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08/01/14 As origens do pensamento neo-ateísta: as loucuras de Friedrich Nietzsche | Projeto Quebrando o Encanto do Neo-ateísmo

As origens do pensamento neo-ateísta: as loucuras


de Friedrich Nietzsche
respostasaoateismo / 5 horas atrás

Nietzsche, Freud e Marx, possivelmente, são, hoje, a maior das coqueluches dos intelectuais dos brasileiros de
universidades e etc. E, naturalmente, essa adoração acaba se espalhando pelas camadas mais periféricas por
meio da divulgação e “status” que figuras como essa ganham via estratégia gramsciana.

Estando consciente dessa possibilidade, acabamos nos deparando, naturalmente, com opiniões e “fatos”
propostos por esses três de forma direta ou indireta.

Ontem mesmo, durante um debate, um usuário me apresentou, enquanto criticavamos a postura de Richard
Dawkins, um trecho inteiro retirado diretamente de um livro de Nietzsche como indicação de que o neo-ateísmo
era uma posição respeitável.

O problema é que em vez de demonstrar que o neo-ateísmo era uma possível respeitável, ele REFORÇOU a
tese de que um movimento com um pé (ou dois) no fanatismo e no radicalismo.

Reproduzo a infamidade abaixo:

Lei contra o cristianismo

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Artigo Primeiro – Qualquer espécie de antinatureza é vício. O tipo de homem mais vicioso é o
padre: ele ensina a antinatureza. Contra o padre não há razões: há cadeia.

Artigo Segundo – Qualquer tipo de colaboração a um ofício divino é um atentado contra a moral
pública. Seremos mais ríspidos com protestantes que com católicos, e mais ríspidos com os
protestantes liberais que com os ortodoxos. Quanto mais próximo se está da ciência, maior o
crime de ser cristão. Conseqüentemente, o maior dos criminosos é filósofo.

Artigo Terceiro – O local amaldiçoado onde o cristianismo chocou seus ovos de basilisco deve ser
demolido e transformado no lugar mais infame da Terra, constituirá motivo de pavor para a
posteridade. Lá devem ser criadas cobras venenosas.

Artigo Quarto – Pregar a castidade é uma incitação pública à antinatureza. Qualquer desprezo à
vida sexual, qualquer tentativa de maculá-la através do conceito de “impureza” é o maior pecado
contra o Espírito Santo da Vida.

Artigo Quinto – Comer na mesma mesa que um padre é proibido: quem o fizer será excomungado
da sociedade honesta. O padre é o nosso chandala – ele será proscrito, lhe deixaremos morrer de
fome, jogá-lo-emos em qualquer espécie de deserto.

Artigo Sexto – A história “sagrada” será chamada pelo nome que merece: história maldita; as
palavras “Deus”, “salvador”, “redentor”, “santo” serão usadas como insultos, como alcunhas
para criminosos.

Artigo Sétimo – O resto nasce a partir daqui.

Nietzsche – O Anticristo. (pág. 60)

O sujeito, depois de postar isso (fazendo questão de sublinhar a parte em que ele manda prender os padres!)
fez que questão de dizer que CONCORDAVA com essa loucura e disse que “se é assim, eu quero ser chamado
de neo-ateu então”.

O que é vergonha para o homem comum, para os neo-ateus deveria ser LEI. Vejamos um resumo de como as
idéias de Nietzsche podem ser interpretadas no trecho acima:

Prisão para padres, por divulgarem uma posição baseada em idéias pró-família e pró-dignidade sexual,
ao contrário do que o autor gosta
Criminalização mais grave do cristianismo para intelectuais, seja cientistas ou filósofos
Destruição de marcos históricos relacionados à religião cristã
Remodelação do conceito de dignidade sexual para promiscuidade
Tratamento cruel para religiosos
Tornar a menção de palavras como “Deus” como algo que ofenda os outros
Renascimento/Remodelação da humanidade a partir desse ponto

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E como explicar um caso desses?

Que Nietzsche ficou senil no fim da sua vida (alguns dizem ser por causa de uma doença sexualmente
transmissível), passando dias e dias achando que era o próprio Jesus Cristo, não há dúvidas. Mas é inevitável
concluir que ele também já não era muito bom da cachola na época em que escreveu trechos como o visto
acima. A hipótese plausível que podemos apresentar é a velha constatação do fenômeno da mentalidade
revolucionária/interpretação delirante, conforme ensinada por Olavo de Carvalho (assunto já tratado aqui antes,
mas que é sempre importante rever).

