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Uma Reflexão Sobre o Prefácio Da Fenomenologia Da Percepção de Meleau-Ponty
Uma Reflexão Sobre o Prefácio Da Fenomenologia Da Percepção de Meleau-Ponty
Merleau-Ponty
Marcos Roberto Martinez1
Resumo
Com o objetivo de buscar uma reflexo geral sobre a obra de Merleau-Ponty
Fenomenologia da percepo, elegemos o prefcio dessa grande obra, como
objeto de pesquisa para esse artigo, por entender que nele continham as
informaes mais relevantes para uma compreenso menos profunda, porm, global
sobre os principais conceitos da fenomenologia pela viso de Ponty.
Numa pequena pesquisa desenvolvida a partir do que foi discutido nas aulas
de Fenomenologia, existencialismo e hermenutica, aplicadas pelo Professor Dr.
Wesley Adriano Martins, da Universidade Metodista de So Paulo, no curso de Ps
Graduao em Filosofia Contempornea e Histria, retiramos alguns assuntos
relevantes, que ao que me parece, permeiam o contedo principal do que foi
discutido inicialmente, respeitando evidentemente a limitao natural que se
apresenta diante da amplitude e complexidade dos temas apresentados, nos
impulsionando a resumir nossa investigao apenas introduo da obra,
procurando evidentemente apontar os principais conceitos de uma forma que
possamos relacionar com a vida contempornea.
A escolha de nos determos apenas em tratar do prefcio da obra, entre outras
motivaes, deu-se, justamente por ser a primeira discusso relevante nessa
disciplina, permitindo assim uma busca mais criteriosa e tranquila, pela questo de
proporcionar consequentemente um prazo maior para o desenvolvimento desse
despretensioso artigo.
Permitimo-nos tambm buscar outros assuntos que se agreguem a esse
texto, dentro da linha de pensamento discutida, mas sem desviar do autor eleito para
compor a ideia principal do texto, porm, tomamos o cuidado de expor o
pensamento de outros filsofos apenas para embasar e relacionar melhor o tema
proposto, e completar essa reflexo.
Para o enriquecimento, desse artigo, buscamos mostrar uma conjuntura de
elementos discutidos em sala de aula e outros que no foram abordados, mas que,
acima de tudo, fazem parte da reflexo especfica e que possam satisfazer o
interesse do leitor, sempre levantando questes voltadas para a crtica e o
questionamento dos assuntos tratados, que no meu entender so fundamentais para
engajar o universo da filosofia, no que se refere ao pensar a vida contempornea.
3 COGITO. Abrevia-se nessa palavra a expresso cartesiana "cogito ergosunf (Discours,IV; Md., II, 6), que
exprime a auto evidncia existencial do sujeito pensante, isto , a certeza que o sujeito pensante tem da sua
existncia enquanto tal. (DICIONRIO DA FILOSOFIA NlCOLA ABBAGNANO)
REFERNCIAS
ABBAGNANO, Nicola, Dicionrio de Filosofia, So Paulo, Martins Fonte, 2007.
DESCARTES, Rene. Discurso sobre o Mtodo. So Paulo, Hemus-Livraria Editora,
1998.
MERLEAU-PONTY, Maurice. Fenomenologia da percepo. Trad. Carlos Alberto R.
de Moura. So Paulo: Martins Fontes, 1999.
4 O Discurso sobre o mtodo, por vezes traduzido como Discurso do mtodo, ou ainda Discurso
sobre o mtodo para bem conduzir a razo na busca da verdade dentro da cincia; um tratado
matemtico e filosfico de Ren Descartes, publicado na Frana em Leiden em 1637. Uma traduo
para o latim foi produzida em 1656, e publicada em Amsterdam. Constitui, ao lado de Meditaes
sobre filosofia primeira, Princpios de filosofia e Regras para a direo do esprito, a base
da epistemologia do filsofo, sistema que passou a ser conhecido como cartesianismo.
O Discurso prope um modelo quase matemtico para conduzir o pensamento humano, uma vez que a
matemtica tem por caracterstica a certeza, a ausncia de dvidas.