O capítulo discute diferentes concepções de delito em psicologia, juridicidade e filosofia. Explica que a psicologia não define delito, mas sim analisa a motivação pessoal. Também descreve as fases da conduta delituosa e o papel do psicólogo em identificar a intencionalidade do indivíduo para auxiliar na aplicação da pena.
Descrição original:
Resenha a respeito de um capítulo de um livro sobre psicologia do delito, relevante para a área de psicologia jurídica.
O capítulo discute diferentes concepções de delito em psicologia, juridicidade e filosofia. Explica que a psicologia não define delito, mas sim analisa a motivação pessoal. Também descreve as fases da conduta delituosa e o papel do psicólogo em identificar a intencionalidade do indivíduo para auxiliar na aplicação da pena.
O capítulo discute diferentes concepções de delito em psicologia, juridicidade e filosofia. Explica que a psicologia não define delito, mas sim analisa a motivação pessoal. Também descreve as fases da conduta delituosa e o papel do psicólogo em identificar a intencionalidade do indivíduo para auxiliar na aplicação da pena.
Resenha do livro Manual de Psicologia Jurdica - Captulo VI: Psicologia do Delito
O autor inicia o captulo destacando diferentes concepes do delito. Descreve
que, enquanto o jurista compreende o delito como uma atitude voluntria que viola a lei, o filsofo a percebe como comportamentos que ferem a tica. J a psicologia, segundo o autor, no apresenta uma definio clara do que seria um delito, justamente por pensar tal questo no mbito da motivao pessoal para o comportamento delituoso, ou seja, do contexto e de todas as possveis condies que propiciaram a atitude ilegal do indivduo. de extrema importncia a considerao do autor a respeito da diferena existente na realizao de cada delito, j que, mesmo que aparentemente iguais, percebe-se que cada atitude, seja ela legal ou ilegal, est estritamente relacionada com a experincia pessoal e, portanto, com a motivao intrnseca do sujeito, o que demonstra a necessidade de uma compreenso particular de cada caso e da intencionalidade e conscincia individual, o que consequentemente desencadeia um julgamento sempre singular. Em seguida, discuti-se sobre o papel da penalidade, ressaltando que no tem por objetivo ser uma vingana coletiva contra aquele que cometeu um delito, mas sim uma maneira de proporcionar ao mesmo condies para ser capaz de no mais agir contra a lei. Para isso, preciso entender de maneira holstica o ato delituoso, inclusive sob o prisma psicolgico, o que, como retrata o autor, difcil, visto que compreender todos os fatores psquicos que proporcionaram ao indivduo a idealizao e a consumao do ato delituoso podem ser os mais diversos e terem seus primeiros indcios na vida dele dcadas atrs. Nesse sentido, o papel do psiclogo torna-se significativamente relevante, j que sua especialidade visa, entre outras coisas, identificar a intencionalidade do indivduo, contribuindo para a compreenso de qual o melhor modo de aplicar uma pena que seja capaz de reabilitar a pessoa que infringiu a lei. O autor apresenta, ainda, fases da conduta delituosa, desde a sugesto intrapsquica para cometer o ato, at a realizao ou execuo do mesmo. A descrio de tais fases proporciona um modo de analisar mais precisamente a motivao para o delito, descrevendo os diversos passos para sua concretizao, bem como possibilitando meios de aprofundar estudos a respeito dos fatores psquicos presentes em tais circunstncias. Alm disso, pode-se pensar em estratgias preventivas, j que o aumento do entendimento do processo intrapsquico e das condies em que ocorrem proporcionam um arcabouo terico passvel de ser utilizado em projetos nas mais diversas instituies de atendimento a populao. Ao final, descrita a ausncia de qualificao no Cdigo Penal de delitos que provocam danos irreparveis ou profundos na vtima por meio de comportamentos
verbais ou outros que violam agressivamente a estrutura psquica. Por isso, no s o
psiclogo, como socilogos e pedagogos, em uma elaborao interdisciplinar com juristas, pode refletir sobre essas atitudes prejudiciais ao ser humano e pensar em possveis maneiras de impedi-las e penaliz-las.
Referncia: MIRA y LPEZ, Emlio (2005). Manual de psicologia jurdica. 2 ed. atualizada. Campinas: LZN. 421 p. (Traduo e notas: Ricardo Rodrigues Gama).