Você está na página 1de 40

CURSO TÉCNICO EM

TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS
CURSO TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS

CONSELHO REGIONAL

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
Presidente
Sumário
DIREÇÃO REGIONAL 3
1 - NOÇÕES DE DESENHO ARQUITETÔNICO
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
2 - CONVENÇÕES DO DESENHO TÉCNICO 7
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

3 - MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO 12
DIRETOR REGIONAL

DIVISÃO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL 4 - SISTEMAS ESTRUTURAIS 17


2

5 - LEGISLAÇÕES URBANÍSTICAS 22
PABLO G. DE SOUSA - PROFESSOR
6– REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 40
CURSO TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS

variáveis: programa / partido arquitetônico / funcionalidade /


01 - NOÇÕES DE DESENHO ARQUITETÔNICO estética / volumetria.

ALGUMAS DEFINIÇÕES:
Arquitetura: produto ou resultado do trabalho arquitetônico,
edifícios. Um estilo ou m´todo de construção de um povo ou
período. A profissão de projetar edifícios e ou ambientes
habitáveis. A ação consciente de formar elementos que resultam
em uma estrutura unificadora e coerente. (CHING, 2000, p.09)

Desenho: Criação ou organização dos elementos de uma obra de


arte. Representação de formas sobre uma superfície por mios de
linhas, pontos e manchas. A arte e a técnica de representar com
lápis e pincel etc. um tema real ou imaginário expressando a
forma. Forma, feitio, configuração. Traçado, projeto.

Projetar: conceber ou idealizar a forma e a estrutura de um


edifício ou outra construção. 3

Croquis: esquema original de um projeto, aposentado via esboço


que indica seu caráter específico a ser desenvolvido detalhamento
em estudos posteriores.
Figuras 01, 02, 03 e 04:
Desenho de arquitetura ou arquitetônico: conjunto de
Partes de um projeto
representações pictóricas que visam a informar, em observação
arquitetônico. Perspectiva
de um conjunto de critérios ou normas técnicas, as características
corte, fachada e planta
formais de uma edificação, real ou imaginária.
baixa.
Projeto arquitetônico: é a solução de um problema de
“O desenho arquitetônico não é a representação ideal de um
edificação, equacionando com arte e técnica, os elementos fixos
projeto. Seu maior defeito é mostrar pedaços de um projeto
e variáveis existentes, visando a obtenção do objetivo desejado,
que deverá ser visualizado completo, numa só operação da
determinado por um programa estabelecido. Segundo elementos:
memória. perspectivas e maquetes dão boa idéia do conjunto
(MONTENEGRO, 1985, p.01).”
fixos: terrenos / programa / verba / exigências institucionais.
CURSO TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS

1.2 Desenho de arquitetura nos currículos universitários e nos escritórios de arquitetura e


O desenho é a linguagem própria para explicar o projeto engenharia.
arquitetônico, seja por meio de representações puramente Existem pelo menos quatro categorias de uso do
geométricas destinadas a especialistas, seja por meio de computador em arquitetura:
perspectivas ou ilustrações artísticas apresentadas ao público 1. Organização e administração;
leigo. Em todos os casos, seu entendimento deve ser universal. 2. Processamento de informações: coleta de dados, análise de
Dominar a linguagem do desenho facilita a concepção do exigências, resumos, relação de materiais, orçamento, etc;
edifício e é muito importante para impressionar favoravelmente o 3. Análise de soluções: comparação entre vários projetos ou
cliente. Porém, o desenho de arquitetura é apenas um processo avaliação de um item específico;
auxiliar de representação da edificação, não um fim em si mesmo, 4. Geração de soluções: não existe ainda algo que satisfaça o
como na pintura. usuário menos exigente.
O desenho de arquitetura não é a representação ideal de Entre os programas de desenho assistido por computador o mais
um projeto. Seu maior defeito é mostrar pedaços de um projeto conhecido é o CAD. Programas desse tipo aumentam a
que só será visualizado completo numa imagem mental. O desenho produtividade, liberando o tempo do projetista para maior
de arquitetura é bidimensional, simbólico, não reflete a escala exercício de sua criatividade e melhor aplicação nas soluções de
humana, é estático (não muda seus pontos de vista), não denota o projeto.
espaço (sobretudo o interior), não mostra as cores, a luz, os Entre as vantagens do computador destacam-se:
cheiros nem os sons. Para conhecer sua linguagem simbólica, o • Substituição da grande quantidade de instrumentos de
desenho; 4
aluno deve pesquisar e pensar criticamente as normas e
convenções existentes (MONTENEGRO, 2001). • Maior rapidez e precisão;
• Visão global do projeto, inexistente nos desenhos manuais
1.3 Métodos e instrumentos de desenho de arquitetura: fragmentados;
Nos últimos anos, com o advento da informática, o • Possibilidade de circulação virtual dentro e fora do edifício
aperfeiçoamento e a popularização dos programas gráficos, os (animação gráfica);
instrumentos tradicionais de desenhos (prancheta, régua paralela, • Simulação de alternativas para acabamentos internos e
escalímetro, esquadros, lápis, compassos, borracha, curva- externos;
francesa, curva universal, transferidor, tinta nanquim) foram • Compatibilidade entre projeto arquitetônico e projetos
paulatinamente substituídos pelo computador. complementares;
Na década de 1960, os computadores começaram a ser • Facilidade de execução, transmissão e reprodução dos
utilizados em projetos arquitetônicos. Desde então, não somente desenhos do projeto.
as máquinas (hardwares) se desenvolveram como foram criados
programas (softwares) para áreas como projetos de eletricidade,
iluminação, planejamento econômico e espacial, acústica,
comportamento térmico, etc. Logo a gráfica computacional entrou
CURSO TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS
AS

1.4 Componentes de uma Prancha de Projeto: dimensões,


tipos e espessuras de linhas, normas técnicas.

A prancha é a folha de desenho que contem a


representação completa do projeto arquitetônico. Elas reúnem
tanto um material pictórico (como plantas baixas, cortes e
fachadas, entre outras representações) quanto uma parte textual
apresentada em diagramas, quadros de esquadrias e áreas, entre
outros, além dos carimbos.
As informações apresentadas nas pranchas são dispostas em
formatos de papeis apropriados conforme uma hierarquia que
convenciona tipos e espessuras de linhas, tudo isso conforme
normas técnicas estabelecidas.
Conforme o Padrão estabelecido pelo grupo ISO Figura 07: dobradura do papel para o formato A4.
(International Oragnization for Stardardization), os formatos
oficiais de papéis utilizados nas pranchas de apresentação do O esquema a seguir ilustra os tipos de linhas utilizadas no projeto:
projeto de arquitetura são os submúltiplos do tamanho A0
conforme as seguintes dimensões:
5

Dimensões de Papeis segundo


o padrão ISO-A:

a) A0 – 841 x 1.189mm
b) A1 – 594 x 841mm
c) A2 - 420 x 594mm
d) A3 – 297 x 420mm
e) A4 – 210 x 297mm Esquema 01: tipos de linhas.
f) A5 – 148 x 210mm

Figura 05: formatos de papel.

Após executados as pranchas são dobradas até o formato A4


conforme a figura a seguir:
CURSO TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS

De maneira geral, as normas visam garantir padrões de:

a) Qualidade: fixando padrões que levam em conta as


necessidades e os desejos dos usuários.
b) Produtividade: padronizando produtos, processos e
procedimentos.
c) Tecnologia: consolidando, difundindo e estabelecendo
parâmetros consensuais entre produtores, consumidores e
especialistas, colocando os resultados à disposição da
sociedade.
d) Marketing: regulando de forma equilibrada as relações de
compra e venda.

