e com a r e s p o n s a b i ­
l i d a d e de ato c ome t i d o . A p a l a v r a Qulmbanda,
p a l a v r a e s t a m u i t o u s a d a n o s T e r r e i r o s de u m b a n ­

da, aparece n a boca de m u i t o s , c o m o u m à p a l a v r a


m a l é f i c a , . p a l a v r a amaldiçoada, enfim u m a palavra
m a l i g n a , mas que n a sua êx pre ssã o o r i g i n a l , n ã o
v e m a s e r n a d a d i s t o , e s i m o s i n ô n : m o de c u r a n ­
deiro, de f o r m a g e r a l . :É a Q u i m b an da q u e faz e
d e s f a z , é a Quimbanda q u e d e n t r o d a s u a i n f i n i t a
m i r o n g a ·r e a l i z a
v e r d a d e i r o s m i l a g r e s , é a Quim­
banda, esta prática tão m a l i n t e r p r e t a d a , tão m à l
c om p r e e n d i d a e t a n t o d i f a m a d a , qu e te m r e a E z a d o
m i l h a r e s e m i l h a r e s d e t r a b a l h o s , q u e somente c o m
a U m b a n d a p ura , n ã o t er í a m os n u n c a condições de
realiza r , pois, no meu entender, a U m b a n d a sem
a Quimbandá ou v i c e - v e r s a , nada o u q uase
nada pod e r á c o n s e g u i r ; é como uma corrente
elétrica,
TRABALHOS DE
18
Q � ANDA
i/ t , ; a
n e g é c o m o u m a to m ad a, ela t e m os dois
e. o V01
polos: o p ositivo e o ne g ativo, sem estas dwas par·

tes operando em conjunto, não teremos a luz, n ã o


o bter emo s n u n c a a ener g:a elétrica, é 'Como o s dois
texos o P.l3mem e a M u l h e r, o l�bmem, u m a f o r ç a

po s i t i v a . a M'J.lher, a f o r ç á n e g a t i v a , e s o m e n t e c o m a
u n i ã o destas d u a s f o r ç as é que D e u s n o s d e u a

pr ocr iação ; p o r t a n t o d i g o e a f i r m o m a i s u m a vez,


a ve r d a d e i ra Umbanda, deve c o m p a r t i l h a r, enf 'm
ser p ra t i c a d a e m c o n j u n t o c o m a Q a i m b a n ô a , pois
u m T·erreiro U m b a n d i s t a ve r d ad e ira m e nte , sem ela

quase. n a d a conseguirá, pois torna�se enfraquec:da

em si, e deste m o d o usada, l u t a r á meses e anos ,

p a ra obter o r e s u l t a d o a l m e j a d o , r e s u l t a d o este, n ã o

n a p r a t i c a do mal, n a d a disto, C a r o I r m ã o de Fé,


m a s o r e s ulta d o esperado p o r m u i t o s I r m ã o s d e Fé,
o r e s u l t a d o de u m d e s m a n c h e de u m m a l e f í c i o de
uma demanda enviada por pessoa i n i m i g a , inve,.

josa. etc. :É ne�.te ponto que eu estou apontando e

q u e r e n d o exclerecer ao Caro I r m ã o de Fé , e procuro


d e i x a r c l a r o m a i s u m p o n t o d e vista m e u que estu­
dei, e c he g ue i a esta conclusão:
Uma pessoa, é ag r e d id a, atacada por o u t ra
pe�t.oa, s o f r e nd o u m t r a b a l h o env:ado p o r esta dita

pessoa , e n t ã o a pessoa atacada, se defende, através


d a Q u i m b a n d a , m a n d a n d o d e s m a n c h a r o Tr a b a l h o

enviado, isto acontecendo 3, 4, ou mais vezes., e a

pessoa ating:da, ��mpre p r o c u r a n d o desmanchar,


desfazendo-se d a d e m a n d a env:ada. M u i t o bem, a
NA FORÇA DE U M PRETO VELHO

· t a n t o ata c ad a, a c h a q u e j á se e nj o o u de desman­
c h a r t r a b a l h o s enviados pelo m e s m o ileJ.migo, h o r a

esta, q u e o seu A n j o de G u a r d a se revolta, f azendo

q ue o o f e nd id o, v e n h a a reagir com ma's, força,


c o m mais energia; neste caso o i r m ã o t a n t o ata­
cado, e m vez de s o m e n t e p r o c u r a r d e s m a n c h a r o

trabalho que lhe p e s a ra , ele p o r sua vez o manda

de volta para a pessoa inlmiga qae tanto já o pre ­


j u d i c a ra ; n o m e u entender, eu co nsider o L:'.to u m a
l e g i t i m a defesa, é o m e s m o que u m c i d a d ã o q u e sai

de c a s a p a r a o tra balho, e u m a o·utra p essoa o es­

pera passar por um local e r m o, para a s s a l t á - lo, e

o m a t a r, m a s acontece q u e o t a l o p e r á r i o p o r sua

vez também estava armado , po!s, o mesmo saía

c e d o de c a s a, v o l t a n d o m u : t o tarde, e no momento

d e .ser a s s a l t a do ele sentiu ou notou algo e

quando o bandido ia mcando de sua arma, o

o p e r á r i o foi m a i s ligeiro e s a c and o de sua arma


a t i n g : r .a o bandido, a<
:: o nt e c e n d o a co:sa, isto
não fora n a d a m as nada menos, que uma
legítima defe sa o mes­ m o eu c o n s i d e r o no q·ae
c:tei ante r io r m e nte , pois u m dia, p o r m e l h o r que
seja a pessoa ata c ad a , seu A n j o de Guarda se

revoltará, o b r i g a n do-o a .ag i r c o m mais, energla,

a t i r a n do p o r s u a v e z c o m m a i s p o n t a r i a .

C a r o s I r m ã o s de F-�, n a s p ág !nas desta peque­


na obrá, e n c o n t ra r ã o u m p o u c o de t u d o d o que
m e e n s i n a r a m os P r e t o s Ve l h o s de u m m o d o geral,
e a q u i ne s ta s pág inas. s e g ue m alguns dos t r a b lfl,­
20 TRABALHOS :Ol!
l
o m a l , e s i m p a r a a p a r t e b o a ; a p e n a s .acho q u e os
Irmão de Fé, devem ter conhecimentos delas,

pois
os a b e r n ã o f a z m a l a n i n g u é m , o s a b e r s o m e n te
ve m a ilustra r a c a d a u m , que estuda e procura
estar a p a r d e t u d o neste m u n d o e m q u e vivemos,
po is isto q u e v ã o a p re n d e r, n ã o dev·e s e r u s a d o n a
prát:ca do mal, n ã o esqueçam da Lei do

R e t o r n o , pois ela é i g u a l a u m espelho em que nos


olhamos,
o mal vai, m a s volta pelo mesmo caminho.

Caros Irmãos de Fé, ao levar a público

es.te p e q u e n o trabalho, sei q u e r e a l i ze i u m a obra


que
n i n g u é m até h o j e teve a a udá c ia , o u o conheci­

m e n t o necessár:o, p a r a p u b l i c á - l a , p o i s n a m a i o r i a ,
q u e m s a b e n ã o q u e r l e v a r a p ú b l i c o a q u i l o q u e sabe,
g u a r d a n d o s o m e n t e p a r a si, o q u e a c h o de m u i t o

errado, pois tudo deve ser levado a público, e

n ã o g u a r d a d o c o m t o d o e g o í s m o e u ti l i z a d o m u i ta s .
d a s vezes, s o m e n t e n o Te r r e i r o o n d e o m e s m o
t r a b a l h a , c o m a fi n a l i d a d e d e se aprov-eita r d o s e u
s a b e r, p a r a fi n s d e b e n e fí c i o p ró p r i o, o q u e a c h o
m u i t o errado, pois. n i n g u é m t e m o d i re i to d e v i v e r
da U m b a n d a ou da Quimbanda, como vemos em
d i vers o s l u g a r e s p o r este B r a s i l i m e n s o .

S a r a v á To d o s os P r e t o s Ve l h o s

S a rav · á a U m b a n d a ,
li.: c o m c a r i n h o , h u m i l d a d e , e res p e i to p ro f u n d o,
q u e ofereço este p e q u e n o t r a b a l h o a to d o s os P re­
to s Ve l h o s .

S a l v e to do o P o v o d a C o s t a
S a l v e t o d o o Povo de :M:na

S a l v e todo o Povo D'Ang ; ola

Salve a Umbanda
Salve a Quimbanda
AS DEFUMAÇõES E SUAS
FINALIDADES

A s D e f u m a ç õ e s , de u m m o d o g e r a l s ã o i n k : i a ­

das dos f u n d o s da casa, que pode ser residencial,


o u c a s a de c o m é r c i o o u m e s m o u m a f á b r i c a . Ini­
c i a n d o - s e a d e f u m a ç ã o d o s fur.:dos da c a s a , p::tra a

porta d a r u a , sempre c r u z a n d o e m for m a de u m


X o lado d i r e i t o d o f u n d o d o c ô m o d o , a o l a d o e s ­
querdo d a e n t r a d a , d e p o i s volt a - s e a o f u n d o do
côm od o a o l a d o e s q u e r d o , i n d o a t é o c a n t o d a e n ­
t r a d a do lado direito, esta t a r e f a se faz d e cômodo
em c ô m o d o p o r e x e m p l o se u m a c a s a r e s i d e n c i a l

tem 5 q u a r t o s , 1 coz i n h a e 1 b a n h e i r o , p r o c e d e - se
d a f o r m a que e x p E q u e i - côm od o a p ó s cômodo,
c o m e ç a n d o p elos f u n d o s e t e r m : n a n d o na porta

d a -casa , ·o n d e se c r u z a t a m b é m , t r a n c a n d o os. m a u s
f l u i d o s do l a d o d e f o r a d a c a s a , o a da c a s a c o m e r ­
c i a l , o u f á b r i c a se for o caso, a p ó s f e i t a a d e f u m a � o
deixa-se o d e f u m a d o r n o lado direito d a e n t r a d a

d a c a s a , n a p a r t e de d e n t r o , f i r m a ndo o d e f u m a d o r
até q u e o m e s m o s.e a p a g u e , e a o h§rmino d o m e s ­
m o , a s cinzas s ã o j o g a d a s n a r u a p a r a que o v e n t o
a s leve.
'rRA13ALHOS DE QtJIMBAND.At

C h a m o a a t e n ç ã o d o I r m ã o d e F e q u e existem
c e n t e n a s de d e f u m a d o r e s p a r a div·ersas finalidades,
e c a d a u m deles, t e m o seu efeito, pois p a r a cada
caso usam-se alguns deles., é c l a r o q ue a d e f u m a ­
ç ã o fe!ta e m u m a casa r esidencial, q u a n d o a mes­
ma goza de c e r t a t ra n q ü i l i d a d e , não é a usada
em uma casa c o m e r c ia l, ou em u m a fábrica,
pois n a s res.idências estão os moradores, e poucas
pessosa tl�m acesso às mesmas, e n q u a n t o que em
u m a c a m c o m e r c i a l o u fábrica, •centenas o u m u i t a s
d as vezes m i l h a r e s d e pessoas t ê m acesso à mesma,
de m o d o q ue sendo u m destes dois exemplo s que
c:tei, as d i t a s csasas são f r e q üe nt a d a s p o r q u a l q u e r
u m a pessoa e deste m o d o e la e s tar á s e m p r e a mer­
cê de q u a l q u e r pessoa. Muito das vezes acontece
q u e e n t r a e m u m a c a s a ·comercial o u f á b r i c a pes­
soa q ue d ize m o s c o m u m e n t e , u m a pessoa carrega­
da, o u pesada, o u m e s m o m u i t o p ra g ue jad a; nes,te
caso esta pessoa, e n t r a n d o n a d :ta casa p a r a com­

prar, o u falar algo com alguém, esta dita pessoa,

d e i x a r á a l i a l g u m a s p a r t í c u l a s do seu peso, e tc , .

é o q u e c o s t u m a m o s c h a m a r de c a r g a n e g a t i va e as­
s i m va i a c o n t e c e n d o d u r a n t e t o d o o d i a e pela
s e m a n a afora, d e m o d o q u e estas c o r r e nte s nega­
tiva s v ã o s.e j u n t a n d o e se e n t o c a n d o d e n t r o d a
d i t a casa, d a i é q u e v e m o t r a b a l h o d e defumação,.
p a r a a n i q u i l a r, e n f i m p a r a p ô r p a r a fora. d a � a
estas c a r g as negativas, q u e c h a m a m o s c o m u m e n t e
de a z a r o u peso; é s o m e n t e d e f u m a n d o q u e conse­
g u i m o s l i m p a r e c l a r e a r o .local, t ra b a l h o este que
p o d e ser f eito s e m a n a l m e n t e q u a n d o o l o c a l for
NA FORÇ'A DE U M PRETO '\TELHO

m u i t o f r e q ü e n t a d o pelo p ovo de u m m o d o geral.


e o d i a e s c o lhid o é a s e x t a - feira.

Q u a n d o o local for mais brando de maus


olhos, costuma-se f a z e r a d e f u m a ç ã o na primeira
e n a ú i t : m a s e x ta f e ira de c a d a m ê s e q u a n d o f or
b e m c a l m o o local, procede-.e:e c o m a d e f u m a ç ã o
n a ú l t i m a s e x ta- feira d e c a d a mês.

C o m o j á dis�e n o i n í c i o deste c a p í t u l o, existem


diversos t i p o s d e defumações, q u e são ap lic ad o s a
diversas f inalid ad e s , e como também a diversos
ORIXA ou mesmo Entidades como a certo s Ca­
b o c lo s o u P r e t o s Ve l h o s i n v o c a d o s d u r a n t e o tra ­
b alho d a defumação. Te m o s t a m b é m c e r to s t i p o s
d e d e f u m a ç õ e s q ue são f e ito s e m sentido c o n t r á r l o
d o que m e nc io ne i, isto é d a e n t ra d a d a casa p a ra
os f u n d o s d a mesma, s e nd o que este m o d o de de­

fumação de um modo geral somente é feito, após

a defumação de limpeza , de descarga, pois defu­


m a n d o de d e n t r o p a r a f o r a estaremos descarregan­

do a l g o, e quando se procede ao c o n t r á r l o estare­


m o s n o caso c a r r e g a n d o p a r a se o bter alg o d e for­
ma positiva, m e l h o r d i z e nd o u m expulsa, e n q u a n t o
q u e o o u t r o põe p a r a d e n t r o d e casa a q u i l o que

f o r evocado n o i n t ú i t o de obter u m b o m resultado.

N a s p á g i n a s des.te c a p í t u l o e n c o n t ra r ã o diver­

sos d e f u m a d o r e s p a r a t o d a e q u a l q u e r f inalidade ,
e m u i t o s destes m e n c i o n a d o s p o d e m ser ap lic ad o s
a p ó s a l g u n s tip o s de P o n t o s d e F o g o c o m o i n t u i t o

de descargas e f ir mezas.
TltABALHOS Dll QUIMBAND-1!.

C a r o s I r m ã o s de F'.§, c o m o p o d e m ver nestas pá­


ginas, teremos m u i t o s métodos d e a n i q u i l a r, cortar,

enfim melhorar o ambiente em que vivemos..

M u ito s Irmãos de F é i g n o r a m q u e p o r serem

Médiuns. U m b a n d i s t a s pra ticantes, não costumam


utilizar-s e desta parte, q u e é u m a das p r i n c i p a i s

da Umbanda e da Quimbanda, pois se não lim­

p a r m o s o m e io o nde viv·ermos, c o m o é q u e podere­


m o s viver t r a n q ü i l a m e n t e nele? E é neste caso que
e u t o r n o a r e tr uc ar, p o r q ue os I r m ã o s de F é não·
pro::uram d e u m modo geral, l i m p a r, purificando
o local o nd e m o r a m ou· t r a b a l h a m , pois. se u m a
pessoa é Médium, pra ticante ou não, ele n a t u ra l ­
m e n t e c a p t a r á s e m p r e b o ns e m a u s fluidos, ele se

c h o c a r á sempr e c o n t r a as f o r ç as d o bem, e do ma l ,
p o is c o m o M é d i u m q u e é p o r natur eza, ele c a p t a r á
s e m p r e estas c o r r e nte s q u e m e nc ' o ne i, .então deve
c o m s u a s p r ó p r i a s m ã o s se possivel f o r s a b e r cor­
t a r o u expulsar estas forças, s e p a ra nd o a s s i m o
caldo de c a n a do b ag aç o. Espero que n�.�.te pe­
q u e n o c a p ítulo, e u t e n h a d a d o a e n t e nd e r enfim
transm�tir u m pouco·· d a q u i l o q ue m e e n s i n a r a m e
que cada Irmão de F é possa a p r o v e i t a r estes pe­

quenos . e n s i na m e n t o s , pois desta f or ma, estaremos


l e v a n d o a va n t e a b a n d e i r a d a U m b a n d a , q u e será
n o m e u e n t e nd e r a r elig:ão d o f utur o, a Re l i g i ã o
deste B r a s i l G r a n d e .
NA FORÇA D E U M P R E T ô VELHO

TRABALHO D E DEFUMAÇAO PARA QUEBRAR


DEMANDA E D E S T R U I R FORÇAS MALÉFICAS

Este trabalho de defumação, dev·e ser feito em

u m dia de Sexta-feira, dos f u n d r o d a c a s a residen­


c i a l o u casa de negó cio .�e f o r o caso, pro:edendo-se
d o s e g uinte modo: em prime�ro l u g a r acende,m-se
as bra sas d o d e f um ad o r, depois pôe a m :is.tura do
m a t e r i a l e m c i m a p e r c o r r e nd o todos os. cômodos
d a casa, p r : n c i p i a n d o sempr e do3 f u n d o s e c r uzan ­
d o .cada c ô m o d o q ue �.e per co rr er, e v i t a n d o n o de,.
correr da defumação, que pessoas da famíl1a pas­
s em d o c ô m o d o a ser d e f u m a d o p a r a o q u e j ã esta­
�a d e f um ad o, e v i t a n d o d e s ta f o r m a c o r t a r o tra­
b a l h o que estã s e nd o r e alizad o. O m a t e r i a l a. ser

usado é o r e la cion a do con forme e n u m e r o a seguir.

P a l h a de A lho
Guiné
B a r b a de Ve l h o
Assaf eto.
I nc e ns o.
Mirra
Benjoim

E s t e m a t e r i a l , ao ser ad q uir id o, deve ser bem


m is tura d o, antes de usar-se no trabalho de defu­

mação , e ao t é r m ! n o d o me�.mo, depo is de percorrer


todos os cô modo s d a casa c o n f o r m e f o i expllcado,
deixa-se o m e s m o n a p o r t a de e n t r a d a d a c a s a n a
28 TRABALHOS DE QUT.MBANDA

p a r t e de d e n t r o , l a d o d'reito, até o d i a s e g u i n t e (no

sábado) q u a n d o o m e s m o (suas. cinzas) serão jo­


g a d a s ao v e n t o (na rua) dizendo-se o seguinte:
q u e to d o o mal, c o m o a.r e c o m o ve nto v á e m b o ra .
A s s i m seja.

TRABA l . D<E DEFUMAÇÃO PARA AFASTAR


O LHO G R A N D E E TRAZER BONS FL.UlDOS

E s t a d e f um aç ã o é UEada nos dias de segunda


feira. o u sexta f e i ra c o m pr ef er ência, sendo o mes­
m o feito dos f u n d o s d a c a s a p a r a fora, d e i x a n d o o
m e s m o f i r m a r até o d i a seguinte, o u pelo menos
até as b ra s as c o m o r e s ta nte do d e f u m a d o r ar der em

até que o mesmo apague. O ma t e r i a l utilizado é

o q u e descrevemos a seguir:

Alfa
zema
Arruda
Guiné
A le c r im do Campo
I nc e ns o
NA FORÇA-D E UM PRETO VELHO 29

TRABALHO D E DEFUMAÇAO PARA CORTAR


FORÇAS ASTRAIS NEGATIVAS,
MALEF1CIOS E PRAGAS D E PESSOAS
INIMIGAS

E s t e t i p o de. d e f u m a ç ã o deve ser feito e m u m


d i a de sexta-feira, de prefer'ência q u a n d o for 18
horas, h o r a d a Av·e Mar�a; o m e s m o deve ser f eito
d o s f u n d o s d a c a s a até a p o r t a d a rua, percorrendo­

-se todos os cômodos , c r u z a n d o os m e s m o c o m o


d e f um ad o r, dizendo-.Ee o seguinte: esta casa per­
tence a O X a l á o R e i do M u n d o , o mal aqui não
pode entrar, porque O g u n fez a q u i s ua morada,
e O g u m c o m s u a espada e s u a l a n ç a to d o o m a l
veio cortar, c o m o r d e m de O x a l á . A s s i m seja.
C o n f o r m e f o r se per co rr endo os c ô m o d o s vai
se d ize nd o a reza) até c h e g a r n a p o r t a de e n t r a d a
·de casa.

O m a t e r i a l a ser u s a d o é o q ue segue:

P a l h a de a l ho
Guill'á
Assafeto

R a s p a de c hif r e de vea d o

I nc e ns o
R a s p a d e c h i f r e de boi
E s t r u m e de b o i (depois
d e seco).

A p ó s f e i t o o t r a b a l h o d e d e f um aç ã o, o mesmo
depois de realizado, deve f i c a r até o d i a seguinte
30 TRABALHOS D E·
QUIMBANDP.,

f i r m a n d o n a p o r t a de casa do lado de dentro, fir­


m a n d o até o d i a seguinte, q u a n d o se deve despa­
c h a r as c inza s ao vento n a p a r t e da r u a dizendo-se

o seguinte: que todo o mal, todo o embaraço

e to d a a a m a r r a ç ã o q u e v á e m b o ra para
sempre. A s s i m seja;

TRABALHO D E DEFUMAÇÃO PARA CORTAR


:FORÇAS ASTRAIS NEGATIVAS

E s t e t i p o de d e f u m a ç ã o pode ser f e ito e:rp dias


de s e g u n d a o u de sexta-feira; a c i t a d a d e f um aç ã o
deve ser f e i t a de t r á s p a r a a f rente de c a s a percor­

rendo-�e todos os cômodos e cruzando-se um por

u m até c h e g a r a p o r t a d a e n t r a d a q u a n d o se deve

cruzar também a entrada, de:xando o defumador

n o p o r t ã o d o lado de dentro.
O mater :al a ser u t á d o é o que
descrevo a
seguir:

Arruda
A l e c r i m do c a m p o
Guiné ·

Alfazema
Almíscar
Mirra
I nc e n s o
Benjoim
Ve·rbena
NA FORÇA D E U M PRETQ VELHO
. .Sl

M's.turando-se bem o material supra mencio­


.

nado, e depois de defumar a ca&a conforme expli­


quei, deixar do lado de dentro do portão até que
o mesmo apague, a seguir despachar as cinzas n a
rua, deixando que o vento carregue as mesmas.

TRABALHO DE DEFUMAÇÃO PA R A OONSAGRAR


U.MA CASA A ·DEUS

(Fazer esta defumação e m um dia de domingo


dia de O x a l á )
·

F-ste tipo de defumação deve ser feita dos fun­


dos da casa até a porta da mesma; cruzando-se os
cômodos de dentro para fora, indo até o portão
onde depois de cruzado, pôr do lado de dentro,
lado direito, até apagar; o material usado para este
tipo de defumação, pas.s.o a discriminar a seguir:

Folhas e ramos de looro

Gu i né
Arruda
Incenso
MJ'rra
Alfazema

B enjoim

T
TRABALHOS D� Q � N D �

Apqs a defumação, d e p o i s d e fi r r n a r na

p o r t a , c i e s p a c h a r a s c i p z a s 11a r u a a o v � n t o ,

TRABA.I.Iro DE OFERECIDO A
DEFUMAÇAO U;M CERTO PARA CORTAR
PRETO NEGATIVOS
VELHO,
E s t e t:.J?Q ele. T rEa b a l h o d e D e f u m a ç ã o deve �er
. MALEF1CIOS
·
d
f e i t o e m um i a de segunda-feira, do seguinte, mo­
d o : do s f u n d o s até o p o r tã o d e ca s a , p e rc o r re n d o - se
cômodo.ap6s c ô m o d o e c r u za n d o � s e os m e s m o s c o m
o d e f u m a d o r dizendo � � e o q u e s e g u e d u r a n t e o de­
co r re r d a d e f u m a ç ã o : S a l v e o Po v o d e M i n a , S a l­ ve
o P o v o d a C o sta , S a l v e o Po v o d o C o n g o , salv·e .
f u l a n o d e tal, ( d i z e r o n o m e do d : to P r e t o Ve l h o
q u e se fo r c h a m a r p a r a c o r r e r g i r a d u r a n t e a de:.
f u m a ç ã o ) e � .eguir d i z e n d o : fa ç a a s u a g i r a P r e t o

Ve l h o ( f u l a n o ) e q u e ,corte to d o o ·:mal e t o d a a
a m a r r a ç ã o d e sta c a s a . Assim s e j a . ·

O m a t e r : a l a s e r u s a d o ·5 o q u e p a s s o a c ti a r
n a s linhas. a s e g u : r :

Arruda
F u : m o de ro l o desfi ado
B a r b a de Ve l h o
Jaborandi
Alfazema
Bagaço
de c a n a -
de-açúcar
Incenso.
Te r m ' n a d a a def umação, depois de d e i x a r no

portão na parte de dentro até a p a g a r, despachar

a s c i n z a s n a r u a d e i x a n d o q ue o vento as leve .

TRABALHO D E DEFUMAÇÃO EVOCANDO UM


PRETO VELHO QUIMBANDEIRO
ESCOLHIDC· PELO IRMÃO DE F�, PARA
QUEBRAR MAUS FLUíDOS AFUGENTANDO O
MAL

Este tipo de t r a b a l h o dev·e ser f eito e m dias


de s e g u n d a o u sexta-feira de pr ef er ência, pois sen­
d o o P r e t o Ve l h o evocado (Q:.limbandeiro) , o mes­
m o te r á m a is f o r ç as a!nda n a sexta-feira.


Para dar início, fazer em primeiro lugar o se­

g uinte : e n c h e r u m ·coité d e c a c h a ç a , acendendo - se


a o la d o u m a ve!a bra nca, oferecendo-os ao d i t o Pre­
to Velho, sendo q ue t1anto o coitê c p m o a vela em
s�a h o m e n a g e m devem ser co lo cados do lado de
f o r a d a casa, n o q u i n t a l o u á r e a exis.tente n a casa,
m e l h o r ex plicando, f o ra de casa · c o m o mencionei,
m a s n ã o n a rua, po�s seria m u i t o diferente. F i r ­

mando c o n f o r m e e x p l i q u e i o d i t o P r e t o V e l h o , pre­
parar o d e f umad o r com o z.eguinte m a te r ial,
de­
pois de bem mi s tu r a d o :
34 T R A BA LH OS D E QUIMBANDA

F u m o de rolo des.fiado
R a s p a le c h i f r e de
V'eado .
E s p a d a d e S ã o J o r g e e m pedac:nhos
B a r b a de Ve l h o
P ó d e e n xo f r e
Ver b e na
Incenso

A p ó s t e r m i n a r o t r a b a l h o d e d e f um aç ã o, per­
correndo-se toda a casa, cômodo p o r cômodo, sem­
pre cr uzando-se c a d a c ô m o d o . pois d o c o ntr á r io

n u n c a se t e r á o r e s u l t a d o desejado, p ô r o restante
d o d e f u m a d o r n o p o r tão do la d o de dentro, deixan­

do-se f i r m a r a t é o d i a s e g u i n t e , q u a n d o se d e v e des­

p a c h a r as c inza s n a r u a , p a ra que o ve n t o as leve,


d' zendo-se as s im : q u e N o s s a S e n h o r a d o D ester r o
leve to d o o m a l q ue a q u i estiver; a s e g u i r reza-se a
O r a ç ã o de N o s s a S e n h o ra d o Desterro.

TRABALHO DE DEFUMAÇÃO PA R A QUEBRAR


DEMANDAS E A F U G E N TA R MAUS ESPlRJTOS

Este trabalho deve ser fe:to em um dia

de e e x t a - f e i ra , de preferência as 18 horas, hora

mais p r ó p r i a para se realizar este trabalho de


d e f u m a ­ ção; o m e s m o deve ser feito d o s. f u n d o s

da casa até o portão, cruzando- se todos os

c ô m o d o s até o
NA F O R Ç A D E U M P R E T O V E L H O

portão da rua, onde deve ficar firmado até o dia


seguinte, q u a n d o se deve d e s p a c ha r as c i n z a s do
m e s m o n a r ua, d e i x a n d o q ue o ve n t o as leve . O ma­
t e r i a l a ser u s a d o é o q ue passo a d i s c r i m i n a r e m
seguida; o m e s m o dev·e ser us ad o . d e p o is de b e m
. m i s t u r a d o s os seguintes i n g r e d i e n t e s .

P a l h a de alho
A s.�afeto
Guiné
P á ra - ra i o s - ra m o s e folhas
R a s p a de c h i f r e de boi
A ç o i t a c a va lo
Incenso.

T RABALHO
TRAZER
DE D-EFUMAÇÃO P A R A
DENTRO
BONS FLUlDOS E FARTURA P A R A
D E UMA RESIDÊNCIA OU CASA COMERCIAL

Em primeiro lugar, procede-se p r i m e i ra m e n t e


com u m a defumação de limpeza em um dia de
s e x t a f e i ra . Es te d e f u m a d o r pode ser u m dos que
af as ta m a u s f l u i d o s e q u e b r a m a l e f í c i o s etc. que
e n c o n t ra r ã o neste p r ó p r i o l i v r o .

D e p o i s de feita a defumação, n a s e x t a - fe i ra o u
s e g u n d a - feira s e g u i n t e p r o ::e de-se à d e f u m a ç ã o q ue
segue, s e nd o que, d e p o is de acesas as brasas, l e va r o
d e f u m a d o r, e .seus i n g r e d i e n t e s n a p o r t a d e casa,
36 T R A B A L H O S DE
Q U I M B AND.e\,
onde se dará iníc :o ao.s t ra b a l h o s do modo
se­ g u i n t e : Em 1 .0 l u g a r defuma-�e o primeiro
cô modo cruzando-s e o mesmo, de fora para
d e n t r o e m for­ m a de· X a o co ntrár:o dos outro�.
defumadores , e

assim segue-se defumando toda a casa, sucessiva ­

mente c ô m o d o após. c ô m o d o e, q u a n d o c h e g a r nos

f u n d o s d a casa, d e i x a r o d e f u m a d o r a l i f i r m a n d o
até o d i a seguinte, q u a n d o se deve despejar as cin­
zas n o l o c a l p a r a q ue aos p o u c o o vento a�. espalhe.

A seguir d a m o s a 1·elação d o m a t e r i a l a ser


us ad o neste t r a b a l h o :

Guiné
A r r u d a macho
F u m o de ro!o desfiado
P ó d e c a f .§·
Açúcar .
F � tr um e de b o i depois d e seco.

Alecr:m do ·campo

Sal
grosso .
Almíscar

A p ó s f e ito ó t r a b a l h o d e d e f u m a ç ã o c o nf o r m e
j á f o i c i t a d a ac im a, pega-se o s a l grosso e se volta
n a p o r t a d a cam, e cr uzando-se do m e s m o modo
q ue se d e f u m o u , mi-.�e j o g a n d o p e q u e n o s p u n h a ­
d i n h o s de sal grosso nos 4 c a nto s dos c ô m o d o s que
se for percorrendo, �empre e m sent�do de quem
v a i entra ndo, até c he g ar ao.s f un d o s d a casa e deste
m o d o está f i n d o o t r a b a l h o de d e f u m a ç ã o .
NA F O R Ç A _ DE UM PRETO VELHO

Nota : A a pl i ca çã o do s a l grosso conforme


expliquei, 'é que o sal é o símbolo do batismo, este
t a n t o . b a t i z a ( fi r m a ) o b e m c o m o (} mal, pois es-·
t a n d o á c a � a l i m p a e depois purifi ca da , fi rma-se
a m e s m a c o m o sal, a ssim es tá se fi rma n do o bem'
feito, e s t a r á se batizando os. bons fl uidos, e n fi m a
r o n d a p e r c o r r : d a d u r a n t e o trabalho; com:o podem;
ver, o �al t a n t o fi r m a o b e m como t a m b é m · o ma l;
e s te f o i u m e n s i n a m e n t o q u e m e f o i d ado, a mui­
tos anos a t r á s, ens� r ia m e n t o dado pelo Preto
V e- · lho M i n e iro; e a : n d a dizem q u e a U m b a n d a
não
t e m 1\lfronga!

Sa lve a Umba n d a

Salve Pa i Mineiro

TRABALHO DE DEFUMAÇAO F E I T O NA FORÇA


De I B E J A D A COM O I N T ú i T O D E H A R M O N I Z A R
O AMBIENTE COM A FA L A N G E DE I B E G I

Este tipo de d e f u m a ç ã o procede-se e m u m dia

de q u i n ta - feira , desde que o ambiente, e s t e j a e m


perfeita h a r m o n : a astral, do cmitrá rio e m d,ia de·

.�.exta-feira procede � se c o m u m a defumaçã.o


d� Úm"'
r e z a , esperando:-se a qüirita f e i r a s e g ui n te p a r a s�
realízar; e s t e t r a b a l h o de d e f u m a ç ã o , q ) l e · _se�':le:
_
_
38 TRABAL:HOS DE QUIMBAND.t\

C o m p r a - se· u m a vela c o r de r o s a , o u t r a a z u l e
u m a e n c a r n a d a ; d e n t r o d e c a s a s e r ã o ac esas, em
u m p r a t o b r a n c o a ve l a c o r d e r o s a e a v e l a a z u l
e m l o u v o r da f a l a n g e d a s c r i a n ç a s , p o n d o - se n o
p r a t o e m v o l t a d a s vela s, m e l de a b e l h a s p u r o,
p a r a c h a m a r a f a l a n g e d a s c r i a n ç a s , e m OUitro
pra to, a c e n d e - s e a ve l a v e r m e l h a e m h o m e n a g e m

a O g u n o O r i x á G u e r r e i r o , p o i s q u i n t a - f e i r a é o dia
e m q u e p re d o m i n a O g u n e a fa la nge de crianças .