Abaixo, um trecho do livro “O Jardim das Aflições”, de Olavo de Carvalho, para entendermos o que é esse
fenômeno:

“Mentalidade revolucionária” é o estado de espírito, permanente ou transitório, no qual um


indivíduo ou grupo se crê habilitado a remodelar o conjunto da sociedade – senão a natureza
humana em geral – por meio da ação política; e acredita que, como agente ou portador de um
futuro melhor, está acima de todo julgamento pela humanidade presente ou passada, só tendo
satisfações a prestar ao “tribunal da História”. Mas o tribunal da História é, por definição, a
própria sociedade futura que esse indivíduo ou grupo diz representar no presente; e, como essa
sociedade não pode testemunhar ou julgar senão através desse seu mesmo representante, é
claro que este se torna assim não apenas o único juiz soberano de seus próprios atos, mas o juiz
de toda a humanidade, passada, presente ou futura. Habilitado a acusar e condenar todas as
leis, instituições, crenças, valores, costumes, ações e obras de todas as épocas sem poder ser
por sua vez julgado por nenhuma delas, ele está tão acima da humanidade histórica que não é
inexato chamá-lo de Super-Homem. Autoglorificação do Super-Homem, a mentalidade
revolucionária é totalitária e genocida em si, independentemente dos conteúdos ideológicos de
que se preencha em diferentes circunstâncias e ocasiões.

Olavo explica mais sobre a questão moral:

Em função da crença num futuro utópico dado como certo e determinado, em direção ao qual a
sociedade caminha sem qualquer possibilidade de desvio, a mente revolucionária acredita que
esse futuro utópico inexorável é isento de “mal” – esse futuro será perfeito, isento de erros
humanos. Por isso, em função desse futuro utópico certo e dado como adquirido, todos os meios
utilizados para atingir a inexorabilidade desse futuro estão, à partida, justificados. Trata-se de
uma moral teleológica: os fins justificam todos os meios possíveis.

(Visite a comunidade de Olavo de Carvalho no orkut e veja seus comentários em vídeo no Youtube.)

As propostas de Nietzsche são um exemplo CLARO de mentalidade revolucionária, principalmente no último


ponto, que inclui a “renascimento” em nova construída a partir da destruição do Cristianismo. Como a “nova
era”, sem o Cristianismo, será o lugar do “bem”, a utopia a ser alcançada, todos os atos estão justificados a

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priori para alcançar esse objetivo, mesmo os mais cruéis e totalitários. O conceito de “übermensch” [Super-
homem/além-do-homem] é uma bobagem ingênua proposta por Nietzsche que não sobrevive ao ceticismo, mas
se encaixa perfeitamente no esquema de lavagem cerebral necessário para a transformação de uma mente
sadia em uma mente revolucionária.

Alias, não é surpresa que VÁRIOS dos itens dessa agenda nietzscheana foram e estão sendo aplicadas, de
alguma maneira (como quando Sam Harris diz que Francis Collins não deveria ser eleito diretor do NIH por ser
religioso [ponto 2], ou as tentativas rotineiras de exterminar qualquer menção da palavra “Deus” na esfera
pública por ser “ofensiva” [ponto 6]. Também temos a estratégia soviética de destruir vários e vários templos
religiosos, como você ver aqui [ponto 3], ou a tentativa de criminalizar os padres e religiosos por divulgarem sua
opinião de moral sexual pró-família através de projetos como o PNDH-3 e o PL 122 [ponto 1]).

Adeptos da mentalidade revolucionária são, na sua versão mais radical, malucos e devem ser tratados como
tal. Qualquer pessoa com bom senso seria contra prender padres e jogá-los para morrer de fome no deserto
simplesmente por eles dizerem que a fidelidade conjugal é mais importante que o prazer da promiscuidade.
Mas mentes revolucionárias, como os neo-ateus mais fanáticos, declaram achar esse ato PERFEITO
moralmente.

Com tipos que apoiam atos monstruosos como esse, não se pode dialogar. O que temos que fazer é promover
o desmascaramento público desses cidadãos, antes que seja tarde demais. Nazistas e comunistas também
tinha projetos sociológicos da construção do “novo homem”. A sociedade não deu bola, foi deixando, ninguém
os desmascarou… até que um dia eles chegaram ao poder.

E o resultados todos nós sabemos…

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