As normas recomendam ainda a utilização do letreiro tipo


bastão nos projetos de arquitetura, sejam dos tipos verticais, ou
inclinados:
Figura 07: diferentes tipos de linhas no desenho técnico. ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ
6
Abcdefghijklmnopqrstuvwxyz
Nos casos de reforma, a área interna das linhas que
delimitam as paredes é preenchida em cores que indicam
demolição (amarelo), construção (vermelho), e manutenção (sem 1.5 Convenções e símbolos gráficos:
preenchimento). O desenho arquitetônico por ser feito em escala reduzida e
Importante salientar que o desenho arquitetônico, como por abranger áreas relativamente grandes, é obrigado a recorrer a
toda atividade técnica, é regido por um conjunto de normas que, símbolos gráficos, que são uma estilização de objetos reais
no Brasil, são definidas pela ABNT. As normas e convenções adaptados a uma escala diminuta. É imprescindível que o
definidas pela ABNT seguem os padrões internacionais, definidos desenhista conheças os símbolos gráficos, bem como suas
por grupos como o já citado ISO, visando a unificação e a ordem da dimensões. (MONTENEGRO, 1985, p.58).
linguagem técnica. São exemplos destas normas: As próximas ilustrações são exemplos de convenções
geográficas utilizadas no projeto. Não seria possível reunir todas as
inúmeras convenções que podem ser apresentadas no projeto,
• NBR 10067 – Princípios gerais de representação em desenho
desse modo, a prática é indispensável para interpretação do
técnico
projeto.
• NBR 10068 – Folha de desenho: leiaute e dimensões
• NBR 6492 – Representação de projetos de arquitetura
CURSO TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS

02 – CONVENÇÕES DO DESENHO TÉCNICO


2.1 Convenções gráficas: Cotas e Escalas
Cotas de níveis: um círculo dividido em quatro setores
iguais (quadrantes), com cheios e vazios alternados, comumente
usado em plantas, um triângulo com um vértice apontando a
indicação do nível de referência escolhido, comumente usado em
cortes.
Porta de correr e paredes Porta de Giro e paredes.

Janela Janela em projeção


Figuras 16 e 17: cotas de nível
Cotas: são as medidas dos objetos conforme o seu tamanho
real ou após construído. As cotas devem ser indicadas prevendo a 7
sua utilização futura na construção de modo a evitar cálculos pelo
operário na obra, deve-se evitar a repetição e colocá-las, de
preferência, fora da figura. As cotas prevalecem sobre as medidas
Pia Vaso sanitário calculadas com base no desenho.
Os desenhos técnicos devem trazer corretamente indicadas
todas as suas medidas. Qualquer medida errada ou mal indicada
dará sempre em prejuízos aborrecimentos.

Escala: é a relação entre cada medida do desenho e a


dimensão real no objeto. A impossibilidade de representar em
verdadeira grandeza objetos cujas dimensões não permitem o uso
dos tamanhos de papel recomendados pelas Normas Técnicas
requerem escalas de redução ou ampliação.
Posição geográfica: Norte
Escadaria A escolha de uma escala deve ter em vista: o tamanho do
Figuras 8,9,10,11,12,13,14 e 15:convenções gráficas objeto a representar, as dimensões do papel, a clareza do
desenho.
CURSO TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS

As escalas devem ser lidas 1:50 (um por cinqüenta), 1:10 2.3.1 SISTEMA DE REPRESENTAÇÃO
(um por dez), 1:25 (um por vinte e cinco), 10:1 (dez por um), etc. Conforme o sistema de projeções ortogonais da geometria
Em desenhos antigos pode-se encontrar, por exemplo, a escala de descritiva um objeto tridimensional é representado em planos
0,05 (cinco centésimos). Se fizermos as operações, encontraremos: horizontais ou verticais. As informações do objeto são projetadas
(rebatidas) ortogonalmente (90º) nos planos geométricos e a
0,05 = 5 / 100 = 1 / 20, ou seja, 1:20 (um por vinte) representação nos planos é feita de acordo com a técnica
notação atual convencionada do desenho arquitetônico
• Plano horizontal: planta baixa, de situação, locação e coberta
Escalas utilizadas para desenhos arquitetônicos: • Plano vertical: cortes e fachadas de um edifício
ƒ 1:1000/2000/5000 = estudos urbanos ou plantas de situação • Um objeto pode ser bem representado por uma só vista ou
ƒ 1:200 ou 1:100 = rascunhos / estudos (papel manteiga) projeção
ƒ 1:100 = anteprojeto – plantas, fachadas, cortes • Haverá casas ou objetos que somente são corretamente
perspectivas definidos mediante uma maior quantidade de vistas
ƒ 1:100 = desenhos de apresentação – plantas, fachadas,
cortes, perspectivas, projeto para Prefeitura 2.3. 2 PLANTA BAIXA: É o corte da edificação por um plano
ƒ 1:50 = execução (desenhos bem cotados) horizontal, numa altura aproximada de 1,50m acima do piso. Os
ƒ 1:10, 1:20 e 1:25 = detalhes elementos cortados pelo plano são feitos com traço grosso e no
ƒ 1:50 = projetos especiais – fundações, estrutura, restante usa-se o traço fino.
instalações, etc. 8

2.3 Etapas do projeto:


1 – ESCOLHA DO LOTE
2 – COMPRA DO LOTE
3 – CONTRATAÇÃO DO ARQUITETO
4 – ENCOMENDA DO PROJETO
5 – ESTUDO PRELIMINAR
6 – ANTEPROJETO
7 – PROJETO FINAL
8 – CREA – ART
9 – PREFEITURA
Figuras 18 e 19: Esquema para
2.3 Representação do projeto de Arquitetura: a elaboração de plantas baixas.
CURSO TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS

É a secção da edificação por um plano vertical, esse plano


vertical divide a edificação em duas partes: no sentido transversal
e no sentido longitudinal e deve mostrar o máximo possível de
detalhes construtivos. Os elementos cortados pelo plano são feitos
com traço grosso e no restante usa-se o traço fino.

Figura 20: Planta baixa.


9
2.3.3: CORTE Figura 22: Corte

2.3.4 FACHADA: É o desenho da parte externa da edificação, as


partes mais próximas do observador são desenhadas com traço
grosso. Reduz-se a espessura dos traços a medida em que eles
estão mais distantes. Costuma-se obter as vistas imaginando-se o
observador caminhando em volta do edifício.

2.3. 5 PLANTA DE SITUAÇÃO: Indica a Localização do terreno.


Deve indicar terrenos vizinhos, vias de acesso, orientação, área,
contorno e dimensões do terreno, construções projetadas,
existentes e a demolir. É toda desenhada com traço fino, e apenas
o contorno do terreno recebe destaque.

Figura 21: Esquema para a elaboração de cortes.


CURSO TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS

2.3. 6 PLANTA DE LOCAÇÃO (OU IMPLANTAÇÃO): Indica a posição


da construção dentro do terreno. Deve mostrar os muros, portões,
árvores existentes, um ponto de referência na vizinhança, a
calçada ou passeio e – se necessário – as construções vizinhas.
Serve, comumente, como ponto de partida para marcação da
construção no terreno

2.3.7 PLANTA DE COBERTA: É a vista de cima da edificação. A


cobertura de uma edificação geralmente avança além das paredes.
Quando o contorno da parede é oculto pela coberta, ele é
desenhado com linha tracejada.

Figura 23: fachada

10

Figura 25: planta de cobertura

2.3.8 PLANTA DE LOTEAMENTO: Mostra um conjunto de lotes em


uma quadra, ou até mesmo um conjunto de quadras com seus
respectivos logradouros. A planta de loteamento permite que se
conheça as características do terreno sem a necessidade de estar
da presença in loco.
Figura 24: Planta de situação.
CURSO TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS
AS

Deve apresentar as vias de acesso, o contorno do lote, as • Levantamento planimétrico: desenho da projeção
características de revelo do terreno, sua posição na quadra, os horizontal de um terreno
equipamentos importantes existentes na redondeza, a indicação • Levantamento altimétrico: desenho da variação de alturas
do norte (que permite se conhecer a direção dos ventos e da do terreno, representado por curvas de nível
insolação). De toda forma, é indispensável o reconhecimento do • Curva de nível é a representação dos pontos de mesma
terreno in loco, tanto para o projeto, como para a construção. altura em relação a um plano horizontal tomado como
referência

2.3.9 ESPECIFICAÇÕES: Indicação, no projeto, dos materiais,


acabamentos e cores da edificação – “planta falada”. A
especificação dos materiais em planta é feita utilizando-se letras,
algarismos e símbolos gráficos.

2.3.10 PERSPECTIVA:
Enquanto Plantas e
fachadas são desenhos
com duas dimensões,
a perspectiva mostra
as coisas como nós 11
vemos, com três
dimensões. Ela mostra
os objetos como eles
aparecem à nossa
vista, como um
volume, dá a visão de
conjunto do objeto,
mas não permite
tomar medidas.
Figura 26: planta de levantamento topográfico

• Topografia: representação da superfície do terreno Figura 27: perspectiva de edifício.