O g u n é conhecido e c h a m a do o P a i das C r i a n ç a s .

P o r t n a t o é e l e q u e m t o m a c o n t a d e s t a f a l a n g e p or
o r d e m d e O I X A L A . � J. . S, p r o s s e g u i n d o n o
a s s u n to, I epo is de fi r m a r ambos, fa z e r a d e f u m a ç ã o ,
inician­do a m e s m a n a e n t ra d a d a casa indo até os
f u n d o s p e r c o r r e n d o c ô m o d o a p ó s cô m o do, c o m o
material que passo a discriminar:
Cipó milomens
A r r u d a m a c h o e fê m e a
Guiné
Alec rim do campo
Açúc�r
B a u n i l h a e m p ó o u fl o co s
C o c o ralado

Estando o material citado bém misturado, fa z ­

se o defumador conforme já e x p l i q u e i , e nos. f u n ­

dos d a c a s a se d e i x a fi r m a n d p a t é o m e s m o a p a g a r ,

depois · p e g a r as cinzas e derramar em um

c a n t o nos fundos d a casa, o u · do quintal se f o r o


NA FORÇA D E UM P R E T O VELHO 39

N ot a: Le i a " Sa r a v 'á O g un ", é u m p e q u e n o l i v


ro da Co l e ç ão S a ra v á o n de o irm ão de Fé e n con t
ra r á de t u do sob re o O ri x á Gu e r rei r o - t ra
b al h o s , des­ p a c ho s, f i rm e z a s , o fe re n d a s , se u s
Po n to s C an t a do s e R i s c a do s e dive rsa s o r aç õ e s p
a ra c as o s. e sp e ci ai s.

" Sa,r av á Ib e j a d a " ·� m ai s u m v o lu m e da


C ol e ç ã o Sa r av á, on de e n ctmt r a rã o de t u do s ob re e
st á f al a n ­ g e - t r aba lho s e o fe re n da s , di v e rso �.
.
Pon t o s Can t a ­ dos e Ris c a do s etc. e t c. e o ra ç õ e s
p a ra c a so s e .s,. p e cia i s .

A Co leção S a rav á é com p osta de 1 8 p e q u e n


os v o lu m e s., u m p a r a ca d a O R I X A , e p ara di ve·
rs.o s El.XU d e G u i a , on de e n con t r a r ã o t u do a qu ilo
que d:z re speito a c a d a u m dele s: P ont os C a n t ados
e Ri sca dos, Ofe ren d a s e De sp a c ho s� su a s Fi
r m e z a s, seus as se nt a m e n t os, os lo c a i s ce rtos:
do s seu s De sp ach o e Ofe ren das, com o se pro ce de,
s u a s g u i a s e co re s, su a s de f u m açõ es e seu s re spe cti
v·os. b a n h os, e a s re spe ctiv a s O r a çõe s p a r a t o d a e
qu al que r o ca ­ siã o ; é um a coleçã o de l iv r o s q ue o
I r m ã o de Fé pode e deve a dqui r i r a o s p ou cos , p o : s
se r á d e m a ­ n u s eio di ário do F llh o de Fé que n ã o
se c a n s a r á n u n ca de m a n m e á-l a , é m a 's. u m a p
arte da qu ilo que p ude t r a n sm iti r a os I r m ã os de Fé
p ro c u r a n do sem p re l e v a r a p u b l i>co o que a U m b
an da m e e n ­ sin ou .
TRABALHOS D E QUIMBAND�,

TRABALHO DE DEFUMAÇÃO PARA Q U E B R A R


UMA DEMANDA

E m u m dia de s e x t a - feira, d e f u m a r a ca sa dos


fundos at·S o portão de casa, pa s s a n d o cômodo por

cômodo, � e m p r e cruzando em forma de X em sen­


tido dos fundos de ca da cômodo p a r a fora.
E s t a defuma çã o deve ser f e i t a e m u m dia de
s e x ta - feira ao meio-dia de preferênc:a, ou meia-noi­

te se for poss.ível, p o i s s ã o a�. h o r a s p r op í - : i a s para


esta defuma çã o, c o m o m a t e r i a l que passo a dis­
criminar :

B a r b a de Velho
Pa l h a de alho
A s �a f e t o
G'uiné
R a s p a de chifre
de boi
R a s p a de ch i f r e de veado
F u m o de rolo des � iado
E s t r u m e de boi depois de seco
Pó d e e n x o f r e.

D e posse deste ma ter i a l , ante�. de ·usá-lo, mis­


t u r a r os ingred:entes. b e m mistura dos, acer � der as
b r a s a s d e carvão e e x e c u t a r a d ef um a çã o confor­
m e expliquei, pondo os ree:tos do m e s m o queimando
n o lado de dentro do p J r t ã o a t é o dia s e g ui n te
çte r u i m v á embora r · · - . .

qua n d o serão despachados ao vento p a r a que tudo


NA F O R Ç A D E UM P R E T O VELHO

_ AfJ te·rminar a defumação depois de colocar o


mesmo no portão, cruzar o portão com ·caéhaça di­ zendo
o seguinte : 'I':ranca Ruas, firme esta porteira para
os Irmão de PS Amigos:, e feche' para todos os
inimigos . Assim seja sempre .

TRABALHO n.E D·EI"UMAÇÃO PARA S E R F E I T O


E M UMA CASA D E NEGú C IOS,
PU R IFIC ANIX ) O A M B I E N T E

· Esta defumação de-ve ser feita em um dia


de sexta-feira , depo:s de firmar a entrada da casa, e
que esteja presente o dono, ou os donos do
negó­ cio . Este trabalho de defumação é feito
dos fun­ dos da casa até o portão do mesmo,
s.endo que ao inicio os trabalho3 deve a porta
de entrada per­ manecer entreaberta ató que
termine a defuma­ ção, não de-vendo ficar
ninguém na porta durante o trabalho, para que
o mesmo não receba o im­ pacto da carga que
estiver saindo durante . a defu­ mação, não
esquecer que se houver div·ersos. cômo­ dos, os
mesmos devem ser defumados sempre cru­
zar�do-se t.:m apó.�. outro, e dizendo-se o
seguinte :
�ta casa tem C{J.atro cantos e nos quatro cantos
eu vou percorrendo e defumando e deste modo,
vou descarregando .
Terminada a defumação, pegar o defumador
deixando-o no lado de dentro . do portão,
TRABALHOS D E Q U I M B A N DA
-
.

chando na rua somente no dia seguinte . O m a ·


terial a ser usado, passo a discriminar nas l i n h a s
que seguem .

Arruda ffiaicho e fêmea


Guiné
Alecr.'m do campo
Raspa de chifre de boi
Incenso
Mirra .
Fumo
de rolo
desfiad
o.

Mlsturar bem os ingredientes, e executar o tra· balho


de defumação como expliquei oos linhas an·
teriores .
TRABAI..HO DE D E F U M A < ; A O PA RA
C O RTA R M A U S FLUíDOS E
PURIFICAR O LOCAL

Comprar o material que passo a relacionar:

Almiscar
Guiné
F u mo de rolo desfiado
Verbena
Palha de alho
Alecrlm do campo
Incenso
Mirra
Alfazema
.
NA FO�ÇA DE U M PRETO VELHO

De posse deste material, proc'lrar misturar to­


dos os ingredientes do melhor modo p�sivel, fa­ zer a
defumação em um dia de segunda feira cru­ zando
os cômodos com a defumação em forma de um X ,

percorrendo os cômodos um por u m dos fun­dos da casa


para fora até chegar na porta da rua, onde se deve
cruzar também a entreda, deixando o defumador
firmando no lado de dentro do portão a t é o dia
seguinte, quando se deve despachar as
·cinzas na rua ao sabor do v·ento .

Chamo a atenção dos Irmãos de F é que tanto


este como qualquer outro tipo de defumação, so­
mente devem ficar presente os componentes da
casa, e se for úma casa comercial, somente devetn estar
presente o dono da casa, e seus sócio�.. não
devendo estar presente pessoas e�.tranhas, ou fun­
cionários da mesma, pois quando se faz um destes
trabalho�. havendo pessoas estranhas no
amb:ente,
na maiot:� das vezes, elas quebram grande
parte do trabalho realizado, pois ficam opinando ou
mes­
mo querendo saber como é ou como se faz, e
que finalidade tem, de modo que quebra o encanto,
e a força da defumação; sendo assim qt:anto menos
gente presente melhor, a não ser a presença das
pesoas interessadas no trabalho .
TRABALHt) D E DEFUMAÇAO PA R A L I M P A R O
LOCAL, E L O G O A P ú S FIRMAR O MESMO

Com antecedência ir a uma beira de P ra i a ,

levando um garrafão ou. garrafa branca e 7 · mQe­


das de 1 ou 10 centa vos, lá chegando salvar
O g u n B e i r a - M a r e logo após Iemanjá a R a i n h a

do M a r , e todo o povo do M a r e dizer a �eguir :


Iemanjá eu venho a qu i pedir para levar este
garrafão cheio de água, mas eu vou p a g a r pelo
mesm o, e ir j o­ gando as moedas no M h r u m a

após a outra , e logo a p ó s l a v a r o g a r r a f ã o e e n c h e r

o m e s m o co m á g u a do 1\llf, depois di�.to, pede-se

licença a Iemanj á p a r a retirar-se, o mesmo

faz endo-se co m t o d o o P o ­ vo do M a r e a seguir a


O g u n Beira-Mnr, in d o em­

bora pa ra casa lev·ando o p recioso líquido .

C om pra r o material conforme passo a descri­


m i n a r a seguir :

Guiné
A�.safeto
A lecrim
do
Campo

P á r a - raios, r a m o s e f o l h a s
Almíscar
Mirra .
Alfazema (bastante).
NA .. FORÇA DE P M PRETO V!lJLHO

apó s c ômo do , cru2:ando c o m o defumador1 até che­


g a r no p o r t ã o onde se c r u z a tam b é m , p o nd o o de­

f u m a d o r n o p o r t ã o n o lado de d e n t r o do mesmo ,
o nd e deve p e r m a n e c e r até o d ' a seguinte, q ua n d o se
·

d e v e l a n ç a r as c i n z a s n a r u a .

Te r m i n a d a a de fu mação , pega-se a água do


M a r e v a i se, j o g a n d o aos poucos d o p o r tã o d a caEa,
p e r c o r r e n d o ·Cômodo p o r c ô m o d o sempre c r u z a n d o
c o n f o r m e se f ize ra c o m o de fum ador, e m s e ntid o

contrár:o, isto é, do p o r t ã o até chegar nos fund,os


onde �e termina a operação .

Jl}ste tipo de defumação, pode ser usado em


u m a casa residencfal, ou em casa comerc'al, pois o
mesmo trará um resultado positivo, enriquecendo o
local de b o n s fluidos .

To d o o F i l h o d e F é deve t o m a r seu b a n h o de

d escarg a p e l o m e no s u m a vez p o r s e m a n a e um

banho de firmeza antes de seguir para o terreiro

onde trabalha, pois assim agindo, ele·, a l é m de s.e

de s c a r r e g a r de forças n e g a t iva s , pois todo o Irmão


de F é p ra i t c a n t e c a p t a s e m p r e o l a d o n e g a t ivo nas
s uas a n d anç a s n o d e c o r r e r de c a d a dia, p o r t a n t o
deve se des c arr e gar através de seu b a n h o de des�
c a r g a e a s e g u i r do b a n h o de f i r m e z a sempre que
f o r freqüentar um: te r r e ir o .

O t ra b a l h o de d e f um aç ão é t a m b é m um deta­
TRABALHOS D E QUIMBANDA

g a ç ã o de d e f u m a r a c a s a o n d e reside, p r o c u ra n d o
d e s ta f o t m a descarregar o ambiente o nde mora,

atraindo para si e para os o u t r o s que m o r a m em

s u a c o m p a n h i a forças. astrais positiva s . Tu d o isto


o I r m ã o de F é e n c n o t r a r á e m u m a p u b l i c a ç ã o de
m i n h a auto r ia, c o m o t í t u l o de " F e i t i ç o s de P r e t o

V e l h o " , onde p r o c u r e i reun1r p a ra o I r m ã o de W,

do melhor modo q u e pude, a l é m d e Oferendas a

cada O R I X A , F i r m e z as, D e s p a c h o s e F e i t i ç o s di­


vers os, c om o também Ora_ções. d ive r s a s que o.

Irmão de F é · utn:zará em ca so s especiais , alé m de

Po n t o s Cantados e Riscados de todas as Linhas


d a U m­
banda .
� u m i m p o r t a n t e t r a b a l h o q u e realizei, q u e o
Caro Irmão não pode de�xar de a d q u i r i r pois . o
me.s.mo c o m p l e t a esta o b ra q u e está l e nd o .
OS BANHOS DE DESCARGAS, E AS
SUAS APLICAÇõES

B A N H O S D E D E S C A R G A S P A R A F O R TA L E C E R
O A N J O D E G U A R D A E C O R TA R .MALEF1CIOS

Os banhos de descarga de modo geral . são to­


mados derramando-se o líquido do pescoço para
baixo, banhando-se o corpo n a parte da frente e
nas costas .
A preparação dos ba n h o s é feita do seguin­
te modo: ferve-se a água em u m a panela limpa e
colocam-se as erv·as em outra panela ou
bacia,
quando a água estiver fervendo derrama-se a mes­
m a na panela em que estão as ervas, e tampa-se
em seguida de:xando descansar até esfriar, ou ficar
morno; após isto ser feito, coa-�e em u m pano lim­
po ou coador e o líquido puro é utilizado pa ra os
banhos de u m modo geral .
Depois de tomado o banho, dev-e-se lava r o local
usado no banheiro, utilizando-se para isto de água
corrente, evitando-s.e deste modo que cargas
nega­ tivas ali deixadas venham a a t in gir uma
outra
pessoa, que f o r utilizar o dito local .

Um detalhe de grande relevância, que quero


levar ao conhec:mento dos Irmãos de Flã, é que sem­
pre que tomarmos u m banho de Descarga o u de
48 T R A B A L H O S D E QUIMBAND.A.

F'irmeza etc . etc . os Irmãos de F é t ê m obrigação


de acender uma vela branca . e oferecê-la
p a r:;�.

Eeu Anjo de · Guard a p e c U r i d o - l h e f o rç a, fi r m e z a ,


p r o t e ç ã o e saúde; àeJ?QiS disto é que se toma o
banho escolhldQ .

B AN li P PA R A F O R ' D A L E C E R O A N JO DE
GUARDA, P A R A O S E X O MASCULINO

Aleva n t e verde
Arruda ·
Quiné
Tapete de
Oxalá
Pára-ra;os
:Mangericão
�sp$da de s ã o
J o rg e

2 . oN BANl3::>
o t a : Este
PMbanho
A Ó ANJO DE
deve
O U As eRrD tomado
A P A R A nO a S l l ! X O M A S C U L I NO
s e g u n­
da e n a �.e�ta-feira, d o
pesco ço para . Girassol
b a i x ode
Petalas ·

G u in é
Alevante Verde
· E s pa da de São Jorge
Arruda
Folhas de samambaia
AlecrPt d o .campo .
NA P'ORQA ' D E U M P RE TO VELHO

No ta : E s t e b a n h o deve s e r t o m a d o n a segu nda


ou n a sexta-feira .

3.o BANI-: P P A R A F O R T A L E C E R O A N J O D E
G U A R D A , PA R A O S E X O M A S C U L I N O

Ta p e t e d e O x a l á
E s p a d a de S ã o J o r g e
Arruda macho

Alecrim do campo
Cipó m i l h o m e n s
A l e v a n t e verde
l\i! a n g e r i c ã o

4.0 B A N R O P A R A
F O R TA L E C E R O ANJO
DE
G U A R D A PA R A O
SEXO FEMININO

Ta p e t e d e O X a l á
E � p a d a d e S ã o Jorge
E s p a d a de S a n t a B á r b a r a
Arruda fêmea
Guiné
F l o r de l a r a n j e i r a
Mangeric�o

BIANJ':JO D E D E S C A R G A
PA R A C O R TA R P E S O
E OL HP GRANDE,
RECUPERAÇAO 0 0
FO:R.ÇAS

Esp a da de S ã o J o r g e
TRABALHOS t>E Qt11'Ml3AND

B a r b a de Ve l h o
A l e va n t e Ve r d e
Aroeira
E r v a de S ã o
João

BANHlO D E D E S C A R G A PA R A
C O R TA R U M

MALEFíCIO, PRAGAS, E T C .

E s p a d a de S ã o J o r g e
Pára-raios
Guiné
Arruda m ac ho e fêmea
C i p ó caboclo
Ci p ó c h u m b o
B a r b a de Ve l h o

B A N H O D E D E S C A R G A P A R A C O R TA R
DEMANDA E PRAGAS D E PESSOAS
I N D E S E J AV E I S

L a n ç a de S ã o J o r g e
E s p a d a de S ã o J o r g e
Q u e b r a tudo
Quebra demanda
Corta mironga
A l e va n t e verde
P á r a - raios
N:A F O R Ç A D E . UM PRETO VELHO

O U T R O B A N H O D E D E S C A R G A P A R A C O RTA R
U M A D E M :A N D A

Espada de São Jorge


B a r b a de Velho
Erva. de São João
Arruda
Verbena
F'ára-
raios
Corta
mirong;:

O U T R O BANH!O
DE DESCARGA
PARA
OORT:A R D $ ' M A N D A ETC .

Espada de São Jorge


Arruda
Guiné
Me.mona
F o l h a s de louro
H.ortelã Verde
Mulungu

BANl�O O E D E S C A R G A E FIRME7.,A
DO
FILHlO D E �

Pétalas de gir�sol
Espada de S ã o Jorge
Aruda
52 TRABALHOS DE QUIMBANDA

Guiné
h1angericão
Sapê.
Uva brava

B ANl!l:> D E DESCARGA E
F O R T A L E C D O ANJO DE G U ARD A ,

Erva de São João


Espada de São J orge
Mangerona
Verbena
Cipret-.te (pequenos
ramos)
. . · Fol ha de coqueiro
Al ecrim do campo
Cipó milhomens
Samambaia

BANHO DE DESCARGA PARA


CORTAR PESO
E RENO VAR FORÇAS

Espada de S ã o Jorge
Folhas de louro
Alecrim
Cipó milhomens
Verbena
Flores d e laranjeira
Alfava,ca
NA FORÇA DE U M P R E T O VE L HO 53
.

B A N F .30 D E F I R M E Z A

Espada de São Jorge


Pétalas de girassol
Alevante verde
Arruda
Guiná
Erva de São João
Folhas de pitangueira
R a m o s de baunilha
Folhas e ramos de
onze horas .

O U T R J O BAN.BlO D E F I R M E Z A

Alevante verde
Arruda
São Gonçalinho
Coentro
Erva de São
João

BANHO DE
D E S C A R G A :PARA
C O RTAR � \
DEMANDA E
F O RTA L E C E R O ANJO
D E GUARDA

Folhas de louro
Urucum (folhas)
Es.pada de São Jorge
54 TRABALHOS DE QUIMBANDA

A rruda

Vas s à u rinha de relógio


Barba de velho

B A N H O DEl F I R M E Z A PA R A
FIRMAR UM
P R E r ü VEL!-::j.) N:A
CABEÇA

Barba de velho
Folhas de figo
Eucalipto (folhas)
A r r u d a macho e
fêmea ·
Aroeira
F l o r de laranjeira
BANIJt::Guiné
D E . F I R M E Z A PA R A F I R M : t \ R U M
CABOCLO N A CABEÇA

{ P a r a o s FilhO's de Oxoce)

Guiné
·
Folhas de coqueiro
Espada de São Jorge
Folhas de pitangueira
A rr u d a
Samambaia
Folhas de Iourq
N A F O R Ç A D E UM P R E T O VELHO

B A N H O S D E F I R M E Z A P A R A F I R M,.I\.R XANGO
N A CABEíÇA

( P a r a os F i l h o s de X a n g ô )

Folhas d� .
�ouro Cipó
mílhomens
P á ra - ra i o s
E r v a d e São
João
M u s g o d a p e d ra (co lhido n a cachoeira)
N e g a M.ina
Mulungu

BAN!Ir::> D/E F 1 R M E Z A P A R A Fl'.I R M A R


A RAINJ�A D O M A R

( P a r a os F i l h o s de Iemanjá)

Algas marinhas
Mr mger icão
A l e v a n t e verde
P é t a l a s de
rosas brancas
F l o r de l a ra n j e i ra
A r r u d a flêmea
Espada de São
Jorge
56 TRABALHOS DE QUIMBANDA

B A N H P D E F I R M E Z A P A R A AS FIL HAS
DE OXUM

M a l - me-q u e r do c a m p o
F o l h a de l o u r o
Ipê
amarelo .
Iuca
P.átalas de h o r t ê n c i a s
Mulungu
Flores de laran jeira

13A m �O D E FIRMEZA PARA OS


FILHOS D E I N U A S A

P á r a - raios
A r r u d a fêmea
Guiné
E s p a d a de In h a ssã
Dormideira
Cam bu i amarelo
P é t a l a s de ro sas
amarelas

B A N H O D E F I R M E·ZA P A R A O S F I L H O S
D O OR J X A GUE R O OOUN

E s p a d a de S ã o J o r g e
L a n ç a de S ã o J o r g e

Cip ó milhomens
NA FORÇA DE U M . P R E T O VELHO 57

Cambuf amarelo
Aroeira
S ã o Gonçalinho
F O l h a s de n o g u e i r a

BANE;:> p E F I R M E Z A PARA OS F I L H O S . DE
OXALA

Folhas de louro ·

P á t a l a s d e girassol
A l e v a n t e verde
Ta p e t e de O x a l á
Arruda
Guiné
Ale·crim do c a m p o

B A N H O D E D E S C A R J G A P A R A A:M!BOS O S S E X O S
PARA TIRAR PESO E OLHO GRANDE

Guiné
E s p a d a de S ã o J o r g e
Mungericão
Cipó milhomens
Aroeira
U n h a de vaca
Poejo
T R A B A L H O S DE QUIMBANDA

B A N H O D E D E S C A R G A P A R A C O RTA R
UM:A D E � A N D A

Quebra. demanda
Corta mandinga
Corta mironga
�.pada de São Jorge
Quebra tudo

B A N H O D E DE'SCARGA P A R A A B R I R
OS
C A M I N H O S Q U A N D O FECHADOS

Abre caminho
Cinco folhas
Hei de v·encer
Comigo ninguém pode
Aroeira

BANHO DE DESCARGA
PARA SER TOMADO
EM; U M A ENCRUZILF.LADtA, P A R A C O R TA R TODO
E Q U A L Q U E R 'I'IPO D E Mli\LEFíCIO

Comprar o seguinte material para ser usado


em um dia de �exta-feira .

P i n h ã o roxo
Barba de velho
Guiné
Arrebenta . cavalo
E'olhas de amendoeira
Pâra-raios
Arruda ·
N A F O R Ç A DE U M PRETO VELHO

C o m p r a d o o m a t e r i a l cita do, p r e p a r a r o ba­


n h o conforme m a n d a o figurlno, e acender u m a .
v e l a b r a n c a e m h o m e n a g e m do s e u A n j o d e G u a r d a ;
a s e g u i r c o l o c a r o l í q u i d o e m u m a g a r r a f a q u e es­
tej a b e m l i m p a , l e v a r t a m b § m u m a m u d a de r o u p a
q u e esteja l i m p a e i r a uma e n c r u z i l h a d a e m form_a
de u m X , sendo q u e a m e s m a d e v e s e r e m u m lo�al
erm o, p r o c u r a n d o - s e p a r a isto u m local sossegado
e m u m l o t e a m e n t o o u coisa p a r e c i d a . C h e g a n d o n o

l o c a l escolhido , c o n f o r m e a c a b e i d e e x p li c a r , no
c e n t r o d a E n c r u z i l h a d a se t o m a o b a n h o de d�...
c a r g a depois de S l a v a r O g u n e t o d o o Povo d o
E n c r u z o ; o b a n h o é t o m a d o do pescoço p a r a baixo,

dizendo-se a seguir o seguinte: que todo o mal,

t od o o e m b a ra ç o , toda a a m a rraçã o e toda a de-­


m a n d a f i q u e a q u i . E s t e b a n h o de d e s c a r g a deve
ser t o m a d o s e m r o u p a a l g u m a ,nu) e se p o r v e n ­
t u r a se u � a r c u e c a , o u c a lç ã o , a o t é r m i n o do b a ­
nho d e d esca rg a , o mesmo dev-e ser deixa do no

local , e em s e g u i d a vestir-s.e r o u p a s limpas. . Ter­


m:nando o trabalho explicado , pedir licença a
O g u n e todo o P o v o d a E n c r u z i l h a d a , i n d o e m b o r a
pa ra c a s a .

Nota: Este trabalho deve ser feito em u m

d i a d e sexta-feira, o l o c a l é u m a Encruzilhada em
for­ m a de u m X , o banho deve ser t o m a d o bem
no centro d a m e s m a .

O l o c a l c o n f o r m e expliqu ei, d e v e s e r deserto,

pois o b a n h o de d e s c a r g a d e v e ser t o m a d o
sem
60 TRABALHOS DE QUIMBANDA

roupa, e se por ventura se usar calção ou cueca,


e t c . o s m e s m o s depois d e s e t o m a r o b a n h o , devem

ser a b a n d or..a do s n() local, ve s t i n d o - s e soment e


roupas l i m p a s .
A c o n s e l h o p a r a e s t e t r a b a l h o , p r o c u r a r u m lo­
c a l e m u m l o t e a m e n t o o u l o c a l l o n g e do c e n t r o de
c i da de, podendo-se a s s i m fazer o trabalho sem
g r a n d e p r e o c u p a ç ã o , a c o n s e l h o t a m b é m q u e s e es..
c o l h a p a r a isto, a no � te; p a r a q u e h a j a m e l h o r tran­

qüilidade . . Depois do b a n h o , aconselho o Irmão

de
f é n ã o p a s s a r pelo local, p o r l o n go t e m p o .
N ã o é a c o n s e l h á ve l , t o m a r e s t e t i p o d e b a n h o

de d e s c a r g a , e m c a s a ; p o i s o m e s m o c o n t é m e r va s
q u e s o m e n t e n a E n c r u z i l h a d a é q u e s e deve u s a r

e m f o r m a d e b a n h o d e d e s c a r g a , pois a l g u m a s das
c i t a d a s e r va s p e r t e n c e m a o P o v o d a E:ncruzilhada .

BANHP DE DESCARGA PA R A UMA


CRIANÇA

Este banho de de.s::arga, é utilizado

s o m e n t e p a r a c r i a n ç a s a t é 15 a n o s . d e i d a d e .
P õ e - s e à á g u a a f e r v e r , e a s e g u i r despej a a

m e s m a s o b r e as erv·as , deixando a á g u a esfriar,


usando-se a seguir; n ã o esquecer de acender u m a
ve l a b r a n c a p a r a o A n j o d e G u a r d a d a d i t a criança,

As ervas utilizadas são a s seguintes :


NA FORÇA DE UM PRETO VEL H O
61

Este tipo de banho, deve ser util:zado nos dias


de quinta�feira; molha-se a mão no líquido, cruza­
se a cabeça da criança, e a seguir despeja-se o ba­

nho do pe�coço para baixo. Este tipo de banho é


destinado somente para crianças; de um modo geral,
serve para tirar quebranto e revigorar a �criança,
livrando-a de malefícios diversos que cercam as

crianças, pois achando-as pequenas , certos. espíri­


tos zombeteiros procuram se encostar, para preju­
dicá-las. O dia da utilização deste banho ·.á na
quinta-feira, o mesmo dia dedicado a Ogun o Orixá
Guerre:ro considerado o Pai das Crianças de um
modo geral, portanto usando-se o mesmo na quin­
ta-feira, o trabalho é realizado sob a proteção de
Ogun, o protetor das crianças, por esta razão é
que se firma IBE J AD A , na quinta-feira .
*

Leia "Samvá Ibejada"; é um pequeno livro da


Coleção Saravá, onde o Irmão de F'é encontrará
tudo aquilo que precisa, como a Vida de Cosme e
Damião, Oferenlas diversas; Despachos. e suas res­
pectivas Firmezas, seus Pontos Cantados e Risca-·
dos e suas Orações. como também outras Orações
para casos especiais .
TRABALHOS DE QUIMBANDA

B A N H O S D E D E S C A R G A J A P R O N TO S ( L í Q U I ­
DOS, E M VIDROS) P A R A A C A L M A R PESSOAS
N E RV O S A S E FA Z E R C O M Q U E A S MESMAS
V E N Ç A M OS O B S T : A C U l l O S E N C O N T R A D O S

( B a n h o de T i r a Te im a e B a n h o de Abre C a m i n h o )

Os dois b a n h o s n ã o d e v e m s e r m i s t u m d o s e
s i m usados. e m d u a s v a s i l h a s s e p a ra d a s , d e r r a m a n ­
d o u m do o m b r o d ir e i t o p a r a a p e r n a e s q u e rd a e

o 2.o em sen tido c o n t r á r i o c r u z a n d o o corpo, t a n t o


peL a p a r t e d a f r e n t e c o m o p e l a s co sta s .

B A N H O D E UNIA!O, USADO QUANDO F O R


NECESSARIO A UNIAO (aproximação) DE
OUTRA PESSOA

B a n h o de U n i ã o L í q u i d o j á p r o n t o c o m p m d o
n a s casas de A r t i g o s de U m b a n d a .

Es.te b a n h o dev e ser . tomado em d ia s de


terça­ feira , firmando o Anjo de guarda de
quem vai tom a r o banho e da pesso a que se
deseja a p r o x i ­m a r .
Nota : os b a n h o s li q u i d o s , d e v e m ser m i s t u r a ­
d os c o m á g u a l i m p a de m o d o q u e c a d a vidro usa-se
p a r a t o m a r 2 o u 3 baJ;lhos .
.· TRABALHOS REALIZADOS COM . 0 . .

PONTO RISCADO E DESCARGA·


DE PONTOS DE FOGO
· ·

TRABALHO D E QUIMBANDA UTIL1ZADO PA R A


DESMANCHAR UMA DEMAND:A ENVIADA
POR PESSOA INIMIGA

C o m p r a r u m a p e m b a b ra nc a, 7 c a r t u c h o s de
p ó l vora preta, c h m a d o n a Umbanda pelos Pr etos
Ve l h o s ( O m o . " 'II e tamb�m c o n h e c i d o c o m o

" f a r i n n a p r e t a " , n o m e este m u i t o u t i l ' z a élo n o s T e r ­

r eir o s ; mas, voltando ao aE.mnto, comprar .


uma garra fa de cervej a b ra nc a , q ue não tenha
sid o a n­
teriormente introduzida em geladeira, melhor ex­
plicado, q u e n ã o t e n h a s id o g e la d a e m g�ladeira.
D e posse deste m a te r ial, e m u m d i a de/sexta- feira
p r o c e d e r do s.eguinte m o d o : e m p r i m e i r o l u g a r dei­
x a r a e n t r a d a d a cat'a entr eaber ta, caso o t ra b a l h o
f o r ser r e alizad o d e n t r o de casa, n a qual, c h a m o a
atenção, para a f a s t a r m ó ve is e ute ns ílio s , e n f i m
t u d o a q u i l o q ue possa p e g a r fogo, e se o t ra b a l h o
f o r f eito n o q u i n t a l d a casa u s a r t a m b é m de toda
preca:ução p a r a e v i t a r tram:.tornos n o d e c o r r e r dos

t ra b a l h o s , m a s aconselll.o que o mesmo sej.a feito

f o r a de casa. se .houver q uint�l ..


' . ' .
64 TRABALHOS - DE

Primeiramente firmar o Anjo de G u a r d a da


pessoa q u e f or. r e a l i z a r o t ra b a l h o , p o n d o a o lado
u m c o p o b r a n c o e li s o ch eio de â g u a a o l a d o da
v e l a do A n j o d e G u a r d a , q u e d e v e ser d e c o r b r a n ­
ca; depois disto p r o n t o ; p e g a r a p e m b a b r a n c a e
r i s c a r o p o n t o c o n f o r m e d e s e n h o q u e segue:

este p o n t o após s e r rl s c a d o e m f o r m a de u m a fer:­

radu ra com a s p o n t a s e m p a r a l e l o , le v e s e r intei�


NA F O R Ç A DE UM PRETO VELHO

ramente cheio de pólvora, isto é : após �.er riscado com


a pemba branca, deve o mesmo ser coberto com
a pólvora, deixando o restante como as estre· las
etc . somente riscado. O F i l h o de Fé que for ser
de�carregado do malefício env·iado, depois de tudo
pronto, f:cará no �entro do ponto riscado com
a parte dianteira do ·corpo voltada para a abertura

do ponto já carregado de pólvora preta, e a pes­


soa que for descarregar o consulente, neste ínterim
já pode tocar fogo no ponto utilizando para isto
um charuto aceso ou mesmo um cigarro, que deve
ser colocado no •centro da ferradura para que
quando o mesmo comece a queimar a pólvora pe­
gue fogo dos dois lados, contornando o consulente
vindo até a f t;ente, ocas:ão esta que o F i l h o que se
está descarregando . descarregue seu corpo � .san­
do as mãos pela cabeça, braços, tronco e finalmen:­
te as pernas, sempre de d m a para baixo, ajudlando
desta forma, que não fique ainda com ele, qualquer
larva negativa que pos�a. daquele instante em
diante, a vir prejudicar; neste ínterim, a pessoa

que venha fazer ou melhor dizendo, executar

este trabalho, como tamb�m qualquer pessoa que


e�.teja junto assistindo ao trabalho deve passar as

mãos pelo c or po da cabeça p a m baixo, se descarre­ gando


também .
Este é um trabalho que requer uma certa ha­
b i l i d a&, como também um certo conhecimento do
que se está fazendo .
Após terminar está parte , abrir a garrafa de
cerveja branca, derramar u m pouco em cruz, sai-
T R A B A L H O S DE QUIMBANDA,

vando Ogun, o Orixá Guerreiro, e em seguida der­


ramar a cerveja em cima do ponto riscado, dizendo:
Ogun vencedor de demandas., que com seu escudo
nos defenda, e leve daqui tudo de ruim, todo mal,
todo o embaraço e toda amarração e que guerre:.e .
no meu caminho . Assim seja.

