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METAIS COM

POTENCIAL TÓXICO:
MANGANÊS, SELÊNIO, ZINCO,
MAGNÉSIO E MOLIBDÊNIO

AGRECE FERNANDO – ID: 870


CATARINA AGOSTINHO QUEMBO – ID: 884
JOSÉ MIGUEL ANTÓNIO – ID: 953
TALINA ARMANDO ANDRÉ SAUÉ – ID: 980
MANGANÊS
O manganês é um metal cinza claro que não ocorre
na forma pura (elementar), mas combinado com
outras substâncias, como o oxigênio, o enxofre e o
cloro.
Processos naturais e a atividade humana são capazes
de modificar compostos de manganês.
FUNÇÕES

É parte de diversas enzimas e estimula a


actividade de muitas outras, incluindo
antioxidantes e processos de produção de
energia.
NECESSIDADES DIÁRIAS E
FONTES ALIMENTARES

O ideal é uma ingestão moderada entre 2,5 a 5mcg


para homens e mulheres por dia desse mineral,
quantidade esta que se consegue através dos
alimentos.
As principais fontes de manganês são os grãos
integrais, leguminosas, nozes e chás, soja. As
frutas e vegetais verdes são fontes moderadas.
EXPOSIÇÃO HUMANA E
EFEITOS NA SAÚDE
A principal fonte de exposição da população geral é por consumo de
alimentos ou suplementos nutricionais contendo manganês, no entanto, o
metal apresenta baixa toxicidade após ingestão.
Trabalhadores expostos cronicamente a aerossóis e poeiras contendo altas
concentrações do metal apresentaram tosse, náusea, cefaleia, fadiga, perda
do apetite, insônia e inflamação nos pulmões que podem levar a pneumonia
química. A exposição a níveis muito elevados pode resultar em efeitos
neurológicos e neuropsiquiátricos, como alucinações, instabilidade
emocional, fraqueza, distúrbios de comportamento e da fala, que culminam
em uma doença, semelhante ao Mal de Parkinson, denominada
manganismo. Com a progressão da doença tem-se alteração na expressão
facial, tremores, ataxia, rigidez muscular e distúrbios de marcha.
SELÊNIO
O selênio é um elemento amplamente distribuído
na natureza e é encontrado no ambiente na forma de
selenato, selenitos e selenetos e raramente como
elemento selênio. O selênio em sua forma orgânica
é encontrado em quantidades traços na maioria das
plantas e tecidos animais.
EXPOSIÇÃO HUMANA E
EFEITOS NA SAÚDE
O selênio é um nutriente essencial para os seres humanos, ajuda no
funcionamento de enzimas envolvidas na defesa antioxidante, no
metabolismo do hormônio da tiroide e no controlo redox de reações
intracelulares.
Potenciais efeitos adversos decorrentes da deficiência de selênio
depende de vários factores como a saúde geral e o estado nutricional do
indivíduo. A deficiência severa de selênio, está envolvida na
degeneração de órgãos e tecidos levando a manifestação de
cardiomiopatia e atrofia, degeneração e necrose do tecido
cartilaginoso. A alta ingestão de selênio também está associada a várias
doenças específicas e o potencial para efeitos adversos, novamente,
parece ser fortemente influenciado por outros factores.
CONT…
Os sinais e sintomas em indivíduos com altos níveis de
selênio urinário são distúrbios gastrointestinais,
descoloração da pele, dentes cariados, perda de cabelos
ou unhas, anormalidades das unhas e alterações nos
nervos periféricos.
Alguns estudos indicam uma relação inversa entre os
níveis de selênio no sangue e o risco de alguns tipos de
câncer.
NECESSIDADES DIÁRIAS E
FONTES ALIMENTARES
O ideal é uma ingestão entre 70mcg para homens e
55mcg para mulheres, a ingestão de mais de
400 mcg pode provocar efeitos tóxicos (selenoses).
Alimentos como cereais, carnes e peixes são a
principal fonte de selênio para a população geral.
ZINCO
O zinco é um metal necessário para a acção de
enzimas, saúde do sistema imunológico, maturação
sexual masculina, crescimento e formação de
tecidos.
FONTES ALIMENTARES E
NECESSIDADE DIÁRIA
O zinco pode encontrar-se amplamente em alimentos de
origem animal e vegetal, embora a absorção de zinco
proveniente de alimentos de origem vegetal seja inferior.
As fontes alimentares com maior teor em zinco são as
ostras, carne vermelha, carne de magra, feijão, nozes e
grãos integrais. Os cereais de pequeno-almoço e o leite e
seus derivados também se podem considerar boas fontes
uma vez que se encontram fortificados A necessidades
diária é de 15mg para homens e 12mg para mulheres
EXPOSIÇÃO HUMANA E
EFEITOS À SAÚDE
A população geral pode ser exposta ao zinco por vias
inalatória e oral. A inalação de grandes quantidades de
zinco, na forma de poeiras ou fumos, pode causar uma
enfermidade de curta duração denominada febre do fumo
metálico, que geralmente é reversível uma vez cessada a
exposição.
CONT…