• Levantamento: medição dos ângulos e das distâncias, de
modo que o terreno possa ser desenhado
• Instrumentos: trena, mira, bússola, teodolito, fotografias
aéreas
CURSO TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS

Os materiais são escolhidos conforme critérios:


03 – MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO Técnicos: Formas padronizadas; dimensões; propriedades físicas,
químicas e mecânicas; resistência; durabilidade
Econômicos: Valor aquisitivo do material, custo/benefício
3.1 DEFINIÇÕES INTRODUTÓRIAS: Estéticos: Cor, textura e formas.
São todos os corpos, objetos ou substâncias que são usados em
qualquer obra de construção civil. Entre suas propriedades podem- As Normas técnicas permitem que se estabeleçam códigos para
se distinguir: entendimento entre produtores, vendedores, compradores e
especificadores. No Brasil, as normas técnicas que padronizam os
a) COMPACIDADE (%) – Volume compactado X Volume total matérias de construção são estipuladas pela ABNT e versam sobre:
(natural)
b) POROSIDADE (%) – Volume vazios X Volume total a) Normas para cálculo e) Terminologias técnicas
c) ABSORÇÃO (%) – Material seco X material saturado b) Especificação de materiais f) Simbologia técnica
d) PERMEABILIDADE – Líquidos e gases c) Ensaios g) Classificação de materiais e
e) RESISTÊNCIA AO CONGELAMENTO – Congelamento X degelo d) Dimensões e formas produtos
f) RESISTÊNCIA AO FOGO – Incombustíveis X combustíveis
g) RESISTÊNCIA AO CALOR – Refratários X fundidos 3.2 MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO:
h) RESISTÊNCIA À CORROSÂO – Ácidos, bases, sais ou gases
i) RESISTÊNCIA AO CHOQUE – Resistência ao rompimento por 12
3.2.1 AGREGADOS: são componentes sólidos que misturados a
choque água e aglomerantes formam argamassas ou concretos. Podem ser
j) RESISTÊNCIA MECÂNICA – Propriedade de não ser destruído à de origem natural (areia, argila, brita, etc) ou artificiais (isopor,
ação de cargas fibras, etc). os agregados são utilizados na composição de
k) DUREZA – Penetração chapisco, reboco, contrapiso, estruturas e calçadas.
l) RESISTÊNCIA A ABRASÃO – Desgaste
m) ELASTICIDADE 3.2.2 AGLOMERANTES: são substâncias em pó que misturadas a
n) PLASTICIDADE agregados e água produzem argamassas e concretos. Os mais
o) FRAGILIDADE – Romper sem deformações comuns são o Cimento (utilizado em reboco, chapisco, etc), a Cal
p) TRANSLUCIDOS OU TRANSPARENTES – Passagem de luz ou luz e (utilizada em mistura em argamassa) e o Gesso (reboco, forro,
imagem divisórias)

Diferentes materiais desempenham na construção as funções de: 3.2.3 ARGAMASSA: é uma mistura feita com agregados,
Vedação: Tijolos, vidros, madeira, etc aglomerantes e água, sendo utilizada para o revestimento de
Proteção: Tintas, vernizes, impermeabilizantes, etc pisos, tetos e paredes, assentamento de tijolos, blocos, azulejos,
Estrutural: Madeira, aço, concreto, alvenaria, etc ladrilhos, reparo em obras, etc.
CURSO TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS
AS

Figura 30: ferragens para a Figura 31: obra em Concreto


Figura 28: Cimento, um tipo de Figura 29: homem trabalha na aplicação do concreto armado. protendido.
aglomente aplicação de argamassa. 13
Concreto simples + Armadura tensionada de Aço. O concreto
3.2.4 CONCRETO: são compostos por cimento, areia, brita e água, protendido é geralmente utilizado na construção de pontes.
além de outros materiais, como os aditivos. Sua cura demora em 3.2.5 MADEIRAS: podem ser classificadas quanto a sua dureza em
média 21 dias, mas a adição de aditivos pode diminuir esse tempo duras ou de lei (em geral provenientes de árvores de cerne escuro)
até um mínimo de 14 dias. Os concretos são uma mistura de ou em moles ou brancas (em geral provenientes de árvores de
Argamassa + Agregado graúdo (geralmente brita). Sua QUALIDADE cerne claro). São utilizadas de diversas formas na construção civil,
Varia em função das impurezas dos agregados, quantidade de desde usos menos nobres como em formas para concreto,
água, entre outros aspectos de mais minuciosa determinação. Em escoramento, andaimes (pinho-do-paraná), em madeiramento para
geral, quanto mais poroso o concreto, menor a sua resistência. A coberturas (ipê, maçaranduba) até aplicaçoes mais nobres em
aparência do concreto é determinada pela textura da forma pavimentações (peróba, jatobá, sucupira, ipê) e esquadrias (pau-
utilizada não processo de concretagem. cetim, sucupira, ipê, jatobá).
Os principais cuidados que devem ser tomados na preparação
do concreto são nos momentos de Mistura, Lançamento, 3.2.6 METAIS: são empregados sob diversas formas, desde
Transporte, e rega da massa. Existem dois tipos de concreto, o componentes estruturais, seja em estruturas metálicas ou em
ARMADO que é resultante da combinação de Concreto simples + combinação com concretos, ou ainda em acabamentos como os
Aço, e o concreto PROTENDIDO que resulta da combinação de metais de banho.
CURSO TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS

Conforme o acabamento de sua superfície os vidros podem ser


classificados em: Liso; Polido; Impresso; Fosco; Espelhado;
Gravado; Esmaltado; Termo-refletor.

3.2.8 TINTAS E VERNIZES: são revestimentos constituídos de


pigmentos e veículos. Podem ser diluídos em água (Cal,
cimento, polímeros, látex) ou em solventes (Óleos, resinas,
betuminosas). Conforme seus veículos os tipos mais comuns de
tintas são: Cal; Têmpera (Cal + Texturas); Cimento Emulsões
betuminosas; Emulsões polimeras (látex – PVA - acetato de
polivinila); Óleo; Epóxi; Laca; Pátinas.

3.3 PARTES DAS CONSTRUÇÕES:


Figura 32: armadura de metal Figura 33: metais de banho. 3.3.1 COBERTURA: é a parte superior da edificação que a
para construção de vigas. protege contra intempéries. Quando são do tipo telhado
recorrem vedação por meio de telhas cerâmicas, de
3.2.7 PEDRAS: utilizadas desde as fundações (como a pedra fibrocimento; metálicas; ou de Fibras como a piaçava.
marroada), em revestimentos e na confecção de pias, bancadas e
divisórias. Existem pedras naturais como Granito, Mármore, Pedra 14
3.3.2 ALVENARIA: Conjunto de tijolos e outros materiais de
São Tomé entre outras, ou ainda as pedras artificiais como o construção ligados por argamassa. Os tijolos mais comuns são os
concreto polido ou granilite. Dada a sua beleza, as pedras maciços, de 06/08 furos, bloco de cimento e os de solo-
recebem diversos usos decorativos sendo empregadas na cimento. As alvenarias por definição são utilizadas como
composição de bancadas, pisos, ou aplicadas em paredes. vedações e exceto nos casos de alvenaria estrutural, podem ser
removidas ser prejuízos à estrutura dos edifícios.
3.2.8 VIDRO: é um produto monolítico, plano, transparente ou
translúcido, resultante da fusão da sílica, rochas fundentes e por 3.3.3 FORROS E DIVISÓRIAS: os forros são os elementos que
fundentes industriais. Existem vidros: definem o pé direito de um ambiente (menor altura entre o
a) Segurança temperado: Fabricado por choque térmico e não forro e o piso) e podem ser de Madeira, Concreto armado,
aceita corte Argamassa (estuque), PVC, Metal, Gesso, Fibras, vidros,
b) Segurança laminado: Lâminas coladas por películas plásticas Policarbonato, entre outros materiais.
c) Segurança armado: Tela metálica, usado em caixa de escada
d) Termo-absorvente
e) Composto: mistura dois tipos
CURSO TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS

Figura 35: composição em piso de granitos e mármores.

