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GIARDÍASE

(giardiose)
Agente: Giardia lamblia

O
O GÊNERO
GÊNERO Giardia
Giardia apresenta
apresenta parasitas
parasitas
flagelados
flagelados em
em todas
todas as
as classes
classes de
de vertebrados.
vertebrados.

A
A Giardia
Giardia recebeu
recebeu oo nome
nome de
de cada
cada espécie
espécie ::
G.
G. cati,
cati, G.
G. canis,
canis, G.
G. muris
muris ...
... duodenalis, intest...

## Importante
Importante:: Não
Não há
há uma
uma especificidade
especificidade de
de
hospedeiro.
hospedeiro. Ex.
Ex. pode
pode infectar
infectar varias
varias sps
sps de
de
animais
animais ee vice-versa.
vice-versa.
GIARDIA TROFOZOÍTO
MORFOLOGIA
Apresenta 2 formas:
Ativa (trofozoítos)
Inativa e infectante (cistos)
CICLO BIOLÓGICO

 Parasito monoxeno e ciclo direto.


 Após a ingestão é desencistado no
estômago e coloniza o duodeno e
jejuno
C G
I I
C A
Contaminação da água, alimento,
mãos/fomites com cistos infectivos

L R
O D
I
A
S
E
TRANSMISSÃO

1-Ingestão de cistos maduros: água e


alimentos contaminados (verduras, frutas...).

2- Veiculados: 24h nas moscas e dias nas baratas

3- Aglomeração humana: creches, orfanatos,


asilos...
4- Membros da mesma família.

5- Contato homossexual.

6- Animais infectados: domésticos e de produção...


EPIDEMIOLOGIA
Distribuição mundial, > em crianças de 8 meses a 12 anos
Prevalência (BR) 4 a 30% alguns ambientes 70 a 90%
Fator epidemiológico: falta de hábitos higiênicos.

1- Ingestão de água com cistos (cloração não mata )


2- Etiologia da diarreia dos viajantes (zona endêmica).
3- Níveis endêmicos no EUA, CANADÁ... Alta disseminação.
4- Homossexualismo masculino: importante meio de
transmissão.
5- Contato com animais portadores: cães, bovinos, suínos...
6- Cistos com alta resistência: mais de 2 meses no ambiente
7- Manipuladores de alimentos, babás, atendentes de
berçários... Possíveis transmissores
8- Ambientes coletivos: enfermarias, creches, internatos, etc
SINTOMATOLOGIA
Em geral é assintomática.
A forma aguda depende: número de cistos e da
primo-infeção.

# Fezes pastosas brilhantes (gordurosas)


# Diarreia aquosa, explosiva, odor fétido c/
gases e distensão e dor abdominal.

# Quadro clínico: alguns vezes resolvem


espontaneamente, alguns duram meses com:
quadro de má absorção ( vit..B12, A, D, E, K e Fe),
lesão da mucosa intestinal, esteatorréia,
debilidade e perda de peso.
Síndrome da má absorção
DIAGNÓSTICO

1- Clínico: diarréia, irritabilidade, insônia e


vômito...
2- Laboratorial: coproparasitológico:
Método direto – trofozoítos e cistos
Métodos de Faust (centrífugo flutuação) - Cistos
Presença no exame coproparasitológico:

Trofozoítos em fezes diarreicas

Cistos em fezes normais

Ambos em fezes pastosas


TRATAMENTO (não gestante e 4 dias sem álcool)
O Ministério da Saúde propõe os tratamentos:
Secnidazol
2g VO , dose única (adultos),
30mg/kg ou 1ml/kg (crianças), em dose única, após
refeição.
Tinidazol 2g VO, em dose única (adultos)
Metronidazol
250mg, 2x/d, por 5 dias (adultos); crianças,
15mg/kg/dia, VO, em duas tomadas, por 5 dias (crianças)
Não ultrapassando 250mg.

Albendazol – 400 mg/dia por 5 dias


Susceptibilidade
AIDS – Síndrome da imunodeficiência adquirida
Fibrose cística

Imunodeficiências como hipogamaglobulinemia


Gamaglobulinemia ligada ao X

Resistência:
Os bebês alimentados ao seio podem obter proteção
através de glicoconjugados e anticorpos de IgA secretória,
presentes no leite materno.

Consequências / sequelas: Intolerâncias alimentares


Cryptosporidium parvum
Criptosporidiose
Enthamoeba hystolitica
Enthamoeba coli
Amebíase intestinal
cerebral
ARBOPROTOZOOSES

Doença de Chagas

Leishmaniose

Malária
Doença de Chagas
Doença de Chagas ou Tripanossomíase americana é
uma doença tropical parasitária causada pelo
protozoário Trypanosoma cruzi e transmitida
principalmente por insetos da subfamília Triatominae.

Os sintomas mudam ao longo do curso da infecção.