N o t a importante : a pólvora a ser usada neste


trabalho, deve ser de cor preta, poís somente deste

tipo é que, s.erve para ser usada em pontos de fogo .

A cor da pemba deve ser branca para este tra­balho,


não podendo a mesma ser substituída por
pemba de _ outra cor .

A pessoa que for fazer este tipo de trabalho,


deve firmar seu Anjo de Guarda, usando
para .iE.to uma vela branca, acem aQ lado de um
copo com água, e uma outra vela de cor branca,

acesa p.ara orXA L A , o Rei do It��ndo .

TRABALHO D E Q U I M B A N D A C O M P O N T O D E
F O G O , MANDANDO U M A D-E M A N D A D E VO LTA
PA R A A PESSOA INIMIGA

Este trabalho deve ser feito em um dia de


sexta-fe!ra, do lado de fora de casa, utilizi!
ndo-se
para isto um quintal, o u uma área, sendo que a
meEma deve ser :Sempre na :parte de fora d e .casa
(fora d o corpo da _casa) .
Para isto, compra-se o se gu i n te material con­
forme segue : 7 cartuchos de pólvora preta (fari­
n h a preta, nome usado na Umbanda), 2 v·elas de

cor branca, um copo branco liso e virgem, uma


peroba vermelha, uma lata ou garrafa com água
do mar . De posse deste material, como já mencio­
nei, um dia de sexta- fei r a , i r para o qu i ntal de casa
e :acender. �m cim.a de um a J;Uesa, uma ·d a s velas
TRABALHOS DE QUIMBANDA

bra ncas o ferecendo-a a Oxalá, e em seguida,

acen­ d e r a 2 .a em homenagem ao A n jo de
G u arda, d a pessoa q ue for execu t a r o tra b alho.
p o n d o a o la d o o co p o c o m á gu a , á g u a esta q ue
dever á · s e r despa­ c h a d a em água c o r r e nt e no flm
da t r a b a l h o .
Primeiramente to rna-se necessár�o riscar um
p o n t o n o chão, c o m a P.emba ver melha, c o n f o r m e
vemos n a grav·ura d a p á g ' n a a n t e r i o r , sendo q ue a
a b e r t u r a do p o n t o deve f i c a r e m d ir e ç ã o d a r u a .
D e p o i s de r is c a d o o p o n t o c o m a p e m b a ver­
melha, de�endo o m e s m o ter de u m m e tr o e meio a
dois metros. de la r g ura , cobre-se o mesmo com a
p ó l vora p r e t a cobrindo-se somente o círC'ulo feito
c o m a p e m b a , deixando-se so mente a e s trela sem
pólvora, pois. é o lo cal o nd e v a i f i c a r á pessoa a ser
descarregada, devendo a mesma ficar de frente
ao g a r g a l o, m e l h o r e x p l i c a n d o : d e f r e n t e p a r a a
a b e r t u r a d o p o n t o riscado; t u d o p r o n t o coloca-se
a pessoa n o centro do p o n t o r i s c a d o e c a n t a
o se­
g u:nte p o n t o :

Só m a n d a f ogo
Jl': q u e m pode m a n d a r ,
M e u p o n t o é s e g ur o
N ã o p o d e f alhar,
· S ó m a n d a fogo
É q u e m pode m a n d a r,
M e u p o n t o é segur o
É meu Pai O X A L A

C a n t a n d o - s e este p o n t o p o r 7 vezes, d e p�.se


de ' l c h a r u t o aceso, toca-se f o g o no ponto, n a
NA FORÇA :OE UM PRETO VELHO

p a r t e que .fica as costas d a pessoa que & . t á sendo


descarregada, isto é: o n d e está a c u r v a d o p o n t o
riscaQ.o, lo go q u e o p o n t o de p ó l vora c o m e ç a r à pe­
gar fogo, a pess.oa q u e está sendo descarregada,

deve pastar as mãos pela cabeça; pelo tronco e

pelas pernas, sempre de cima para ba ixo, e desfa­

zendo ass:m das c a r g as m a l i g n a s , d ize nd o : q u e todo


o mal, to d o o e m b a ra ç o e to d o o peso v á embora,
q u e v á de v o l t a p a r a q u e m m a n d o u , · e se so uber
o
n o m e da pessoa i n i m i g a , d i z e r q u e v á de v o l t a p a ra
f u l a n o etc. Neste ínter im, q u e m estiver f a z e n d o este
t ra b a l h o, t a m b é m se deve descar regar igualmente
a q u e m está sendo descarregado, pois d o c o n t r á r i o
pode ser a t i n g i d o p o r a l g u m a c a r g a d e i x a d a pela
pessoa que se e s t á d e s c a r r e g a nd o .

E s t e t i p o de t r a b a l h o é m u i t o u s a d o pelos Pre­
to s Velho s, Caboc los., etc . p o is p o d e m no ta r, que
ao e xe c utar e m este t r a b a l h o eles n ã o se descarre­

gam, pois. n e s t e c a s o é o G u i a quem. o e s t á f a z e n d o , de

modo que ele d is p e ns a este detalhe, porque o


m e s m o goza de u m p l a n o m a i s superior, p o is está
e s p i r i t u a l m e n t e m a f s f o r te do q u e nós n a m a i o r i a
d a s vezes..

Te r m i n a d a esta parte, p e g a r a ág ua do M a r
e d e r ra m a r e m c i m a d J p o n t o r is c a d o q u e a essa
a l t u r a p e r m a n e c e c o m as marcas q u e a p ó l vora
queimada d e i xo u e m s e u co ntor no, lavar c o m a
água do M a r, p a s s a n d J e m seguida u m a v·assoura
p o r c i m a , o u e m substituição, u m a mo:ta de galho s
de m a t o o u p lanta s , f i n a l i z a n d o, d e r r a m a r o copo
70

c o m á g u a e m á g u a corrente, de spachando dizendo i

q u e t o d o o m:al v'á e m b o ra . AE�im seja p a r a sempre.

N o t a i m p o r t a n t e : E m p r i m e i r o l u g a r o d i a p a ra
este t r a b a l h o deve ser uma sexta-feira, de prefe­
r ê n c i a se possível a o m e i o d i a às dezoito h o r a s ou

à meia�noite, pois; são estas as horas mais propi­


cias p a ra este t i p o de t r a b a l h o .

A p ó l v o r a a ser u t i l i d a d a deve ser preta, e a


c o r d a p e m b a ve r m e lha, n ã o esquecendo ante s de
i n i c ! a r o tra b àlho, q u e s� deve ac e nd e r 'lima vela

b r a n c a p a r a O x a l á e a o u t r a p a r a o A n j o de G u a r­
d a d a p e s.!'.o a que for fazer o trabalho .
Q u e r o l e m b r a r m a i s u m a v·ez de q u e o tra b alho
dev� ser f e ito do la d o de f o r a de casa, e q ue o
ponto

r i s c a d o . deverá . f i c a r c o m a a b e r t u r a p a r a f o r a

de casa, e n f i m n a d �reção d a p o r t a d a rua, p a r a


que
o mal possa s a i r . Q U I M B A N I M
DESCARGA E
T RABALHO DE
FEITO E M CIMA DE
D E M A N DA ,
ENCRUZILHADA
UMA

. Com antecedência, co mpra r o sq;uinte ma­


terial : u m a vela p r e t a e ve r m e lha, tr ês velas. b ra n ­

cas, u m c o p o v í r g e n i e l i s o de c o r b r a n c a (inco lo r) ,
d u a s g a r ra f a s de c a c h a ç a (marafo) , dois charutos,
duas c a iXas d e fósforos� u m a p e m b a p r e t a e ou-
N A F O R Ç A D E . U M P R E TO VJl;LHO

t r a ver melha, sete ·cartuchos de p ó l vora preta, e


u m a vela v e r m e l h a .
D e posse deste m a te r ial, e m u m d ! a de sexta

f e i ra , às 12, 18 o u 24 h o ra s , antes de m : r de casa

p a r a se e x e c u t a r o t ra b a l h o. ac e nd e r e m casa u m a
das v·clas b ra n c a s e m h o m e n a g e m a o R e i d o M u n d o,
no s s o P a i O X A L A e a 2.a p a r a o A n j o de G u a r d a
de q u e m v a i e xe c u t a r o tra b alho, p o nd o - a ao la d o
d o copo c o m ág ua, e a 3� vela b ra nc a, será acesa
p a r a o A n j o de G u a r d a d a pessoa q·ue v a i �.er des­
carr egada; já r e a l i z a d a esta p a r t e se c a m i n h a r á
para uma Encruzilhada e m f o r m a de u m X , En­
cruzilhada formada por d u a s r u a s q u e �e encon­
tram, sendo que a mesma deve ser p r o c u r a d a lon­
ge d o c e n t r o das cidades, p r o c ura nd o - s e p a r a isto
u n i loteamento, enfim, u m l o c a l de p o u c a freqüên­
cia d e pee�.oas estra nhas p a r a q u e o t r a b a l h o se
possa desenvolver c o m u m a c e r t a liberdade, e q u e
n ã o v e n h a a ser p r e j u d i c a d o p o r o lhos estranhos
a o t ra b a l h o a ser e xe c u t a d o ; escolhido o l o c a l con­
forme ex pliquei, chegando r. a Encruzilhada, em
p r i m e i r o lugar, s a l v a r O g u n , o O r i x á G u e r r e i r o n o

c e ntr o d a E n c r u z i l h a d a , pois é O g u m o d o n o do

E n c r u z o, e bem n o c e n t r o d o m e s m o a c e n d e r a vela
vermelha em homenagem a o Or ix â G u e r r e i r o, pe­
dindo a ele l i c e n ç a para fazer um trabalho na
Encruzilhada . Finda esta parte, abrir uma gar­
r a f a de c a c h a ç a e d e r r a m a r e m cruz nos 4 cantos
da Encruzilhada, S a l va n d o o Grande Rei das 7
E n c r u z i l h a d a s , e n o 4.o e ú l t i m o c a n t o d a E n c r u ­
m,· depois de c r uzar, p o r .a g a r r a f a de pé, e m se-
72 TRABALHOS DE QUIMBAND�

g u i d a a c e n d e r a vela p r e t a e ve r m e l h a p o nd o - a ao
lado d a g a r ra f a e depois. ac e nd e r o c h a r u t o, d a n d o
7 b a f o ra d a s p a ra o alto, m e n t a l i z a n d o tudo a q u i l o
q u e se va i f aze r e pedir, p o n d o a s e g u i r o c h a r u t o

e m c i m a d a c a i x a de fósforos q u e deve p é r m ane c e r


·
com 7 p a l i t o s p u x a d o s c o m as p o n t a s p a r a
f o ra e dizer o s e g uinte : G r a n d e R e i d a s 7
Encruzilhadas,
e u te ofereço este p e q u e n o presente, e te p e ç o que

t o m e c o n t a e pr este c o n t a d o q u e vou f a z e r e pedir ,

c o m a ,certeza a b s o l u t a que serei a t e n d i d o inte ira ­


mente por vós . A seguir pedir licença andando
p a r a trá.s, i n d o p a r a o c e n t r o do E n c r u z o, o n d e a
pessoa q u e está f a z e n d o o t r a b a l h o r i s c a r á o p o n t o
com a pemba preta e v·ermelha, d e m o d o que o
p o n t o f i q u e r i s c a d o p a ra l e l a m e n t e c o m as d u a s co­
res, o p r e t o e o ver melho, t e n d o m a i s o u menos
u m a c i r c u n f e r ê n c i a c o m o d i â m e t r o de u m m e t r o
e m e i o a dois. m e t r o s c o m o f o r m a t o q u e d e m o ns tr o

na página segu�nte.

A p ó s ser r iscado o p o n t o c o m a p e m b a p r e t a
e vermelha, p ara le lam e nte , meno s a meia lua, e
as 2 estrelas q u e devem ser r�scadas s o m e n t e c o m
a p e m b a ver melha, c o b r i r o p o n t o c o m a p ó lvora
p r e t a d e i x a n d o de c o b r i r a l u a e as d u � . estrelas;
isto feito, s.e c o l o c a r á o I r m ã o de F é q u e v a i ser
descar regado e m c i m a d a estrela d o c e nt r o c o m a
f r e n t e v o l t a d a p a r a a a b e r t u r a do ponto, q u a n d o a
pessoa q u e está f a z e n d o este t ra b a l h o, a c e n d e r á o
c h a r u t o e depois de aceso o p o r á n o círc·ulo do pon­
to, q u e f i c a r á n a s eos.tas do I r m ã o de F é q u e va i
s e r d e s c a r r e g a d o e l o g o q u e a pólv'Ora p e g a r fogo,
74 �RABALHOS DE
QUIMBAND�
tanto o que está descarregando como o que for des­
carregado passará as mãos da cabeça para baixo,
pelo corpo e pelas pernas. sempre no sentido de
cima para baixo repelindo as :cargas daninhas para
fora e dizendo : q u e todo o mal, todo o embaraço,
toda a amarração e toda a demanda q u e vá de

volta para fulano (dizer neste ínterim o nome com­


pleto da pessoa inde.zoejá v·el) e que o Grande Rei das
7 Encruzilhadas, firmado em cima deste Encruzo,

que leve tudo de r u i m de volta, me libertando des-te


malefício; assim seja sempre . Depois d e pronun­
c�r estas palavras, sair do ponto riscado_; e pegar
a peroba preta e a vermelha, pondo-as ao lado do
p r e.�.en t e q u e se dera ao Grande Rei das 7 Encru­
zilhadas, dizmdo o segu'nte : que .o senhor to me
conta; terminando, pedir licença ao Grande Rei
das 7 Encr·uzilhadas, e a Ogun, o dono das Encru­
zilhadas, saindo de costas, indo embora, e não olhar
para trá.�; de m o do nenhum, deixando d e passar
pelo local por longo tempo .

Chegando em casa, derramar o copo com água


e m água corrente de uma torneira dizendo : que
tudo de mau vá embora .

Nota im p ortante : Es te tipo de trabalho


deve ser f e i t o em um dia de sexta-feira nas horas
aber­tas (hora grande ) 12, 18 ou 24 horas .

Não esquecer de firmar Oxalá e os dois Anj os


de Guarda, o de quem vai fazer o trabalho, e o de
quem vai ser descarregado.
N;A FORÇA - D E - UM P R E T O V E L H O

As pembas a _sere m usadas serão a preta e a


v ermelha , usando-se para isto o r is c o em paralelo,
isto é u m risco pr eto e o outro vermelho, sendo que
as estrelas e a lua serão riscadas somente com a
pemba ver mel h a , o p re t o representando a.s. t re va s
e o vermelho a g u er r a, que vão t r a v a r a t r a v·és; da
demanda ; depois de riscado o ponto •.conforme expli­
cado, encher de pólvora preta somente o contorno
com os tridentes, deixando-se sem p ó lv o r a a l u a e as
estrela.e. que representam a luz e a força que
vão dar ao Irmão de F\� q u e vai ser descarregado.
Não esquecer q u e a cachaça deve ser derral.la­
da em - forma de cruz (cmzando ) nos
4 .cantos _da

_En cr u zi lha d a ,pondo a garrafa e o r est an te


somen-_ te n o 4.o �an t o da Encruzilhada, onde no
final de� verá ser pDi'.to também as 2 p em b as , po.!.s
o G r a nd e R e i das 7 Encruzilhadas é que fi cará
no fi nal com as, pembas, pois ele ·.3 quem v a i
t e r m i n a r n o A s ­ t r a l com este t r a b a l h o , e que eomente

os c ant os .das E n c r u z : I h a d a .S é que pertencem aos

E:xus, e o centro o n de s e a c erid �r á a vela e n :c a rn a-

d a é q u e é de Ogun o Orixá Guerreiro , onde


·comanda t odo o Povo _ das Encruzilhadas ,
constituindo desta_ forma . u m au­ tê n t ic o _
general, o Vencedor de· Demanda .
_

*
Leia "Saravá Og un" ; neste v-olume encontrará
tu d o sobre OJun: banhos, de f u m ações, firmezas;
tro b alh os, pontos cantados e riscados e diversas
76 TRABALHOS D E QU!MBANDAt

l u m e a u m O R I X A , a s s i m c o m o t a m M m a divérsos
E X U de G u i a .

T R A B A L H O D E Q U I M BA N DA , C O M D E S C A R G A
D E P O N T O D E F9 ( ; 0 , PARA S E R R E A L I Z A D O
Et'\l U M A C A S A D E N E G O C I O

C o m p r a r c o m antecedênc:a 7, 14 o u 21 cartu­
c ho s de póJvora, esta quantidade deve ser com­
p r a d a de acor do c o m o c o m p r i m e n t o d a c a s a de ne­

p ó c io e m que se v a i r e a l i z a r o descarrego , duas. ve­


Ias b ra n c a s , e u m c o p o liso e i l i c o l o r c o m águà,
um c h a r u t o, u m a c a i x a de f ó s f o r o e u m a g a r ra f a
de cachaça, l a t a o u g a r r a f ã o c o m á g u a d o ma r
q ue deve ser c o l h i d a com ante,cedência, e se guar­
d a d a e m l a t a o u g ar ra f ã o, deixar guardada sem
t a m p a r o vasilhame, po:s se assim for, o l i q u i d o
p e r d e r á o efeito de s u a força, e, se p o r v e n t u r a o
t r a b a l h o f o r r e alizad o e m c id a d e s o nd e o M a r f o r
distante, o m e s m o pode se·r s u b s t i t u í d o p o r ág ua
de uma cachoeira , o u de um Rio, e n ã o esquecer de
f o r m a a l g u m a de se p e d i r lic e nç a o n d e se c o l h e r a
ág ua, �.e n o M a r, p e d i r l i c e n ç a a I e m a n j á a Ra i­

nha do M a r, se na Cachoeira, pedir licença

a O x u m , e se em R io, a d o n a d o d i t o R i o, nestes
lo­ c a is ·á m u i t o c o m u m depois de se p e d i r l i c e n ç a
e se c o l h e r a água, c o s tum a-s e j o g a r u m a m o e d a
nas águas como pagamento do líquido que se
leva ,
NA FORÇA DE UM PRETO VELHO

tanto no M a r, como n a s Cacho eira s, e como em


q u a l q u e r R i o, depois de se p e d i r l i c e n ç a se a t i ra
a d i t a m o e d a e se d'z : e u vos agradeço e vos pago

pelo líquido q u e levo; pede-�e l i c e n ç a e se r e t i r a .

De pos�e do material discriminado e dos


pre � ceitos q u e a c a b o de e x p l i c a r p a r a se o bter a

dita á g u a , em um dia de sexta fe ira , depo's de

estar a casa comercial fechada, deixa-se a porta


principal entr eaber ta, acende-se uma das velas

brancas. a OXALA e a 2.a para o Anj o de


G u a r d a da pessoa q u e vai executar o tra b alho,
pondo -a p e r to do
c o p o c o m água, t u d o e m c i m a de u m a mesa; nesta
p a r t e , q u e r o c h a m a r a a t e n ç ã o do I r m ã o de Fé :
s o m e nte acende se v·elas n o alto, e n u n c a n o chão,
a n ã o ser p a r a os I L W . Vo l t a n d o ao assunto;
p r i m e i r a m e n t e risca-se u m p o n t o c o m uma pem-
\
ba b ra n c a , 'Conforme demonsitro n a gra vura da

página segu�nte, com os d e t a l h e �. necessários .

F�.te p o n t o deve ser r i s CL>td o no c e ntr o da


lqja, c o m pemba bra nca conforme já expliquei,
sendo q ue a seguir deverá ser coberto com a

p ó lvora p r e t a , u n i n d o a s 3 e s t r e l a s a o c i r c u l o r i s c a d o ,

sendo que s o m e nte a estrela que p e r m ane c e no


centr o do ponto . e a lua, que permanecerão
iso ladas do restante do ponto riscado, e não
esquecer q u e deve­ se d e i x a r sempre u m lugar no

círculo c o m m a is c a r g a d e pólvora , l o c a l este q u e


78 T R A B A L H O S · D E · QUIMBANDAi

Depois de pronto esta parte, dentro do que


expliquei nos mínimos detalhes, a pessoa encar­
regada de executar o trabalho, acenderá seu cha­
ruto, e quando estiver bem aceso, o colocará no
local, onde deixará ma : .�. carregado de pólvora,
para pôr o charuto aceso, começando neste ínterim
o ponto a queimar que tanto arderá para os fun­
dos, como também para a entrada da casa de ne­
gócio . Chamo a atenção do Irmão de Fé, que para
isto ser feito é necessár�o remover móveis ou quais-

quer outros objetes. que estejam perto do po n to


ris.cado, pois se assim não for feito pode-se propa­
gar um incênd:o no local, coisa que não vem ao

encontro do que se v ai fazer, pois n a n o r a do pon-


NA FORÇ A DE UM PRETO VEI;HO 79

to começar a arder, alguxu. podem achar esquisito,


mas é uma coisa até interessante, vemos o rastilho .
percorrer os 4 cantos da casa, momento este que
tanto a pess.oa que for executar o trabalho, como
tc mt,.m o�. que estiverem presentes, que de modo
geral, devem ser os donos da casa e talvez algum
parente, e nada além do que isto se de,scarregarão
passando as mãos pela cabeça, pelo tronco e pelos ·

membros inferiores, sempre em sentido da cabeça


para os. pés, de modo que qualquer carga negativa,
no decorrer da que:ma da pólvora v'á embora .
Terminando esta parte, pega-se a água do mar,
e joga-se aos poucos em cima do ponto já queimado,
e a seguir passa-se em cima a vassoura,
no .sentido
· sempre
de vez . dos fundos dae�casa
Terminando para a derrama-se
.te trabalho, porta da rua,
o
que deve permanecer sempre
copo com água em água corrente . entreaberta ou aberta
Terminando esta parte, abre-se então a gar­
rafa de cachaça, e todos perto da saída d a casa
comercial, derramar a cachaça em cruz, cruzando no
centro esquerdo da porta e indo derramando até
o canto dire.i:to da porta ou portão, dizendo: Seu

porteira, firme esta portaria para os Irmãos de Fé


amigos e feche para os inimigos . Ne�.te ínterim
derramar no centro o restante da cachaça e dizer :
estou confiante, e que assim seja sempre .

N o t a imrportante : Este trabalho somente deve


s.er feito em um dia de sexta-feira, depois que fe­
char a casa de negócios, e não deixar que olhos
80 TRABALHOS I>E· QUIMBANPA1

. profanos pennalleça� no iocal - p a r a assistir


.

ao trabalho, e somente deve p e r m a ne ce r a l i de

cor­ p o p r e s e n t e a pe s soa que for executar o

t r a b a l h o , e o d o n o o u dono�. da casa co mercial e


algum pa­
re nt e p ró x i mo q ue seja am' go dos donos da casa;
é u m t rab al ho q ue se deve g u a r d a r seg r edo abso­
luto, p a r a que n ã o v e n h a a quebrar a fo r ç a do
me smo .
C h a m o a atenção do I r m ã o de· F é , que a quan­
tidade de pólvora a ser usada v ar :a de acordo com
o t a m a n h o d a ca.:1a de negóc:o em que se vai fazer o
trabalho, e aconselho que se compre os cartuchos
de pólvnra sempre e m nú me r o de 7 unidades . A

me u ver, acho que é m e l h o r sobrar do que faltar ,

p o rt ant o se sobrar, •co�.tuma-se reforçar os locais no


ponto r�zcado, onde se colocou p ouca pólvora, de
mo d o q ue n u n c a so b r ar á nad a, e n ã o esquecer que
o local onde se p o r á fogo co m o charuto, o local
deve ser reforçado de pólvora p a r a f a c i l i t a r o an­
d ame n t o do t r a b a l h o e n ã o esquecer de f o r m a al­
g u m a de remover os obstáculos do c a m i n h o onde
f o r fe:to o ponto ris•cado, pois evitará u m inc � ndio
que pode ser causado p or f a l t a de prudênc;.a duran­
te a execução do trabalho.' O s móveis devem ser
afastados do c a m i n h o onde p assará o fogo quando
começar a ar d e r a pólvora, p ortant o deve-se prestar
atenção no.S m í n i m o s detaiJise .
A p é ni b a a ser usada neste t r a b a l h o deve ser
b r c n c a , n ã o podendo ·ser �.ubstituída p o r u m a de
o u t r a cor.
NA FORÇA D E U M P R E : To VELHO

DE
TRABALHO DE QUIMBANDA COM PONTO
F O G O PA R A P E S S O A I N D E S E J Á V E L

Comprar uma garrafa de cachaça, uma vela


preta e vermelha, duas velas brancas ,· u m copo
branco liso, fósforos, um abridor de garrafas, uma
pemba preta e outra vermelha, um charuto, um
punhado de �ai grosso, p�menta da costa e 7 alfi­
nestes virgens (sem uso) e pólvora preta. Em um
dia de sexta feira ao meio dia, seis horas da tarde,
ou recinto fora de casa risc1a-�e o ponto que se vê
na ilustração da página seguinte, acende-se uma
vela branca para O X A L A e a 2.a para o Anjo de
Guarda de quem vai fazer o trabalho 1 colocando-a
ao lado do copo com água, e a vela junto do ponto
riscado .

De posE·e� do citado material, em dia de sexta


feira, procede-se do modo seguinte: em um quintal,
ou recinto fora de casa ri.�.ca-se o ponto que se vê
na página seguinte, acende-se uma vela branca pa- -

r a O X A L A e a 2.a para o Anjo de Guarda de quem


v-ai fazer o trabalho, colocando-a ao lado do copo
com água, e a outra vela j u n t o do ponto riscado .

Este ponto é riscado com as pembas preta e


vermelha, u m risco preto e outro vermelho em
sentido paralelo, deixando ao lado na parte de fora
a vela preta e vermelha acesa para E : X U da Encru­
zilhada; terminada esta parte, cJbre-se o ponto
com a pólvora preta depois esçreve-se e m u m pa·
82 TRABA�HOS D E QUIMBANDA1

pel branco o nome da pessoa inimiga 2 veze.s. for­


mando uma cruz, u m nome atrav·essando por ,cima
do outro, colocando-o bem no centro do ponto ris ­
cado, onde �.e encontram os 7 tridentes; depois, co­
loca-se em cima os. alfinetes., a pimenta da costa,

e por c i m a o sal grosso, concluindo com a pól v ora

preta, reforçando bem o local, pois é onde se deve a


seguir acender o c h a r u t o e depois de bem aceso,

c o l o ca r n o centro do ponto. que deve perniane�er


N A F O R Ç A DE UM P R E T O V E L H O

bem carregado, e se toca fogo �com o charuto, neste


mo me n t o as pessoas interessadas d eve m me ntali ­
za r a pessoa i n i m ; g a d u r a n t e o tempo que decor­
r e r a queima do ponto, neste ín·terim as pessoas
presentes lev·em ir descarregando o corpo com as
mãos sempre de cima p a r a baixo, afast and o a.s car­
gas daninhas; depois disto fe:to, l a v a r o lo::al onde

se ri s c o u o p o nto , c o m a c a c h a ç a e l e v a r a v e l a p re ­ t a

e v e r m e l h a , c o m a g a r r a f a de· c a c h a ç a para a En­


cruz i l had a mais. p ró x i ma onde e m u m dos 4 cantos

coloca-se a garrafa e a v·ela p r e t a e v e r m e l h a que


deve ser acesa e ofer � cida ao E X U da E n c r u z i l h a d a
p a r a que tome conta . N ã o esquecer, tanto n a che­

gada n a Encruzilhada, como ao ret' rar-se da mes­


ma , de p e l i r l i ce nça a Ogun, po�s o me smo é a
dono das E n c r u z i l h a d a s .

N o t a : Est e t r a b a l h o deve ser feito e m u m a i a


de sexta-feira nas horas que c:tei .

O local a ser usado deve ser fora de casa, no


q u i n t a l o u terreno fora de casa, p a r a que no finali­
zar o trabalho, a c a c h a ç a restante e a vela preta e
vermelha, depois de acaa e apagada no f i m do
t r a b a l h o seja somente acesa a o l ad o d a garrafa,
no centro d a E n c r u z i l h a d a .

Os alfinetes devem ser e m estado virgem, que

n ã o t e n h a m antes sido usados; os mesmo�. são col o ­


cados e m c i m a do papel escri·to co m o no me da
pessoa inimiga, a seguir colo:a-se a pimenta da
costa e depois o s.al grosso .
8 TRABALHOS I>E QUIMBANDAI
4
Muitos ao lerem este trabalho dirão : porque
o sal grosso? O sal é o símbolo do bat'�mo, caro
I r mã o de H�, ele· tanto batiza o mal como o bem .
dependendo do modo que v·ai ser usado; o Irmão
de Fé, deve notar que quando o ponto pegar fogo,
ocasionarão adguns estalos, é ai que está a miron­
ga da coisa, até o .�al quando pega fogo exp�ode .
Não esquecer ao finalizar, de lavar o local ris­
cado com cachaça, e esfregar ::om uma va��om:-a
e,
se possível, a seguir, com água.

PONTO D<E FOGO EM U M T R A B A L H O


DE QUIMBANDA ENVIADO A PESSOA
INIMIGA

Comprar 7 cartuchos de pólvora preta (fari:­


n h a preta) , uma pemba vermelha, uma garraf a de

cacbaça, u m a vela preta e vermelha, 2 velas bran­


cas, um copo, sal gro::-�.o e pimer�ta da costa .
EISte trabalho dev-e ser realizado em um dia de
s e x t a ­ feira ao me' o-dia, ou me:a-noite, poia são as

horas mais aconse-lhadas. para esta finalidade, por serem


as horas abertas, chamadas também de hora
grande.
De posse do material mencionado, prime:ra­
mente acender uma das velas brancas em home­
nagem a O X A L Á e a outra para o Anjo de Gaarda
da pessoa que for rEalizar o trabalho, colocando a
mesma ao lado do copo com água; prosseguindo
NA F O R Ç A DE U M PRETO V E L H O

com o material restante ir a t:ma encruz:Ihada


•" m f o r m a de X , escolhendo u m a e m local lor.;.ge
de
casa, e l o n g e de olhos profane.�.; lá c h e g a n d o, no
c e n t r o d a e n c r u z i l h a d a s a l v a r O g u n , o Or�xá -Guer­
r e i r o , b e m n o c e n t r o C:a E n c r u z i l h a d a , e a s e g u i r
p e d i r E.ua l ' c e n ç a para realizar um 'trabalh o em
seu domínio, pois como c:tei e m trabalhos ante­

riores, O g u n é o Dono das Encruzilhadas, e ·,§ e l e

q u e m d á or de n s , e q u e m c o m a n d a t o d o s os ECr o
q u e m o r a m n o E n c r u z o ., d e f o r m a q u e t o d o e q u a l ­
quer t ra ba lh o qu e for realizado n a s Encruzilhadas
deve-�.e e m p r i m e ' r o lu g a r pedir Ecença a Ogun,
para. a segu·ir fa zer -s e a q u i l o q u e se d e s e j a r . Vo l­
tando ao traba lh o, a z e g u i r escolhe-se u m dos 4
c a n t o�. d o encruzo e ali risca-se com a pemba

ve·r­
melha, o p o n t o q u e a p r e s e n t o n a p á g i n a seguinte,
pondo-se n o c e n t r o d o me.?.mo o n o m e d a pe s soa
i n i i l i g a , e s c r i t o e m u m p a p e l b r a n c o sem u s o .

D e po is de riscado o ponto, c o m a p e m b a ver­

m e l h a , c o b r i r o r is c o, c o m a p ó l v o r a p r e t a , c o l o c a n ­
do a seguir o nome escrito em cruz, isto é uma

vez, p o r c i m a d a o u t r a f o r m a n d o u m a c r u z , colo­


cando-o no centro do ponto ris.::ado; a s e g u : r, colo
u m l o c � l d a d r c u n f e r ê n c ' a do
m r e m c i m a d o p a p e l a p i m e n t a pd ao n ct oo s trai s ec Çtdd eop, o i s
c a r r e ga r m a i s c o m pó lv ora preta, pois é o local ·

o
o n dsea l d egvreorsás ose ppoôr r fcoi m f i n a l i z a n d o , i stc o,
g oa ,. Con�.eguindo�se
e a r raet g
raa­r
vés de um c i g a r r o , o u de um charU:to aceso, que se
por cima com pólvora preta, c obrindo b e m o
papel, e de:xando na parte de fora, eE.colhendo
para isto
86 TRABALHOS D E QUIMBANDA

colocará no local que mencionei, logo que o ponto


começar a queimar a pess.oa que estiver fazendo o
trabalho deve-se descarregar, p assando as mãos

pelo corpo, d a cabeça p a r a os pés e e m p u r r a n d o


as cargas para cima d o p o n t o r iscado Terminada
.

esta par te, do lado de fora do ponto já q u e im a do


a c e n d e r a vela p r e t a e ve r m e lha oferecendo�a ao

Povo das E n cruzi l ha das, a s e g u i r abr :r a g a r ra f a


NA · FORÇA D E U M PRETO VE L HO

de cachaça e derramar um pouco em cruz, sal­


vando o Povo das Encruzilhadas, e desta mesma
forma n o s outros 3 cantos d a E nc ruz ]ha d a , repe­
te-se a m e s m a c o i s a , d e m o d o q u e o s 4 c a n t o s fi ­
q u e m fi r m a dos. c o m a c a c h a ç a em h o m e n a g e m an
Povo das Encruzilhadas e em s e g u i d a , c o l o c a - s e
a garrafa com o restante da cachaça bem no
centro do ponto riscado e já queimado, dizendo-
se o se ­ g u i n t e : que todo o povo das E ,n
cruzilhadas tomem c o n t a de você (dizer o nome
completo da pessoa inim ' ga ) . Te r m i n a n d o ,

retirar-se pedindo licença a O g u n e a t o d o o P o v o

das E n cruzilhadas, dando 7 pa.�so s para trás e


indo embora, evl t a n d o se passar pelo local por
longo tempo .