3.3.5 PISOS: como são a forração do solo, base de todos os


Figura 34: Alvenaria de blocos de tijolos de cimento. ambientes. Um ambiente pode até não ter cobertura ou demais
vedações mas não poderá existir sem um piso. Existem pisos 15
3.3.4 ESQUADRIAS: são as vedações de um como as portas tas ou internos e externos, e suas propriedades gerais dizem respeito a:
janelas. As portas e janelas são estudadas quanto ao sentido de
abertura, a quantidade de folhas, presença ou não de vidros a) Resistência ao desgaste e ao tráfego
bandeirolas. Entre os seus diversos componentes da Portas estão: b) Atrito necessário
a) Batente: marco c) Higiene/ Facilidade de conservação
b) Folha: lisa, almofada, calha, veneziana d) Inalterabilidade
c) Alisar: guarnição e) Economia
d) Ferragens: dobradiça, fechadura f) Decoratividade

Entre os componentes das janelas tem-se: No que concerne às cerâmicas e porcelanatos especificamente, sua
) Caixilho (quando houver vidros) ) Ferragens resistência é dada por um coeficiente denominado PEI que varia de
) Batente Capiaço (elemento de 01 para as placas mais frágeis e 05 para as mais duras. A sigla PEI
Guarnição alvenaria) origina-se do laboratório que desenvolveu este método de ensaio (
) Folhas ) Peitoril Porcelain Enamel Institute), e indica um índice de resistência ao
) Pingadeira desgaste superficial em placas cerâmicas esmaltadas para
CURSO TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS

revestimento (expostas a uma carga abrasiva a um determinado a) Colocação e teste das instalações hidrossanitárias
número de giros). b) Superfícies limpas e úmidas
c) Superfícies desempenadas, prumadas, alinhadas e niveladas
A análise da superfície das placas cerâmicas, é efetuada a olho nu,
sob iluminação adequada, para detectar defeitos que São revestimentos argamassados:
comprometam a estética do produto, tais como bolhas, pintas,
furos, saliências, lascamentos, erros na decoração, etc, sendo os a) chapisco (cimento + areia grossa)
produtos classificados como: b) emboço (cimento + areia média + barro)
c) reboco (cimento + areia fina + barro)
a) Extra (A) - Defeitos visíveis até 1m de distância; d) barra lisa de cimento (areia + cal e cimento)
b) Comercial (C) - Defeitos visíveis de 1m a 3m de distância; e) estuque
c) Refugo (D) - Defeitos visíveis acima de 3m de distância f) granilite / marmorite (juntas de pvc)
d) Por norma, o consumidor deve receber 95% das placas g) revestimentos texturizados
dentro do padrão de qualidade pelo qual pagou. h) massa corrida (pva)
i) gesso
Para ser assentado, um piso requer uma base firme e quase
sempre plana (exceto para pisos de resina auto-nivelantes como o
resinfloor ou os pisos epóxi). Pedras, cerâmicas e ladrilhos são
geralmente colados com uma argamassa rica em aglomerantes 16
sobre uma base de concreto (contra-piso ou piso morto). Dentre
diferente tipos de pisos são citáveis:

a) Madeiras: Assoalhos/tacos
b) Cerâmicos: PEI (1 > 5)
c) Ladrilhos hidráulicos
d) Pedras: naturais ou artificiais
e) Sintéticos: Resinas, vinílicos, fenólicos
f) Vidros
g) Fibras

3.3.6: REVESTIMENTOS: assim chamados referem-se aos matérias


de construção aplicados sobre as paredes. Podem ser
argamassados ou não. Antes da aplicação de um revestimento são
necessárias algumas precauções:
Figura 36:exemplos de pisos, forros e revestimentos.
CURSO TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS

04 – SISTEMAS ESTRUTURAIS

17
Figura 37: exemplos de pisos e revestimentos.

São revestimentos não argamassados:


Figura 38: sistema estrutural de um edifício.
a) azulejos e) plásticos (vinílicos, laminados
b) pastilhas melamínicos) Grosso modo, as edificações são formadas por vedações (paredes,
c) pedras naturais f) papel esquadrias, forros e coberturas), que separam os ambientes uns
d) madeira g) tecidos dos outros assim como do meio externo, e por estruturas, que são
h) cortiça o conjunto de elementos destinados a receber as cargas em uma
i) metálicos edificação e transmitir as mesmas ao solo.

A estruturação de um edifício compreende a escolha ideal que


receberá as ações externas atuantes na edificação. Seus principais
elementos constituintes são Lajes / Vigas / Pilares / Fundações.
Na escolha do sistema estrutural ideal devem ser considerados os
seguintes aspectos:
CURSO TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS

a) Segurança estrutural resistir aos esforços de tração, enquanto que o concreto em si


b) Economia na construção resiste à compressão. Esse material é uma mistura homogênea de:
c) Estética
a) agregados graúdos: pedras britadas, seixos rolados, etc.
A concepção estrutural é função direta da arquitetura. Para a b) agregados miúdos: areia, pedregulhos.
escolha do sistema estrutural podemos seguir algumas sugestões: c) aglomerantes: cimento ou cal.
d) água
a) Escolher e arranjar de maneira eficiente os elementos; e) aditivos: corantes,aceleradores,fibras, etc.
b) Adotar, sempre que possível, as mesmas seções para cada
elemento estrutural; 4.2: LAJES: Elementos planos caracterizados por apresentar duas
c) Compatibilizar o sistema estrutural com outros projetos: de suas dimensões muito maiores que sua outra dimensão.
elétricos, hidrossanitário, incêndio, etc. Recebem as cargas verticais provenientes de paredes, pessoas e
objetos, e transmitir essas cargas aos seus apoios (vigas e
Deve-se procurar uniformizar as alturas de vigas e lajes em um paredes). Confira os exemplos e imagens abaixo.
mesmo pavimento, portanto:
4.2.1: LAJE MACIÇA: Fabricadas totalmente em concreto armado.
PILARES: Sempre que possível, devem estar nas paredes, suas Podem conter paredes apoiadas diretamente sobre elas. Por ser
posições devem ser comparadas com as que ocupam em outros fabricada totalmente em concreto apresenta um peso bastante
pavimentos. Recomenda-se que fiquem a uma distância entre 3,5 elevado, sendo também um alto consumidor de fôrmas. Vão 18
e 6m máximo: 3,5 a 6m.

4.2.2: LAJE PRÉ-MOLDADA (tipo volterrana): Apresentam blocos


VIGAS: Quando possível, sua largura segue a largura da alvenaria
(em geral cerâmicos) entre nervuras pré-moldadas. Em geral, não
Recomenda-se que o vão economicamente melhor situa-se entre
devem conter paredes sobre elas. O bloco cerâmico não tem função
3,5 e 6m
estrutural e pode ser substituído por blocos de isopor. Vão Max.: 4m.
LAJES: Após a definição das vigas, os contornos das lajes ficam 4.2.3: LAJE TRELIÇADA: composta por nervura contendo uma
automaticamente definidos armação em forma de treliça. Entre as nervuras treliçadas é
colocado um material sem função estrutural (EPS). Vão máximo:
4.1: CONCRETO ARMADO: é um material da construção civil que 3,5 a 8m.
se tornou um dos mais importantes elementos da arquitetura do
século XX, sendo usado maciçamente nas estruturas dos edifícios. 4.2.4: LAJE COLMÉIA: São lajes nervuradas em que não existe
Quanto a sua composição, diferencia-se do concreto simples material de enchimento entre as nervuras. Podem dispor de
devido ao fato de receber uma armadura metálica responsável por paredes sobre elas. Utilização de fôrmas plásticas. Vão máximo:
5,5 a 8m.
CURSO TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS
AS

4.2.5: LAJE COGUMELO: Laje apoiada diretamente sobre os Figura 41:


pilares. Não existem vigas entre os pilares. Podem ser fabricadas 4.2.4:Laje
com laje maciça, treliçada ou colméia. do tipo
colméia.
Figura 39:
4.2.2: laje
prémoldada
volterrana

Figura 42:
4.2.5: Laje 19
maciça do
Figura 40: tipo
4.2.3: Laje cogumelo
treliçada
CURSO TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS
AS

4.3: PILARES: Elementos lineares, verticais, caracterizados por


apresentar uma de suas dimensões, altura, muito maior que suas
outras duas dimensões. Recebem as cargas provenientes das vigas
e transmitir as mesmas as fundações.

Figura 44: construção de fundações.


20

Figura 43: vigas e pilares.

4.4: VIGAS: Elementos lineares caracterizados por apresentar uma


de suas dimensões (comprimento) muito maior que as outras duas
dimensões (largura e altura). Recebem as cargas verticais
provenientes da reação das lajes, alvenarias, outras vigas e pilares
diretamente apoiados sobre elas, transmitindo essas cargas para os
pilares. Em geral a viga apresenta em torno de 10% do vão.

