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O Design de Interiores e A Cenografia: Relação e Análise Plástica Do Espaço Habitado
O Design de Interiores e A Cenografia: Relação e Análise Plástica Do Espaço Habitado
RESUMO
O conjunto das estruturas e de todos os cenrios deve formar uma quadro que
corresponda s leis da harmonia, assim como um obra pictria. Portanto,
exige-se cada vez mais que a cenografia seja tratada como uma composio
plstica (HOFMAN apud. RATTO, 2001, p. 38). Este artigo visa descrever os
cenrios dos espetculos Mix, Rota e Casa da Cia de Dana Deborah
Colker, sob os aspectos plsticos, cenografia e a relao desses cenrios com
o design de interiores.
Palavras-chave: cenografia, design de interiores, plasticidade
1. Introduo
A primeira impresso que o pblico tem de uma apresentao teatral,
seja em palcos convencionais ou em espaos alternativos, a composio do
espao cnico. Quando a plateia adentra um espao de apresentao teatral
ou quando a cortina se abre, a primeira percepo da identidade do trabalho
estabelecida atravs da captao visual do aparato cnico. Para Silva (2007,
p.21), em frente ao pblico,
[...] esto s elementos que vo definir o espao e, muitas
vezes, o tempo da ao, seja de forma realstica ou simblica.
Como se fosse uma pintura onde os personagens iro atuar, o
interior do espao cnico, a iluminao, bem como a escolha e
a manipulao de objetos e outros recursos, so elementos
que vo propiciar a identificao e contato entre palco e platia
compor
forma, cor e textura podem criar ritmos mais sutis que, talvez, no sejam
imediatamente bvios aos olhos. Os autores (2006, p. 149) mencionam que o
ritmo visual
tambm pode se referir ao movimento de nossos corpos
medida que avanamos atravs de uma sequncia de espaos.
O ritmo incorpora a noo fundamental de repetio como um
recurso para organizar formas e espaos na arquitetura, onde
vigas e colunas se repetem para formar vos estruturais e
mdulos espaciais
Assim, pode-se perceber que todo o espao possui seu prprio ritmo e
este pode ser modificado e elaborado atravs do projeto de interiores, o qual
ganha um novo movimento e revela-se atravs das formas.
Ching; Binggeli (2006, p. 90), Devemos continuamente nos esforar para ver e
estar conscientes das caractersticas das coisas e como elas se relacionam e
interagem para formar a qualidade esttica de nossos ambientes visuais.
espetculo
linhas,
que so
usadas
que a forma
pode ser definida como a figura ou a imagem do contedo. A
forma nos informa sobre a natureza da aparncia externa do
objeto. A percepo da forma o resultado de uma interao
entre o objeto fsico e o meio de luz, agindo como transmissor
de informao, e as condies e as imagens que prevalecem
no sistema nervoso do observador
Nos ambientes vistos na figura 13, v-se na primeira figura, que a forma
das linhas desenham o ambiente, demarcam o espao, atravs do corre-mo,
da escada, das colunas e da marcao dos embutidos no teto, ampliando o
espao e proporcionando uma construo diferenciada para o interior. Na
segunda, as formas se do atravs das linha, mais retas e paralelas; mas
tambm com a elipse que, para Zevi (1978, p. 114), se forem desenvolvidas em
torno de dois centros, nunca permitir que a vista repouse, tornando-a mvel e
inquieta, conforme visto na figura citada, atravs do desenho sob o teto.
Assim como a forma tem melhor utilidade e uso espacial no design de
interiores, preciso que a proporo dos elementos e do espao seja
adequada ao corpo do homem e aos demais componentes que esto
relacionados com o espao. Como diz Ching; Binggeli (2006, p. 132). no
projeto de interiores, estamos preocupados com as relaes entre as
propores estabelecidas pelas partes de um elemento de projeto, entre vrios
elementos de projeto e entre tais elementos e a forma espacial. E, portanto,
consegue-se com a proporcionalidade o equilbrio e a harmonia, atravs da