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INSTITUTO SUPERIOR

POLITÉCNICO
INTERNACIONAL DE ANGOLA

FarmacologiaOdontologica
Ansioliticos;hipnoticos e sedativos
Apesar dos avanços científicos e tecnológicos e do aperfeiçoamento das técnicas de
condicionamento, o tratamento odontológico continua não sendo prazeroso ou agradável a
ninguém. Ainda é comum se defrontar com pacientes extremamente ansiosos ou apreensivos,
alguns deles tomados de verdadeiro pânico ou pavor ao sentarem na cadeira do dentista.
METÓDO DE CONTROLE DA ANSIEDADE
DO PACIENTE ODONTOLÓGICO

Os métodos de controle da ansiedade podem ser farmacológicos ou não farmacológicos. Dos não
farmacológicos, a verbalização é a conduta básica, que pode ser associada a técnicas de
relaxamento muscular ou de condicionamento psicológico. Métodos de distração também são
cada vez mais utilizados, por meio de sons ou imagens para relaxar e distrair a atenção do
paciente
Quando esses métodos não são suficientes o bastante para controlar a ansiedade e o medo do
paciente, deve-se lançar mão de métodos farmacológicos de sedação como medida
complementar, desde a sedação mínima até a anestesia geral.

A American Dental Association (ADA) estabeleceu novas definições para os diferentes graus de
sedação em odontologia, classificada como mínima, moderada e profunda. A sedação moderada
envolve a combinação de vários agentes sedativos e o uso de sedativos por via parenteral. A
sedação profunda é obtida com altas doses de sedativos por via oral, inalatória ou parenteral.
A ADA define a sedação mínima como “ uma discreta depressão do nível de consciência, produzida
por método farmacológico, que não afeta a habilidade do paciente de respirar de forma automática
e independente e de responder de maneira apropriada à estimulação física e ao comando verbal”

Embora as funções cognitivas e de coordenação motora se encontrem discretamente afetadas, as


funções respiratórias e cardiovasculares permanecem inalteradas..*

Na clínica odontológica, os benzodiazepínicos (BDZ) são os ansiolíticos mais empregados para se obter a
sedação mínima por via oral, pela eficácia, boa margem de segurança clínica e facilidade posológica

A técnica de sedação mínima pela inalação da mistura de óxido nitroso (N2O) e oxigênio (O2), por sua
vez, está gradativamente conquistando mais espaço na odontologia, sendo um recurso terapêutico
seguro quando corretamente empregada por cirurgião-dentista habilitado
MECANISMO DE AÇÃO

A identificação de receptores específicos para os benzodiazepínicos nas estruturas do sistema


nervoso central (SNC), principalmente no sistema límbico, possibilitou a compreensão do seu
mecanismo de ação. Ao se ligarem a esses receptores, os benzodiazepínicos facilitam a ação do
ácido gama-aminobutírico (GABA), o neurotransmissor inibitório primário do SNC. A ativação
específica dos receptores GABAA induz à abertura dos canais de cloreto (Cl - ) da membrana dos
neurônios, amplificando o influxo deste ânion para dentro das células, o que resulta, em última
análise, na diminuição da excitabilidade e na propagação de impulsos excitatórios

Pode-se dizer que o GABA age como se fosse um “ansiolítico natural ou fisiológico”, controlando as
reações somáticas e psíquicas aos estímulos geradores de ansiedade, como acontece na clínica
odontológica
VANTAGENS DO USO DO BENZODIAZEPINICOS

Quando empregados como pré-medicação em pacientes


hipertensos, ajudam a manter a pressão arterial em níveis
seguros

Úteis para prevenir intercorrências em pacientes com história


de asma brônquica ou distúrbios convulsivos.

Torna o paciente mais cooperativo ao tratamento dentário

Relaxamento da musculatura esquelética

Redução do reflexo do vômito

Controlo da ansiedade

Redução do fluxo salivar


EFEITOS COLATERAIS

Os benzodiazepínicos apresentam baixa incidência de efeitos colaterais, particularmente quando


empregados em dose única ou por tempo restrito. A sonolência é o mais comum desses efeitos,
principalmente com o uso do midazolam e do triazolam, por conta de sua ação hipnótica (indução do
sono fisiológico).

Mesmo quando se empregam pequenas doses de benzodiazepínicos, uma pequena percentagem dos
pacientes (~ 1%) pode apresentar efeitos paradoxais (ou contraditórios), ou seja, ao invés da sedação
esperada, o paciente apresenta excitação, agitação e irritabilidade. Caso isso aconteça, a consulta deve
ser adiada, mantendo-se o paciente em observação até a cessação desses efeitos.

A amnésia anterógrada é outro efeito colateral dos benzodiazepínicos, que pode ocorrer mesmo
quando empregados em dose única. É definida como o “esquecimento dos fatos que se seguiram a um
evento tomado como ponto de referência”. Geralmente coincide com o pico de atividade do
medicamento, sendo mais comum com o uso do midazolam e do lorazepam.
O midazolam, particularmente, pode provocar alucinações ou fantasias de caráter sexual.
Recomenda-se, portanto, que o profissional tenha a companhia de uma terceira pessoa no
ambiente do consultório
Hipnóticos
Os fármacos sedativos-hipnóticos possuem uma ação abrangente no paciente. Os
compostos sedativos são responsáveis pela função de redução da ansiedade, causando
efeito ansiolítico, já os hipnóticos possuem um efeito de indução da sonolência.

Tipos de sedativos-hipnóticos
•Barbitúricos: como fenobarbital
•Benzodiazepínicos: como diazepam, lorazepam, alprazolam, nitrazepam,
clonazepam.

Apesar dos barbitúricos estarem na classe dos sedativos hipnóticos, eles não são muito
utilizados pela prática médica com essa função, e sim, usados mais como
anticonvulsivantes. Esse fato acontece porque eles têm um baixo índice terapêutico.
BARBITÚRICOS

Pentobarbital Butabarbital Amobarbital Secobarbital


Mefobarbital Fen=obarbital Tiopental Metoexital

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