4.5: FUNDAÇÕES: Elementos destinados a receber as cargas


provenientes dos pilares e transmitir as mesmas ao solo.
Figura 45: diferentes tipos de fundações.
4.6: ESTRUTURAS DE MADEIRA: madeiras de lei são provenientes
de árvores frondosas, de crescimento lento. Enquantos as madeiras
moles provêem de árvores coníferas, de crescimento rápido.
CURSO TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS

a) Liberdade no projeto de
arquitetura
b) Maior área útil
c) Flexibilidade
d) Compatibilidade com outros
materiais
e) Menor prazo de execução
f) Racionalização de materiais e
mão-de-obra
g) Alívio de carga nas fundações
h) Garantia de qualidade
i) Antecipação do ganho
j) Organização do canteiro de obras
k) Precisão construtiva
l) Reciclabilidade
m) Preservação do meio ambiente

21

Figura 47: edifício com


estrutura metálica

Figura 46: exemplo de estrutura de madeira, residência Hélio & Entre os diversos sistemas estruturais metálicos as treliças se
Olga. Arquiteto Carlos Acayaba destacam como um grupo bastante utilizado. Conforme o tipo de
carga nodal que recebe, e conforme a direção dos esforços
4.7: ESTRUTURAS METÁLICAS: se as grandes construções da atuantes, e sua organização espacial, treliças podem ser agrupadas
segunda metade do século XIX até os finais do século XX recorrem em duas categorias:
em sua maioria aos sistemas estruturais de concreto armado ou
protendido, o século XXI provavelmente será marcado pela 4.7.1: TRELIÇA PLANA: Estrutura formada por barras coplanares
utilização maciça dos sistemas de estruturas metálicas as quais, articuladas entre si e submetidas a carregamentos nodais.
entre suas diversas vantagens citam-se:
CURSO TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS

4.7.2: TRELIÇA ESPACIAL: Estrutura formada por barras não


coplanares articuladas entre si e submetidas a carregamentos 05 – LEGISLAÇÕES URBANÍSTICAS
nodais
Toda edificação está sujeita à leis municipais, estaduais e
federais. Elas têm por objetivo a regulamentação da ocupação do
terreno, das condições construtivas e espaciais, áreas mínimas dos
cômodos, entre outros. Por ser um elemento condicionante e
restritivo, é necessária a avaliação do grau de influência que a
legislação pode exercer no projeto arquitetônico.
É importante conhecer a natureza do projeto para a sua
devida liberação junto aos órgãos competentes. O projeto pode ser
enquadrado em duas categorias: residencial e institucional. O
projeto de natureza residencial pode ser do tipo unifamiliar ou
multifamiliar. O projeto institucional pode abranger comércio,
serviços, indústrias e governamental.
Figura 48: treliça plana. Figura 49: treliça espacial. Os órgãos em que o projeto de arquitetura dará entrada, no
caso da cidade de Natal, são o Conselho regional de Engenharia
Agronomia e Arquitetura (CREA-RN), o Instituto de
Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente (IDEMA), o Corpo de 22
Bombeiros do RN e a Secretaria de Transporte e Trânsito Urbano
(STTU). Após aprovado nessas instâncias, o projeto será
encaminhado para a Secretaria Municipal de Urbanismo (SEMURB).
Em projetos para residências unifamiliares só é necessário
comparecer ao CREA e a SEMURB, nos demais casos, em projetos
multifamiliares e institucionais, além desses órgãos, possa ser
possível comparecer a outras repartições específicas como na
Gerência Regional do Patrimônio da União (GRPU/RN) em lotes
que estejam próximos da linha de preamar, etc. Convém ressaltar
que, assim como cada terreno pede um projeto específico,
também está sujeito a legislações específicas.
Devido à presença do aeroporto da cidade, projetos para
lotes em Parnamirim, além de seguirem a legislação local aplicada
pela Secretaria Municipal de Urbanismo (SEMUR) devem obedecer
ainda a legislação federal da Agencia Nacional de Aviação Civil
(ANAC).
CURSO TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS

Nas páginas a seguir veremos extratos do Plano Diretor e do (...)


Código de Obras de Natal, legislações urbanísticas que interferem viii. área permeável - área do lote onde é possível infiltrar no solo
diretamente no dia a dia daqueles que trabalham com projeto, as águas pluviais, limitada em, no mínimo, 20% (vinte por
planejamento, venda e compra de imóveis. cento) do terreno.
ix. área útil - a área interna total dos compartimentos com
5.1: ESTATUTO DAS CIDADES: É um a lei que trata da Política exceção das ocupadas pelas paredes.
Urbana Federal, baseada nos artigos 182 e 183 da Constituição (...)
Federal, que estabelece normas de ordem pública e interesse xii. coeficiente de aproveitamento - o índice que se obtém
social que regulam o uso da propriedade urbana em prol do bem dividindo-se a área construída pela área do lote.
coletivo, da segurança e do bem-estar dos cidadãos, bem como do xiii. coeficiente de aproveitamento básico - é o coeficiente de
equilíbrio ambiental. aproveitamento do solo para todos os terrenos estabelecidos
no território do Município.
5.2: PLANO DIRETOR DE NATAL: (Lei Complementar nº 082 de 21 xiv. coeficiente de aproveitamento máximo - é o coeficiente
de junho de 2007) objetiva o pleno desenvolvimento das funções máximo de aproveitamento do solo, permitido nas zonas
sociais, e ambientais da cidade e da propriedade, garantindo um adensáveis.
uso socialmente justo, ecologicamente equilibrado do seu (...)
território, de forma a assegurar a todos os seus habitantes, xxi. xxi. gabarito - distância vertical medida entre o meio-fio e um
condições de qualidade de vida, bem-estar e segurança. (Art. 2º). plano horizontal tangente à parte superior do último
elemento construtivo da edificação. 23
O plano diretor de Natal é redigido pela SEMURB, e em seu (...)
artigo 6º traz algumas definições as quais devemos especial xxvi. loteamento clandestino - parcelamento do solo não aprovado
atenção: pelo Município e não registrado em cartório.
xxvii. loteamento irregular - parcelamento do solo aprovado pelo
i. adensamento - a intensificação do uso do solo. Município, não registrado em cartório e/ou não executado
ii. arborização urbana - é o conjunto da vegetação de porte conforme projeto licenciado.
arbóreo que reveste a cidade, quer em áreas públicas, quer xxviii. lote padrão - o menor lote admitido para parcelamento, com
em áreas particulares. exceção daqueles passíveis de intervenções em Áreas Especiais
iii. área construída - a soma das áreas de todos os pavimentos de de Interesse Social.
uma edificação. xxix. lotes ou glebas sub-utilizados - áreas públicas ou particulares,
iv. área não computável – área construída não considerada para com edificação abandonada, ociosas ou utilizadas por alguma
efeito de cálculo do coeficiente de aproveitamento, tais forma de ocupação transitória ou móvel ou ainda, cujo
como, pergolados, beirais, caramanchões, guaritas, garagens, coeficiente de aproveitamento seja inferior a 0,1 (zero vírgula
depósitos de lixo, depósitos de gás; casas de máquinas e sub- um) e que não atendam às funções sócio-ambientais da
estações. propriedade expressas nesta Lei.
CURSO TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS

(...)
xxxvi. recuo - a menor distância entre a divisa do terreno e o limite
externo da projeção horizontal da construção, em cada um
dos seus pavimentos, não sendo considerada a projeção de
beirais e marquises, denominando-se recuo frontal quando se
referir aos limites com logradouros ou vias públicas e recuos
de fundos e laterais, quando se referir às divisas com outros
lotes.
(...)
xl. taxa de impermeabilização - o índice que se obtém dividindo-
se a área que não permite a infiltração de água pluvial pela
área total do lote.
xli. taxa de ocupação - o índice que se obtém dividindo-se a área
correspondente à projeção horizontal da construção pela área
total do lote ou gleba, não sendo considerada a projeção de
beirais e marquises.

5.2.1: TÍTULO II – DO USO E OCUPAÇÃO DO SOLO (PDN.p.9)


24
Capítulo I – Do Macrozoneamento. Art. 7º - Considera-se Zona
Urbana todo o território do Município de Natal. Art. 8º - O
Macrozoneamento, constante no Mapa 1 do Anexo II, parte
integrante desta Lei, divide a totalidade do território do Município
em três zonas.