N o t a import.:mte : E s t e t r a b a l h o d e v e s e r f e i t o
e m u m d i a d e s e x t a - f e i r a , o b e d e c e n d o - s e para i s t o
a s h o r a s m e n c i o n a d a s : meio-d � a o u m eia -no it e .

O local d e v·e ser 'Uma Encruzilhada em

forma d e X . Encruzilhada m a c h o , assim é ela

conhecida na Umbanda e na Qu:mbanda; para


este tipo d e t ra b a lh o , a c o n se lh o o I r m ã o d e Fé q u e
o f o r realizar p r o c u r a r p a r a isto .u m a E n c r u z i l h a l a
f o r a d a d d a ­ d e s e f o r p o s s ível, i E t o é, e s c o l h e n d o
p a r a isto u m l o c a l d i s t a n t e e l o n g e d e c a s a e se

p o s s i v e l, um loteamento pois são l o c ais mais


desertos e d e c h ã o
d e t e r r a e n ã o d e a s f a l t o , s ã o e s t a s a s E n c r u z i l h a­
das ma !s certas e ma is segura s pa ra qualquer tra­
b a l h o d e E n c r u z i l h a d a , s e j a ele o q u e for, po is s ã o
cam�nhos pouco usados pelos passos do h o m e m
88 TRABALHOS DE QUIMBANDJ!.

pois são limpos e quase virgens, por t e re m pouco


uso p e l a podridão n a t u r a l e é no ca�o a h u m a n i ­
dade, po's o h o m e m aonde chega polui, des.trói, etc.
esta é que· é a verdade, pois aonde chega a presen­
ça do h o m e m c o m �.eu progresso, conseqüentemente

ch e gam as doença�, a poluição e aütomaticamente

j·unto com o progresso, a destruição, e dizem pro­


gresso . O que é progres�o? F n r a mi m , n o m e u en­
t e n d e r é si n ô ni mo de destruição; ma�. voltando ao
aE"supto, as Encru z i l had as, q uanto mais ermas. me­
lhores serão, poi.�. poucos olhos estranhos por ali
passarão, portant o nos traz u m a m a i o r e me lhor
tranquilidade p a r a se real i z ar ou arriar-se qualquer
tipo de trabalho, e sendo de pouca populo.ção o
local, todo e qualquer t r a b a l h o te rá mais efeito e
consequentemcnte nos trará melhor resultado .

N ã o esq1.:·ecer de f o r m a a l g u m a antes de ca­


m i n h a r p a r a o local escolhido, de f i r m a r antes de
sa:r de casa, O X A L Á e o A n j o d e G u a r d a , utir.zan­
do-se p a r a isto 2 velas b r a n c a s e o copo eo m água,
colocando-os. sempre em c i m a de local alto, como
mesas etc . despejando-se a á g u a do copo e m água

corrente ao v o l t a r p a r a casa apó3 fazer o trabalho ,


e se p e r v e n t u r a a pe.�.soa que for fazer o trabalho
for a c o m p a n h a d a de pessoa�. amigas ou parentes,
cada u m deles, ao sa i r de casa dev·e deixar u m a
vela b r a n c a acesa para se u A n j o de G u a r d a , pois
do· co ntrário podErá trazer p a r a si, u m respingo
do que foi feito n o t r ab al ho c o n t r a a pessoa ini­ ·

miga .
N A FORÇA D E U M P R E T O VELHO

A pemb.a a ser usada neste trabalho, deve ser


de cor vermelha, pois é esta a cor da guerra, das
demandas travadas, e a pólvora deve ser preta
usando-se para isto 7 cartuchos, o ponto riscado
deve ter o diâmetro mais ou meno.�. de 1 metro,
procurando a;:umular maior quantidade de pól­
vora onde se porá o fogo na cricunferência de
fora, e ma's ainda no centro do mesmo, onde s e
colocará o nome escrito em papel branco e v·erme­
lho com o nome escrito em cruz, da pessoa ini­
miga .
O uso da garrafa de ·cachaça é para se Salvar
todo o Povo das Encruzilhadas, usando a para s.e
cruzar os 4 cantos da Encruzilhada, pois a mesma
tem que ser em forma de u m X, dois caminhos
que se cruzam .

TRABALHO PARA SER REALIZADO


NO PORTAO DO CEMIT:eRJ:O PARA UMA
PESSOA INDESEJÁVEL

E m u m dia de sexta-feira, i r ao portão do Ce­


mit·.5rio, com o material seguinte : 1 cartucho de
pólvora preta, 1 garrafa de cachaça, 2 vela.s. pi'eta
� er m elha, 1 churuto, 1 caixa de fósforos e um
e <V
abridor de garrafas e um pedaço de papel branco
c o m o nome da pessoa inim!ga; lá chegando com o
90 TRABALHOS D E QUIMBANDAI

material acima discriminado, em plimeiro lugar

no portão salvar Se'U Porteira, é ele o E X U

que toma conta do Portão do Cemitério, e em


seguida e m u m dos c a n t o s do p o r t ã o a c e n d e r u m a
d a s velas. p r e t a e v e r m � l h a e m s u a h o m e r � a g e m ,
a s e g u i r , no
o u t r o lado do p o r t ã o , a bre-se a g a r r a f a de c a c h a ç a ,
s a l v a - s e s e u J o ã o C a v e i r a d e r r a m a n d o u m p o u c o do
lí q u i d o e m c ru z , p o n d o - se a g a r r a f a n o c a n t o do
p o r t ã o d e f e r r o , a � . e guir, a c e n d e - s e a o u t r a vela
p r e t a e v e r m e l h a e m .sua h o m e n a g e m , e d e p o i s o
d i t o c h a r u t o d a n d o 7 b a f o r a d a s p a r a o a l t o , p t m­
s a n d o n e s t e m o m e n t o n a q u i l o q ue se va i pedir; a
s e g u i r p e g a - s e o p a p e l c o m o n o m e d a p e s s o a i n i­
m i g a , · c o l o c a - �.e n o c h ã o p e r t o d o l o c a l o n d e s e co­
locou a vela p r e t a e vermelha, pondo-se o p a p e l
com o nome escritJ da pessoa inim:ga, a b r e - s.e
o cartucho de pólvora preta, derramando seu
c o n t e ú d o e m c i m a do p a p e l e levando o ra stilho d a

pólvora até o pé da v·ela e dizer o que se qu e r

pedir para a pessoa inim:ga, pedindo a seu João


Caveira para tomar conta dela; depois d � sto
p e d i r s u a li­ c e n ç a p a r a s e r e t i r a r , e o· m e s m o p e d i r
a S e u Por­ te:ra, "pedir sua licença", indo e m b o ra
a seguir .

N o t a importan-te : F s . t e t r a b a l h o d e v e s e r f e i t o
em um dia de s e x t a - feira , podendo o portão do
C e m i t é r i o e s t a r fE.chado, f a z e n d o - s e o t r a b a l h o as
6 horas da tarde, ou as 24 h o r a s ( m e i a - n o : t e ),
q u a n d o s e e s t á e m c i m a d a h o r a g r a n d e , h o r a es,ta
q u e t e r á m e l h o r e m a i o r f o r ç a , A ve l a c o m a pól·
NA F O R Ç A DE UM P R E T O VELHO 9L

e o nome da pe�.soa indesejável, quando terminar


de arder ou se por ventura a mesma tombar, por­
t a n t o espalhar bém em v·oita da mesma .

TRABALHO PA R A F E C H A R O S C A M I N H O S 0 0
UlV.!A P E S S O A I N I M I G A

E m u m dia de sexta-feira, comprar u m a ga r ­


raf a de cachaça, u m a vela preta e vermelha, u m
c h arut o e u m cartucho de pólvora preta, e u m
papel branco com o nome da pessoa i n i m i g a escl:'ito;
de posse deste material, i r no portão do Cemitério
perto da hora grande (meia-noite) e lá chegando,
ac ender a v el a p r e t a e v e r m e l h a em h o m e n a g e m a
Seu Porteira, e pondo em baixo da mesma o papel
c o m o n o m e escr:to da pessoa i n i m i g a , e m seguida, abre-
se o cartucho de pólvnra preta, derramando a
mesma no pé da vela, cobrindo assim o papel es­
crito, pondo o cartucho da pólvora junto, depo��.
abre-se a garrafa de cachaça, derramando ao lado
u m pouco do líquido, Salvar Seu Porteiro, é ele
o EXU que t o m a conta do Portão do Cemit·ário,
t an t o que para se entrar no Cemit é rio a ele antes
de se entrar deve-se ped:r licença; mas, continuan­
do o trabalho. acende-se a seguir o charuto, pondo­
o em cima da boca da garrafa oferecendo o presen­
te a Seu Porteira, e pedir a ele que feche todas as
TRABALHOS D E QUIMBAND�

porta$. para a pessoa i n i m i g a , seguindo sempre


seus passos, a seguir dizer que toque fogo nele, e
que logo que algum resultado for obt!do ali voltará
para lhe dar um presente melhor; pedir sua licença
retirando-se em seguida .

N o t a i m p o r t a n t e : Este trabalho deve ser feito

em u m dia de sexta-feira, quando o port ão do C e ­


mitério estiv·er fechado, portanto de preferência
fazer o trabalho à meia-noite, na hora grande as­
sim ·chamada e conhecida na Umbanda .
Quando à colocação no pé da vela acesa, é que
quando a mesma acabar, ou tombar, a mesma porá fogo
na pólvora, completando desta forma o traba­ lho
·de Magia .
TRABALHOS REALI.ZADOS COM
DIVERSOS TIPOS DE Pó

TRABALHO QUE S E PA Z PA R A A U M E N TA R Q
VO LU M: E DtE V E N D A S E M U M A CASA.
COMERCIAL

Para que u m a casa .comercial t en ha m a i o r


volume de vendas, em u m d i a de sexta-feira, se
espalha na entrada da casa, pó-de-chamar dinheiro
este pó é para a b r i r os c a m i n h o s p a r a que a dita
câ.�.a c o m e r c i a l v e n h a a a u m e n t a r seu v o l u m e de
vendas, e obter melhores resultados .

T R A B A L H O PA R A T R A Z E R UMA PESSOA
PARA SEU
CONVíVIO

Comprar pó. d e c h a m a , pó de corre gira, e pó


de atração . Estes três tipos de pó devem ser mis­
t u rad o s e em d'a de �.exta-feira de v·e ser espalhado
na entrada da residência d a pessoa que se quer
a t r a i r p a r a seu convivio, podendo ser a mesma urna
9
TRABA;.HOS DE QUIMBAND.Al
4
m u l h e r que se q1.:er de volta, ou u m parente que se
afastou da f am í l i a etc . Depois de se colo:::a r os ci­
tados tipcs• de pó n a entrada de casa da pessoa que
se deseja a t r a i r se vai direto para casa e se derrama
o res.tante do pó na entrada da casa onde se reside,
deste modo, se c o n s e g u ' r á c o m que a pessoa faça as
pazes, tornando-se novamente amiga, freqüen­
tando seu convív:o . Não esquecer que o citado tra­
balho deve ser fe:to em uma sexta-feira .

PARA
TRABALHO QUE
A FA S TA R D E
SE FA Z , U M A N O S S A CASA
P E S SEste
O A Itrabalho
N D E S E J Á deve
V E L ser feito em u m dia de
sexta-feira .
C o m p r a r pó de corre gira, pó de an dori n ha e
raspa de veado .

Estes três tipos de pó devem ser m1sturado.s


fora da casa onde se reside e depois de bem m i s ­
t u r a d o , coloca-se em l o c a l onde a pessoa f r eqüent ar, e
nos locais onde costuma f:car, �como mesa, ca­
deira, etc . com este t rab al ho obterão o resultado
esperado .
�A FORÇ A DE UM PRETO ,_95
VELHO

-T R A B A L H O QUE SE FA Z PARA SE
AT R A I R UMA PESSOA PARA SI

Comprar pó de a tra çã o , pó de axê, pó de


amor .
Estes t rê $ tipos de pó, devem ser bem
misturados
e indo-se n a res:dência da pessoa desejada, espa­
l h a - s e e m d ive r. m s locais e d e p o i s d i s t o feito v o l t a
pa ra a casa onde se r e s i d e , f a z e n d o - s e a m e s m a
c o i s a e a s e g u i r r e z a - s e a o r a ç ã o de S a n t a C a t à ri J J . a ,
p e d i n d o - s e a v o l t a d a pese.oa d e s e j a d a . F a Z e r e s t e
trabalho e m u m dia de sexta-feira .

1'RABALI;t0 QUE _SE F A Z PA R A S E T RA. Z E R . U M A


�ESSOA •. QJJE ESTEJA �ISTANTE DE l'lóS

d.e· atraçao,
.. · c o m p r a r p ó de ; c o r r e g ' r á , pó-
p o Çle � x ê ; �st e� três ti p os pó clt�vem · s�r ?
.

em :mi �­
clirádos e depois. fazer-se o seguin t e : a c e n d e r du as
v·elas b r a n c a s e m u m prato oranco, a c e n à e n c t o - se
u m a d a s velas para· o A n j o · d e G u a r d a d a pessoa
que est á fazendo o dito tra ba lho e a o u t r a para

o da pessoa que se quer trazer de volta; estas

d u a s velas devem ser a cesa s u m a colada a outra,


e es­ c r e v e r o nome da pessoa a u s e n t e em ·um
papel e depo 1 s escrever o seu nome em sentido
contrário
f a z e n d o u m a c ru z , u m n o m e s o b r e o o u t r o em for­
m a d e cruz, po n d o o papel em baixo do p rat<?- com
.as d � s velas a c e s a s . A seguir r�za;Qse o .

Res.poiV3o
TRABA � HOS J?E QUIMBANDA;

de S a n t o A n t o n i o , pedindo a Santo Antônio que


t r a g a a pessoa d e vol t a . Fa z e r este t ra b a l h o às 18
horas., h o r a d a A v e M a r i a . i.

TRABALHO Q U E S E FA Z ·PARA QUE SE


.
FECHE O CAMINHO
DE UMA
PESSOA I N D E S E J Á V E L
Ç o m p r a r p ó de a n d o r i n h a , p ó de Tr a n c a R u a s
e p ó de f e c h a c a m i n ho ; m i s t u r a r os três tipos fora
de c a s a o nde se reside o u trabalha; de posse d a
m i s t u ra , e m um. d i a de .eexta�féira, i r n a c a s a onde
m o r a o u t r a b a l h a a pessoa indesej ável e e s p a l h a r
c o m t o d o o c u i d a d o n o s lo c ais o;nde f i c a a d i t a pes­
soa, n o s ,móv eis e n o c h ã o �em que· tli n g u é m

possa pereeber e depo:s reza-se a or aç�o de

Nossa Se­ n h o r a . d o D e s t e r r ó p a r a d e s t e r r a r d a l i a .

pe sso a in ­ desej áve l .

T R A B A L H O Q U E S E F A Z PA R A S E D E I X A R
U M À P E S S O A I N I M I G A E M E S TA D O D E
ESPíRITO CONFUSO

Fa z e r o trabalho em u m d i a d e s e x t a feira;
c o m p r a r p ó d e des & ·pero, p ó de a f l i ç ã o e p ó d e ur u­

bu; í n i s t u r a t os t r ê s t i p o s d e p ó f o r a d a casa o n d e

_, :.. . · ·
NA FORÇA D E U M PRETO VELHO 97,

se r esi d e e colo car o m esm o . espalhado no.s


locais em que a pessoa m o ra r ou trabalhar,
espanh � n do se nos móveis e n o chão dos. citados
-

locais .

TRABALHO QUE SE FAZ PARA QUE UMA


PESSOA SEJA P R O C U R A DA POR
OUTRA

Comprar pó de corre gira, pó de atração e pó


de andor�nha ; m i s t u r a r bem os tr � , tipos e em
u m ct:a de terça-feira, i r na casa da pessoa fazendo
uma visita, espalha-�e em d:versos locàis da casa
sem que alguérn possa ver, e se v a i embora a
seguir, e esperar, p o is a pessoà desejada irá a sua
procura em pouco tempo .

TRABALHO PA R A FA Z E R C O M QUE ALGl f .M


FIQUE EM UNIÃ O COM A PESSOA QUE FAZ
ESTE TRABALHO

Co m pra r p ó de uni ã o pó de corre gira e pó de


,

axê; estes tr�s tipos de pó misturados devem· ser


espalhados n a casa onde m o r a a pessoa desejada,
espalhando a mi s t u r a no quarto onde more a d i t a
pessoa, inclusive na cama onde a mesma dorme .
TRABALHOS DE QUDMBANDA

Este trabalho deve ser fe:to em u m dia de ter­


ça-feira, Q dia que é de Santo A n t ôni o; rezar a
oração de Santo A n t ôni o e acender u m a v-ela bran­
ca em seu louvor . Terça-feira é o dia que se f i r m a
S a n t o Anton�o, pois é seu d i a n a �.emana .

TRABALHO PARA F,ECHAR O S CA.MINHOS


DE P ES S O A
INIMIGA

Comprar pó de Tranca R u as, pó de Tra n é a TUdo.


pó do caminho fechadoj pó de· f i rm ez a e pó de cor­
re gir a . E.:".te mater:al deve ser misturado f o ra da
casa 19nde se reside e ser utilizado em u m d i a de
sexta-feira, espalQ.ando•.se a m i .:;t ura nos i ocais on­
de a p e u o a inde�éjável passar, e :r.:os móveis e uten­
sil:os que f o r usar .

TRABALHO PARA FA Z E R UMA P ES S O A MUD:AR


D E UMA CASA O N D E R E S I D E , OU ON DE
TRABALHA

Este trabalho deve ser feito e m u m dia de


sexta-feira, com o seguinte material : pó de ando­
rinha, p ó de mudança e pó de corre gira; depois de
bem misturados, es;te material deve ser espalhado
NA li'ORÇA DE UM PRETO \l'ELHO

na residência ou no local de trabalho da pessoa que


se quer fazer mudar, espalhando-se a mistura nos
locais da ca::a mais usados, incluindo-se móveis,
etc . indo-se até a porta da rua, isto é: d e dentro
de .casa até a porta da rua, é que se v·ai es.palhando
o pó .

TRABALHO QUE S E FA Z , PARA S E DEIXAR


A B R I R O S C A M I N H O S DE UMA
PESSOA AMIGA

Este trabalho pode ser feita em u m dia de se­


gunda ou t"exta-feira .
Compr a r o seguinte material : pó de corre
gira, pó abre c a m i n h o e pó de a:xâ' . Depois. de m i s t u r a r
bem os ·mencionados pós, procurar penetrar com
o material citado nos locais de uso da pessoa que
se quer ajudar, e se possível pôr um pouco ·
n os sapatos e nas roupas . etc . e deixar o
restante a vontade que tudo dará certo .

T R A B A L H O P A R A A FASTA R P E S S OA
INIMIGA
. E PARA NÃ O S E R M A I S VISTA

Este trabalho deve ser feito em u m dia de


sexta-feira . Comprar pó de corre gira, pó de aflição,
pó d� and9rinha, pó de 'Urubu e pó de abre c a� .
10 TRABALHOS D E QUIMBANDA
0

m i n h o . D e posse deste material , mis.turar todos


fora da casa onde se resida ou trabalhe, e espalhar
os mesmos onde mora, ou trabalha a pessoa inde­
sejável, e se possível for, u n t a r móveis, roupas etc.
e o local onde mais ela caminhar, mas Eempre em
sentido de quem v a i p a r a a rua, para que assim
o elemento indesej ável vá m a i s depressa.

TRABALH\0 PA R A DEIXAR UMA PESSOA


INIMIGA A F L I TA

Este trabalho deve ser feito em dia de sexta­


feira com o seguinte material : pó de aflição, pó de
corre g�ra, pó de desespero, pó de desasso�sego, pó

d e m u d a n ç a e r as pa de c h i f r e de veado . M i s t u r a r
todos os ingredientes f ora de casa onde se reside
ou se trabalha e espalhar o mesmo no local onde
m o ra ou trabalha a pessoa inimiga, soprando a
m i s t u r a do pó nos locais onde fica e anda a dita
pessoa, com o cuidado para que ninguém possa
ver.

TRABALHO PA R A OBRIGAR UMA PESSOA SE


MUDAR DE UM I..OCAL E QUE V I VA

EM D E S E S P E R O

E m u m dia de sexta-feira J comprar o material

que segue :. pó de mudança, pó de d&espero , pó de


NA FORÇA DE UM PRE TO VELHO

af lição, pó de a n d o r i n h a e ra s p a d e c h i f r e de veado;
este m a t e r i a l deve ser m i s t u r a d o f o r a do l o c a l onde
reside o u t r a b a l h a q u e m va i e xe c utar o tra b alho

vel, u n t a n d o móve:s e u t e :r:Isílios e roupas. d a dita


m i s t u r a o nd e m o r a o u t r a b a l h a a pessoa indesejá­
vel, u n t a n d o móveis e u t e n s í l i o s e r o u p a s d a dita

p essoa e d e i x a r a r n i r o n g a a n d a r .

TRABALHO PARA OBRIGAR U MA .

P E S S O A I N D E S E J AV E L .MUDAR-S E DO LOCAL
ONDE RESIDE

C o m p r a r c o m ante c e d ê nc ia p ó d e m u d a n ç a , pó
d e a n d o r i n h a e p ó de u r ub u , u m a ve l a b r a n c a umt
g a r r a f i n h a de m e l d e ab e lha s e u m a ca�xa de fós­
foros . D e posse deste material, fora de sua resi­
dênc:a, mE.turar os 3 tipos dos citados pós e escrever

o nome completo da pessoa duas vezes e m um pa ­

p e l bra nco, & c r e v e n d o - se e m f o r m a de cr uz, u m a


vez p o r c i m a d a o utra , j u n t a n d o - s e ao p ó j á mis­

turado, e d i zen d o o segudnte : você tem que mudar

d a q u i p a r a lo ng e de m i m , etc. acrescenta-se o que


mais desejar e em seguida caminhar para u m
l u g a r longe, q u a n d o c h e g a r n o l u g a r e s c o l h i d o em
u m c a n t o da r ua, coloca-�.e o p a p e l com o n o m e
d a pessoa, e põe-se p o r c i m a o r e s ta nte d o pó; a se­
guir rega-se e m V'Olta c o m o mel de a b e l h a s e

a c e n d e - se a v e l a b r a n c a a o l a d o , d i z e n d o o s e g u i n t e :
T :ft.ABAL!JOS DE . QUil\i1'13ANDh

que mudes d e lá, e venhas para cá etc .


acrescen­ t a n d o o q ue se qu iser, i n d o e m b o r a em
seguida, v o l t a n d o · p a r a c asa p o r o u t ro c a m i n h o ,
nunca vol­ t á n d o pelo m e sm o q ue se tenha ido,
p a r a n ã o que­ b r a r ·o efieto d o t r a b a l h o .

Nota: E s t e t r a b l a h o deve �er f e i t o e m d i a de


s e x ta f e i r a .
O s 3 tipo s de p ó c-ita d o s devem ser m is tura d o s
f o r a de c a s a o n d e r e s id ir a pessoa que f o r f a z e r o
c i t a d o t r a b a l h o pois d o c o n t r á r i o, p o d e t ra z e r u m a

sér!e de p e r t u r b a ç õ e s e m s u a r e s i d ê n c i a .

P r o c u r a r u m l o c a l l o n g e p a r a se f a z e r o tra­
balh o e quando te·r m ' n a r o mesmo, voltar
p a r a casa por outro caminho, e v itand o por
algum tem­ po p a s s a r · pelo · d ito local, como
também na casa onde reside a pef'.:o a
ind e s e j á v·el, para que não se corte o trabalho
que f o i feito, e d e i x e assim, a m i r o n g a a n d a r . ·
__ .PARA._ DlVEBSAS
FINALIDADES E
UTILIDADES
DIVERSAS

TR ABA L HO PARA 0 3 RTA R


M A L E F l C I O S D I V E RS O S , UTIL IZ ADO
D U R A N T E O · S ONO

Em u m d:a de s ex t a- f ei r a , ante�. de· d o rmi r,


coloca-se embaixo da cama, na altura da cabeça,
longe do c.lcance de mãos profanas, (de pessoas
estranhas) um copo com . ág u a com 3
pedacinhos de carvão vegetal; diariamente a
água deve ser trocada, despejando-se a mesma
em água corrente , e pondo-se a água nova dentro
do copo; i r pres­ tando atenção a cada dia que
f o r pas:and o .. pois quando as pedras de carvão
afundarem no copo com água, ·as mesmas · devem
ser substituídas por outros. 3 pedaços novos; o
copo com o q u a l se fizer este t r a b a l h o , deve ser

liso, i n c o l o r, em estado v i rgem, deve ser


e
comprado e u t i [ z a d o �.omente pa­ ra este t i p o de
t r a balho, que de·ve ser iniciado em u m a segunda
o u sexta-feira .
104 TRABALHOS D E
QUIMBAND�

TRABALHO QUE SE FA Z QUANDO UMA PESSOA


TIVER DOR DE CABEÇA · OU PERTURBAÇÃ O
ESPIRITUAL

Compra-se u m copo liso e incolor, enche-se o


mesmo com água, e coloca-se embaixo da cama na
a l t u ra da cabeça, antes de deitar para dormir; ao
levantar-se pega-se o d i t o copo, e n o lado de fora
da casa onde se reside, no q u i n t a l etc . procura-se
saber onde o Sol se põe (onde o S ol deita) e de
costas pa ra o local s e lança a água do copo pelo
alto da cabeça, dizendo-se mais ou menos o seguin­
te : que toda a perturbação vá embora com o poente
do Sol; assim seja .
Este t i p o de t rab al ho se renova diariamente
até que o mal seja cortado, m e l hor explicando :
quando a pessoa achar que ficou boa .

TR A BA L H O PARA CORTAR MALEF1CIOS E


DEMANDAS

E m u m dia de segunda ou sexts:-:- feim, pega-


se u m copo liso incolor, colocam-se 3 dentes de
alho de nt r o do copo, e verificará que os mesmos
bo:a­ r ã o n a á g u a ; o c i t a d o copo, depois; de p r o n t o ,

de v·e ser
colocado atrás. da p o r t a de entrada de
u m a residênci a ou casa c_omerc�al; n o t a r
diariamente
NA FORÇA D E V M . P n É T O VELHO

antes de trocar a água e despachá-la em água cor­


rente, que os dentes de alho devem permanecer na
t o n a da água, e se p o r vent ura afundarem, su�.ti­ t u ir
os mesmos por 3 dentes de alho novos.; esta
tarefa deve �er repetida diariamente, com atenção do
que foi explicado .

T R A BA L H O Q U E S E FA Z PARA C O RTA R MAL


ENVIADO POR P E S S OA S I N I M I G AS

Fs.te trabalho se i n i d a em u m dia de sexta


feira, usa-se para isto u m copo liso e incolor e uma
tesoura virgem; enche-�.e o copo com água e em
cima da boca do citado copo, coloca-se a tesoura
aberta, pondo-se o conjunto embaixo da cama na
altura da cabeça; ao levantar-se pela manhã, der­
ramar a água do copo em água corrente, refazendo­se
o trabalho, que deve ser inic:.ado em uma sexta­feira,

e t e r m i n a r também em u m dia de sexta-feira; pode-se

também , em vez de se u t i l i z a r água n a t u ­ ral, usar-se


água do Mar, pois o efeito será ainda maior ,
TRABALHOS DE . QUIMBANDAi

T R A BA L H O Q U E S E F A Z P A R A U M A CRIANÇA
DORMIR SOSSE GADA , AFASTANDO
ESPIR1TOS ZO M B E T E I RO S

P a r a e sta fi n a l i d a d e �e f a z o s e g u i n t e : u m pe­
d a ç o d e p a n o v e r m e l h o , u m a fi g a de g u i n : � e outra
d e a r r u d a , as m e s m a s s ã o a m a r r a d a s em f o r m a
d e u m a p e q u e n a c r u z , a f. eg u i r j u n t a m - s e t a m b é m 3
co ntas de lo uça m i ú d a s e u m a espada de O g u m
t a m a n h o m i n i a t u r a , q u e f.ão a d q u i r i d a s n a s ca sa s
d e a r ti g o s d e U m b a n d a ; j u n t a n d o - s e o m a t e r i a l
c i t a d o, e n r o l a - s e n o t e c i d o v e r m e l h o se fa z e n d o u m
breV'e, o q u a l se c o l o c a e m b a i x o d o t rave s s e i ro
d a c r i a n ç a n a h o r a de d o r m i r . O c i t a d o b re ve , t a m ­

b é m p o d e ser u s a d o em l o c a l esco ndido, n a r o u p e


d a c r i a n ç a p a r a .�·er u s a d o d u r a n t e o d i a n ã o dei­
:x:ando pesso as e s t r a n h a s p ô r a s m ã o s n o m e s m o .
a n ã o ser os p a i s da c r i a n ç a .

T R A B A I M O Q U E S E FAZ PARA A B R I R
OS C A M I N H O S D E UMA P E S S OA E L H E
T R A Z E R F O R Ç A E P ROS P E R I DA D E

C o m p r a r o E.eguinte m a t e r a l c o m a ntec edên­


c i a : u m a g a r r a f a de c a c h a ç a , u m a v e l a p r e t a e ve r ­
m e l h a , u m a t o a l h a d e te c i d o b r a n c o, u m a g a r r a f a
N A FORÇA DE UM PRETO VELHO
107

d e v�nho t i n t o , uma de v i n h o moscatél. uma de

champanhe, outra de v i n h o branco, uma de cervej a

b r a n c a , u m a d e <.!e r v ej a p r e t a a m a r g a , u m a d e vi­
nho quinado, quatro charutos de boa qualidade,
q u a t r o c a i x a s de f ó s f o r o .!'., u m a v e l a v e r m e l h a , u m a

p r e t a e branca, u m a azul, u m a b ra n c a , u m a ama­

rela, u m a verle, u m a marrom e uma p e m b a branca,

u m a a z u l , u m a v-erde u m a m a r r o m , u m a v e r m e l h a

'lima preta, o u t r a a m a r e ! a , u m a g a r r a f a d e m e l de

a b e l h a s , e o u t r a d e aze�te d e dendê, u m guaraná, 3

copos, u m a v·ela a z u l, o u t r a r o s a e u m a b r a n c a .
De pos se deste material, em um dia de
s e x t a f e i ra , i r e m u m l o c al q u e n ã o se pa.�.se p o r
m u i t o t e m p o e se p r o c u r a um caminho r e t o, q u e
a seguir t e n h a uma Encruz]h ada . E:scolhido o
local, fa z ­ s e o seg u i n t e : em 1 .0 l u g a r e s tic a - s e a
toalha bran­ ca, a seguir, a bre - s e a garrafa de
c a ::haça,. d e r ra ­ mac�e u m pouco em c r u z do l a d o
de fora da toa­ l h a , salvando-se todo o Povo do

C a m i n h o , p o n d o -_se a garrafa de c a c h a ç a no lado


e s q u e r d o d a to a l h a ;
a seguir acende-se a vela preta e vermelha,
pondo-a do lado de fora da toalha para que a
m e s m a n ã o q u e i m e , d e p o i s pe ga - s e a p e m b a p r e t a
colocando-a ao lado da garrafa de cachaça, em
seguida a c e n de ­ se o charuto dando 3 b a f o r a da.!'.

p a r a o a lto , p o n d o­
o e m c im a da caixa de fósforos ao lado d a garrafa
d e c a c h a ç ç a ; i.!'.to feito, a b r e - r e a g a r r a f a d e c e r v ej a
108 TRABALHOS DE QUIMBANDAi

a p e m b a v e r m e l h a a o lado ; a s e g u i r, a bre- s e a ga r ­
r a f a d e v i n h o q u i n a d o , d e r r a m a - s e u m p o u c o em
c r u z fo r a d a t o a l h a , e p õ e - se e m c i m a d a t o a l h a
a c e n d e- s e a v e l a v e r d e p o n d o - a s e m p r e d o l a d o de
f o r a d a to a l h a , acende-se u m c h a r u t o , e põe-se e m
c i m a d a c a i x a de fósforos, a s e g u i r põe-se a p e m b a
ve rd e a o l a d o ; d e p o i s p e g a - s e a g a r r a f a d e c er vej a
p re ta , e a b r l n d o - a , d e r r a m a - s e e m c r u z f o r a da

toalha, pondo-a em c i m a da mesma, acende-se a


v e l a m a r r o m e m d i re çã o d a g a r r a f a f o r a d a t o a l h a ,

a c e n d e - s.e o c h a r u t o , pondo-o em c i m a da caixa de


fósforos, c o l o c a n d o a s e g u i r a o l a d o a p e m b a m a r ­
r o m ; depois; a b re - s e a g a r r a f a d e v i n h o ti n t o, der­
rama -se fora d a to a l ha e m cruz, pondo-a a seguir
e m c i m a d a t o a l h a , a c e n d e- se a v e l a p r e t a e b r a n c a ,
põe-se a o l a d o a p e m b a branca,; a s e g u i r a b re - se
a g a r r a f a de g u a r a n á , põe-se os 3 co p o s e m c i m a
d a t o a l h a , d e r r a m a - s e f o r a da m e s m a u m pouco
e m c r u z , e s e põe u m p o u c o e m c a d a co po, a c e n ­
d e n d o a s e g u i r a v e l a azul, a b r a n c a e a c o r d e
r o s a e m f o r m a d e t r i â n g u l o f o r a d a t o a l h a , depo is
abre-se a g a r r a f a de v i n h o b ra n c o e d e r r a m a u m
pouco e m cruz, pondo-a e m c i m a da to a lha acen­
de-se a v e l a a z u l , e co lo ca - s e f o r a d a t o a l h a . p o n d o
a o l a d o d a g a r r a f a a p e m b a a zu l ; d e p o i s a b re - s e a
g a r r a f a d e c h a m p a n h e , d e r r a m a - s e e m c r u z fo ra
d a toalha, pondo-a e m c i m a d a m e s m a , acende-se a
v-ela a m a r e l a e co lo ca - s e a p e m b a a m a r e l a a o la do
d a g a r r a f a de c h a m p a n h e ; a s e g u i r, a bre- s e a g a r ­

r a f a de a ze i t e de d e n d ê e se c o n t o r n a a o fe r e n d a , ·

pondo-a em c i m a d a t o a l h a , e fi n a l i z a n d o abre-s e a
N A FORÇ A D E U M P R E TO '�LHO 1()
9

garrafa de m e l de abelhas, que deve s.er p u r à , e

se r e g a em volta da oferenda c o n t o r n a n u o - :st: a


m e s ­ m a e se d i z o s e g u ' n t e : P o v n d o C a m i n h o e u
vos o f e r e ç o este presente de todo coração e que

m�u:; c a m i n h o s sejam totalmente abertos. Assim

seja.

