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“Filosofia a golpes de martelo”

e o pensamento pós-moderno
1ª série do Ensino Médio
Filosofia
Professora Maria Fernanda Degan
“Filosofia a golpes de martelo”
e o pensamento pós-moderno

Objetivos: identificar, analisar e discutir as circunstâncias

Fonte: PowerPoint.
históricas, geográficas, políticas, econômicas, sociais,
ambientais e culturais de diferentes matrizes conceituais
(etnocentrismo, racismo, evolução, modernidade,
cooperativismo, desenvolvimento etc.) avaliando
criticamente seu significado histórico e comparando-as a
narrativas que contemplem outros agentes e discursos.
•O conceito de civilização, o projeto de modernidade, a
“pós-modernidade” e suas contribuições para a
compreensão das noções de civilização e barbárie.
“Filosofia a golpes de martelo”
e o pensamento pós-moderno

No encontro anterior...

“(...) tudo o que


chamamos agora de
cultura, educação e
civilização terá algum dia
de comparecer perante o
infalível juiz Dionísio.”

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Fonte: NIETZSCHE, F. W. O nascimento da tragédia. São Paulo:
Companhia das Letras, 1992. § 19, p. 119.
“Filosofia a golpes de martelo”
e o pensamento pós-moderno

Crepúsculo dos ídolos ou filosofia a golpes de martelo (1888).

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Por que você acha que a obra recebeu este nome?


“Filosofia a golpes de martelo”
e o pensamento pós-moderno

“Este pequeno livro é uma grande declaração de guerra; e, quanto ao


escrutínio de ídolos, desta vez eles não são ídolos da época, mas ídolos
eternos, aqui tocados com o martelo como se este fosse um diapasão – não
há, absolutamente, ídolos mais velhos, mais convencidos, mais
empolados... E tampouco mais ocos...”
Crepúsculo dos deuses, de Richard Wagner: quarta
parte da tetralogia O anel do Nibelungo.
Estreou em Bayretuh, em 1876.
https://www.youtube.com/watch?v=N0PpTPvbr-4
(pela Orquestra Filarmônica de Londres)
NIETZSCHE, F. Crepúsculo dos ídolos ou como se filosofa com o martelo. Tradução, notas e posfácio: Paulo César de Souza. São
Paulo: Companhia de Bolso, 2017, Prólogo, p. 8.
“Filosofia a golpes de martelo”
e o pensamento pós-moderno
“Enunciemo-la, esta nova exigência: necessitamos de uma crítica aos valores morais, o
próprio valor desses valores deverá ser colocado em questão — para isto, é necessário um
conhecimento das condições e das circunstâncias nas quais estes valores nasceram, sob as
quais se desenvolveram e se modificaram (moral como consequência, como sintoma,
como máscara, tartufice, doença, mal-entendido; mas também moral como causa,
medicamento, estimulante, inibição, veneno). Um conhecimento tal
como até hoje nunca existiu nem foi desejado. Tomava-se o valor
desses ‘valores’ como dado, como efetivo, como além de qualquer
questionamento; até hoje não houve dúvida ou hesitação em atribuir
ao ‘bom’ valor, mais elevado que ao ‘mau’, mais elevado no sentido da
promoção, utilidade, influência fecunda para o homem (não
esquecendo o futuro do homem). E se o contrário fosse verdade? E se
no ‘bom’ houvesse um sintoma regressivo, como um perigo, uma
sedução, um veneno, um narcótico, mediante o qual o presente
vivesse como que às expensas do futuro?”
NIETZSCHE, F. Genealogia da moral. Uma polêmica Tradução, notas e posfácio: Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia de Bolso, 2009, p. 12.
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• Partamos daqui: não há FATO nem FUNDAMENTO. Toda


produção humana é interpretação,
já que

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não há na natureza humana apta a dar conta da verdade,
pois, se assim fosse, ela já teria nos fornecido todas as
explicações.
Assim,
Nietzsche promove uma profunda ruptura com o discurso
filosófico da tradição.
Neste sentido, a VERDADE é uma ficção e o homem é um
animal estimador/avaliador.
“Filosofia a golpes de martelo”
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Do sânscrito: Māyā- ilusão.


Nome alternativo para a deusa Lakshmi.
“O véu de Maia”

Bazaar Art, anos 1940. Domínio Público. Disponível em:


https://commons.wikimedia.org/wiki/File:A_powerful_deity_in_her_own_right,_
Shri_Lakshmi_herself.jpg. Acesso em: 5 fev. 2021.
“Filosofia a golpes de martelo”
e o pensamento pós-moderno

Muitos autores veem em Nietzsche um precursor do


que se veio a designar como pós-modernidade.
Para Jean-François Lyotard (1979):
• marco: década de 1950;
• fase pós-industrial;
• o saber se transforma em mercadoria a ser vendida;
• perda da hegemonia discursiva;
• crise do saber.
LYOTARD, J. F. A condição pós-moderna. Rio de Janeiro: José Olympio, 2011.
Bracha L. Ettinger (CC BY 2.5) Wikimedia Commons. Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Jean-
Francois_Lyotard_cropped.jpg. Acesso em: 5 fev. 2021.
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“Dizer uma opinião, como diria Platão, é expor um


parecer seu; mas deixá-la de lado a fim de um
‘conhecimento verdadeiro’, como diria Nietzsche, é
expor um parecer de outro. Em suma, ambas as
situações, de acordo com Nietzsche, revelariam uma
opinião. O conhecimento platônico também é uma
criação, mas uma criação que não permite que
ninguém crie mais nada permite apenas que a aceitem.
As questões são: de quem é esta opinião? Ela é criada
ou adotada? Ela é decorrente de uma vontade que a
criou ou que a ‘descobriu’?”
SABATINI, Marco. A crítica de Nietzsche à verdade: em “busca” de conhecimento enquanto criação. Rev. Humanidades em Diálogo, Vol. IV N. II. P. 245. (CC
BY-NC-ND) Disponível em: https://www.revistas.usp.br/humanidades/article/view/106221. Acesso em: 3 fev. 2021.
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SUGESTÕES:
• Sobre e relação entre verdade e imagem: Amor fati
em retratos, por Rogério de Almeida.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?
v=WX1X8TzgJGk&feature=youtu.be
• Quem somos nós? Friedrich Nietzsche, por Scarlett
Marton.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?
v=5L2K6HKrEyA.
Filosofia e cotidiano – Parte 1

Refletindo sobre minha aprendizagem:


a) Compreendi os conceitos
apresentados pela professora.
b) Compreendi a maioria dos conceitos,
mas fiquei com dúvida sobre alguns.
c) Compreendi pouco os conceitos da
aula, dificultando meu
entendimento.

© Pixabay

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