I - Zona de Adensamento Básico; ZAB


II - Zona Adensável; ZA
III - Zona de Proteção Ambiental. ZPA
Na figura a seguir temos em verde a ZPA, Em laranja a ZA, e nas
demais a Zona de Adensamento Básico.

Figura 50: Macrozoneamento da Cidade do Natal. Fonte: Plano


Diretor de Natal.
CURSO TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS

Art. 9º - Zona de Adensamento Básico é aquela onde se aplica, Art. 15 - Nas Zonas Adensáveis o Poder Executivo outorgará de
estritamente, o coeficiente de aproveitamento básico. Art. 10º - O forma onerosa ou através de transferência de potencial
coeficiente de aproveitamento básico para todos os usos nos construtivo, autorização para construir área superior àquela
terrenos contidos na Zona Urbana é de 1,2 (um vírgula dois). permitida pelo coeficiente de aproveitamento básico, estabelecido
no artigo 10 desta Lei, até os limites definidos nos parâmetros
§1º - Para o cálculo do coeficiente de aproveitamento será máximos constantes nos Mapas 1 do Anexo II e Quadro 1 do Anexo
subtraído da área de construção, o total da área não computável I, para cada bairro. Conforme o Quadro 1 temos:
da edificação.
Quadro 01: Coeficientes máximos de aproveitamento
§2º - No caso de edifícios garagens serão subtraídos do cálculo do Barro Vermelho Praia Do Meio
coeficiente 25% (vinte e cinco por cento) da área total do Alecrim 2,5
3,5 2,5
empreendimento. ZONA
Cidade Alta 3,0 Tirol 3,5 Ribeira 3,0
LESTE
Petrópolis 3,5 Rocas 2,5 Lagoa Seca 3,5
Art. 11 - Zona Adensável é aquela onde as condições do meio
físico, a disponibilidade de infra-estrutura e a necessidade de Areia Preta 2,5 Santos Reis 2,5 (Excluída Zpa7)
diversificação de uso, possibilitem um adensamento maior do que ZONA SUL Nova Desc. 3,0 Lagoa Nova 3,0
aquele correspondente aos parâmetros básicos de coeficiente de ZONA Dix-Sept Rosado Nordeste 2,5 Quintas 2,5
aproveitamento. OESTE 2,5 (Excluída Zpa8) (Excluída Zpa8) 25
Fonte: elaboração do autor com base no Plano Diretor de Natal
§1º - A Zona Adensável está definida conforme Mapa 1 do Anexo II
e Quadro 1 do Anexo I, parte integrante desta Lei.
5.2.2: APLICAÇÃO PRÁTICA DO COEF. DE APROVEITAMENTO:
§2º - A cada dois anos o perímetro das zonas adensáveis e seus
A aplicação do coeficiente de aproveitamento máximo é permitida
respectivos parâmetros de aproveitamento construtivo devem ser
através da utilização dos instrumentos de outorga onerosa ou
avaliados e revisados, observando-se os objetivos e diretrizes
transferência de potencial construtivo. Vamos avançar um pouco:
estabelecidos nesta Lei.
Art. 64 - O valor em reais da Outorga Onerosa será obtido através
Art. 12 - Para os fins de aplicação do art. 11, considera-se infra-
da seguinte expressão:
estrutura urbana:
Vo = (AT – AP) x CUB x K, onde:
Vo = Valor da Outorga
I - sistema de abastecimento de água e esgotamento sanitário;
AT = Área Total construída subtraindo a área não computável;
II - sistema de drenagem de águas pluviais;
AP = Área do terreno multiplicado pelo Coeficiente de
III - sistema de energia elétrica;
aproveitamento básico;
IV - sistema viário.
CUB = Custo Unitário Básico (Construção Civil/RN);
K = índice de correção (conforme tabela abaixo)
CURSO TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS
AS

1º ano (a partir da 2º ano A partir do 3º ano 28 x 2= 56 aptos.


vigência da Lei)
ÁREA PRIVATIVA DO APTO = 5.600m² / 56 aptos = 100m²/apto
2% 3% 4%
(dois por cento) (três por cento) (quatro por cento)
3. Cálculo para obtenção da outorga onerosa:
Fonte: Plano Diretor de Natal
Vo = (AT – AP) x CUB x k
Como exemplo, vamos trabalhar com cálculo de aproveitamento Vo = ? | AT= 7.000m² | AP=2.000 x 1,2 = 2.400m²
para o terreno abaixo. CUB = 600,00r$ (estipulado) | K=3%

1. Dados: Substituindo os dados na equação:


ÁREA DO TERRENO:
2.000m² Vo = (7.000 – 2.400) x 600 x 0,03
LOCALIZAÇÃO: Av. Vo = (4.600) x 18
Alexandrino de Vo = 82.800R$
Alencar, Tirol.
COEF. APROV.: 3,5
ALTURA: 90m ou Conclusão: O valor da pago à Semurb para utilizar o coeficiente
(90/3) 30 pavimentos. de 3,5 no exemplo citado acima, é de 82.800 reais. Este dinheiro 26
arrecadado vai para o Fundo de Urbanização (FURB) e é revertido
2. Cálculo para estimar o potencial construtivo do terreno: para melhorias na infra-estrutura da cidade, desapropriações, etc.
ÁREA COMPUTÁVEL: 2.000m² x 3,5 = 7.000m²
Desses 7.000m2 temos: 5.2.3: DO MACROZONEAMENTO
ÁREA COMUM 20%: 7.000 x 20% = 1.400m² (...)
ÁREA PRIVATIVA 80%: 7.000 x 80% = 5.600m²
Art. 18 - A Zona de Proteção Ambiental está dividida na forma que
Para o cálculo do número de apartamentos, aproveitamos 28 segue, e representada no Mapa 2 do Anexo II e imagens do Anexo
pavimentos, porque o primeiro pav. é destinado a recepção salão III:
de festas e o ultimo para caixa d’água e de mais estruturas; então
se colocarmos 2 aptos/pavimentos teremos:
CURSO TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS

a) ZPA 1 - campo dunar dos bairros de Pitimbu, Candelária e


Cidade Nova, regulamentada pela Lei Municipal n° 4.664, de
31 de julho de 1995;
b) ZPA 2 - Parque Estadual das Dunas de Natal e área contígua
ao parque, Avenida Engenheiro Roberto Freire e rua Dr.
Sólon de Miranda Galvão, regulamentado pela Lei Estadual nº
7.237, de 22 de novembro de 1977;
c) ZPA 3 - área entre o Rio Pitimbu e a Avenida dos Caiapós
(Cidade Satélite), regulamentada pela Lei Municipal n°
5.273, de 20 de junho de 2001;
d) ZPA 4 - campo dunar dos Bairros: Guarapes e Planalto,
regulamentada pela Lei Municipal n° 4.912, de 19 de
dezembro de 1997;
e) ZPA 5 - ecossistema de dunas fixas e lagoas do bairro de
Ponta Negra (região de Lagoinha), já regulamentada pela Lei
Municipal n° 5.665, de 21 de junho de 2004;
f) ZPA 6 - Morro do Careca e dunas fixas contínuas;
g) ZPA 7 - Forte dos Reis Magos e seu entorno;
h) ZPA 8 - ecossistema manguezal e Estuário do 27
Potengi/Jundiaí;
i) ZPA 9 - ecossistema de lagoas e dunas ao longo do Rio Doce;
j) ZPA 10 - Farol de Mãe Luíza e seu entorno – encostas dunares
adjacentes à Via Costeira, entre o Farol de Mãe Luiza e a
Avenida João XXIII.

O mapa a seguir - figura 51 - exibe em verde as ZPA’s


regulamentadas e em azul as não regulamentadas.