T e r m i n a d a a o f e r e n d a , p e d i r l i c e n ç a , i n d o ew.u
bora em sentido a seguir de q u a n d o se c h e g o u
ao local (sempre andando em frente, nunca
andando em sentido de onde se c h e g o u ) , indo a

seguir p a r a casa . A seguir darei a relação do m a ­


terial a ser adquirido p a r a que n ã o h a j a dúvida
com o material a ser � . a d o .

Em primeiro lugar antes de m a i s naaa, em


casa, f i r m a r o A n j o de G u a r d a e t o m a r u m b a n h o
d e f i r m e z a p a r a s e c a m i n h a r e f a z e r a a r r i a d a do
despacho supra mencionado.

O m a t e r ia l a ser c o m p r a d o é o seguinte : u m a
t o a l h a de m o r i m branco, u m a garra fa de marafo,

uma vela preta e V'ermelha, u m char uto e uma

c a i x a d e fósforos., uma p e m b a p reta ; u m a g a r r a f a


d e c e r v e j a b r a n c a , u m a v e l a v-e r m e l h a , u m c h a r u t o .
u m a c a i x a de fó sfo r o s, u m a pemba vermelha .

Uma garrafa de v i n h o quinado, uma vela e

u m a p e m b a verde, fósforos, e u m charuto .

U m a g a r r a f a de c e r v e j a a m a r g a e p reta, u m a

vela marrom, u m a pemba da mesma cor, u m

c h a ­ ruto e uma caixa de fósforos; uma garrafa


11_ T R A BA LH OS I>E
0 QUIMBANDAI
e uma peroba az u l ; uma garrafa de champanhe,

u m a v e l a a m a r e l a e u m a peroba d a m e s m a cor .

U m a g a r r a f a de g u a r a n á e 3 copos de papel ou
de v i d r o incolor, u m a v e l a branca, u m a a z u l e a

outra cor de rosa . U m abridor de garrafas.

N o t a : E:ste t r a b a l h o deve ser feito em u m dia


de sexta-feira em local longe de onde se reside,
evitando }:assar n o local por longo tempo.
O l o c a l deve ser u m caminho reto, te ndo
mais a frent e u m a E n c r u z i l h a d a e m f o r m a de X ,
não esquecer que ao fi nal i z ar o t rab al h o �e ,c
a m i n h a em fr e nt e para ir € mbora, não se
v o l t and o após, ev·ltando a��im de passar pelo
mesmo c a m i n h o .
A s velas ao serem ace�as, serão colocadas sem­
p re fora d a toalha, p a r o q ue não queime a mesma_.
A s pembas serão colocadas ao I à d o de cada
garrafa . · · ·

l h a e m f o r m a de c r u z .
S � mp r e . que se a b r i r uma· g;a r r à f a d e b e b id a
.
F e i t o a arriada, se rega o local de fora da toa­
se deve d e r r a m a r u m pouco qo, lado de f o r a d a
�ha co m o azeite de dendtê, e a .�e gui r w m o
toa- mel
de abelhas se f i r m a n d o o T rab al ho , e deixe a m i ­
rong)a andar, que seus caminh03 serão abertos em
todos os sentidos, que a força dos. 10RIXA esteja
convosco. Assi m seja.
NA FORÇA D E U M PREfl'O VELHO

T R A BA L l i O PARA S E R R EA L I Z A D O N O S DIAS
D E SEGUNDA·FEIRA, P E D I N D O A . AJUDA
DAS ALMAS

Ç o m o o I r m ã o de F é já deve ·saber. segunda­


f e i r a é o d i a co nsagra do às A l m a s de .modo geral,
p o r t a n t o c o s tum a- se a c e n d e r 4 velas b r a n c a s em
H'U louvor, u m a p a r a as. A l m a s I l u m i n a d a s , o utra
p a r a as A l m a s A f l i t a s , a 3. a p a r a as A l m a s D�ses­
peradas. e a 4.a p a r a as A l m a s Desassossegadas .
E ,sta,g velas deve m se r acesas do lado de f o r a

d a c a s a em q u e se res�de e m um q u i n t a l , átea, o u
j ar­ dim, e se diz· ma�s o u meno s o s e g u i nte : e u
vos ilu­ m in o com e�.ta l u z que vos ofereç o; em
segu i d a f a z e r
o pedido de ac.or(IG çóm a q u i l o q q e se almej a obter,
desde que n ã o seja . u m a c o i s a absurda, a s A lm a s
o
a)u darão .

T R A BA L O O Q U E S E FA Z PAR A CORTAR
P E RT U R B AÇ O E S D E E S P í R I T O S ZO M B E T E I RO S

·· E m um d i a d e q u i n t a fe ira, dia este que


f i r mse
a OGUM o O!rixá Guerre:ro, pegam-se duas

espad a�. d e S ã o J o r g e e c o l ô c a i n - s e as m e s m a s c r u ­

zc:das (em f o r m a de u m X) e mbaixo do colchão da

cama, na a l t u r a da cabeça para o tronco .

Trabalhos de Q u l m b a n d a - 9
. 112 'tRABALHOS DE QUIMBAND}..t

A s e s p a d a s de S ã o J o r g e a o s e r e m c o l o c a d a s n o
l o c a l m e n c i o n a d o , d e v e m s e r t r o c a c:la.5'. e m d i a d e
q u i n t a - f e i r a , u t i l i z a n d o - se p a r a Lstq s e m p r e a ú l t i ­
m a q u i n t a - f e i r a d a c a d a m ê s e m c u rso ; a s e � pada s
a o s e r e m c o l o c a d a s e m b a x o do. c o l c h ã o d a c a m a se
e v o c a O g u n , di z e ndo - se o s e g u i n t e : q u e de, t o d o o
m a l , t o d o o e m b a r a ç o , t o d a a d e m a n d a e t o d a a per­

turbação, que Ogun com sua espada guerreira


te

d e f e n d a , e q u e t e d ê f o r ç a 'e e n e r g i a p a r a t e

d e i x a r s e m p r e d e p é . A s s i m seja.

. RA
T . JlALHO Q U E S E FAZ
AF UGENTA R LAl)J{OES
DE' SUA CASA

d e f o r a d e c asa , u m a v e l a 'brança e m l o u v o r do
E l n u m d i a d e segul\�.,.f��i r ;t � e,n d e r d o lado
P r e t o Ve l h o J o ã o d a R o n d a , acesâ ·� cti� ve l a ,
dizer o s e g u i n t e : J o ã o d a R o n d a , e u vos o f e r e ç o
e s t a luz, e vos. p e ç o q u e f a ç a a v o s s a r o n d a , e
afaste todo e
q u a l q U e r m a l e f í c i o q u e p o s s a a t i n g i r es.te l u g a r ,
A s s i m s.eja, J o ã o d a R o n d a .
E st e t r a b a l h o dev·e s e r f e i t o s o m e n t e e m d i a
d e s e g u n d a - f e i r a p o r s e r c o n s a g r a d o a s A l m a s de
u m m o d o g e r a l , p o r t a n t o , t a m b é m a to do s o.s. P r e ­
t o s Velhos, p o i s o s m e s m o s t a m b é m s ã o A l m a s .

*
NA F O R Ç A D E U M P R E T O VELHO

L e i a " S a r a v á a L i n h a das A l m a s " , l i v r o este, da


C o le ç ã o Saravá, onde o I r m ã o de F é e n c o n t ra r á
t u d o o q u e d�z res.peito a L i n h a das A l m a s .

, ,

Leia "Feitiços de Preto Ve l h o " , uma obra de

c a b e c e ira q u e todo U m b a n d i s t a n ã o deve d e i x a r de


possuir, é u m trabalho o nd e p r o c u r e i desenvolver

o possivel sobre os P r e t o s Velhos, sobre os F i l h o s


d e diversos O R I X A , b a n h o s e def umaçõ es de cada
um deles, Oierendas e Despa;chos para diversas
f inalidades, curas, etc., diversos P o n t o s Cantado s
e R iscados, Ora çõ es diversas p a r a certas finalidades
e ocasiões diversas q u e atrav·essamos n a vida, en�
c o n t ra r ã o t a m b é m os d i a s d a semana e s e u O R I X A
de f o r ç a e o q u e devem u s a r seus f i l h o s n a alimen­
t a ç ã o e n a s u a v e s t i m e n t a e a d o r n o s d e m o d o ge­
raL

T R A BA L H O Q U E S E FA Z PARA S E O BT E R
CONF I R M AÇ AO E M U M LOCAL O N D E S E VAI
TRABALHAR

Em u m d i a de segunda-feira, d i a d as; a l m a s
se acende u m a vela b r a n c a f o r a d e casa p a r a se
oferecer a u m P r e t o Ve l h o em q u e se t e n h a fé ;
e m s eg uid a a p a n h a r um pedacinho de . f u m o de
rolo
TRABALHOS DE QUIMBANDAJ

d e s fi a r, p e g a r u m p u n h a d o de p ó - d e - café e u m pou­
c o d e a ç ú c a r , m i s t u r a r b e m e s t e s i n g r e d i e n t e � , e se­
g u i r p a r a o l o c a l o n d e se e s t á a e s p e r a do t r a b a l h o
q u e se �pedira, e q u e se e stá a g u a r d a n d o ; l á che­
g a n d o , s e m q u e n i n g u é m p e rc e b a , v a i se e s p a l h a n ­
do a m i s t u r a e m todo e q u a l q u e r c a n ti n h o q u e se
possa e d i z m a is o u menos a ssim : pr:meiramente
c h a m a r o n o m e d o P r e t o Ve l h o q u e f o r �.e evocar,
e d i z e r a ele p a r a fi r m a r s u a p r e s e n ç a n o d i t o local,
q u e vo c ê e st á p r e c i s a n d o d a q u e l e e m p r e g o p a r a
p o d e r v iver, e q u e o m e s m o t e m q u e s e r seu, pe d i r
ao d i t o P r eto Ve l h o que �e e sc o l h e u , o d e s u a
m a i o r fé , q u e ele c o r r a s u a g : r a e q u e o . fi r m e n a ­
quele l o c a l .

TRABALHO D E QUIMBANDA ·PARA GERAR


U M A C E R TA C O N F U S A O E M U M LOCAL
DE TRABALHO

C o m p r a r u m a p e m b a b ra n ca , u m a p re ta e ou­
t r a v e r m e l h a , u m c a s t u c h o de pólvora preta e P ó

de corre gira. De posse deste materia!, em um


d i a de s e x t a - feira , p e g a r a s 3 p e m b a s , e ·com u m a
fa c a l i m p a , e u m p a p e l b r a n c o e v i r g e m , s o p r a r
u m pouco d e c a d a p e m b a , u m t a n t o d e c a d a u m a
delas, e m c i m a do c i t a d o p a p e l brar � co, d e p o i s
m!.sturar a o m e s m o u m p o u c o d a pólvona preta,
( n ã o pre­
ciEa usar to d o o cartucho) e põe-se também
o pó
NA FORÇA DE U M P R E TO VELHO

d e c o r r e · g i r a e m i s t u r a - s e b e m ; esta m i s t u r a deve
s e r c o l o c a d a e s p a l h a n d o - s e n o s l o ca i s d i ve rs o s do

t r a b a l h o , ou s.o p r a d o n o l o c a l o n d e t r a b a l h a u r n a
p e s s o a i!ldese j á v e l à q u e l e q u e f o r f a z e r o d i t o t r a ­
balho .

TRABALHO DE QUIMBANDA PA R A SER FEITO


CONTRA UMA PESSOA
INlMIGA

C o m p r a r u r n a v e l a b r a n c a e u m a c a i x a de fos­
fo ro s , e m u m d i a d e s e x t a - fe i r a a o m e i o dia, i r a
u m l o c a l l o n g e d a c a s a o n d e se reside, p r o c u r a n d o
s e m p r e d e p r e fe r ê n c i a u m l o t e a m e n t o o u l o c a l l o n ­
g e d o c e n t r o da c i d a d e . E : ' c o l h i d o o local, p r o c u ­
r a r u m fo r m i g u e i r o , d e p r e fe r ê n c i a , se po ssível, for­
m i g a s s a ú v a s , são elas a d o ti p o q u e c o r t a m fo l h a s

de m a t o e á r vo re s de u m m o d o g e r a l ; n o l o c a l , pe­

dir licença ao povo da M ata , e ao lado c:a b o c a

do formigueiro, acender a vela branca em


homena­ gem do Anjo de Guarda da pesso o

inimiga, pro­ n u n c i a n d o - s e s e u nome c o m p l e to , a


seguir pôr a m e s m a ao lado da boca do
formigueiro, d e p o i s de p o s s e de u m p e d a ç o de

p a p e l no v·o (vlrgem) es­ c r e v e r o n o m e d a p e s s o a

indesej ável 2 vezes., u m a s o b r e a o u t r a e m f o r m a de


c r u z , a s e g u i r, e n ro l a - se o p a p e l c o m o se fosse u m

p a l i to , introduzindo-o dentro do fo r m i g u e i r o ,
116 ' T R A B A L H O S D E QUIMBANDA

t a n o lado oposto d a mesma, acendendo - a e m se­


guida, co lo cando- a n a b o c a d o f o r m i g u e ! r a e m sen­
t i d o c o n t r á r i o d o q ue se a c e n d e u n a p r i m e i r a vez, e
dizendo-se m a i s ou menos; o seguinte : acendi e
f i r m e i t e u A n j o de G u a r d a (f ulano ) d i z e r o no m e
c o m p l e t o d a pessoa, m a s c o m o você n ã o é merece­
d o r desta luz, eu a v�rei e m c i m a deste f o r m i g u e i r o
e que f iq ue s c o m o p e d aç o s de f o l h a s n a b o c a destas
f o r m i g a s ; a s s i m seja .
Te r m i n a n d o retirar-s e d o local, p e d i n d o licen­
ç a ao d o n o d a M a t a , i n d o e m b o ra p a r a c a s a .

Nota imrportante : E'ste t r a b a l h o de Q u i m b a n d a

deve s e r f e i t o em uma �.e x t a - f e i m , a o m e i o - d i a , co n ­


f o r m e ex pliquei: p r o c u r a r u m l o c a l l o n g e de casa,
para que o trabalho surta o r e s ulta d o completo,
podendo n o lo cal acrescentar-�.e o q u e m a i s se de­
sejar .
O t i p o d e f o r m i g u e i r o de pr ef er ência , deve ser
formigas. saúva s, p o r t a n t o o s mesmos se enco ntra­
rão mais faclmente lo nge do centr o das
cidades, e
se o I r m ã o de F é f o r d o i n t e r i o r, m e l h o r ainda,
pois n ã o d e i x a r á n u n c a de e n c o n t ra r u m sa11veiro.
A ve la depo is de acesa do lado certo, c o m o ex- .
p l i q u e i n o t r a b a l h o, a o f i n a l i z a r deve · s e r acesa do
laçlo c o n t r á r i o e f i r m a d a a o c o ntr á r io ; a vela, tam­
bém pode ser q u e b ra d a ém 3 part�. sem separar
u m p e d aç o do outro, d e ix and o que a m e s m a fique
l i g a d a p e l o pav:o, e dizendo que s ua f o r ç a f i c a r á
q u e b ra d a co mo a l u z que se está o ferecendo a seu
A n j o de G u a r d a . A h o r a d o t r a b a l h o é de prefe-
NA FORÇA DE U M P R E TO VELHO

rência, às 12 horas, po r ser hora grande .. poden,do


também se fazer o trabalho \à meia noite, ma.s, a
esta h ora não teremos a luz do sol, o que ajudará
a encontrar o dito formigueiro , a não ser que a
pessoa saiba o local de cor, neste caso ·� m e l h o r
a in da fazer-se � 24 horas, mesmo que tenha
qu� ·

usar u m lampião, ou la n t ern a pa ra s e encaminhar


ao local .

TRABALHO PARA QUEBRAR FORÇAS D E


PESSOAS INIMIGAS

Comprar uma garrafa de marafo, u m charuto


de boa qualidade, .uma pemba preta e outra verme­
lha, u m a vela preta e vermelha ou todo vermelha,

uma caixa de fósforos, u m a ve l a branca d e quarta,


um pedaço de pano preto, e outro vermelho) mais
ou menos de 20 centímetros, um pedaço de bar­
bante virgem .

De posse deste m a t e r i a l , em um dia de sex ta

f e i ra , firmar o Anjo de G u a r d a , e em seguida, to­


m a r u m ba n h o de firmeza e em seguida i r a u m a
beira de praia, local este u m tanto reserv·ado, le­
v·ando o material citado e o n o m e da pessoa ini­
t.liga escrito em u m papel branco que não tenha
tido uso, escrevendo n o mesmo 2 vezes em forma
de u m a cruz, u m a vez c r u z a n d o por cima da ou tra .

Chegando n a praia, em primeiro lugar na orla

do M a r, salvar O g u n Beira-M'Jl.r, indo depois n a


TRABALHOS DE QUIMBANDA

b e ira do M a r e s a l v a r Iemanj á a R a i n h a do Mar,

e todo o Povo do : u , e m seguida, a c e n d e r a vela

branca de quarta, oferecendo-a a Iemanjá a Rai­

n h a d o M a r, pedindo a e l a l i c e n ç a p a r a a r r l a r u m

t r a b a l h o p a r a E x u M a r é , seu empregado; a seguir ,


p e r to d a á g u a abre-se a g a r r a f a de ca:chaça, der­
r a m a - s e u m p o u c o n a a r e i a e m cruz, Ealva ndo E x u
1\taré, depois acende-se a vela p r e t a e v e r m e l h a ou
toda vermelha conforme e x p liq ue i anterior mente,
e m s e g u i d a acende-se o ·Charuto, d a n d o 7 b af o ra d as

para o alto, mentalizando�se o que se vai p e d i r,

p o nd o - o e m c i m a d a c a i x a d e ffu':foros ; depois pe­

gam-se a s pembas, a p r e t a e a vermelha , colocando­ a s

ao lado da caixa de fósforos. e do charuto que se

c o l o c a ra em cima, e finalizando pega-se o papel


c o m o n o m e d a pessoa j á escrito e coloca-se e m c i m a
do p�mo preto, colocando-se e ni c i m a uma p e d ra
que se deve p e g a r n a beira d a p ra i a , pondo-a · em
c i m a d o papel, e e m b r u l h a n d o - a c o m o p a n o preto

e a s e g u i r c o m o ve r m e l h o e m forrr.a d e um em­

b r ulho, depois amarra-s.e co m o b a r b a n t e v:rgem ,


b e m am ar ra d o, e se v a i n a b e i r a d o M a r e s e con­
tam 7 ondas quebra rem n a b e i r a d o M a r, e em
s e gu i d a , a t i r a r n o M a r o e m b r u l h o, dizendo : t o m e
c o n t a dele E X U M a r é , q u e tir e f u l a n o (dizer o no­

me completo da pessoa indesejável, e completar o


retirar .
a c· o r d o
-

pedido de com a vontade de c a d a um) ; a


·
s e g u i r p e d i r l i :3ença p a r a r e tira r- se, s a lva nd o E X U
M a r é , a s e g u i r I e m a n j á e n a s a í d a d a p ra ia , salvar
N A FORÇA DE U M PRETO VELHO
119

N o t a : EE.te t ra b a l h o deve ser f eito e m u m dia

de sexta feira , as 6 ho ra s d a t a r d e o u a M e i a - N o i t e .
Depois de f a z e r o t r a b a l h o c o n f o r m e e x p l i q u e i deta­
l h a d a m e n t e , ev·itar i r a p r a i a d u r a n t e 21 dias, p a r a
n ã o q u e b ra r o efeito d o t r a b a l h o .

Tu d o sobre Iemanjá, o I r m ã o de F é e n c o n t ra r á
em "Saravá Iemanjá", diversos Tr a b a l h o s , Firme­
zas, O f e r e nd as etc. seus b a n h o s e M d e f um aç õ e s de
seus f ilhos, seus Pontos Cantados e Riscados, e
O ra ç õ e s p a r a casos especiais; é mais u m pequeno
t r a b a l h o dá C o le ç ã o S aravá.

TRABALHO Q U E S E FA Z E M L O U V O R DAS
ALMAS, PA R A P E D I R AJUDA

O d l a d e segunda-feira, é d e d ic a d o à.s Almas


de u m modo-gera l . P a r a se o b te r a l g o q u e se deseja,
ácende-se u m a v e l a b r a n c a f o r a d e casa, e m lou­

vor das A l m a s e a s e g u i r se p e d e o q u e s e de.�ejar,

c o n t a n d o q u e n ã o .sejam p e d i d o s abs.urdos; a c i t a d a
vela n ã o deve de f o r m a a l g u m a , ser acesa d e n t r o

de casa, m a s s i m f o r a d a mesma, c o m o n o q u i n t a l ,
á r e a o u co:sa p a r e c i d a c o m estas, poj�. c o m o dev-em
saber os I r m ã o s de F\�. a o se f i r m a r u m a l u z p a r a
as A l m a s , t o d o s o�. tipos de A l m a s se a p r o x i m a m ,
p a r a g a n h a r luz, e p a r a q u e as m e s m as n ã o v�
120 TRABALHOS · DE QUIMB..I\
Nil� _

n h a m a p e r t u r b a r é q u e se c o s t u m a a c e n d e r e o fer­
t a r a s m e s m a s f o r a d a cas.a o n d e s e m o r a .

Re za r a Oração das A l m a s .

T R A BA L H O Q U E S E FA Z PA R A S E OBTER
A PROT � ÇAO D E OBALUAI:e

Na Umbanda, Obaluaiê é cultuado nos dias

d e . s e x t a - fe i r a , p o r t a n t o n e st e d i a s ã o fe i t o s todos.

os t r a b a l h o s e m s e u l o u v o r , m u i t o s d el es, t a m b é m

�.ão u ti l i z a d o s nos dias de s e g u n d a fe i ra , po r


ser o mesmo o dia das A l m a s , onde Obaluaiê
t a m b é m t e m g r a n d e l i g a ç ã o , m a s s u a fi r m e z a c o m
prefe­ r ê n c i a é a s e x t a - fe i ra e c o s t u m a - s e fa ze r o
s e g u i n t e : e m u m l o c a l f o r a de c a s a a c e n d e - se p.ma
v e l a b r a n ­ c a o n d e o fi r m a m o s , m a s este local, de
preferênc : a, deve s e r n o l a d o o n d e o s o l se põe,
m e l h o r explican­do "o nde m o r re o sol"; os pedidos
a ele fe i to s são pedido s a o c o n t r á r i o do q u e se
c o s t u m a obter, os I r m ã o s de F é que o t ê m c o m o

p ro te to r, o u m e s m o a q u e l e s q u e lhe têm grande

devoção, d e v e m p r o ­ c u r a r fi r m á - l o d o m o d o q u e
e x p l i q u e i : n o s dias. de s e x t a - fe i ra . O s I r m ã o s d e F d
q u e l h e t ê m g r a n d e d e v o ç ã o p o d e m s u b s ti t u i r a s
v e l a s p o r l a m p a r i n a s d e óleo, n o q u e obterão m a i o r

e m e l h o r resultado a i n d a , e m u i t o s a i n d a c o s t u m a m
12lr

todo e qualquer mal, por ele será n eu tra lizado ,


p o i s e s t a n d o ele f i r m a d o d e s t a f o r m a , n ã o d e l x a r á
n u n c a que seu F i l h o seja atingido p o r m alefícios
lançado.s . Cost u m a- se, n o local escolhido p a r a esta

finalidade, fazer-s e uma pequena casinha, o n d e se

abriga a f i r m e z a do v e n t o e d a c h u v a , e vos asse­

guro que grandes resultados serão obtidos a t r a v é s


desta firmeza .

Leia " S a r a v á Obaluaiê"; n e s t e p e q u e n o livro.

encontrará tudo a q u i l o q u e diz respeito a Obaluaiê,

(Omulu) seus t ra b a l h o s , firm ezas, feit!.ços e des-


. pach os, os locais certos, e c o m o se pro cede n o s ci­
t a d o s locais., a s O f e r e n d a s , seus respectivos P o n t o s
Cantados. e R i s c a d o s e a s O r a ç õ e s especiais p a r a

todas as ocasiões difíceis da vida - cotidiana; é mais


u m a obra d a Coleção Sarav'á .

T R A BA L H O Q U E S E FAZ PARA · U M A P ES S O A
QUE ESTUDA NÃO ESQUECER O
Q U E ESTUDOU

Q u a n d o se t r a t a r de a l g u é m q u e e s t u d a e- n ã o
· g u a r d a n a m em ór � a o q u e estu do u , o q u e se t e m a
fazer é e m u m d i a de sábado, a c e n d e r u m a vela
b r a n c a e m h o m e n a g e m a o A n j o de G u a r d a ) p e d i n d o
122 T R A BA LH OS D E QUI:MBANDA
-

a ele f o r ç a , f i r m e z a e p r o t e ç ã o , a s e g u i r a c e n d e r - se
o u t r a vela b r a n c a de q uar ta, q u e ve m a s e r u m a

vela de 30 e m d e c o m p r i m e n t o, e acende-se a mes­

ma, o ferecendo- a a Sta. A n a , p o i s S a n t a A n a , pro­

tege a todos que e s tud a m , fazendo c o m q u e a d ita


pe�soa n ã o esqueça o q ue estudou . Acendendo- se

a citada vela, pede-se a Sta . Ana, paz, força e

saúde, p a r a que n ã o e.�.queça n a d a d o q u e e s tud o u

e q u e a j u d e de u m m o d o g e r a l n os estudos .
As. velas devem s e r acesas e ·colocadas e m lo­
c a l a l t o c o m o mesa, c ô m o d a etc . n u n c a ac e nd e r
as m e s m a s n o c h ã o .

R e z a r a O ra ç ã o de S a n t a A n a .

TRABALHO Q U E S E FA Z PA R A S E A T R A m
A A M I Z A D E D E U M A C E RTA P E S S O A

E m q u a l q u e r d i a d a s e m ana, m e s m o em d i a
d e s e g u n d a - feira pois s e g u n d a f e i ra é d e d i c a d a as
A l m a s , e a algun.�. E X U q u e f o r e m c r uzad o s c o m as
A l m a s , f a z e r o s e g u i n t e : c o m p r a r u m p ra t o b ra n c o
e " v i r g e m " u m a g a r r a f i n h a de m e l de abelhas, e
d u a s ve las b ra n cas , escrever o n o m e d a pessQa que

faz o trabalho e o nome de q u e m quer se a p r o x i ­

mar de si, escrevendo-os e m u m p e q u e n o pape1


Nt\ F()RÇA D E UM PRETO · VELHO

branco em forma de cruz, 'u m cruzando por


c i m a do outro, ·C o l o c a r no fundo do prato
branco; em seguida se acendem as 2 velas
brancas, u m a para
seu A n j o de Guarda e a outra para o Anjo de
G u a r d à d a p e s s o a q u e f,e d e s e j a a p r o x i m a r ; d e p o is
de acesas, e de oferecidas ao.�. r e s p e c t i v o s Anjos
de
G u a r d a , d e r r a m a r u m pouco do m e l de a b e l h a s no
prato, a t é que o mesmo fique co m um ce nt ím et r o
m a i s o u m e n o s d e m e l d e a b e l h a s , e se c o l o c a em

local reservado lo n g e do alcance de mãos

profanas e se pede a aproximação da dita


p esso a , c o m p l e ­ tando-se o pedido conforme a
v o n t a d e de c a d a um.

R e z a r a O r a ç ã o do A n j o de C klard a .

TR ABALHO Q U E SE FAZ PA R A A FA S TA R
· MALEF1CIOS, M AU S
· PENSAMENTOS E
P E S S OAS INDESEJÁ VEIS QUE
QUEIRAM
SE
A P ROX I M A R
E m u m d : a de q u a r t a - f e i r a , n a b a n d a d e f o r a
de ca sa , em u m quintal, área, etc. p ega -se uma
v e l a b r a n c a , e a cend e- � e e se o f e r e c e a N o � s a Se­
·.nhora d o D e s t e r r o , d e p o i s d e a c e s a , v i r a - s e a v e l a
a o c o n t r á r i o e se f a z u m 2.o p a v i o , o n d e s e a c e n d e

também, e coloca,.se a mesma v i r a d a n o c b ã o , de


124 TRABALHOS D E QUIMBAND.Ai.

m o d o q u e n a t u r a l m e n t e o 1.0 p a v i o o n d e se a c e n ­

dera se apaga, e se d!z mais ou menos o

s e g u i n t e : N o s s a S e n h o r a d o D e s t e r r o , e u te ofereço
e sta luz, des.ta f o r m a , e c o n f o r m e e l a v a i a r d e n d o

q u e des­ t e r r e do m e u c a m i n h o , t o d o o m a l , to d o o

e m b a ra ço, t o d a a amarração (se desejar afastar


a l g u é m di­ ze r t a m b é m : q u e d e ste r re f u l a n o ( d i z e r
o nome) d a q u i e do m e u c a m i n h o . A s s i m seja
sempre .
E m s e g u i d a re za - s e a !Oração d e N o s s a Se­
n h o r a do Desterro .

N ot a : E s t e t r a b a l h o p o d e s e r f e i t o e m q u a l q u e r

dia da semana, m a s terá maoir êxito em u m

d ! a d e q u a r t a fe i ra , p o r ser dia que predomina

N o s s a S e n h o r a do Desterro .
T R A B A L H O Q U E S E FA Z PAR A A C A L M A R U M A
P ES S OA Q U E V I V E N ERVO SA E A F L I TA

E m 1.0 l u g a r acende-se' u m a vela b r o n c a ofe­


rec e n d o - a . ao A n j o d e G u a r d a d a p e s s o a doente
d e a l fi çã o e d e n e r vo s o , a s e g u i r ac ende-se u m a
2. a v e l a b r a n c a , o ferec endo - a a S a n t a C a t a r i n a
(esta S a n t a a b r a n d a o u .corta d e v e z este ti p o de
m a l ) , depois de acesa a v e l a e m s u a ho m ena gem ,
reza-s e a O r a ç ã o de S a n t a C a t a r i n a , e a s e g u i r s e
125

pede p a r a que a dita pessoa se a c a l m e , que fique

b r a n d a e c a l m a etc; pede-se o r e s ta nte a vontade


de c a d a u m .

TRABALHO Q U E S E FA Z PA RA SE
P E D I R S A ú D E E P R O T E Ç Ã O PA R A U.MA
CRIANÇA DOENTE

E m u m d i a de q u i n t a feira, pega-se u m pra to


b r a n c o e virgem, acendem�se 3 velas b ra n c a s em
forma de um t r i â n g u l o, oferecendo-as a Cosme,
D a m i ã o e D o u m ; e m seguida, escreve-se o n o m e d a
criança doente em um p e d aç o de papel branco,
coloca-se o m e s m o n o m e i o do t r i â n g u l o f eito com
as velas acesas, e a s e g u i r se d e r r a m a n o p r a t o o

mel de abelhas, de modo que as velas fiquem cer­

cadas c o m o m e l e E.e pede à f a l a n g e de C o s m e e


D ant:ão q u e t r a g a saúde e f o r ç a p a r a f u l a n o, (di­
zer o n o m e c o m p l e t o d a c r i a n ç a doente) .

& . t e t r a b a l h o deve ser f e i t o em u m d i a de q u i n ­


t a f e i ra p o r ser o d i a e m q u e se f i r m a as crianças;
as m e s m a s t ê m a p r o t e ç ã o de O g u n , p o r t a n t o a
f o r ç a de O g u n . D u r a n t e o t r a b a l h o a ser realizado,
reza-se a O r a ç ã o de C o s m e e D a m i ã o, e se a l g u é m
d a f a m i l i a v i e r a s e n t i r o u d e s c o n f i a r q u e f o i algo
de r u i m q u e veio a p r e j u d i c a r a c r : a n ç a pois m u i t a s
da s vezes, p o r serem as c r i a n ç a s ino f e ns iva s e frá-
TRABALHOS D E QUIMBANDA

geis, p a s s a m a s e r v ir sem c u l p a n e n h u m a de pára­


raio, melhor e x p l i c a n d o, alguém da família foi
v i t i m a de u m a d e m a nd a , o u p r a g a etc. p o r acaso
a d i t a pessoa, t e m um Anjo de G u a r d a m a i s ou

menos forte, neste caso, o peso cah:á e m cima da

c r i a n ç a , p o is a m e s m a é m a i s frág:t ; p o r ta nto, foi


q u e m a g u e n t o u a carga; n e s t e caso é necessário se
acender u m a vela em homenagem a Ogum, e a
s e g u i r reza-se a O r a ç ã o d e O g u n pedindo-se a ele
proteção e f or ça, etc .
ORAÇõES - -- . .

P.ARA FINALIDADES

C.:-. I r m ã o s de Fé, devem m b e r , que tOdo e q u a l ­


q u e r trabalh o a ser real'zado m u i t a das v·ezes,
deve ser acompanhado de u m a ou mais orações,
que por
sua vez, vem f a c i l i t a r o andamento d o t r abalh á ;
pois a oração é em si u m a autêntica invo2ação,
para aquilo que s.e almeja fazer .

ORAÇÃ O PA R A A L C A N Ç A R A SALVAÇ Ã O E T E R N A

S in a l .da C r u z .

O Senhor é a m i n h a l u z e a m i n h a salvação;
de quem terei medo? O Senhor é o defensor da
m i n h a alma; qu e m me f a r i a tremer? O s inimigos
que me perseguiam perderam as forças e caíram .

Assim seja.

Senho r meu Jesus Cristo, : r eu. Criador e>Sal­


vador, pelo vosso · s u p l ício e m o r t e na C r uz , h u m i l ­
demente, rogo perdão p a m as minhas culpas.
Bem t.ei, Senhor, que esta existência é menos
do q u e u m .segundo comparada com a vida
eterna. Esta-
. .
. mos neste desterro, priva d os da visão de Deus .

