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Hiram Mascarenhas Miglio hmiglio@ig.com.

br Tema 2

O Cdigo Penal brasileiro no traz uma definio de concurso de pessoas, mas segundo o professor de Direito Penal, Damsio de Jesus, concurso de pessoas quando vrias pessoas concorrem para a realizao da infrao penal. Na estria que foi contada percebido que houve um crime de homicdio cometido pelo presidirio Marcelo em coautoria com o Fbio que o agende de segurana, pois este tinha o dever de proteger o preso, Cristiano, e no o fez. Ainda observado que o Carlos o mandante e, tambm, o autor intelectual do delito. Veja que alguns institutos do concurso de pessoas costumam confundir, como por exemplo: a autoria mediata e autoria intelectual; a participao moral e material; A possibilidade de o mandante de uma ao criminosa ser considerado autor dela. Para o renomado professor de Penal, Zaffaroni, a autoria mediata distingue-se da intelectual, porque nesta o autor intelectual atua como mero participe, concorrendo para o crime sem realizar a ao nuclear do tipo. O executor (o que recebeu a ordem ou promessa de recompensa) sabe perfeitamente o que est fazendo, no se podendo dizer que foi utilizado como instrumento de atuao. Ainda segundo o professor, distingue-se entre participao moral e participao material: na primeira, o partcipe incute na mente do autor principal o propsito criminoso (determinao ou induzimento), ou refora o desiderato preexistente (instigao); na segunda, o partcipe insinua-se no processo de causalidade fsica, auxiliando materialmente o autor principal. Quanto ao mandante de uma ao criminosa ser considerado o autor, diz Damsio de Jejus que isso no possvel, uma vez que no lhe competiram os atos de execuo do ncleo do tipo.

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