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DOI:10.34117/bjdv6n1-025
RESUMO
ABSTRACT
The delinquent brain has been studied in parallel with personality disorders in order to find in
cognitive neuroscience studies an explanation for acts that transgress legal norms. In tis
instance, general notions of delinquency as well as personality disorders are outlined, as well
as an understanding of the Brazilian Penal Code and the limited applicability of the Law to
subjects with some type of behavioral disorder. The research is a qualitative approach, of
bibliographical nature and literature review on legal psychology, criminal law and research in
articles of the internet, explaining concepts, characteristics, causes, consequences,
criminological analysis and the application of norms. In the face of the discussions, there is a
point of divergence between Law and Psychology, since both have a different understanding
regarding the delinquent act. In the conception of psychology, the cause of the delinquent act
is the focus of study; already in the legal understanding and in the application of the law, is
attentive to the consequence that the act generated. Thus, it is paramount that measures
directed to situations of cognitive disorder are applied, causing a reduction in the
transgressions and arbitrary security to individuals.
1 INTRODUÇÃO
Há muitas hipóteses a respeito da motivação para a delinquência, fundamentadas
dentro das teorias da ciência psicológica e associada à esfera jurídica. Assim, considerando as
principais causas para o comportamento delinquente no entendimento da Psicologia e do
Direito Penal, far-se-á, neste trabalho, uma exposição dessas causas, como também na
conceituação e classificação dos transtornos de personalidade, além de explanar acerca do
olhar jurídico a respeito da delinquência.
Nessa perspectiva, serão abordados conceitos trazidos por teóricos da Psicologia
Jurídica como Fiorelli e Mangini (2015), que elucidam sobre a delinquência e a preocupação
com a possibilidade de reincidência, levando-nos ao aprofundamento das perspectivas
motivações relacionadas aos atos delituosos. Trazendo à baila o artigo 26 do Código Penal
brasileiro, percebe-se que a psicopatologia tem sentido muito limitado, pois não se encaixam
os conceitos de neuroses e de transtornos de personalidade. Encontra-se, assim, um ponto de
divergência entre o Direito e a Psicologia, pois esta se preocupa com a causa do ato delinquente
e aquela se detém na consequência que o ato gerou. Por isso, há no Código Penal brasileiro
uma restrição na aplicabilidade da lei para os sujeitos que possuem algum tipo de transtorno
de personalidade, uma vez que estes não estão qualificados dentro da lei supracitada.
Visto os questionamentos acima, a motivação dessa pesquisa é produzir
conhecimento e uma maior percepção da condição inexata desses sujeitos sob a luz do Direito.
Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 6, n. 1,p.379-384 jan. 2020. ISSN 2525-8761
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Brazilian Journal of Development
Além disso, há a necessidade de fomentar, ainda mais, tanto no âmbito acadêmico como social,
as discussões aqui propostas e subsidiar pesquisas vindouras nessa área de estudo.
O objetivo deste trabalho é avivar a conceituação acerca da posição dos indivíduos
portadores de transtorno de personalidade dentro da Jurisdição brasileira, a fim de assegurar
estes, como também a sociedade em que estão inseridos.
2 METODOLOGIA
O presente trabalho se caracteriza como uma pesquisa de abordagem qualitativa, uma
vez que a interpretação dos fenômenos e a construção dos significados é a base no processo
qualitativo. De acordo com os procedimentos de coleta de informações, esta pesquisa é de
cunho bibliográfico, de revisão de literatura através de leitura de artigos na área da psicologia
jurídica, análise doutrinária, bem como, legislação pertinente ao tema.
As pesquisas foram realizadas em sites de busca, como a base de dados do Scielo
para a pesquisa de artigos na área da psicologia no ano de 2015 e no site Jusbrasil para a busca
em relação à legislação acerca do Código Penal brasileiro vigente desde 1940. Para a busca
dos artigos, foram utilizadas palavras-chave conforme os critérios de inclusão específicos:
transtorno de personalidade, Código Internacional de Doenças e Código Penal brasileiro.
Quanto aos critérios de exclusão, não utilizaram palavras de sentido genérico, como doenças,
leis, Direito.
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
O termo delinquência, em sentido lato, associa-se ao sentido jurídico. Entende-se que
a delinquência e, consequentemente, o ato de delinquir não está definitivamente ligado à uma
conduta criminosa, mas que a ação do crime veio em consequência ao delito; podendo, assim,
ser legitimada essa expressão no entendimento psicológico, em que preza por enxergar o autor
separadamente de sua prática delitiva e trazendo motivações hipotéticas que podem
fundamentar quanto à pessoa do criminoso e os estímulos sobre o crime.
Nesse sentido, a atenção volta-se aos transtornos internos e perturbações que possam
impossibilitar a adaptação do indivíduo às normas do ambiente. Desta forma, com a atenção
voltada ao autor e não ao ato em si, é que nos deparamos com os transtornos de personalidade.
O transtorno de personalidade é um conjunto de limitações intrínsecas, que dificulta
a adaptação do indivíduo as diferentes situações da vida cotidiana. Assim, a CID-10 “define o
termo transtorno de personalidade como uma perturbação grave da constituição
4 CONCLUSÕES
Sabe-se que o cérebro delinquente não está necessariamente ligado a um ato
criminoso, mas que, muitas vezes, resulta dessa forma. Assim, nota-se o liame entre as
tendências delitivas e as psicopatologias, pois as perturbações internas que dificultam a
adaptação do sujeito ao mundo externo e ao cotidiano fazem parte da conceituação dos
transtornos de personalidade ora relatados; porém, denota-se uma maior frequência e como
ainda são imprecisas as definições e as maneiras de atuação diante do indivíduo portador de
transtornos de personalidade, bem como as ações de delitos cometidas por eles.
Diante do código Penal vigente, dos artigos supracitados e das discussões propostas,
percebemos que no código não consta nenhuma referência a essas tendências
comportamentais, nem está presente nas excludentes, já que não está diretamente relacionado
REFERÊNCIAS
FIORELLI, J. O.; MANGINI, R. C. Psicologia Jurídica. 6. ed. São Paulo: Atlas S.A, 2015.