Iluminai meus olhos, Senhor, p a r a qu e n a h o r a


128 TRABALHOS DE QUI:Ml3ANDA

M a r i a Santíssima :Mlãe de Deus, sede meu am­


paro, m e u refúgio, pu ri f i c a - me o coração interce­
de! p<>r m i m j u n t o ao vosso Di v:no F i l h o Senhor
Jesu�. Cristo .
Deus é m i n h a força, m e u . refúgio e meu Sal­
vaçlor .
Assim
seja.

R e � r 1 Creio e m D e u s Pai, 1 P a i Nosso, 1


Ave

:Mm-!a e 1 Salve R a i n h a .

ORAÇA.O AO ANJO D E
GUARDA

S t n a l da C ru s .
Deus seja louvado p o r todos os s3culos do.!. sé­
culos. Assim seja . Aleluia! Aleluia! Aleluia!
Deus confiou a s almas aos Santos A n j os para
que as guiassem e as conduzissem pela estrada d a
salvação .
A n j o de Deus, que po��.uis poder, graça, v·lr­
tude e car�dade, executor do que ordena o Pai Ce­
leste, Salve Salve!

Aleluia ! Aleluia! Aleluia!

l. ieu p u o r A n j o de Guarda, que sois meu defen­


sor e meu guia, pela misericórd:a divina, protegei­
me, orientai-me, acompanhai-m e em meus passos
pelos caminhos da vida . Acende! em me u · coração
NA FORÇA D E U M P R E TO VELHO 12
9
a c h a m a da caridade e do a m o r aos meus seme·
lhantes, irmãos em Jesus Cristo . D a i - m e fé inque­
brantável n a Justiça e n a S a b e d o r i a de Deus .

T e n h o c o n f i a n ç a e m vós , t e n h o a es.p e r a n ç a de

q u e m e c o n s o l a r e i s s em p r e em m i n h a s afliçõ es, que

m e socorrere:s em minhas dificuldades, que me


ajudareis a vencer as. tentações e estareis ao
meu lado, n a h o ra de m i n h a m orte, sendo m e u
a d voga do per a nte o J u iz o S u p remo .
. .

Disse o Senhor meu Deus : " E n v i a r e i m e u anjo,


diante de tua face, para a g u a r d a r - te n o c a m in h o e
l e va r - t e a o l u g a r qu e te tenho preparado" .

A s s i m s e j ?J;,

Instrução

R e z a r esta oração com u m a vela acesa, de pre­


ferência ao levantar, de m a n h ã , podendo porém ser
dita a qualquer h o ra do dia .

O R AÇ AO A S Ã O M I G U E L A RC A N J O P A R A
PR,OTEÇAO E M Q UA L Q U E R V I A G E M POR
TERRA, P O R 1\iA.R .OU P E L O A R

S i n a l d a Cruz.

Puríssimo Es.pírito São M:guel Arcanjo, que


eternamente estais presente ante a face do Ser4hOr
sede- f a v o r á ve l à m i n h a p r e c e .
130 TRABALHOS D E QUIMBAND.Aí

A f a s t a i de m i m as i n f l u ê n :-!�as ne f as ta s e abr i
os m e u s c a m i n ho s , p a r a que e m p a z eu possa che�

g a r ao t e r m o feliz. da v i a g e m .

A c e i t a i e s t a m i n h a p r e c e , vús qu.e s o i s o e s c u d o o

a b r i g o e o a m p a r o dos q u e c r ê e m e m D e u s e e m
S ua Misericórd:a .
A m a n s a i os vEnto.:-,, as o ndas e os elementos
do céu e d a terra, desfazendo as tempestades,
afastan­
do a.�. nuvens, desv·iando os raios, a b r a n d a n d o o sol,
desfazendo o calor, dissolvendo a neve .
A f u g e n t a i os agentes de Satanaz, os espíritos
das trevas, os i n i m i g o s de D e u s .
Defendei-me, A r c a n j o S ão M'lguel,
c o n t r a as
i n s í d i a�
. . do demôn�o, d e s b a ra t a n d o os seus envia­
dos, ev'ltando que e u per eça e m pecado m o r t a l .
I n s p i r a i a todos o c u m p r i m e n t o d o dever, ofi­

ciais, pilotos, mairnheiros, empregados, para que

se prevej am, e se e v ite m todos o,<;, i m p e c i l h o s e


peri­ gos nesta v i a g e m .
Senhor Deus, Pai Misericordio.�.o e Clemente,
humilde pecado r que sou, a r r e p e n d i d o dos meus
pecados., à Vossa b o n d a d e m e dirijo, p o r intercessão
o Vosso G l o r i o s o A r c a n j o S ão M i g u e l .

São Miguel Arcanjo, vig:ai-n o s .

São M i g u e l A r c a n j o , a m p a ra i - nos .

S ã o M i g u e l A r c a n j o , socorrei-n o.�..
NA FORÇA D E U M P R E T O VELHO

Instruções

R e c i t a r esta prece, n a véspera da viagem , ou

n o decur so d a me�.ma . E s t a o ra ç ão pode ser reza­


da também e m fav·or de o u t r a o u de v á r i a s pes­
soas, m e n c i o n a n d o os respectivos n o m e s nos l u g a ­
r e s própr:o�..

R e c i t a r e m s e g u i d a 1 C r e io €m Deus Pa i .

1 P a i ncszo e 1 A ve M a r i a .

O R AÇ AO CONTRA O B S E S S Õ E S DOS .MAUS


ESP1R ITOS E P E R S E G U I Ç õ E S D E D E M ô N I O S

Sinal da C r uz.

S e n h o r m e u Je s us Cristo, D eus feito ho m e m ,

q u e padecestes pelo.�. nossos pecados e e x p i r a s t e s 'na


cruz; q ue subistes ao c é u e esta:s a s s e n t a d o à m ã o
d i r e i t a de D e u s P a i Todo PodE-roso .
P e l o Vosso N o m e S a n t í s s i m o . que ao ser pro­
n u n c i a d o f a z se a j o e l h a r e m os A n j o s n o céu. e os de­
môn:os n o inferno, .�.uplico-Vos ouvirdes a.s
ora­
ções dos Vc�.sos fiéis . Rogo-Vos, S e n h o r M e u
Je­
sus Cristo, Vo s digneis de p r o te g e r este Vosso servo
F u l a n o (dizer o nome· d a pe�.soa), pelo Vo s s o San ­

tíssimo N o m e , pelo m e r e c i m e n t o de Vosf:a Mãe, a


13� TRABALHOS D E

Q UI M B A N D JI�

Santíssima V ir g e m N o s s a S e n h o ra , pelas orações

de To d o s �. Santos, pelos Sacrifkios de todos os

M a r t i r e s , q u e d e r r a m a r a m o seu s a ng u e p o r Vós,

pelo mérito de todos os atos de Fé, de E s p e r a n ç a


e de C a r i d a d e .
Ro g o - Vos, S e n h o r D e u s Jes.us Cristo, l i v r a r F u­
l a n o (dizer o n o m e d a pessoa) de todos os ataques
e m a l e f í c i o s p o r par te dos demônios, dos maus. es­

p í r i t o s , de to da s as e n t i d a d e s m a l f e i t o ra s .

A s i m seja.

( R e z a r a q u i u m Cre:.o e m D e u s P a i ) .

( C o l o c a r a m ã o d r e i t a nos pés d e u m C r u c i f i­

x o e c o n t i n u a r a o ra ção ) .

E i s a C r u z de Nosso S e n h o r J e s us Cristo, que


nos g a r a n t e a s a lva ç ã o e a v·lda eterna , a Santa
C r u z q u e d e r r o ta todas as hcs.tes inf er nais, abate
todos os demôn:os e e s p ír ito s m a u s . F u g i , afastai­
vos daqui, h a b i t a n t e s das. trevas, demônios, ferozes
i n i m i g o s d o gêner o h u m a n o . Espíritos diabólicos
opostos aos desígnios d o Alttf.�.simo S e n h o r D e us Sa­
bao th, do seu F�lho Nosso S e n h o r Je s us C r i s t o e do
Divino Espírito Santo, presentes o u ausentes, pró­
x i m o s o u lo ng ínq uo s , d e i xe m e m p a z esta cr iatu­
r a . Ide p a r a o vosso r e i n o de t r e va e d e dor, ces�
sem de obsedar este servo de Deus . Re t i ra i -
v'02. q u a l q u e r que tenha sido o pr etex to que os
t e n h a traz:.do aq ui, f eitiçar ia, b r uxe d o, invocação,
feitas p u encomendadas por homem ou mulher .
NA FORÇA DE U M P R E TO V E L H O 133
,
vos q u a l q u e r q u e t e n h a s i d o a f o r ç a q ue vos tr ouxe

aqui, conjuração, ameaça ou intimação .


D e u s P a i E t e r n o , N o s s o S e n h o r J e s u s Cristo, o
Divino Espírito Santo, a Virgem Maria, Mãe de
Deus, t o d a s as H i e r a r q u i a s ·celestiais, sob o ccrnan­
d o d o A r c a n j o S ã o M i g u e l , q u e vos p r e c i p i t o u nos
infernos assim ordenam. E m n o m e de D e u s .. ide­
vos, e s p í r i t o s i n f e r n a i s .
Ordena-v·os D e u s q u e vos afasteis e q ue d e hoje
e m d i a n t e n ã o volteis a f a z e r m a l a este servo de

Deus, f u l a n o (dizer o n o m e d a p e & o a ) , p o r ne..


n h u m motivo, r e s p e i t a n d o o seu c o r p o q u e é o tem­
p l o d o D i v i n o E s p í r i t o e a s u a a l m a , f e i t a pelo P a i
a sua i m a g e m e s e m e l h a n ç a . N ã o voltareis, nem
d e n o i t e n e m de dia, a a t o r m e n t a r, n e m ac o r d ad o
nem dormindo .
E m n o m e de Deus, esconjuro-vos, demôn iOE. in­
felizes, e s p í r i t o s d o ar, d a s águas, d a t e r r a e do
fogo, e se n ã o obedecerdes a es�.e esconjuro, feiLo
e m n o m e de Deus, à s o m b r a d a Cruz de Nosso Se­
n h o r J e s u s C r i s t o, maiE. p r o f u n d a será a vossa que­
d a no s ab is m o s d o i n f e r n o .
Se t r a z e m m a l de f eitiçar ia, bruxedo, se eE.tais
agindo p o r q ue fostes invocados. por alguém, esse
m a l será de�.truido p e l a f o r ç a d e Deus, inve nc íve l
Deus que foi, é, e será por to do s os S\�culos
dos séculos .
Assim �.e
ja.

P e l o p u r í s s i m o S a n g u e de N o s o S e n h o r Jesus

Cristo, derramado na Santa Cruz, seja afastado


134 TRABA�HOS J?E .
QUI�ANDA

todo mal de Fulano (dizer o nome da pessoa) , afas­


tem-se para sempre todos os seres infernais, todos
os demônios, todas á entidades das trevas .
Pelos Santos Arcanjos e Anjos1 Patriar:as,
·

Santos e Santas, Bemaventurados e Beatos, seja


Fulano (dizer o nome da pessoa) guardado .
Pelos sofr:mentos e lágrimas de Maria Virgem
e :rv.:re de Deu� seja Fulano (dizer o nome da pes­
. .

soa) protegido sob o seu sagrado manto .


Desapareçam todos O.!'. demônios, os espíritos
malignos, os obsessores . Regressem aos
inferno.�. todos esses malditos, afastem-se de
Fulano (dizer o nome da pessoa) , que· está sob a
proteção do San­ tíssimo Sangue de Nosso Senhor
Jes.us Cristo .
Pela virtude e poder de Je.!'.PS cr:sto que
se encarnou e se fez homem para salv-ar a
humanida­ de, · ·sofrendo n a . Cruz, retirem-s e. todos os

demô­ nios, espíritos . obseB.sor.es . Em nome .de


Jesus Cris­ to o .ArcanJ·O· Sào M guel os ven:e .
Desaparecei daqui, potências das trevas, enviados
do mald:to . . .

São. Miguel Arcanjo, protegei-


nos . São Miguel Arcanjo, defendei-
nos .
São Miguel Arcanjo, � fastai de Fulano os e s- .

píritos maligno.:-. . .
NA DE UM PRETO 135
.

InstruçÕ es

Este exorc!.�;mo deve ser feito diante de um


Crucifixo, com 12 velas acesas . Todos os presentes
devem estar de joeihos .

ORA:ÇÃ O PARA P R O T E G E R D E TO D O
E Q UA L Q U E R
PERIGO

Sinal da Cruz .

Sephor Deus., Tbdo Podero�o. Cr�ador do


céu e da terra, v·enho implorar Vossa proteção,
apesar dos meus pecados, que me fazem desmarecer de
Vossa misericórdia .

Pai celestial, rogo-Vos, humildamente, que


afasteis deste Vosso filho todos os perigos para o
meu corpo e para minha a1ma . Protegei-me,
Senhor Deus, contm. o.:. ataques dos meus inillli.gos,
das emboscadas, traições e maldades dos que me
querem mal, sejam homens ou mulheres .
Deus, Pai Misericord'oso, afugentai de mim os
espíritos das trevas, obses�ores e malignos. Afas­
tai de mim a inveja, a maledi:: ênc�a , as intrigas,
o ódio, as inimizades .
Concedei-me, Senhor, a paz, a tranqüilidade·,
a _ segurança e que .se afastem os obstáculos
nos
13 TRABALHOS DE QUIMBAND.Aj
6
Pelos Vo�sos Santíssimos Nomes : Iavé, EI-Elo­
him, Sabaoth, Adonai, recebei a minha súplica,
recebei a minha prece, que Vos dirijo, humilde-
·

mente .
Assim seja.

Rezar 1 Creio em Deus Pai .

ORAÇÃO PARA A N U L A R D I F I C U L DA D E S E
E M BA R AÇO S EM NEGó CIOS

Sinal d a Cruz.

Glória a Deus nas alturas e Paz na terra aos


homens de boa vontade .
Louvo São Judas Taqeu, São Benedito, Santa
Antão, São Policarpo .
Louvo Santo Expedito pelo bom êxito dos
meus
negócios, pela m i n h a tranqüilidade, pé..
minha
paz . •

Graças Vos sejam dadas, meu Bom Jesus, pela


Vossa misericórdioea proteção .
Louvado seja Deus, Cr�ador do céu e da terra,
Eterno Pai de todas as ·criaturas .
Louv·ado seja Nosso Senhor Jee.us Cristo, pela
Sua misericórdia.
Louvado seja o Divino Espírito Santo, pe1a Sua
sabedoria. .
NA FORÇA DE U M PRETO VELHO

Louvada seja para todo o sempre a Santissi­

ma Trindade .
, !-.teu Deu�.• embora eu seja pecador, com toda

humildade Vos peço a graça de me amparardes em


meus trabalhos, em minha profissão, em meus ne­
gócios .
Senhor Jesus Cristo, Vós dissestes : "Pedi e re­
cebereis". Com firme confiança em Vossa J u s t i ç a
e M:sericórdia, rogo o Vosso amparo, afastando a s
dificuldades, os obstáculos, 0 3 impedimentos, de
meu caminho .
Concedei-me, Senhor, a felicidade de ·colher o
fruto dos meue. esforços . Dai,.me, Senhor, a ventu­
ra de poder sustentar-me com o meu trabalho e
assim dar um exemplo de fidelidade aos Vossos
Mandamentos, aos meus filhos, aos meus amigos,
aos meus conhecidos .
Creio em Vós, Senhor, e tenho certeza de que
não serei desamparado .
Assim
seja.

Rezar 3 Pai Nosso, 3 Ave :Mi:uia, 1 Salve


O RRainha
A Ç Ã O PA R A C O N S A G R A R UMA CASA A DEUS

Sinal d a Cruz.

Piai Eterno Onipotente, Misericordioso e Justo ,

ouvi a oração de um Vosso filho. Senhor Jesus Cris­ to,


Deus e Eomem verdadeiro, sede · propício à sú-
, , ,
138 TRA13ALHOS D E QtJIMBAN:OA

plica de u m p e c a d o r a r r ep en d i do. D i v i n o Espírito


Santo, ilum: nai-me com u m r a i o de Vo2�.a Eterna
Sabedoria, S a n t a M a r i a Mãe de Deus, advogada dos
p ecad o r es , l a n ç a i vosso o l h a r zobre mim, sobre mi­
nha família, sobre esta casa .

S ão M i g u e l , p rí n ci pe da.:-. hastes celest:ais . com


o vosso glád�o, a f u g e n t a i os demônios, m a us espíri­
tos, entidades ma lf ei to r a s , do recinto desta casa .

Meu De�� humildemente, Vos dedico a


mi­ nha residência, r og ando - V o s Vossa b ê n ç ã o
sobre el a a fim de que livres de influênc:as
nefastas pos­ samos t o dos, eu , minha esposa (ou
esposo) , r:1eus filhos , todas as pessoas de minha

família, habitar­ m o s este r e c in to e m so.::.:.::lgo, sob


a Vo s s a proteção, g u ard a do s pelo.:. A n j o s, à
so m bra da Cruz de Nosso Senhor Jesu.:. Cristo} sob
o m a n t o de Nossa Senha­ ra, Maria Santíss:ma .

Assim .�ej a.

Instruções

Rezar em seguida 1 Creio em Deus P a i , 1 Pai

Nosso, 1 A v e Maria, com todas as j a n el a �. e portas

abertas. Se a casa for velha ou tiv·er sido habitada


p o r o utr o s inq uilino s , rezar a O ra ç ã o ao A n j o da
Guc.rda .
N A FORÇ A DE U M PRETO VELHO 13
9

O R A Ç Ã O A N O S S A S E N H O R A D O B O M PARTO

S in a l d a Cruz.

Virgem Maria, confiante em vossa in f in it a bon­


dade, recorro a Vós� que sendo M ú e de Deus aco­
lheis piedosa a m:nha prece· .
Protegei todas as mulheres, que, no c:umpri­
me nt o de sua missão, concebam os corpos que re­
cebem as almaE. criadas po r Deus para a sua hon­

ra e glória .
Vinde, Senhora, socorrer-me no momento de
r u dar à lu z este ser querido que trago e m
minhas

entra nhas, concedendo-m e a g ra ç a de assistir-m e do


céu c om o vosso m;lagroso amparo .
Ajoelhada, suplico a vossa proteção, antes, du­
rante e depois do meu parto, favorecendo-me com
a f é n a misericórdia divina .
Lembrai-vos, Senhora, de que, quando Nosso
Senhor Jesus Cristo f.e encarr:.ou em vosso ventre,

por obra e graça do D:vino E :spírito Santo, fazen­


do-se vosso Filho, também vos fez nossa Mãe, para
que por vosso intermédio alcançássemo,:-, com o per­
dão dos nossos pecados os vo,:.�os preeiosos favores.
Ajudai-me, pois, No s m Senhora do B o m Parto,

n a hora do nascimento do meu filho, f,ocorrei-me,


preservai-me a f i m de que eu possa cr:á-lo e edu­
cá-lo na fé cristã., para glória de Deus .

ó M a r i a Concebida sem pecado, rogai por nós


q u e recorremos a Vós .
14 TRABALHOS D E Q � A N D A
0
(Repetir 3 vezes) :

No�sa Senhora do B o m Parto, socorrei-me.


Nossa Senhora do Bom Parto, amparai-me.
Nossa Senhora do Bom Parto, auxiliai-me.

(Rezar três Ave Maria e uma Salve


Rainha) .

O R A Ç Ã O A s A O J U D A S TA D E U PARA O B T E R · S E
A SO LUÇAO D E N E G ú C I O S , S I T UAÇ õ E S
DIFíCEIS E QUESTÕ ES JUDICIAIS

S i n a l d a Cr uz.

Grande Apóstolo São Judas Tadeu, que fostes


decapitado na Pérsia, quando lá estáveis. pregando
o �agrado Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo,
eu vos saúdo .
São Judas Tadeu, não e�.quecerei as
palavras
que em vossa epístola dirigistes aos cristãos :
"Mantei-vos na caridade de Deu�, esperando a mi­
sericórdia de Nosso Senhor Jesus Cristo para a
vida eterna . "
São Judas Tadeu, desejo conservar-me fiel aos
ensinamentos de Nosso Senhor Jesus Cristo, que
Vós propagas.tes pelo mundo e quero guardar mi­
nha confiança em vossa intercessão em f avo r des­
te humilde servo de D e u s .
NA FORÇA DE UM P R E T O VELHO

Animado pela vossa bondade, venho a j oel h a r ­


me aos vossos pés-� rogando sejais meu
advogado perante a J u .st iç a D iv in a p a r a que seja
perdoado dos meus pecados .

São Judas Tadeu, as.sim como não receastes o


ma r tf r :o , at.sim eu vos peço sejais meu protetor,
vós que nunca negastes o vosso socorro aos ü3is que
vos imploram em situações difíceiE., quando per se­
guidos pelos seus inimigos imp!edosos ,

São Juda Tladeu, considerai a minha fraque­


za e aj u dai - me a �.er bem sucedido em meus traba­

lhos e também a ev i t a r as ocasiões de ofender a


Deus .

Vós que a c om p a n h ast e s Nosso S en h or Jesus


C risto em s u a missão n a terra e que agora gozais
do merecido f r u t o da felicidade eterna, �.ede propi·

d o aos meus rogos . Vinde socorrer-me, nesta oca­


sião, e sempre que eu vos p€dir a vossa interces�.ão,
ju n t o ao Trono do Pai Eterno, em meu favor .

Favorecei-me, São Judas Tadeu, concedendo­


me a g ra ç a de (mencionar aqui o pedido) . Não
esquecestes, São Judas Tadeu, o v�so conselho :
''Aquele que tem o poder de vos guardar e de ampa­
rar-vos é o único Deus, S alvador Nosso, Jesus Cristo,
Senhor Nosso, a quem sejam Honra e G l ó r i a por
todos os s.éculos dos séculos .
São Judas Tadeu concedei-me a gração de
(re�
· . _TRABALHOS DE _·
142 QUIMBANDA

.Oremus

Senhor meu Jesus Cri s to , pelo sangue· de Vos­ so

Glorioso Ap ó sto l o e M i r tir , o B e m a v e n u t r a d o São


Judas Tadeu, alcançai-me a graça que Vos ro­ go
por seu intermédio ·e merecimento .

Assim �.eja.

Rez ar u m Pai No ss o e tr2s A v e M a r i a .

O R A Ç Ã O A SÃO: CIPR,IANO

C o n t r a f eitiçar ias, bruxedos, malej'(ci'os e


p r á t i c a s diabólicas

S i n a l da C r u z ..

A s s im f a lo u o Senhor Deus ao R e i Davi : " G u a r­


d a i vasas lí n g u a do m a l e vossos lábios da m e n L r a .

Desviai-vos do m a l e f a z e i o bem, bu.�cai a p a z e se­gu i -

a Os olhos do Senhor estão sobre os justos e seus


.

ouvidos atentos aos seus clamores" .

Assim �.ej a.

Bemaventurado São Cipriano, a g:oça de Nos­


so Senhor Jesus Cristo tocou o· vosso coração afas­
tando-vos da estrada de perd!ção e c o n d u z i n d o - vos
NA FORÇA D E UM P R E TO VELHO 14
3
pelo caminho d a prática d a caridade e darvirtude.

que leva à salvação eterna . I lu m in a d o pelo Espí­

rito Santo, a vos sa ciência profana t ra n s f o r m o u - se

em divina .
A graça de Deus manteV'e-se convosco, Belr.a.­
venturado São Cipr:ano, e assim, conhecedor das
artes do demônio, viestes a possuir as virtudes que
a n u l a m os malefícios com as quais. defendeis os ser­
vos de Deus . C onfia ndo portanto em vossa sabed.o
· ria e bondade, venh o . im p lo ra r a vos sa
·'proteção contra quaisquer m a lef íc ios., bruxedos,
invocações,

nigromancias, que os m agos negros feiticeiros ou

feit2ceiras, bruxos ou b�-qx,as; e adivinhos,


homens .

o u mulheres, em q u a l q u er l u g a r, em qualquer hora


do dia o u da noite . possam- experimentar pa ra cau­
sar-me m a l, em .minha. pessoa, em meus
parentes ou meus b e n s .
· Guardai-me, Be n i aventurado S ão Cipi:iano, das
.
investi d as de Satanaz, d o s se u s agentes, invisiv·eis
· ·

nhecido s. . . Vigiai m i n h a casa,


ou visíveis protegei-me 'a mim
e a tOda m : n h a d fa:milia . Ir:sp!rai"me b o ns senti­
Bemav·enutra
tE.'�; beneficiado como aSão Cipriano,
m lsericórd assim
:à d i v i n a como
assim fos
eu ­

mentos ·e puros pensamentos, a f a . i t and�me dos


vos peço, sinceramente, i n f l u i r em m e u coração
falsos amigos e dos inimigos desconhecidos ou co-
para que eu reconheça a vontade d e Deus e
não m e afaste do�. seus mandamentos. Inte:vcedei
j un t o a Nosso Senhor Jesus C ris to p a r a que e u
mereça
a. vo.�sa proteção, r e sguardando-me . . de infi��cias

TrabalhOS de QUlmbanda -
144 TnABALHOS D E QUTIMBANDA

ne f as ta s e e u p o s s a e m p a z h o n r a r e a m a r a D e u s
q u e e s t á n o s c-é u s .

Assim sej a .

S � o C i p r i a n o, z e l a i . p o r m : m
. S ã o C i p r i a n o , defendei-m e .
São Cipriano, omi por mim .

ORAÇAO P E L A S ALMAS

Sinal d a Cruz.

· Jest.u�; I>eus f e ito H o m e m , n o s s o C r i a d o r, nos­


so Redentor, à V o s s a · m is e r i c ó r d i a e n c o m e n d o ··
a

a l m a d e F:Ul a il,o (dizer o no�e) , . 6 S a l va d o r d a

f f i l ­ manidade,_ a f i m: d e q u e lhe sejam abe:r tàs a s


p ó r t a s do P a r a í s o .

S e n h o r Deus, t e n d e misericórd:a d e s s a a l m a .
Je�.us, J e s u s B o nd o s o, J e s u s esteja. ao teu
lado
para defender-te, p a r a g u a r d a r- te, p a r a
gu ia r - te ,

p a r a s a l v a r - t e . P e l o m é r i t o d o S e u p r e c io s o s a n g u e ,
Jesus te ampare. P e l o s c rav o s com q u e f o i pre­
g a d o n a cruz, J es u s t e g u i e . P e l a S u a coroa d e es­
p i n h o . s , J t;!SUS t e per d oe· . P e l a S u a a g o n i a , p e l a
S u a m o r t e n a c r u z , Jesus te · c o n d u z a à c o r e t
c e le s tia l .

. .
S e n h. o�r ·, ·Deus , afugentai
: .: : ; --:.
os inimigos da alma
NA FORÇA DE UM P R E TO VELHO

M a r i a S a n t í s s i m a , M ã e d e Deus, S e n h o r a das
Gra ças, o l h a i p a r a esta a l m a . Co nf o rtai-a, conce�
dei-lhe o f a v o r d a v·ossa p r o te ç ão especial . Interce­
d e i j u n t o a o vosso a m a d o F i l h o , p a r a q u e sejam
per doado s os pecados d e s t a a l m a .
J e s u s Cristo, recebei e m Vo��.os b ra ç o s a a l m a

de F u l a n o . Sede o seu protetor , defensor, guia, am i­


go e P a i , ne s ta hora , em q u e ela se despede d a ter­
r a e c o n f i a n t e e m V ó s está p a r a c o m p a r e c e r peran­
te o Vosso t r i b u n a l .
S e n h o r Deus, Jesus. Cristo, que morrestes n�
c r u z p o r t o d a a h u m a n i d a d e , F u l a n o é Vosso filho,

é a Vo s s a criatura, Afastai os espíritos

tentadores, a l e g i ã o de L ú c i f e r .
õ Maria Santi&sima, Refúgio dos pecadores,
o ra i por ele .
õ Ml:tria S antís s im a, C o n s o l o dos aflitos,
o ra i
por ele .
ó Maria Santíssima, Mãe amantís�ima, orai

p o r ele .
S a c ra t í s s i m o C o ra ç ã o de Jesus, o ra i p o r ele.
C o r d e i r o d e Deus, q u e a p a g a i s o s pecado s do
mundo, t e n d e piedade d e F u l a n o .
C o r d e i r o de Deus, q u e a p a g a i s os pecados do
mundo, d ai a p az a F u l a n o .

R e z a r e m seguida u m P a i Nosso, u m a A v e M a ·
ria e u m a Salve R a i n h a . E�ta o ra ç ã o pode ser re­
p e tid a e n q u a n t o d u r a r a a g o n i a d o
moribundo .
14 TRABALHOS D E QUIMBANDA;
6

O R A Ç Ã O AOS SA N TO S C O S M E E DA M I Ã O

Bondosos Santos, Cosme e D a m i ã o, o reino do


P a i vos foi reservado, ao lado dele vos. encontrais .

Guardai-m e de todos os perigo.c:. e males, que vós

sejais os guardiães, entrego-m e à vo.ssa guarda, que a


mim nada aconteça, pJssa pa E".�ar os perigos, co­
berto c o m a vnssa proteção . Bondosos Cosme e
Damião, filhos de Dfzus vivo, que Dele trazeis. a
bênção das. palmas que trazeis conv·osco e q u e to­
dos nós encontremos defe.sa <Com a intercessão dos
vossos nomes .

Sina l da Cruz .

Re z a r 1 Pai Nosso e 1 Ave M a r i a .

ORA:ÇAO A SANT'ANA

Pa ra obter a paz doméstica

Senhora Sant'Ana, vós que fo.stes escolhida


pa ra trazer ao m u n d o a R a i n h a dos Anjos, M a r i a

S a n t í s s i m a , concedei-me a graça de v e r a paz vol­ tar


ao meu la r .
Auxiliai-m e, Sant'Ana, com o vosso patrocínio.
E m vós. con f i a o m e u coração . V i g i a i os ca­
minhos que conduzem à m i n h a casa . Fe c h a i as
NA FORÇA P E Ú M PREITO VE L HO

portas do meu lar aos intrigántes, aos maldizentes,


aos invejosos., aos falsos amigos .
Afastai a necessidade, as tristezas, os malen­
tend�dos, a desunião . Protegei a todos os que habi­
tam sob e.�.te teto, fazendo-os prosperarem no seu
trabalho, livrarem-se das tentações do mundo, tri­
lharem sempre o caminho da honestidade e do
dever.

Senhora Sant'Ana, vós que· sempre vivestes em paz e

harmonia com o VOESO esposo, São Joaquim, atendei


a minha prece, concedendo-me a graça de estar em
meu lar, em constante harmonia com to­ dos os
meus, com todos os que viv·em em minha
companhia .

Senhora Sant'Ana, ouvi o que vos digo : mulher


forte, quem a terá por esposa? O seu valor não
tem preço . Nela confia o marido. Amam-na os fi­
lhos . Obedecem-lhe os criados .
Estimam-na as amigas: . Levanta-se à noite e
cuida da sua ·Casa . Abre a sua mão aos pobres e
estende os braços aos necessitados . Faz os seus
vestidos. O seu marido será v·enturoso . As suas
palavras serão prudentes e a sabed<;>ria residirá no
s.eu . coração .

Senhor Deus, Criador do 0 5 u e da Terra, Vós que


Vos dignastes de conceder à Senhora Sant'Ana a
graça de ser genitora da Mãe de Nosso Senhor
Jesus Cristo, Concedei-nos que, por intermédio da
esposa d e São Joaquim, sintamos o efeito da sua
. TRABALHOS DE QUIMBAND.\
148
milagrosa intercessão e <ia sua bênção sobre o .

meu lar.

Sinal da Cruz

Reza-se em se g ui d a 1 Pai Nosso, 1 S a l ve Rai­


nha e 3 Ave M�ria .

Instruçõ es

Esta · p r e c e deve s e r feita, durante 7 dias, dian­

te de uma image m de S a n t 'A n a , com d uas velas


acesas .

S A LV E RAINHA

Sirtal d a Cruz.

Salve R a i n h a ! Mãe de M i s e r i c ó r d i a ! V i d a , Do·

ç u ra e Esperança Nossa, Salve ! A vós bradamos,


nós os d e g ra d a d o s f i l h o s de E v a ! A vós suspiramos
· g e m e n d o e c ho ra nd o, neste vale de lágri m a s! Eia,
pois., A d v o g a d a nossa! Esses vossos olhos, misericor ­
diosos, a nós v o l v·ei ! E, depois deste desterro, mos­
trai-nos a Jesus, B e n d i t o F r u t o do Vosso Ve n t r e ! ó
C le m e n t e ! ó Piedosa ! ó D o c e e sempre Virg é m Ma­
r ia ! Ro g a i por nós, S a n t a M l e de Deus, pa ra q u e
sejamos dig n o s d a s promessas de Cristo!

Assim · .!eja.
NA FORÇA DE UM PRETO VELHO · 14
9
A s s i m sejamos perd Q.ados dos nossos pecado s e
p o r vossa inter cessão a l c a n c e m o s a g r a ç a q u e Vo s
pedimos, Po d e r o s a e P u r a M ã e d e Deus, e n o s tor,.
nemos merecedores d a b e m a v e n t u r a n ç a e t e r na .

A s s i m �ej a.

AT O DE
CONTRIÇAO

S e n h o r m e u Jesus Cristo, D e us e l f u m e n i Ver­

dadeir o , S a l va d o r e R e d e n t o r meu! V ós q u e sois


sumamente bom e digno de ser am ad o, pesa-me
Senhor, d e t o d o o m e u coração, p o r Vo s ter ofen­
dido! Pesa-me, também, p ó r t e r p e r d id o o C é u e me­

r e c id o o I n f e r n o . Mas , p r o p o n h o f i r m e m e nt e , aj u ­

d a d o c o m o a u x í l i o de voo.sa D i v i n a G r a ç a , emen­

dar-m e e n u n c a m a i s V o s t o r n a r a ofender! Espero


a l c a n ç a r o p e r d ão de m i n h a s culpas, p e l a Vossa
Infinita Misericórdia !