Figura 51: Zonas de Proteção Ambiental. Fonte: Plano Diretor de


Natal.
CURSO TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS

28

Figura 52: ZPA 06 – Morro do Careca e dunas fixas contínuas – Não Figura 53: ZPA 07 – Forte dos Reis Magos e seu entorno -Não
regulamentada. Fonte: Plano Diretor de Natal. regulamentada. Fonte: Plano Diretor de Natal.
CURSO TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS

29

Figura 54: ZPA 08a - ecossistema manguezal e Estuário do Figura 55: ZPA 08b - ecossistema manguezal e Estuário do
Potengi/Jundiaí - Não regulamentada. Fonte: P. D. Natal. Potengi/Jundiaí - Não regulamentada. Fonte: P. D. Natal.
CURSO TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS

30

Figura 57: ZPA 10 - Farol de Mãe Luíza e seu entorno – encostas


Figura 56: ZPA 09 - ecossistema de lagoas e dunas ao longo do Rio dunares adjacentes à Via Costeira, entre o Farol de Mãe Luiza e a
Doce- Não regulamentada. Fonte: P.D. Natal. Avenida João XXIII - Não regulamentada. Fonte: P.D Natal.
CURSO TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS

Art. 19 - As Zonas de Proteção Ambiental descritas no artigo Zonas Especiais de Interesse Turístico – ZET’s, instituídas por
anterior, poderão estar subdivididas, para efeito de sua utilização, legislação específica, incluindo a ZET 4 – Redinha; áreas de
em três subzonas: controle de gabarito definidas nesta Lei; áreas definidas em
regulamentações especificas das ZPA’s.
I - Subzona de Preservação, que compreende:
III - Subzona de Uso Restrito, que compreende:
a) as dunas, a vegetação fixadora de dunas, a vegetação de
mangue, os recifes e as falésias, nos termos do art. 3º do Código a) área que se encontra em processo de ocupação, para a qual o
Florestal; Município estabelece prescrições urbanísticas, no sentido de
b) as nascentes, ainda que intermitentes, os chamados “olhos orientar e minimizar as alterações no meio ambiente em
d’água”, qualquer que seja sua situação topográfica num raio consonância com o princípio do uso sustentável;
mínimo de 50 m (cinqüenta metros) a partir do leito maior; b) áreas definidas em regulamentações especificas das ZPA’s.

c) a vegetação presente nas margens dos rios e corpos d’água, §1º - As diretrizes de uso e ocupação da Zona de Proteção
numa faixa de 30m (trinta metros) a partir do nível da maior cheia Ambiental e suas respectivas subzonas são definidas em
(leito maior); regulamentação própria.
§2º - Aplicam-se aos terrenos situados na Zona de Proteção
d) a cobertura vegetal que contribua para a estabilidade das Ambiental o mecanismo de transferência de potencial construtivo,
encostas sujeitas à erosão e deslizamentos e demais áreas nos conforme disposto no Capítulo III do Título IV desta Lei. 31
termos do artigo 3º do Código Florestal; §3º - Não serão permitidas construções em áreas situadas nas
Zonas de Proteção Ambiental enquanto não houver a devida
e) as áreas que abriguem exemplares raros, ameaçados de regulamentação.
extinção ou insuficientemente conhecidos, da flora e da fauna,
bem como aquelas que sirvam como local de pouso, abrigo ou Art. 20 - Áreas Especiais são porções da Zona Urbana situadas em
reprodução de espécies; zonas adensáveis ou não, com destinação específica ou normas
próprias de uso e ocupação do solo, compreendendo:
f) as áreas definidas em regulamentações especificas das ZPA’s.
I - Áreas de Controle de Gabarito;
II - Subzona de Conservação, que compreende: II - Áreas Especiais de Interesse Social;
III - Áreas de Operação Urbana.
Zona Especial de Preservação Histórica, definida pela Lei Municipal
nº 3.942, de 17 de julho de 1990; §1º - São consideradas também como áreas especiais as áreas non
ædificandi.
CURSO TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS

§2º - O Poder Público poderá instituir novas áreas non ædificandi impeçam a visualização da paisagem, ficando nesses casos limitado
com objetivo de garantir o valor cênico-paisagístico, a preservação em 7,5m (sete metros e meio) o gabarito máximo das construções.
ambiental e ordenação urbanística de determinadas áreas, sendo §3º - Nos processos de licenciamento de empreendimentos
facultada a transferência do potencial construtivo dos imóveis previstos para as áreas de que trata o caput deste artigo, deverá
respectivos. ser apresentado relatório de impacto paisagístico por parte do
empreendedor, com base em Termo de Referência emitido pelo
Art. 21 - Áreas de Controle de Gabarito – demarcadas no Mapa 3 órgão municipal de planejamento urbano e meio ambiente.
do Anexo II 1 , parte integrante desta Lei, são aquelas que, mesmo
passíveis de adensamento, visam proteger o valor cênico- 5.2.3: DAS PRESCRIÇÕES URBANÍSTICAS ADICIONAIS:
paisagístico, assegurar condições de bem estar, garantir a
qualidade de vida e o equilíbrio climático da cidade, Art. 29 - Para garantir a ocupação do solo de forma adequada às
compreendendo: características do meio físico, bem como o equilíbrio climático da
cidade, serão observadas as seguintes normas urbanísticas
I - Orla Marítima, do Forte dos Reis Magos até o Morro do Careca, adicionais:
de acordo com as normas fixadas em leis específicas – ZET-1, ZET-
2 e ZET-3; I - taxa de ocupação;
II - Entorno do Parque das Dunas, conforme delimitação II - taxa de impermeabilização;
estabelecida no Quadro 2 e Mapa, do Anexo I, partes integrantes III - recuos;
desta Lei; IV - gabarito. 32
III - Área definida pelo perímetro estabelecido na margem
esquerda do Rio Potengi, incluindo a Redinha – ZET- 4. §1º - As demais normas específicas para as construções estão
IV - Zonas de Proteção Ambientais – ZPA’s, conforme as normas definidas no Código de Obras e Edificações do Município.
fixadas em leis específicas. §2º - O gabarito máximo de altura permitido para toda a cidade
será de 65m (sessenta e cinco metros), exceto para as zonas
§1º - Fica limitado a 7,5m (sete metros e meio) o gabarito máximo adensáveis onde poderá ser permitido até 90m (noventa metros).
para as áreas constantes nos incisos III deste artigo até sua §3º - As Áreas Especiais de Controle de Gabarito deverão atender à
regulamentação. legislação específica.
§2º - Os empreendimentos propostos para as áreas situadas na
ZET-2 não poderão possuir gabarito máximo que ultrapasse o nível Art. 30 - A Taxa de Ocupação máxima permitida para todos os
da Avenida Dinarte Mariz; ressalvadas as áreas em que a terrenos do Município, ressalvadas as regulamentações especiais
localização e as características topográficas do terreno já são:

1
Dada a inviabilidade de inserir esse mapa na apostila, consultá-lo I – subsolo, térreo e 2º pavimento – 80% (oitenta por cento);
diretamente no Plano Diretor disponível no site da Semurb – Prefeitura do
Natal.
CURSO TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS

II - acima do 2º pavimento, a taxa de ocupação será em função da obra, além da determinação para reversão à situação anterior;
área resultante da aplicação dos recuos previstos no Quadro 3 do sendo atendidas as normas processuais administrativas
Anexo I desta Lei. estabelecidas na legislação.

§1º - São consideradas construções no subsolo, aquelas cujo Parágrafo único - As águas pluviais que incidem em cada lote
pavimento inferior aflore até 1,25m (um vírgula vinte e cinco deverão ser infiltradas no próprio lote, através de infiltração
metros) em relação ao nível médio do meio–fio, na testada natural ou forçada, admitindo-se dispositivo extravasor para o
correspondente do lote. escoamento de precipitações atípicas, nos termos das licenças
expedidas pelo órgão municipal de planejamento urbano e meio
§2º - Nos terrenos em aclive ou declive com mais de uma testada ambiente.
voltada para logradouros públicos serão considerados construção
no subsolo aquelas que não ultrapassarem 2,50m (dois vírgula Art. 32 - Os recuos estabelecidos para todos os terrenos do
cinqüenta metros) em qualquer ponto do terreno em relação ao Município são os constantes do Quadro 3 do Anexo I desta Lei.
meio-fio da testada correspondente.
§1º - Nos recuos frontais serão admitidos:
§3º - Não serão computados, para efeito de ocupação, pergolados,
beirais, marquises e caramanchões. I - qualquer tipo de construção em subsolo nos termos
estabelecidos no §1º e §2º do art. 30 desta Lei, desde que seja
§4º - A taxa de ocupação de que trata o inciso I deste artigo atendido o recuo mínimo de 3,00m (três metros); 33
poderá ser ultrapassada quando a área do terreno for inferior ao II - marquise, toldos, beirais de coberturas e similares;
lote padrão estabelecido nesta Lei, desde que resultante de III - guaritas, portarias, depósitos, gás e lixo, subestação, desde
parcelamento efetuado há pelo menos 10 (dez) anos, comprovado que a somatória das áreas não ultrapasse 20% (vinte por cento) da
através do cadastro imobiliário ou restituição aerofotogramétrica área do recuo, observando-se, ainda, o limite máximo de 50,00m2
oficial do Município. (cinqüenta metros quadrados).