Leishmaniose
Leishmania brasiliensis.
Leishmaniose tegumentar americana,
úlcera de Baurú
Leishmaniose cutaneomucosa ou
mucocutânea

Esta forma é conhecida


por nariz de anta, tapir.
Leishmaniose Cutânea Difusa:

O agente etiológico no Brasil é a


Leishmania amazonensis.
Sinais clínicos

PI : 3 a 18 meses na visceral

Humanos: Febre, fraqueza, anemia, emagrecimento,


prostração
Vísceras aumentadas (baço) distensão abdominal

Cães: emagrecimento, hiporexia, onicogrifose, distensão


abdominal
Leishmania

DIAGNÓSTICO
- Punção do conteúdo dos linfonodos, esfregaço em
lâminas, coloração Giemsa, e da MO
- Raspado da borda da lesão inicial,
- Biópsia da pele, fígado, baço
Reação de Montenegro:
Teste intra-dérmico p/ Leishmaniose:
Reação no local da aplicação do antígeno
inoperante
Negativo: ausência da reação ou eritema de até
5mm após 48 horas da aplicação.

Área avermelhada intensa e rígida no início de uma


erupção cutânea após 48h.
O teste acusou uma área efetivamente afetada de 38 mm
Reação de Montenegro: Teste reativo Leishmaniose

Imagem obtida após 72 h Imagem obtida após 144 h


da injeção. da injeção.
Área avermelhada, antes A área avermelhada
bem mais intensa e rígida, praticamente desapareceu.
reduziu-se, contudo a A erupção resultante é
erupção cutânea central mostrada em detalhes
acentuou-se.
PROFILAXIA
Vacinas:
- Europa: Lab Virbac 90%
- Brasil:
LVC – Leishmune (Fort Dodge) 92%
Hertape mantém (-) no RIFI
Todas devem ser (-) no ELISA
Biokits ELISA (Kit gene e Kit Bio-FioCruz/Manguinhos) *
MAPA

-Coleira Deltametrina,
-Controle ambiental e ao Flebotomineo
Leishmania
TRATAMENTO:
Portaria interministerial nº 1426 julho/2008,
proíbe o tratamento c/ produto humano
Antimoniais – Glucantine 30 ds - 6 meses
apenas 58% e desses 19% recidivam
Ideal: Combinação em doses altas de
Pentoxifilina + Glucantine ... 90%
o antimoniato de N-metil glucamina, a anfotericina B lipossomal e o
desoxicolato de anfotericina B.
Nota Técnica Conjunta n° 001/2016
MAPA/MS

MAPA deferiu o registro do fármaco


Miltefosina, utilizado p/ o tratamento
de cães com leishmaniose visceral
canina (LVC)

MilteforanTM, da empresa Virbac


MALÁRIA
Agente gênero: protozoário Plasmodium
Espécies: P. falciparum, vivax, malariae, ovale
Hospedeiro Intermediário: Anopheles

Ao se alimentar de sangue, a fêmea do mosquito infectada


pelo protozoário inocula os esporozoítos no hospedeiro
humano.
Os esporozoítos infectam as células do fígado.
Lá amadurecem
Transformam-se em esquizontes.
ETIOLOGIA
Espécies que parasitam o homem:
1. Plasmodium falciparum: febre terçã maligna 36 a 48
horas
2. Plasmodium vivax: febre terçã benigna 48 horas
3. Plasmodium ovale: febre terçã benigna 48 horas
4. Plasmodium malariae: febre quartã 72 horas
3 Fases:

1.Calafrios (palidez, cianótico, pele fria e tremores)

2. Sensação de calor ( rosto afogueado e cefaléia intensa,


temperaturas entre 39 e 41°C)

3. Sudorese
• Transmissão
Circulação sanguinea:
* Transfusões de sangue
* Transplante de orgãos
* Utilização de seringas compartilhadas
* gestante para o filho (malária congênita antes ou
durante o parto
ARBOVIROSES

Febre Amarela
Dengue
Zica
Chikungunya
FEBRE
AMARELA

Flavivirus
Aedes

PROFILAXIA:
PROFILAXIA
Controle ambiente:
Aos Hospedeiros Intermediários (mosquitos) e dos reservatórios
(primatas / símios)

Vacinação
A cada 10 anos
Vacina dos 9 meses a 59 anos
Mínimo 15 dias antes de viajar para áreas endêmicas
Arboviroses

Dengue

Zica

Chikungunya

Mayaro
Em ambiente seco, os ovos conseguem resistir por períodos de até 450
dias, de acordo com estudos.

Seu desenvolvimento requer água, limpa.


Verão —período das chuvas— é propenso para a proliferação do Aedes
aegypti.

Dados do Ministério da Saúde 2019

Dengue - Confirmados 10.319 casos de dengue e 141 mortes.

Chikungunya - 65.840 casos confirmados e 36 mortes.

Zika - 3.625 casos confirmados e 4 mortes.

Além de serem transmitidas pelo mesmo inseto, as três doenças têm


em comum sintomas iniciais como mal-estar e dor muscular
PROFILAXIA

# Higiene pessoal

# Cuidados com água e alimento

# Educação sanitária

Controle dos HI e reservatórios

Monitoramento

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