AT O D E C O N F I S SAO

Eu pecador, m e confesso a Deus, To d o Pode­

roso . A Bemaventurada Sempre V ir ge m Maria. Ao

B e m a v e n t u r a d o S ão M i g u e l A r c a n j o . A o B e m a .v·en­
tura do São João B a t is t a . Aos S a n t o s Apóstolos
150 TRABALHOS DE QUIMBAND.\

São Pedro e São Paulo. A todos os Santos e a


vós Padre, porque pequei muitas vezes, por
pensamen­ tos, · palavras e obras , por minha culpa,

minha culpa , minha máximà culpa. Portanto peço


e rogo à Bemaventurada Sempre VirgEm Mar:a,
ao Bem­ aventurado São 1\t":guel Arcanjo, ao
Bemaventurado
s. . João Batista, aos Santos Apóstolos São Pedro e
São Paulo, a todos os Santos e a v·ós, Padre, que
rogueis a Dêus, Nosso Senhor, por mim .

Assim seja.

PA I NOSSO

Pai Nosso que estais no Céu ! Santificado


seja o Vos�o Nome !. Venha a nós o Vosso Reino
e seja feita a Vossa Vontade, assim n a Terra, como no
Céu !
O Pão Nosso de cada dia. nos dai hoje! Perdoai­
nos, Senhor, as nossas dívidas, assim como nós
perdoamos as dos nossos devedores! Não nos deixeis
cair em tentação e livrai-nos. de todo o. mal!
f
Assim seja
NA FORÇA D E U M P R E T O VE L HO 151

ORAÇÃO CONTRA MAU·OLHADO E QUEBRANTO

Sirwl d a C r u z .

Deus, atendei ao meu pedido, vinde e m meu


socorro, vinde aj udar-me. Confundidos sejam e en­
vergonhados. os que buscam a m i n h a alma. (Fa·
zer o Sinal da Cruz) .
Volt em atrás e sejam envergonhados o.s que
me desejam males . Voltem-se logo cheios de confu­
são os que me dizem : "Bem, bem" . (Fazer o Sinal
d a Cruz) .
Regozigem-se e alegrem-se em Vós os que Vos
busquem e os que a m a m Vossa mlvação digam
sempre : "E:ngrandecido seja o Senhor". (Fazer o

Sina� d a C r u z ) .
. M.'ls eu soU pobre e necessitado, Senhor Deus

socorre!-me . (Fazer o S in a l da Cruz) .


Vós sois o meu favorecedor e meu Ebertador,
Senhor Deus, não Vos. demoreis .
Glór:a ao Pai, ao F i l h o e ao Espírito
Santo .

Oremus

Glorioso São Sebastião e São Jorge, São Lá­


zaro e São Roque, São Bénedito, São Cosme e São
Damião, Todos Vós, Bemaventurados Santos do
du, que cura:s e aliviai.�. os enfermos,
intercedei j u n t o ao S en h o r Deus pelo seu servo
F u l a n o (dizer o nome da pessoa) ,
15 TRABALHOS D E QUIMBANDA
2
Vinde, Gloriosos Santos, em seu auxílio . Fe­
chem-se oe, olhos malignos, emudeçam as bocas
maldosas, fuj a m os maus pensamentos e desejos .

P o r esta C r u z será F u l a n o defendido .


Po r esta C r u z estará F u l a n o livre .
P o r esta Cruz será F u l a n o cur�do .

(Fazer três cruzes com o . c rucifixo . )

L ou va d o seja Nosso Senhor Jesus Cristo.

Pa r a sempre seja louvado .

ORAÇAO AO GLOR IO SO SAO J O R G E , CONTRA


TODOS O S P E R I G O S E CILADAS D E INIMIGOS

Sinal da Cruz .

Jesus adiante paz e guia} encomendo-me a Deus


e à v:rgem Maria, m i n h a mãe, aos doze apóstolos,
meus irmãos .

Andarei neste dia e nesta noite, eu e meu cor :


po, cercado pelas armas de São Jorge .
O meu corpo não será preso n e m ferido,
nem o

meu sangue derramado .

Andarei tão livre como andou Jes.us Ctristo du­


rante nove meses n o ventre da V i r g e m M a r i a ,
NA FORÇA DE UM P R E T O VEL H O
153

M e u s inimigos terão olhos e não hão de me ver,


terão boca e não falarão, terão pés e não me alcan­
açrão, terão mãos e não me ofenderão .

Rezar em seguida 1 Creio e mDeus Pai, 1 Pa i


Nosso e 1 Av e M a r i a .

O R A Ç A O P R O F E R I D A P O R SA.O J O R G E , P O U C O
ANTES DE SER DEGOLADO POR ORDEM DO
I MP ER A DO R ROMANO DEOCLECIANO,
A 23 D E A B R I L D E 303

- B e n d i t o sois, S e n h o r D e u s meu, porque per­


mitistes que eu fosse des.pedaçado pelos dentes da­
queles que me queriam e buscavam, e porque não

consentistes que meus inimigos ficassem alegres


com a v·�tória. Porque Evrastes m i n h a alma, como

pássaro, do laço dos caçadores . Po i s agora, Se­


nhor, também me ouvis : sede comigo nesta última
h ora e li v ra i m i n h a alma da maldade dos malignos
espír:tos e perdoai todos os males que, por igno­
rância, em m i m executaram . Recebei, Senhor, a
m i n h a alma com aqueles que, desde o prin c ípio do
m u n do vos serviram e esquecei-vos. de todos os meus
pecados que· eu, voluntariamente ou por ignorân­
cia, cometi . Lembrai-vos, Senhor, dos que recor­
rem ao v·osso S anto Nome, porque sois vós Santo,
bendito e glorioso para sempre . A s s im seja!
15 TRABALHOS DE QUI�ANDA
4
Rezar, a seguir, u m P a i Nosso, u m a Ave Ma­

r ia e u m G l ó r i a ao Pai, em homenagem ao Glorioso


São Jorge e, por seu interméd'o, pedir a Dl!."US, o
que se desejar ou necessitar .

N. B. - Esta oração é de grande valor para as


pessoas. que tenham sido mortas por enforcamento
ou por degolamento ou, também, pelas que tenham
tido morte súbita .

G R A N O E E G L O R I O S A O R A Ç A O AO
GLORIOSO SÃ O J O RG E

Chagas abertas, sagrado coração todo amor e

bondade, o sa ng ue de meu Senhor Jesus Cristo, no


corpo meu se derrame, hoje e sempre .
E u andarei vestido e armado, com as armas de
São Jorge. P a r a que meus inimigos, tendo p5s) não

me alcancem; tendo mãos, não me peguem; tendo


olhos, não me enxerguem e n e m pensamentos eles
possam ter para me fazerem mal . A r m a s de fogo

o meu corpo não alcançarão; facas e lanças se que­


brem sem ao meu corpo chegarem; cordas e cor­
rentes se arrebentem sem o meu corpo amarra­
rem .
Jesus Cristo me proteja e me defenda com o
D iv in o M a n t o , me protegendo em todas as mi n has
dores e aflições e DEfUS, com a Sua D i v i n a Mise-
NA FORÇA DE UM PRETO VELHO
155..

ricórd'a e Grande P oder , �


. eja meu defensor contra

as m a l d ad e s e perseguições. dos m e u s i n i m i g o s .
E o Glorioso São Jorge em n o m e de DEUS,
em n o m e de M A R I A D E NAZARE'T� . em n o m e ad
Fa la n g e do D I V I N O E S P í R I T O S A N ' l \ ) , estenda­
me o seu escudo e as suas poderosas armas, defen­
dendo-me com a sua força e com a sua grandeza,
do poder do meus inimigos carna:s e e�.pirituais e
de todas a.� suas m á s influências e que, d e b ai xo das

seu fiel ginete, meus ]nim; gos fiquem hu­


pata .�. do
mildes e submissos a vós, sem que se atrevam a ter

u m olhar, sequer, que me poz.�a prejud:car.

Assim seja .
C O N S O L AT O R I O D O G L O R I O S O MARTIR
SÃ O J O RG E

O homem bom, o que confia em DEUS, está


seguro de todo o perigo .
Aquele que permanece debaixo da assistência
do Altís.s!mo, de.�cançará seguro, debaixo da pro­
teção de DEJUS. do Céu .
E le dirá ao Senhor : 'IfU és o meu defensor e o
meu. refúgio; E le é o meu DE1US e eu esperarei
Nele .

P o r q u e E[e m e sm o m e liv-rará d o l a ç o dos ca­


çadores e da palavra áspera .
156 T R A B A LH O S DE QUIMBANDA

E le m e meterá como a sombra debaixo das


Suas espadas e t u esperarás, estando coberto das
suas asas .
A Sua v·erdade te cercará como u m Escudo .
T u não temerás nada que suceder de noite,
nem da seta que voa de dia .
N e m dos males que se preparam nas trevas,;

nem dos ataques do demôn:o do meio-dia .


Cairão ao ·teu lado m i l e, à tua direita, dez m i l
M a s a morte não se a p r o x i m a r á de t i .
Antes t u contemplarás e verás, com teus olhos,
a retribuição que levam os pecadores .
Porque t u disseste : Senhor, t u és a m i n h a es­
perança e porque escolhes.tes, p a ra teu
refúgio, o
Altíssimo .

10 m a l não chegará a t i e o f l a g e l o n ã o se apro­


x im a r á da t u a tenda .
Porqu e ele m a n d o u aos Seus Anjos que te guar­
dassem por todos. os meus caminhos .
Eles t e t o m a r ã o n a s s u a s m ã o s p a r a q u e nã o
suceda magoares os teus pés, dando n a lg u m a pe­
dra .
Tu andarás. por cima da áspide e do basUisco
e pisarás o leão e o dragão .

Porque ele esperou em m i m e eu o livrei . E u

serei o seu protetor, porque ele conheceu o meu


nome.

E clamarás a mim e eu o ouv'irei . E u estou

c o m ele n o t e m p o da tribulação. E u o l i v r a r e i e o
NA FORÇA DE U M PRETO VELHO 15
7
E u l h e d ar e i u m a v id a d i l a t a d a e l h e f a r e i ver
a salvação q ue l h e t e n h o d e s tina d o .

Assim seja.

A se gu i r , r e z a r u m Plai N o s s:o e u m a A v e

M ;ria ,
e m louvor ao
G l o r i o s o S ão J o r g e .

PODEROSA O R A Ç A O PA R A OS CASOS
D E G R A N D E AFLlÇAO

N ã o olhes, P a i , p a r a q u e m Te d i r i g e esta pre­


ce! Esquece, Senhor, de q u e q u e m T e f a l a , n e n h u m
m e r e c i m e n t o tem! N e m m e s m o , 6 S u p r e m o Criador,
tem, q u e m T e dirige a p a l à v r a , o direito mínimo

q u e seja, de p e n s a r em T'i e, m u i t o menos, portan­

to, de a p e l a r p a r a a T u a Div·:na B o n d a d e !
Abre TeU c o r a çã o , não obstante,
permitindo .
q u e nele t e n h a m a b r i g o a s p a l a v r a s deste
Te u hu­

milde e mesquinho servo, este 'Thu fi l h o imundo


q u e o u s a l e v a n t a r os seus o l h o s p a r a o A l t o dos
C é u s , o n d e Te n s T u a M o r a d a !
Permite', p o i s , Senhor, que, a p e s a r de ser quem
é, este ú l t i m o dos Te u s f i l h o s s u p l i q u e , p o r Tu a

Dlvina e Infinita Misericórdia, seja ele o l h a d o de

molde a, n e s t a T 'er r a , ver minorados. os sofrimen­


tos que tem e, antes, como que elim in a do s ,
po�s q u e p e r do a dos , os c r im e s q u e p e r a n t e T u a
S a n t a Lei, s e m p r e c o m e te u !
158 TRABALHOS DE QUIMBANDA,

Ouve, p o r t a n to, P a i , esta aflitiva prece e, p e r ­

mitindo que se t r a n s f o r m e em bênção s. e luze s


de T i p r o v·.i.ndas, volte com o Te u a c o r d o ao que
Te p e d e este T e u f i l h o . . . (pede-se, a q u t o q ue se
de� seja o u necessita) .

A s s i m �.eja.

P O J } E RO S A ORAÇÃO A N O S S A S E N H O R A D A
C O N C E I Ç Ã O A PA R E C I DA

ó Incomparável S e n h o r a d a Conce :ção Apar e ­


cida, M:ie de m e u D e u .'J, R a i n h a dos Anj o.�., Advoga­
d a dos pecadores, R e f ú g i o e C o n s o l a ç ã o dos· af lito s
e atribulados .
ó V i r g e m S a n tír.:-1ma1 c h e i a de p o d e r e de bon:.
dade . l a n ç a i sobre nó s u m o l h a r f avor ável _r:ara
que
sejamos so cor r ido s em to das as nece.�.:sidades
em q u e n o s a c h a r m o s .
L e m b ra i - vos, Clemenít.�.sima Mue Aparecida

que n ã o consta que t o d o s os q u e t ê m a Vós recorri­

do, i n voc a d o o Vosso S a n t í s s i m o N o m e e i m p l o ra d o

Vo�.sa singular proteção, fosse por Vós algum aban­

donado .

A n i m a d o c o m es.sa c o nf ia nç a. a V ó s re ::orro, a
V ó s tomo, d e ho j e :rara sempre p o r m i n h a mãe,
m i n h a protetora, m i n h a consolação e guia, m�nha
e s p e ra n ç a e m i n h a l u z n a h o r a d a m o r t e .
� .A, FORÇA DE : U M ·.· P R E T O VELHO

A s s i m , po�., Senhora , liv ra i- m e d e t u d o o que


p o s s a ofender- V o s e a V o s s o S a n t i s s i m o . F i l h 9 .meu
R e d e n t o r e m e u S e n h o r J e s u s Cristo!· V i r g e m · B e n­

dita, preservai a este Vosso i n d i gn o servo, a

esta c a s a e seus. h a b i t a n t e s , da peste, d a fom eo


g ue r r a , t errem o tos, trovões, raios, tempesW,des .e
o u t r o s pe­ r i g o� e males. que n o s p o s s a m f l a g e l a r !
S q b e r a n a S e n h o r a , dign ai- V o s dirigir- n o s e m todos
os n eg ó­
cios t e m p o r a i s e e s p i r t i u a i s ! Livrai-no.s. d a t e n t a ç ã o

do demô nio, p a r a que, t r i l h a n d o p e l o c a m i n h o d a


v erd a de, pelos merecimentos da Vossa Puríss.ima
V i r g i n i d a d e e do Pr.eciosíssimo S a n g u e de Vosso F i ­

lho, Vos v a m o s ver, am a r e gozar da e t e r n a glória


p o r todos os séculos dos séculos .

A s i m eeja.

ORAÇÃ O P E L AS AlMAS DO
P U RG ATó R I O

Sinal da Cruz.

Do abism o p r o f u n d o e m q u e m e a c h a v a c l a m e i
a Vós S e n h o r . S e n h o r , o u v i a m i n h a V'OZ .

Sejam Vossos ouvidos atentos. às minhas


sú� p l i c a s .
S e n h o r , se destes a t e n ç ã o às no.�.ms in qü ida ­
des, q u e m p o d e r á p e r m a n e c e r e m V o ssa p re s e n ç a ? ·

Senhor, confiado em Vossa Lei .


M a s Vós, sois m iserico rdio so , e s p e ra re i e m V ó s ,

Trabalhos de Q uimbanda - U
160 TRABALH.OS DE QUIMBANDA

A minha alma esperou no Senhor , a m i n h a


alma teve con,e(l.nçª-
n a Sua Palavra .
A s i m todo
Israel t en ha esperança no
·

desdeSenhor,
a a u r o r a até à
noite.
Pois o Senhor é misericordioso e n Ecr.e encon­
tramos redenção eterna .
Ele h â Q.e perqoar ª Israel de todas as
suas in.i.,.
qrüidades ,
Assim
seja.

Deus, Re d e n t o r e C r :ad o r de . todos os

home ns, concede! 'à s a l m a s q u e sofrem n o p u r g a t ó r i o

a re­ missão dos seu.s p e cados .

Vós que sois o Supremo J u i z e Senhor de todos


· os vivos e de todos os mortos, sede misericordioso
para com aqueles que ainda estão sendo purifica·
dos dos seus pecad� . • nas chamas do Purgatório.
Que essas almas alcancem a Vossa Clemência pela
intercessão de M a r i a Santíssima e de Todos os San­
tos e Santas, o perdão dos seus pecados .
Suplico-Vos . Senhor Deus, pelo sangue que
Nosso Senhor Jesus Cristo derramou n a Santa
Cruz, pela [ a l v a ç ã o do gênero h u m a n o , a t e n d e !
à
m i n h a prece .
Dignai-Vos, Senhor Deus, pelo sangue que
Nosso Senhor Jesus Cristo derramou na Santa Cruz,
pela salvação do gênero humano, atendei à m i n h a
prece .
Dignai-Vos, Senhor, o u v i r a m i n h a súplica,
usando de bondade e de mísericórdia para com
-
NA FORÇA · DE UM P R E T O V E L H O

gatól'io e levando-as para gozo e descanso eterno


;na Vossa Moreda Celestial .
Por Jesus Cristo, Senhor N o .:-.so, que convosco
vive e reina na unidade com o Espírito Santo, por
toÇlos os s.Jculos dos séculos .

A s i m �eja.

Instruções

Esb,t ()ração deve s�·f proferida, çUante qe


'!,lm

crucifixo, com 2 v·ela�, ac e s a s . ·

1 Credo, 3 P a i N o ss o, 3 A v e Maria .

O R AÇ AO A O A N J O D E GUARDA

Para solicitar auxílio espiritual

Anjo bom da minha guarda, assisti-me na mi­


n h a f é , porque creio
em Deus, em seu Filho, n o Es,.
pírito Santo e n a Santa Madre Igreja; assisti-me
na minha esperança, porque espero d o meu Deus
que me perdoará todos os. meus pecados pelos me­
recimentos de Jesus Cristo . Assisti-me na minha
car!dade, a m o a Deus de todo o meu coração, ao
próximo como a mim mesmo . Acompanhai-me,
meu An jo bom a examinar a minha consciência d e
todos os pecados que cometi hoje, e a pe � r ao Se­
nhor misericordioso que se compadeça de mim, p .:>is
me pesa d e t o d o m e u coração t ê - l o ofendidop Anjo
TRABALHOS D E : QUIMBANDA

!;la minha guarda, tornai-m e �ob v o s s a proteção,

defendei-m e das tentações do d e m ô n i o,

a l c a n ç a i -:­ m e de Deus uma vida sossegada e a

graça de u m a s a n t a e d ti o s a m o r t e .

A s im e.eja.

ORAÇÃO ÀS SANTAS AL.'\fAS

C o n t r a vícios

E m n o m e d o Pa i , d o F i l h o e d o E s p í r i t o S a n t o ,
Amém .

C r i s t ã o q u e n e ste m u n d o n ã o
Desfaleces.tes n a fé de Nosso
S e n h o r Jesus. C r i s t o e que
M�::r e c i d a m e n te g o za i s d a paz
D a fe U c i d a d e d a s A l m a s
Aventuradas Eternas
S a n t a s A l m a s C'ristãs.
Aventuradas Eternas
Santas A l m a s Crstãs
Q u e v.'iveis, n a L u z E t e r n a
E u vo s d i r i j o e st a prece
Te n d o c o n fi a n ç a e m
vo s s a c a r i d a d e
R o g o - v o s q u e o re i s p o r m i m
A N o s s a S e n h o r Jesus, C r i s t o
A S a n tí s s i m a Virgem. Ma.r i a
NA FORÇA DE U M PRETO VELHO

E q u e apresenteis m e u s lamentos

A Ju � .tiça d e D e u s
Pois t o d a m is e ric ó rd ia
Cujos louvore s n ã o cessam
N a s b o c a s d e seus. Santos
Anjos
Ve d e s S a n t a s A l m a s
caridosas
Q u e estou w f r e n d o
E que u m a p r o f u n d a tristeza
Abateu m e u co r açã o .

Vinde pois e m m e u socorro

A f a s t a i s de m i m a s i n f l u ê n c i a s dos E:�.píritos
P r i v a d o s d e Luz
A f a s t a i d e m e u s c a m i n h o s meus. inim i g o s
As pessoas in v e j o sa s
E a c l a r a i a m i n h a m e n t e p a r a q u e e u possa
ver claro o caminho do céu .
Q u e assim seja .

E m nome do Pai, do F i l h o e do Espírito Santo.


Am5m .
ORAÇAO A NOSSA SENHO RA DA GUIA

P a r a abrir c a m i n h o e obter boa orientaçã o


em n e g :.5cios

S in a l d a C r u z .

A Corte c e l e s t i a l , p e r p e t t : a m e n t e , c a n t a vossos

louvore.�.. ó Rainha dos Anjos e dos Santos, Sobe­


r a n a , clem en te e misericordiosa .
164 TRABALHOS DE
QUIMBANDA

Sois o·_ r e f ú g i o dos pecadores e p o r isso


venho co ntrito, pedir-vos vos�.a intercessão j u n t o a o
Vosso
Filho, Nosso S e n h o r t J e s u s C r i s t o , p e r d ã o p a r a os

meus pecados., a g ra ç a de e v i t a r os m a u s caminho s,


que levam à perdição .

Suplico-·cos, Senhora, vosso auxílio na existên­

cia, vossa p r o t e ç ã o e m m i n h a s atividades, v�.so am ­


p a r o e m meus negócios, a f a v o r de m e a b r i r os

o l h o s , a i n t e l i g ê n c i a , a f i m de q u e c o m p r e e n d a o n d e

está a m : n h a salvação, q u a i s os r ecur so s de


que
elevo m e servir, p a ra n ã o ser m a l sucediclo .

Afas'!:ai de mim o� i n i m i g o s , os cleson es.tos, os

homens sem fé e sem car�dad e . C o n c e dei-me

boa d s p � i ç ã o de a l m a e de c or p o , p a r a q u e p o s s a

diri­ gir · meus interesses para que eu jamais


r ecuse u m a u x í l i o aos que neces�.E a r e m de p ã o e
de so :or r o m a t e r i a l o u e s p i r i t u a l .

Dai-m e paciência, per savera nça, destemor


d i a n t e d o s o b s tác ulo s .

Assim Eeja.

M ã e I m a c u l a d a , r o g a i p o r nós.
M ã e A m á ve l , r o g a i p o r n ó s..

NJle Admirável, rogai p o r nós.

Rezar : 1 P. N., 1 A. A. e 1
S. R.)
NA FORÇA DE UM �RETO VELHO

ORAÇA.O A N O S S A S E N H O R A D O D E S T E R R O

6 V irgem admirável, cheia de frmezà, paz e


constância que n em as pessoas h u m a n a s poderão
a b a l a r . ; v ó s q u e fos.tes e s c o l h : d a p a r a s e r m ã e do
nosso Divino Salvador J e s u s. C r i s t o ; ó Nossa Se­
n h o r a do Desterro, obtende-m e a g r a ç a d e m e de­
s a p e g a r t a m b é m d a s c o u s a s d a t e rra , p a r a q u e ten­
d o e u b a s t a n t e f o r ç a p a r a v e n c e r os o b s t á cu l o s e
desprezar a s vaidades do m u n d o , possa alcançar,

junto de vós, a bemaventurança eterna .

Assim seja .

ORAÇÃ O AO D E U S O N I P O T E N T E E CR I ADO R
D E TODAS AS C O I S A S , P E L A PA Z E
HARMONIA E N T R E OS HOMENS ,.

Sinal d a Cruz
N ó s Te r o g a m o s , ó g r a n d e l u z q u e i r r a d i a e m

toda parte, dono e construtor de tudo que

existe e m todos. os mu n d o s , neste momento T e

i m p l o r a ­ mos a paz e harmonia, pela grande família

huma­ na, principalmente da nossª Pátria, que


tudo seja harmonioso como harmonioso sãos os

Teus feitos, que é esta natureza infinita,


i n d e f i n i d a p e l o s h o­
m e n s ; D á - n o s a T u a p a z o u a o m e n o .s-. s u a v i z a - n o s
o s â n i m o s p a r a q u e n ã o sejá l a v a d a esta t e � a c o �
TRABALHOS D E QUIMBANDA

o E.angue de meus i r m ao s . B a s t a o s a n g u e d e Te u

ino c e nte F i l h o Jesus , q u e o d e r r a m o u p1ara n J s en­


sinar a T e a m a r .

L ou va d o seja . o Te u g ra n d e
R e i n o ! L o u v a d o seja a .T'ua
Sabedo ri a !
L o u v a d o �ej1a o Te u S a n t o N o m e !

A s s i m seja.

ORAÇA.O AO MENINO JESUS

Eu vos adoro, dulcíssimo M b n i n o Jesvs, ver­

dadeiro F i l h o de D e u s desde t o d a a eternidade ,


e ve r d ad e ir o · F i l h o de M a r i a V i r g e m n a p le nitud e
dos tempos ; a d o ra n d o a Vo.�.sa divina ressoa. e a
h u m a n f d a d e que Vm: está unida, n ã o posso d e i x a r
d e ve n e ra r o p o b r e pree.épio, em que Vos re(!l�nas­
tes .. ó s a n t í s s i m o Mi:mino, e q u e v·erdadeiramente
f o i o p r i m e i r o t r o n o de Vo s s o am o r !

O h ! possa eu p r o s t r a r - m e diante ·de V ó s com·


a simplicidade dos p ast o r e�. , com a fé d e S ã o
Jorge, c o m a caridade da B em a v e n t u r a d a V i r g e m
Maria.
6 Senhor, q u e apenas r e<:m - na s c ido . Vo s dignas ­
tes repousar nes.te berço, dignai-vos t a m b é m der­
ramar n o meu córação uma, a i n d a que p e qu en a ,

p o r ç ã o d aq ue le júbilo, que ·deviam p r o d u z i r n ã o só


a v is ta da vossa amável infância, mas também ·
as
NA FORÇA D E U M PRE:TO VELHO

maravilhas que acompanharam o vo�.so nascimen­


to, em v·irtude do qual Vos supl:co, que enfim con­
cedais a todo o mundo a paz e boa vontade, e em
nome de todo o gênero humano deis todas a.s gra­
ças e toda a glória ao Padre e a.o Espírito Santo
que convo�co vive e reina como um só Deus por
todos os séculos . Assim seja .

ORAÇAO AÓ G L O R I O S O SÃO MARCOS


E SÃO MANSO

São Marcos me marque, São Manso me aman­

�.e; Jesus Cristo me abrande o coração e me aparte


o sangue mau; a hóst�a consagrada entre em mim;
se os meus inimigos tiverem mau coração não te­
�ham cólera contra mim; ae.dm como São 1\
t.'�:.rco�. e· São Manso foram. ao monte e tinha
nele tour0.3 bravos e mansos cordeiros, e o s
fizeram pre�.os e pacíficos na.�. moradas de suas
casas, ass:m os meu inimigos fiqvem presos e
pacíficos. nas moradias de .suas casas . debaixo de meu
p§ esquerdo; assim como as palavras de São J\t,;arcos
e São Manso são certas., diz : "F1lho, pede o que
quiseres que serás serv'ido", e na casa que eu
pousar, se tiver cão de fila retíre-se do cam'nho,
que coisa nenhuma se mova contra mim, nem v·lvos
nem mortos e, baten­ do na porta com a mão
esquerda, de.:-.ejo que ime­diatamente se me abra .
Jesus Cristo, senhor nosso, da Cruz descerá,
168 TRABALHOS DE QUIMBANDA.

de Cristo e ele cons en t i a todas essas tira nias. no


Ho rto, virou-se e viu-se cer.cado de inimigos,
d iE.se: sursum corda,, c a ír a m todos no chão até
acabar a sua s an t a oração; assim como as

p a l a v r as de Jesus Cristo , de São Miarcos e de São


M l:mso abrandaram o coração de t od os o s homens
de m a u es.pirito, os animais f ero zes e de que
,

t u do consigo se qu iser; corpo tanto vivo como


morto, n a a l m a como no c orp o e d os maus.
espir:to.s, t a n t o visiveis como in­ visíveis, não serei
perseguido pela j ustiça nem dos meus i n i m i g o s
que m e quit.erem causar d a n o t a n t o no corpo como
n· a l m a . Viverei sempre sosseg a do na m i n h a
casa, pelos caminhos e lugares. p o r onde t ra n sita r
v i v·ente de qualidade a lg u m a me possa e sto rva r,

a n t es todos m e p r este m aux í l io eu


n a q u i l o que
necessitar . Acompanhado da presente ora­ ção
santíssima, fare i amizade j u stamente com todo o
m u nd o e todos m e quererão bem, de n ::nguém
serei a b o r recido . Assim sej a .

(Rezar todos os. dias j un t am ent e com esta ora­


ção três P. N. e tr•.}s A . M . à sagrada morte e pai­
xão de N . S. Jesus Cristo .
R E S P O N S O D E S A N TO A N T ô N I O

Se milagres desejais,
Reconei a Santo AntôniQ;
Vereis f u g i r o demônio
E a s tentações infernais .
NA F O R Ç A DE U M PRETO VELHO 16<1
-
Recupera -se o perdido.
R ompe -se a _dura prisão
E n o a u g e do f u r a c ã o
Cede o m a r embravecido .

T o d o os< ma l e s h u m a n o s
S e moderam1 se retira m,
D i g a m - n o aqueles que o
viram,
E digam-no os
pa d ua n os . R e c u p e r a - se o perdido.
R o m p e - se a d u r a prisão
E n o a u g e do f u r a c ã o
Cede o m a r
embravecido.

Pe l a s u a interceff ,ão
F o g e a peste, o erro ,,. morte,
O f r a c o torna-se forte
E torna-se o e n f e r m o são .

R ecuper a -se o perdido.


R o m p e - se a d ur a prsã o
E n o a u g e do f ur a cã o
Cede o m a r embravecido .

G l ó r i a a o Padre, ao Fi l ho e a o E::'.pírito
Santo .

R ecuper a -se o perdido.


R o m p e - se a d u r a prisão
E n o a u g e do f u r a c ã o
Oede o m a r embravecido.
TRABAL � OS DE QUIMBANDA

ORAÇÃO A SÃ O JERôNIMO

(Para evitar terremotos)

Sinal da Cruz.
Senhor meu Jesus Cristo, Deus e HIJmem Ver­
dadeiro, que vieste ao m u n d o para mlvação da Hru­
m anidade, rogo-Vos, pelos méritos do Vosso servo

São Jerônimo, proteção e so.zorro nos mai�. inespe­


rados . As sim como concedestes a São Jerônimo o
profundo saber das Vo.:-.:as Escrituras, assim Vos
suplico, Senhor, misericórdia .
S.ão Jerônimo, sagrado doutor, fiel intérprete
da palavra n: v i na, �.ede nosso intercessor j u n t o ao
Altíssimo . São Jerônimo, auxiliai-no s . S.ão Jerô­
nimo, sccorrei-nos, São Jerônimo, orai por n& . .

A m ém .

R ez ar 1 Creio em D�us F u i , 1 P a i Nosso, l Ave


Maria .

ORAÇÃO A SANTA CATARINA

( Pa ra obter a gra ç a de enfrentar c om coragem os


males ·da existê ncia)

Sinal d a Cruz .

ó Deus Eterno, P a i J u s t o e M i s e r i c o r d i o s o , . que


do alto do Sinai destes a 1\!ois·ás a Vossa Lei e no
NA FORÇA DE UM PRETO VELHO
17:li

mesmo lugar colocaste.:'., milagrosamente, o corpo

de Santa Catarina, Virgem e M á r t i r, carreg ad o


pelos Vossos Santos Anjos, concedei-me que pela

interceE"�ão e merecimento dessa Vossa Santa ,

cheios de c o n f i a n ç a em Vo ss a Bondade infinita . e

com a proteção de Santa Catarina , possamos en­


f ren t a r as adv·ersidadse e trabalhos com que a
Vossa Justiça no.�· experimentará em Vossa fé .
Santa Catarina, vinde em meu auxílio e fa­
zei-me participar de vossa ardente fé em Nosso
Senhor Jesus Cr�.to .

Assim seja .

ORAÇÃ O A SAO BARTO LO MEU

São Bartolomeu, vós que sois o Senhor do

Ve n t o , vós que fazeis a va rridela sobre esta Te r r a


fria, vós que fazeis dobrar as árvores e palmeiras,
com a força de vos[a ventan: a. São Bartolomeu, que
comandais os tufõe�. . os furacões e todos os tipos

de tempestades, São Bartolomeu q ue comandais os


ciclones, rasgando com o poder de vos�a força, de­
vastando e destruindo, arrebatando tudo que en­
contrais no caminho, reduzindo a destroços por
onde pasEar a varrida de vossas forças , ating:ndo
sempre os locais onde Deus quer castigar, pois o
homem. por natureza é mau, egoísta e pretencioso.
E vós. São Bartolomeu, fostes o ecsolhido de
Deus
172 TRABALHOS DE QUIMBANPA

p a r a a b a l a r e c a s t i g a r o s locais q u e , p o r n a t u r e z a
d e ve m mostrar ·com m a i s força a preesnçaç de

Deus, pois o homem n a .sua i n fi n i t a ignorância,


a c a d a d i a q u e pa.:.sa, d e D e u s s e e s q u e c e , e p a s s a
a .se c o n s i d e r a r u m d e u s s o b r e e s t a Te r r a f r i a .
S ã o B a r t o l o m e u , f o s t e s e s c o l h i d o p a r a mos"'
trarde.:. a o h o m e m , q u e a f o r ç a d e D e u s a i n d a r e i n a ,
por todos os séculos, e q u a n d o o h o m e m ignora
p o r c o m p l eto a S u a presença, vós S ã o Ba rto l o m eu
sois a e n t i d a d e i n c u m b i d a de m o s t r a r d e s a i r a do
R e i d o M u n d o ; e c o m o s o i s c o n h e c : d o nos. 4 c a n t o s
d a T h r r a c o m a n d a n d o os t u f õ e s e f u r a c õ e s , ·� q u e
vos p eç o que c a r r e g u e i s n o vosso ve nto , t o d o o m a l ,
t o d o o e m b a r a ç o , t o d a a a m a r r a ç ã o e a falE.idade
dos m e u s inimigos . H o j e por e sta noite, e a m a n h ã

po r todo o d ia . Assim s e j a .