O zinco é um elemento necessário para o organismo em pequenas
quantidades. A deficiência em zinco pode causar falta de apetite, diminuição
do paladar e olfato, doenças imunológicas, cicatrização lenta, retardo no
crescimento e dermatite. Estes efeitos geralmente são reversíveis quando a
deficiência em zinco é corrigida.
No entanto, o consumo de grandes quantidades do metal, seja por água,
alimentos ou suplementos nutricionais, pode afectar a saúde. A ingestão
aguda de altas doses pode provocar cólicas estomacais, náuseas e vômitos. A
ingestão de altas doses por vários meses pode causar anemia, danos ao
pâncreas e diminuição do colesterol HDL.
MAGNÉSIO
O magnésio é importante para a vida, tanto animal como vegetal.
É um elemento químico essencial para o ser humano. A maior
parte do magnésio no organismo encontra-se nos ossos, músculos,
tecidos moles e líquidos extracelulares, seus íons desempenham
papéis de importância na actividade de muitas coenzimas e, em
reacções que dependem da ATP.
Necessário para a actividade normal das enzimas e para o uso de
energia, crescimento de ossos. Fundamental para a função normal
do cálcio.
FONTES ALIMENTARES E
NECESSIDADES DIÁRIAS
Dependendo do peso e da altura, a quantidade diária
necessária e recomendada varia entre 300 e 350 mg,
quantidade que pode ser obtida facilmente, visto o
magnésio estar presente na maioria dos alimentos,
principalmente, nas folhas verdes das hortaliças, nas
sementes, nozes, leguminosas e cereais integrais.
EXPOSIÇÃO HUMANA E
EFEITOS À SAÚDE
Há evidências de que a sua carência nos humanos pode causar: agitação,
anemia, anorexia, ansiedade, mãos e pés gelados, perturbação da
pressão sanguínea (tanto com hipertensão como hipotensão), insónia,
irritabilidade, náuseas, fraqueza e tremores musculares, nervosismo,
desorientação, alucinações, cálculos renais e taquicardia. Essencial para
a fixação correcta do cálcio no organismo; a deficiência de magnésio
pode causar endurecimento das artérias e calcificação das cartilagens,
articulações e válvulas cardíacas; sua carência pode causar
descalcificação nos ossos (osteoporose).
A toxicidade do magnésio é uma condição séria e potencialmente fatal.
Por isso, o seu excesso (em nível de nutriente) nos humanos pode causar:
rubor facial, hipotensão, fraqueza muscular, náuseas, insuficiência
respiratória, boca seca e sede crônica.
MOLIBDÊNIO
É encontrado em quantidades mínimas no corpo e é
absorvido no estômago e intestino delgado. O molibdénio
dá apoio a um pequeno número de enzimas, as proteínas
que actuam nas reacções químicas que ocorrem no corpo.
A mais importante destas enzimas é a sulfito oxidase,
envolvida no metabolismo dos aminoácidos que contêm
enxofre, também participa de mecanismos de excreção de
ácido úrico.
FONTES ALIMENTARES
O molibdênio é um nutriente essencial para animais
e plantas. Pode ser encontrado em leguminosas,
tais como feijão, ervilha e lentilhas e outros grãos.
Também são fontes desse nutriente bifes de fígado e
leite.
Além disso, alguns vegetais de coloração verde
escura possuem teor significativo de molibdênio.
NECESSIDADES DIÁRIAS E
PRECAUÇÕES COM O
MOLIBDÊNIO
O molibdênio não é tóxico em pequenas quantidades para humanos.
Os humanos necessitam de molibdênio na dieta, em quantidade
entre 0,12g e 0,24g. Ao menos quatro enzimas do corpo humano
demandam esse elemento, que também é um nutriente essencial
para as plantas. Não há informações sobre toxicidade aguda dele.
Alguns estudos indicam que alta ingestão diária de molibdênio pode
afectar pulmões, rins e fígado, causando o desenvolvimento de gota.
Por outro lado, a deficiência desse nutriente pode estar associada ao
desenvolvimento de quadros de câncer, náuseas, vômitos,
taquicardia e desorientação.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
1. Carvalho, P. R. Medicina Ortomolecular: Um guia completo dos nutrientes e
suas propriedades terapêuticas. 4ªEd. Rio de Janeiro, Nova Era: 2006.
2. Faviere, M. I. Nutrição na Visão da Prática Ortomolecular. Rio de Janeiro,
Ícone: 2009.
3. Klaassen, C.D. (ed). Casarett and Doull’s Toxicology: the basic science of
poisons. 8th ed. 2013. 1454 p.
4. Martins, I. Manganês. In: AZEVEDO, F.A.; CHASIN, A.A.M. (eds). Metais:
gerenciamento da toxicidade. São Paulo: Editora Atheneu, 2003
5. Olszewer, E. Clínica ortomolecular. 2ª ed. São Paulo, Roca: 2008.
6. Pascalicchio, A. Contaminação por metais pesados: Saúde pública e medicina
ortomolecular. São Paulo. Annablume. 2002

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