N . A .M.

O U T R A O R A Ç Ã O A S Ã O BARTOLOMEU

Oh ! Glor:o.so S ã o Bartolomeu, nosso ama do

Protetor . .
Nós Vos su p l i c a m o s p a z de espírito e b r a n d u r a
de c o r a ç ã o .
Compadecei-Vos do s deserdados da sorte,
dos

fracos, dos pobres, e dos sofredores .

I n t e r c e d e i e m f a v o r d o s Vo.:.sos humilde-s de­


votos . Te n d e piedade d e n ó s .
Q u e o M a n t o de V o s s a M i s é r i c ó r d i a n o s
a c o­
b e r t e da maldade e d a t r a i ç ã o .
N A FOR Ç A DE UM PR ETO VELHO 17

Que a pele do Vosso �.upremo m a r t i r i o nos

r e d i m a dos pecados desta vida e Vo�.o p r e c ! osís­


�imo sangue purifique hossas almas .

;Rezar : l P. N . , 1 A. 1.t e 1 C r e d o .

Assim sej1;1 .

ORAÇÃO D E SAO MARCOS ( Bravo )

Eu c ri a t u ra do Senhor, e remido com o seu


S a n t i E � i m o sangue, entrego-me em corpo e alma
a S ã o M a r c o s e S ã o M a n s o , i g u a l m e n t e ao a n j o
m a u seu e m e u c o m p a n h e ! r o n a h o r a p r ó x i m a da

v!da e da morte, e v i g fl i a s e a s s a l t o s , tormentos e


pade·cimentos que eu quero que
sinta (fulano ) ;
e com toda a fé e coragem; de m i n h a a l m a
chamo São M a r c o s e São M a nso, e seu confidente
o a n j o m a u , em auxílio para se apoderar do meu
espírito e vida, j u nt a m en t e com a pef.soa que
desejo fazer m a l ou bem, com o dedo polegar da

mão esquerda faço três vezes o Si nal d a Cruz . e


com u m a faca de pont a espetada n a p o r t a da r t:a
ou m�sa, com u m lenço o u guardanapo, bem
alvos , direi a s s e g u i n t e s palavr � . :
Cristo morreu , Cristo sofreu, Cristo padeceu;
ass:m peço-v'Os m e u glorioso São Marcos e São
JY.h r.!fo, que sofra e padeça os maiores
tormentos
e to r tu r a s . deste m u ndo a pessoa que eu
quero para m i m e pegando n a faca com toda fé e
cora­
gem q u e m e dá esta Oração, darei q u a t r o
T � B A L H O S DE: Q't]IMBANDA

n a . p o r t a ou mesa e p e l a q u a r t a vez c h a m a r e i S ã o
M a r c o s e S ã o Man.:.o e o à n j o m a u p a r a m e d a r

forças e ·coragem de dizendo o credo1 em

cruz e c í r c u l o o n d e .se a c h a a f a c a ! A m é m .

E n t r e v i d a do cor po de Re s s u r re i çã o, n o pecado

d o s re m � s s o s , nos S a n t o s d a s C o m u n h õ e s Católi­
c a s , n a I g r e j a S a n t a , n o S a n t o E :Sp í r i t o d o C r e d o ,
m o r t o s e v ivos j u l g a r a, v i r t u d e bondlade, poderoso
t o d o P a d r e Jesus., d a d i r e i t a m ã o a s s e n t a d o está, e
a o C é u a o s u b i r d i a t e r e e i r o a o s m o r t o s d o s re s ­

surgiu, há de me descer sepultado e morto

c r u d ­ fi c a d o fo i , de P i l a t o s a Pôncio do sob
padecer . M a r : a V i r g e m , nasceu do S a n t o E s p í r i to
d e o b r a p o r c o n c e b i d a f o i q u a l o s . e n h o r, n o s s o

fi l h o , ú n i c o s e u s ó C r i s t o J e s u s . e m c r e i o t e r r a , é

d o C é u c r i a d o r poderoso todo p a i J es us e m creio .


F i n d o o credo diz a pessoa que reza esta oração :
S ã o M a r c o s e S ã o M a n s o são m e u s a m i g o s . E m
seguida reza 3
P. N. 3 A . M. , 3 G. P. o f e r e c i d o s a S ã o Marcos
e São M a n w p e l o b e m ou p e l o m a l q u e u m a p e s ­
s o a desej a q u e l h e f a ç a .

(Fulano) S ã o M a r c o s q u e te m a r q u e , S ã o M a n ­
s o q u e t e a m a n s e , J e s u s C r i s t o te a b r a n d e , e o E s ­
pírito Santo te humilha, (fulana) J e s u s Cristo
a n d o u n o m u n d o a m a n s a n d o l e õ e s e l eôas , lobos

e lobas todos os animais ferozes; e não h á

padre, nem bi � .po, nem a rc e b : . s p o que possa


d i z e r m is s a
NA FORÇA DE U M PRETO VELHO

Com dois te vej o, com cineo te pren:d(); .O sangue


te bebo, o coração te parto São M�trcos e São M a n ­
so eu quero a q u i (fulana) já e já., a gora mesmo
branda, manEa e h u m i l d e para comigo, a s i m como
fLcou brando e h u m i ld e Jesus Cristo aós pés de
seus inimigos e n a árvore da V e m Cruz, f u l a n a eu
ju ro pelo Deus V i v o entre o cálice e a H ó s t i a Con­
sagrada e a cruz em que morreu Jesus_ que ficarás
branda, m a n sa e h u m ilde e vireis já comigo apai­
xonada por m i m e não poderãs ter sossego, nem
poderãs comer, nem beber, nem dormir, fulana ,

pelas três moças donzelas, três Padres. de boa vida,


pelas onze m i l virgens, e os dóze apótolos e por
aquela Oração que Jesus C ris to rezou n o Hk>rto
qu a n do disse : " M e u Pai, fa.zei se f o r possivel que
este cálice possa beber para salvar o mundo, a al­
ma, a carne e faça assim . "
São Marcos! trazei-m e (fulana) aos m e u s pés
assim! primeiro p a ra que fique como eu quero :
segundo para que não se im po rte com mais nin­
guém, ter,ceiro pa ra que venha já ter comigo e me
d a r tudo o que eu desejo dela (fulana) .

PRECE DE C A R I TA S

Deus, nosso pai, que tendes poder e bondade,


dai a força àquele que passa pela provação, a luz
àquele que procura a verdade, ponde n o coração do
homem a compaixão e a caridade .

Trabalhos de Quimbanda -

12
TRABALHOS D E QUIMBANDA

D eu.� d a i · a o v i a j o r a e s t r e l a g u i a , a o a f l i t o

a consolação, a o d o e n t e o r e p o u s o ;

Pai, dai ao culpado o arrependimento,

dai ao

.es p í r i t o a verdade, dai à criança o guia, dai


ao órfão o p ai .

S e n h o r, q u e a vossa bondade se estenda sobre

t u d o q u e cri�.tes .

Piedade, me u Deus, para aquele que não vos

conhece, e s p e r a n ç a p a r a a q u e l e q u e s o f r e .

Que a vossa b o n d a d e p e r m i t a h o j e aos espí­


r i t o s consoladores d e r r a m a r e m por toda parte a
paz ; a espera nça e a f é .

. Deus, u m raio, u m a f a i s c a d o vosso a m o r pode


a b r a s a r a terra; deixai-n o s beber n a f o n t e de&a
b o n d �tde f e c u n d a e i n f i n i t a e to d a s as l á g r i m a s
. sec a rão, todas a s . dores se a c a l m a r ã o ; u m só cora­
ção u m só p e n s a m e n t o s u b i r á até Vós, c o m o u m
grito. de r e c o n h e c i m e n t o e a m o r .

C o m o Moisés, s o b r e a m o n t a n h a , nó s espera�

mos com os braços abertos para Vós, ó poder! ó

bOndade ! ó beleza! ó perfeição ! e q u e r e m o s d e al­


g u m a �orte f o r ç a r Vossa miser icó rdia.

D a i - n o s a c a r i d a d e pura , dai-n o s a fé e a razão.


P a i - n o s a s i m p l i c i d a d e , q u e f a r á d e nossas al­
. mas. o .�.pelho o nd e deve r e f l e t i r a Vossa
imagem .
N A FORÇA DE U M PRETO VELHO

OR AÇOES DEDICADAS · A CADA U M D O S


D IA S DA .SEMANA

N o t a i m p o r t a n t e : Esta oração é repleta de prodígio


e de u m a extraordinária eficácia ! A pessoa
que a u sa r diariamente, com toda certeza ob­
terá em sua vida, melhores condições de saúde

melhor destaque re f e re nte aos negócios, e

u m a completa h a r m o n i a em seu laJ;, e u ma


grande feliciqaçle nos a m o r e s .

SEGUNDA-F E I R A

O h ! Deus todo poderoso, por quem todas as


causas justas f o ra m por V ós libertadas.! Vós que
dá a, conso1ação a todos os seres. do mundo, que
as.sistís e socorreis a todas as criaturas, afastai de
m i m e dos meus a doença, o perigo, a miséria . as
opos.ições de todos os meus inimigos, tanto visíve:s
como invisíveis . E m Vosso nome ó Pai, que criasteis
o m u n do em que viv·emos. E m nome do Vosso Divi­
no F i l h o que o resgatou, pregado n a Cruz. E m nome

do D i v i n o Espírito Santo, que ct:tou a L e i , em toda


sua plenitude e perfeição, aqui me ponho inteira­
mente sob a vossa divina e poderosa Proteção .

Q u e a Vossa b�nção , P a i Onipotente, a bênção

d o nosso S e n h o r J e s u s Cri s to , f i l h o d o D e u s Vivo, e a


bênção do D iv in o E spírit o Santo, S en h or dos Sete
Dons estejam hoje, a m a n h ã e para a eternidade
abençoando todos. os lares para que neles haja
paz, e a todas ª s . cr�ªturas de boa vçntad e , a
17 TRABALHOS DE QUI:MBANDA
8

também , que sou vosso humilde e f i e l servo . Assim

seja h o j e p o r esta no ite e a m a n h ã p o r todo o dia .


Amém .

TERÇA-FEIRA

Q u e as bênção s e a c o n s a g ra ç ã o d o pão e do
v i n h o que Nosso S e n h o r Jesus. C r i s t o ofereceu aos
seus apóstolos dizendo : " To r n a i e c o m e i isto, é o
m e u c o r p o v i v o q u e vos e ntr e g o e m m e m ó r i a m i ­

n h a , p a r a a r emissão de todos os vossos pecados I"


- estejam co migo! Q u e as bençãos dos S a n t o s A n­

jos, A r c anjo s , Virtudes Potenciais., Dominações ,


Querubins, Serefins - estejam sempre co migo!
Q u e as benção.s d o s P a t r i a r c a s e Profetas, Apóstolos,

M á r t i r e s , Confessores, V i r g e n s , e de t o d o s os S a n t o s

d e Deus., estejam c o m i g o p a r a to do e m p r e . Oh!

Pa i , guiai-m e n a v·ossa b o n d a d e e te r na e liv ra i-m e


de todos os m a l e s e t a m b é m d o s i n i m i g o s visíveis
e invisíveis, F o r t i f i c a i - m e l O r i e nt a i - me! D ai-m e co n·
dições d e segura nça, s a úd e e p a z p a r a p o d e r viv·er!
M'leu P a i , sois a V i d a ! Vosso F i l h o a P a z e A m o r !
O V � s o E s p í r i t o S a n t o é o remédio, a consolação,
a salva ção e a paz p a r a todos os séculos dos séculos.
A s s i m seja h o j e e p o r esta n o i t e e a m a n h ã p o r todo
o dia. A m é m .

Q U A RTA- F E I R A

O h ! E m a n u e l ! Defendei-m e de todos os i n i m i­
:gos malignos, visíveis e i.nvisiveisl J e,s,u s CristQ,
NA FORÇA DE U M P R E TO VELHO
'
D e u s feito h o m e m , R e i d o M u n d o , d a i - m e a g r a ç a
d e t r i u n f a r s e m p r e d e todos. o s i n i m i g o s ! E i s a C r u z

de c r :.s t o , fugi! o Leão da Tr ib u de judá

t r i u n f o u , raça de D av i d , Aleluia ! Aleluia! Aleluia !

Salvador d o Mundo, salvai toda a humanidade .

Vós que já a resgatásteis pelo Vo s s o Sangue


derramado na Santa C r u z ! Socorrei a t o d o s nós ,

c r i a t u r a s vo s s a s , p a r a t o d o s o s s é c u l o s d o s-é c u l o s !
A s s i m seja hoje p o r esta noite, e a m a n h ã p or todo
o d:a. A m é m .

Q U I N TA - FEIRA

Meu Pai e meu Deus ! Iluminai os m e u s

olhos e m i n h a mente com a verdadeira L u z , a

fi m de que não fi q u e m fechad os p a r a a Vida


Ete r n a ! Sob a Vos s a L u z n ã o te m e re i a vida ! S o b
a pronuncia­ ção do dulcíssimo nome de Nosso
Senhor J e s u s C r i s t o , Vo s . s o d i l e t o F i l h o , q u e g o z a
das graças de V o s s a eter n a glória, toda a
h u m a n � d a d e s e r á salva, a s s i m como eu, a mais
humilde das v o � s a s: s e r v a s ! D u l c í s s i m o Senhor
J e s u s C r i sto, o s V o s s o s m i l a g r e s fi c a r a m p a r a toda

a eternidade ! A Vos s a presença f u g i a m os

demônios, os cegos enxergavam , os s u r ­ dos

ouviam, os coxos a n d a v a m , os m u d o s falava m , o s

leprosos eram lavados e curados , e os mortos

r e s s u s c it a d o s ! P a i E terno, e Justo P o d er! Doce


180 TRABALHOS DE QUIMBANDA

S E X TA- FEIRA

D e u s d o U n i v e r w ! Je�.us p i e d o s o , a m o r o s o , g l o ­
rioso, a g ra d á v e l ; a l e g r i a do m u n d o ! Salvai a hu­
m a n i d a d e . sofredora ! Poderoso E s p í r it o do Amor

E: t e r n o , e s p a l h a i e n t r e todos o s p o v o s. d o m u n d o a
P a z , a E s pe r an ça , a F é e a C a r i d a d e . A p a r t a i d e

n ó s a doença, a m : s é m e a fome! Q u e todos o s go­


v e r n a n tes d o mundo, inspirados p e l o a m o r d e N o s s o
S e n h o r J e s u s C r ' s .to, d i r i g i d o s e orientados p e l o Su­

premo Poder, unidos n u m só p e n sa m en t o ,

ponham todas as suas f o r ç a s. e todo o seu


p r e s tí g i o , e m fav · o r d e u m m u n d o m e l h o r, o n d e h a j a
paz, ventura, e um l u g a r a o s ol, p a r a t :>d a s as
criaturas ! A s .s.:m s e j a hoje por esta noite e
a m a n h ã p o r todo o d i a . A m é m .
S.ABADO

Jesu s Cristo , F i l h o U n i g ê n ito de M a r i a San­

t í s s i m a , s a l v a ç ã o d o M u n d o ! F i l h o d o C r i a d o r Eter­
no ! C o n c e d e i - n o s o espírito são e p u r o p a r a V os
d a r h o n r a e g l ó r : a e o r e s p e i t o q u e V o s s ã o dev i d o s !
L i b e r t a d o r do m u n do ! E n q u a n t o n ã o f o i c h e g a d a a

h o r a n i n g u � m L h e p ôs. a s m ã o s , p o r q u e E l e e r a ,

é e será s em p r e e p a r a toda a eter nid a de ! Deus

h o ­ m e m , c o m e ç o e fim n a carne ! J es u s de N a za r é

­ Rei dos J u d e ·u s ! T ítu lo h o n r o.w ! - Ora,

J e s u s s a b e n d o a s co:sas que d e v i a m a c o n t e cer-Lhe,


N A F O lWA DE UM PRETO VELHO
181·

estava com eles . Apenas lhes disse que era Ele;


caíram por terra . Jesus .lhes perguntou de novo.;
" A quem buscais?" - Eles disseram a in da : - ·�A .

Jesus de Nazaré", e Jes.us lhes respondeu : - "Já


v·os disse que Sou E u . Se é pois a m i m que buscais,
deixai que estes se vão" - disse apontando aos. dis­
cipulos . A lança, os cravos, a cruz e os espinhos a
morte que sofresteis provam que apagastels e ex­
piasteis os crimes da humanidade ! Preservai meu
Jesus Cristo a todas as criaturas, e a este vosso ser­

vo, de todas as chagas da pobreza, da doença, dos


laços dos inimigos . Que as cinco chagas de Nosso

Senhor Jesus Cristo me sirva m continuamente de


proteção e defesa . Jesus é o c a m in h o da Salvação!
Jesus é a V i d a Eterna! Jesus é a Verdade ! Jesus,
F i l h o de Deus Vivo! Tende piedade de todos. n ó s ,
especialmente deste vosso servo! O ra l Jesus passou
n o meio deles, ninguém pôs. a mão imp:a sobre Je­
sus, porque sua h o ra a in d a não. havia chegado!
G l ó r i a a Deus nas alturas ! Glór:a a Deus nas al­
turas ! G ló r i a a Deus nas Alturas ! As.s.im sej a hoje
por esta noite e a m a n h ã por todo o dia. A m é m .

DOMINGO

Glorioso Pa i e Senhor dQ Universo ! Hbje é dia

consagrado ao repouso, o rep o uso do corpo e do es­


pírito. Prosterno-me diante de Vós, Senhor, como
o mais h u m i ld e de todos os servos; a f i m de render
graças, meu Pai, por todos estes dias passados no .
trabalho material, e de bem servir a Vós, dou-V9s
182' TRABALHOS D E QUIMBANDA

m i l vezes gra ças p e l o ra dioso � o l q u e n o s ilumina,


e d á vida a tudo o que criastes neste m u n d o . Dou­
V o s g r a ç a s p e l a s n o :t e s serenas q u e nos c o n v i d a m
a o r e p o u s o d o c o r p o e d o espírito, dou-Vo s graças,
m e u S a n t í s s i m o Pai, p e l a Vo s s a p r e s e nç a adorável,
a s s i s t i n d o - no s , p e c a d o r e s e f a l h o s q u e somos., em
todas a s hor�. de nossa v id a . A V ó s oferecemos a s
nossa maiores alegrias, as s im ·Como as nossas

t r i s t e z a s e; de joelhos, h u m i l d e m e n t e Vo s pedimos :

Inspirai- nos, P a i , p a r a m e l h o r Vo s servirmos, g u i a i

n o s s o s p a s s o s p e l as v-erdades d a v i d a e c o nc e d e i que

possamos v i v e r , sob a Vo s s a D i v i n a Graça e prote­

çã o, p o r t o d o s os s é c u l o s dos s é c u l o s . A s s i m s e j a

h o j e p o r e s ta n o i t e e a m a n h ã p o r to do o dl a . A m é m .

(Rezando diariamente, a oração p r ó p r i a

p a r a cada dia da s e mana, m a nt e r e m o s sem,.


p r e v i v a e m nó s a c h a m a d o a m o r c r i a d o r do
D i v i n o Pai, e do Divino Mestre, q u e conforta,
dá saúde, paz·, farç!a e proteção; dá solução
p a r a todos os .nossos p r o b l e m a s sejam quais
f o r e m eles que ten luxmos n o c o t i d i a n o .)
OR AÇ AO D E SA.O C I P R I A N O PARA P R E S E RVA R
O S F I J ! I S D O S E N G A N O S E A RT I F l C I O S D O
DEMô NIO

Q u a n d o o t i r a n o D o c l e c i a n o deteve S a n t a J u s ­
tine. p a r a m a r t i r i z á - la J u n t a m e n t e c o m S ã o Cipria­
n o , e s t e s a n t o c o m p ô s a o r a Çã o q u e se segue, supU-
NA FORÇA DE UM PRErO VELHO 18l

cando a Deus. Nosso Senhor dignar-� e preserva r

os fi é i s dos enganos e a r ti fí c i o s do demônio,

n ã o somente a tolos aqueles a quem a Santa


havia c o n v e r ti d o à fé em Jesus. Cristo como
também aos q u e a d i a n t e se c o nve r t e s s e m . Esta
o ra çã o foi encon· t ra d a n o s a rquivos da c:dade de

C o n s t a n ti n o p l a , quando os t u rcos . dela se


apoderaram, escrita em u m pergaminho, de que
se apoderou u m s oldado da S a n t a C r u z a d a , a o vê-
l o a s s i n a d o p o r u m s a n t o m á r ti r a fi m d e p r e s e r v á -
lo das chamas . n:to �.ol· d a d o levou-o sempre
·consigo, d e n t r o de u m a bols a
d e seda, p o r c u j o m e i o se v i u , s e m p r e l i v r e d e todo
m a l . P o � . t e r i o r m e n t e , e s t e p e r g a m i n h o f o i entre·
g u e a o P a p a S ã o C'lemente, o qual, p e n e t ra n d o a

virtude e a e fi c á d a da oração que c o n ti n h a , a

reco· mendou aos fi é i s c o m o u m r e m � d i o e fi ca z .

contra t o d o s os males, par�icularmente contra

as tenta­ ções do espírito m a l i g n o s e u s f e i ti ç o s e


bruxarias de modo que esse Santo P o n tí fi c e
concedeu oitocen· tos dias de i n d u l g ê n c i a a todos
e a qualquer d os fi é i s c a d á v e z q u e d1.sserem o u
ouvirem com d e vo ­ ç ã o a m e n c i o n a d a o r a ç ã o q u e o
p ró p r i o S ã o C i p r : a n o co m p ô s a n te s de s eu glorioso
m a r tí r i o , j ; l n t r e ga n d o ­ a a uma irmã de Santa
J u s ti n a , c h a m a d a R u fi n a .

ORAÇÃO

O h D e u s O n i p o t e n t e e E t e r n o, q u e p o r m e i o de
184 TRABALHOS D E
QUIMBANDA,

meti J,lurante o tempo que meu espírito e�.teve preo­


cupado com o dragão infernal · em pagamento do
.�acrifício de minha vida, suplico-vos que
minhas preces sejam ouvidas a favor de todos
aqueles que de bom coração, vos suplicarem a
saúde de seu corpo e alma, recordando- v·os., Senhor,
que com uma só palavra t:raste o maligno espírito
daquele santo varão de que nos fala a Escritura, que
ressuscitastes Lázaro . morto há três dias, que
devolvestes a vista ao santo Tobias, cego por
ins.tigação de Satanaz, que sois o soberano
Dominador de vivos e mortos.; compadecei-vos,

Senhor, de todos aqueles que sabeis serem vossos por

st:a fé, esperança e boas obras, e vos suplico que


aqueles que estejam l' gados com feitiços, bruxarias

ou possuídos do es.pírito maligno, os desateis para

que possam, com toda liberdade, vos servir com santas


e boas obras e que os desin­feitices para que
possamos usar de seu arbítrio em

v·osso serv�ço, que os desembruxeis. para que o lobo


raivoso não possa dizer que tem domínio sobre
alguma ovelha de vo2w rebanho, comprada· à custa
de vosso preciosíssimo sangue derramado no monte

do Gólgota ; livrai-nos, Senhor To d o PJderoso, do


anjo rebelde, para que, já livres do inimigo comum
vos louvemos, bendigamos, adoremos, exaltemos,
santifiquemos e confessemos a Vós, ao Pai e ao

Espírito Santo, com todo o coro de Anjos , Patriar­

cas, Profetas, Santos, Santas., Virgens, �í. rtires;


rfA · F O R Ç A DE UM PRETO VELHO
18s;

e n ga n o s e a r d i s de L ú c i f e r e de p e r s e g u i r vo s s o
S a n t o n o m e 'q u e p a r a s e m p r e l o u v a d o s e j a ; p r e s e r ­
b e n s an i m ai s , s e m e a d u r a s , á r v o r e s c o m e s tí v e i s e
vb ae b
i i da a sv,i s nt aã,o op epr m
e ni st :anmdeon tqou, e a v·osso
s o b ra
s es ,r v o
i ds o rfi lNh .o ss, o fos
ra

nenhuma invest:da do demônio; antes,

i lu m i n a i - o, da n d o - l h e a v·:sta conveniente para

ver e observar vossas maravilhas na obra da


Natureza; r e ti fi c a i m e u entendimento para que
possa contemplar vos ­ s o s favore s . e dirigir os
negócios a -u m bom fi m ; d e s a t a i minha língua
para cantar os louvores de vossa bondade,

dizendo : Louvado s e j a :s . D e u s Pai, D e u s Filho,

Deus Espírito Santo, três peswas em u m só

Deus, que tudo criou do nada; se tenho


p r e g u i ç a n a s ações, d i g n a i - v o s fazer que a p r e g u i ç a
d e m i m f u j a p a r a p o d e r - m e e m p r e g a r e m a ç õ e s de
v o s s o a g r a d o ; s e m á d i r e ç ã o h o u v e r n o s b e n s , fi l h o s
e d e m a i s d e p e n d e n t e s d e s t e vo s s o s e r v i d o r N . supli­
c o - vo s , S e n h o r, a t r o q u e i s e m b o a p a r a e m p r e g á - la
e m t o d o v o s s o s a n t o s e r v i ç o ; e fi n a l m e n t e , a c e i t a i ,
o u v i e c o n c e d e i - m e o q u e e u v o s v·ou p e d i r e m r : a g a
d o s a c r i fí c i o q ue fi z e r a m d e s u a s v i d a s v o s s o s m á r­

ti r e r Cipriano e J u s ti n a , com as s e g u i n t e s.

preces :

S e n h o r, a p i e d a i - v o s d e m ; m .
J e s u s Cristo, apiedai-v o s de m i m .
S e n h o r, o u v i - m e .
D e u s P a i q u e estais n o C é u .
TRABALHOS DE QUIMBANDA

S ã o S e b a s ti ã o , S ã o C o s m e e S ã o D a m i ã o , S ã o
Roque, S a n t a L ú c i a e S ã o Lourenço, rogai por m i m .

To d o s os Santos A p ó s t o l o s , E v a n g e l : i s .t a s e Dis·
c i p u l o s d o S e n h o r, r o g a i p o r m i m .
To d o s . os S a n t o s S a c e r d o t e s , L e v i t a s . R e l i g i o s o s ,
Anacoretas, Virgens, Viúvas, Santos e Santas in·
tercedei p or m i m .

D e todo m a l , livrai- m e S e n h o r .
D e to d o pecado, livrai- m e S e n h o r .
D e v o s s a i r a , liv-r a i - m e S e n h o r .

De morte repent:na, llvrai- m e S e n h o r .


D o s l a ç o s d o d e m ô n i o , l i v r a i - m e S e n h o r.
D a ira, ódio e m á von ta de , l iv ra i - m e S e n h o r .
De relâmpagos, trovões e tempestadas,
l i v r ai -

me Senhor .
D e t e r r e m o t o s , l i v - rai-m e S e n h o r .
A n j o s do Céu, ouvi-m e .
Prestai-m e vossa a j u d a .

S e m vós, m e u coração perde

toda a sua força .

F i q u e m c h e i o s d e c o n f u s ã o os. q u e t e n t e m c o n -
tra a m i n h a vida espiritual.

Eia, eia ! - Vã o eles gr:tando. - Logo cai­


r á s e m no s s o s l a ç o s ; s e g u i r e m o s o s t e u s p a s s o s e

neles a c a b a rá s caindo .

M a s o s q u e a m a i s . , S e n h o r, e v o s h o n r a m
d ia
e noite, porisso que invocam o seu
Libertador .
N A F O R Ç A D E U M PRETO VELHO

Sejais, S e n h o r, me u d e f e n s o r na preseguição

de meus inimigos .

F u g L a m i g � . d e m i n h a d e s g r a ç a ; e m m e u Deus
encontrei graças; f u g í .
Q u e estes i n i m i g o s s e j a m c o n f u n d i d o s e afas­
tados Senhor .
Q u e v e n h a m trovões e tem pestades de m á s in­
fl u ê n c i a s , p a r a q u e s e a f a s t e m d e m i n h a p r e s e n ç a .
S e j a m i n ú t e i s , S e n h o r os. p a s s o s d e m e u s
ini-
mgos .
Livrai-m e de suas emboscadas . S e n h o r .
Concedei-m e essa graça, S e n h o r .
Salvai S e n h o r, vosso servo, eu vos suplico
p o r V'Osso a m o r .
S e n h o r, o u v i m ! n h a s ú p l i c a ; e q u e o g r i t o de
m e u c o r a ç ã o c h e g u e até vó s , m e u D e u s .

ORAÇÃO

Deus meu, cuj o princípio é apiedar-se e

per­ doar o p e c a d o r, acolhei benigno minha


súplica e f a z e i p o r v o s s a c l e m ê n c i a e pi.edade q u e
e u e q u a n ­ tos e s t e j a m a m a r r a d o s com o laço da
culpa sejam desamarrados e a bs . olvidos ; taml:tám

v o s rogo, S e ­ n h o r, q u e m e d i a n t e a i n t e r v e n ç ã o d o
g l o r i o s o m á r ­ ti r São Cipriano, sejamos livres de
t o d o m a l e fí c i o e p o d e r d o e s p í r i t o m a u . A m é m .
188 TRABALHOS DE Q � A N D A

ORAÇAO A NOSSA SENHORA D A PENHA

P a r a obter c u r a de d o e nç as e obter favores

S i n a l d a Cruz.

N o s s a S e n h o r a M ã e de D e u s , v ó s q u e subiste::
a o céu, l e v a d a pelos A n j o s , q u e pelas m ã o s de D e u s
Pai, To d o Poderoso, de Deus Filho, Nosso

Senhor t Je s u s Cristo, n a presença de I.Jeus

Jl:spirito Santo f o s t e c o r o a d a R a i n h a d o O .§u e


d a Te r r a , o u v i a m i n h a prec e.
V o s s o p o d e r, v o s s a b o n d a d e , v o s s a m i s e r i c ó r d i a
f a z c o m q u e os. c e g o s v e j a m , o s s u r d o s o u ç a m , os
p a r a l í ti c o s a n d e m , o s m u d o s f a l e m , o s m a u s se
tg raadnos f. o r m e m e m b o n s , o s p e c a d o r e s s e c o n v e r t a m
.
o s o r g u l h o s o s s e j a m a b a ti d o s , o s m a l v a d o s c a s ti -
E u , pecador, a r re pen d o- m e , s in c era m ente, de
meus pecados e peço-vos vosso auxílio para

não mais p e c a r. E u d e s e j o, S e n h o r a R a i n h a d o
céu M ã e dos h om e n s . , conservar-m e fi e l aos
e n s i n a m e n ­ t o s d e V o s s o D i v i n o F i l h o , o A m a n tí s s i m o
J e s u s , que p o r nós sofreu, padeceu e morreu na

cruz.
T e n h o f é e m q u e v ó s n ã o f a l t a r e i s c o m o vo s s o
a u x í l i o p a r a a c u r a d e m i n h a a l m a e d e m e u cor ­
po. S a r a i e s t a e n f e r m i d a d e m i n h a ( o u d e F u l a­
no) . C o n c e d e i - m e ( o u c o n c e d e i - l h e ) a s a ú d e . res­
ti t u i n d o o v i g o r e a d i s p o s i ç ã o a o t r a b a l h o a o c o r p o
c o m b a l i d o p o r esta r u i m enferm idade.
Nossa S e n h o ra d a Penha, vossa i m a g e m do alto
rgor ca hç ea d ion f aelni vxeelr. g a g r a n d e e x t e n s ã o d e t e r r a , a s s i m
c o m o Vó s , n o céu, v e d e s t o d o o U n i v · e r s o, Ac sr iiam d o seJa.
pelo
S e n h o r D e u s , To d o Poderoso. L a n ç a i vosso o l h a r
s o b r e e s t a h u m i l d e c r i a t u r a e f a v o r e c e i - a c o m vossa.
NA FORÇA DE U M P R E T O V E L H O 18)

S a ú d e dos e n fe r m o s , ora i p o r nós.


R e f ú g i o d o s p e c a d o r e s , o r a i p o r nós .
C o n s o l a d o r a dos. a fl i t o s , o r a i p o r nós .
(
R e z a r : 1 P. N . , 3 A . M . e 1 S . R .
(
Observação : S e a g r a ç a p e d i d a n ã o f o r a c u r a
d e u m a d o e n ç a , d e p o : s d a p a l a v r a Concedei, d e v e - se
d i z e r a mim ou a fulano e p r o n u n c i a r o p e d i d o q-ue
s e t e m a fa ze r.

O R A Ç Ã O A N. S . D O S

N A V E G A N T E S

A v e , E s t r e l a d o M n r, V i r g e m p o d e r o s í s s i m a M a e
e a d v o g a d a d e t o d o s o s q u e n a v e g a m n o m a r pro­
celoso d a v i d a ! A vossa valiosa
p r o t e ç ã o c o n fi o u ­ n o s o v o s s o D i v i n o F i l h o , p a r a
s e r d e s n o s s o g u i a p r o t e t o r, c o n s o l o e a l e n t o d u r a n t e
a - -n o s s a v i d a te r ­ restre. R e f u g i a m o - nos cheios
de c o n fi a n ç a de­ b a i x o
do vosso m a n t o m ate r n a l . S ede- nos guia, sede-nos
farol, sede-nos s e m p r e a b r i l h a n t e E st rela do M a r
q u e n o s o r : e n t a . a fi m d e q u e n u n c a pere­ ç a m o s .
n e m n o s d e s n o r t e e m o s da r o t a s e g u r a q u e n o s
l e v a rá ao por to d a eter na bemav·enturança ond e
e m c o m p a n h i a v o s s a , d o v o s s o D i v i n o F i l h o :: d e
t o d o s os s a n t o s g o z e m o s a s e r e n i d a d e d a v i d a e m
D e u s p a r a sempre.
Assim
seja.
Composto e Impresso nas ·· oficinas d a
GRAFICA EDITORA AURORA, L TD.A, .
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20. 000 Rio de Janeiro, R J - Brasl

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