§5º - No cômputo do percentual da taxa de ocupação de que trata §2º - Sobre os recuos laterais e de fundos serão admitidas
este artigo à instalação de guaritas, portarias, depósitos de lixo e saliências, de 1,35m (um vírgula trinta e cinco metros) desde que
de gás deverá observar o que estabelece o inciso III do §1° do sejam destinadas, exclusivamente, à circulação vertical e sua
artigo 32 desta Lei. distância em relação às divisas do lote não seja inferior a 1,50 m
(um vírgula cinqüenta metros).
Art. 31 - A Taxa de Impermeabilização máxima permitida no
Município será de 80% (oitenta por cento) do lote e seu §3º - Quando o lote for esconso e a fachada e a divisa do lote não
descumprimento constituirá infração ambiental de natureza grave, forem paralelas será admitida à adoção do recuo médio como se
sujeitando o infrator à penalidade de multa e à demolição da segue:
CURSO TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS

ANEXO I – QUADRO 3 – RECÚOS:

34

I - o recúo frontal mínimo será aplicado no ponto médio da §4º - Quando se tratar, exclusivamente, de circulação vertical, as
fachada, desde que a menor distância, entre o alinhamento edificações poderão conjugar o segundo pavimento (primeiro
referente a este recuo e o ponto mais próximo da fachada não seja pavimento elevado) nas zonas não adensáveis e o terceiro
inferior a 2/3 (dois terços) do recuo previsto no Quadro 3 do Anexo pavimento (segundo pavimento elevado) nas zonas adensáveis.
I desta Lei. §5º - Nos empreendimentos constituídos por mais de uma
II - os recuos laterais e de fundos exigidos por Lei poderão ser edificação o afastamento entre os mesmos será, no mínimo, igual
aplicados no ponto médio da fachada correspondente, desde que a à soma dos afastamentos exigidos nas fachadas correspondentes.
menor distância, entre este e a divisa do lote, não seja inferior a
1,50 + h/20.
CURSO TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS

5.4: CÓDIGO DE OBRAS


5.4.3: DOS AGENTES E PROFISSIONAIS HABILITADOS
O Código de Obras (Lei Complementar Nº055/2004) fiscaliza a
execução do projeto, desde os profissionais responsáveis até a Art. 4 - Toda obra e/ou serviço de engenharia tem um ou mais
vistoria de liberação da edificação, denominada “habite-se”. responsáveis técnicos sendo todos eles, técnica, administrativa e
civilmente responsáveis solidários pelo mesmo e obedece a projeto
Art. 1 - Toda e qualquer obra de construção, ampliação, reforma elaborado por profissional legalmente habilitado.
ou demolição depende de prévio licenciamento por parte do
Município, sendo disciplinada por este Código, sua regulamentação Art. 5 - A autoria dos projetos pode ser assumida por um ou mais
e observadas as disposições do Plano Diretor de Natal, da Lei profissionais habilitados, sendo todos eles, técnica, administrativa
Federal nº 10.257, de 10 de julho de 2001, dos artigos 182 e 183 e civilmente responsáveis solidários pelo projeto.
da Constituição da República, da Lei Orgânica do Município do
Natal, do Código do Meio Ambiente, Lei Municipal nº 4.100, de 24 Art. 6 - São considerados legalmente habilitados como
de junho de 1992, e das demais normas ambientais e urbanísticas responsáveis técnicos por projetos, obras e/ou serviços, os
atinentes à matéria. profissionais que satisfaçam as exigências da legislação vigente,
inscritos no CREA/RN e no órgão competente da Administração
5.4.2: Conceitos importantes: Municipal.

V – Alvará, o documento expedido pelo Município destinado ao Art. 7 - Podem ser objeto de consulta prévia, projetos ou 35
licenciamento da execução de obras e serviços; edificação já terrenos, sempre que o interessado, não tendo segurança das
existente; exigências legais para o caso concreto, deseje orientação do corpo
VII – Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), o documento técnico do órgão municipal de licenciamento e controle acerca dos
que comprova o registro da obra perante o Conselho Regional de requisitos legais para execução do empreendimento.
Engenharia, Arquitetura e Agronomia - CREA;
XV– Certidão de Características, o documento expedido pelo § 1 - A consulta prévia tem prazo de validade, improrrogável, de
Município na conclusão da construção de uma obra licenciada, com um (1) ano.
as características do terreno e da edificação, para fins de § 2 - A alteração na legislação não assegura direito àquele que
averbação no ofício de registro de imóveis; detém consulta prévia, salvo se, ao tempo da lei nova, já tiver
XVII – consulta prévia, a análise técnica preliminar do projeto sido protocolado o pedido de licença correspondente de projeto
arquitetônico, executada, mediante solicitação do interessado, definitivo sujeito a aprovação.
pelo órgão municipal de licenciamento e controle, expedida em
fase anterior à aprovação do projeto; Art. 8 - Os responsáveis técnicos pela obra e/ou serviço
XXIX – Habite-se, o documento expedido pelo Município atestando respondem pela sua fiel execução, conforme projeto aprovado
que o imóvel encontrase em condições de habitabilidade. pelo órgão municipal de licenciamento e controle.
CURSO TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS

diferentes, de apresentação de projetos, para efeito de análise,


Parágrafo único - Deve ser mantida na obra uma cópia do Alvará assim discriminados:
de construção e do projeto aprovado, em local de fácil acesso.
I – Rito da Categoria 1, destinado à análise de projetos de imóvel
Art. 9 - No caso de substituição ou transferência da de uso residencial unifamiliar térreo, sem laje de cobertura, com
responsabilidade técnica da obra e/ou serviço, deve a substituição área construída de até 50,00 m2;
ou transferência ser registrada no órgão municipal competente
referido no artigo 6º, mediante a apresentação da Anotação de II – Rito da Categoria 2, destinado à análise de projetos de imóvel
Responsabilidade Técnica – ART, de uso residencial unifamiliar, com área construída de até 200,00
do novo profissional. m2;
§ 1 - O profissional substituído não se exime de suas
responsabilidades se, ao tempo do evento ou fato irregular, não III – Rito da Categoria 3, destinado à análise de projetos de imóvel
tiver sido comprovada a sua substituição, na forma deste artigo. de uso residencial unifamiliar, com área construída acima de
§ 2 - A responsabilidade profissional é apurada conforme as datas e 200,00 m2;
documentos juntados ao processo.
IV – Rito da Categoria 4, destinado à análise de projetos de imóvel
Art. 10 - Os construtores, proprietários e responsáveis técnicos de uso considerado impactante, imóvel de uso residencial
pela execução da obra e/ou serviço respondem solidariamente multifamiliar ou de imóvel situado em áreas especiais ou sujeito a
pela: legislação especial. 36
I – preservação da integridade dos operários, das propriedades
vizinhas e do público durante a execução das mesmas; Art. 14 - Os projetos submetidos à análise que se enquadram no
II – comunicação ao órgão municipal de licenciamento e controle Rito da Categoria 1 podem ser apresentados de forma simplificada,
sobre qualquer paralisação da obra que ultrapasse sessenta (60) sendo, no entanto, essencial que deles constem, no mínimo:
dias; I – a planta de situação e locação, em papel formato A4;
III – adoção de medidas de segurança para resguardar a integridade II – o memorial descritivo simplificado do projeto, com a
das redes de infraestrutura urbana e das propriedades públicas ou declaração do responsável técnico de que o mesmo atende às
privadas; exigências deste Código e das demais normas da legislação em
IV – instalação adequada do canteiro de obras. vigor.

5.4.4: DOS PROJETOS 5.4.5: DO LICENCIAMENTO:

Art. 13 - As obras a serem licenciadas pelo órgão municipal de Art. 21 - Toda e qualquer obra e/ou serviço só pode ser iniciado
licenciamento e controle observam quatro (4) procedimentos após obter licenciamento pelo Município, através da expedição do
CURSO TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS

respectivo Alvará de construção, de ampliação, de reforma ou de Parágrafo único - No caso do terreno localizar-se em logradouros
demolição e, quando for o caso, da Licença Ambiental que não disponham de meios-fios, o início da obra de construção
depende da definição do alinhamento e do nivelamento do
Art. 25 - Não é exigido o licenciamento quando se tratar das obras terreno.
ou dos reparos gerais abaixo descritos:
Art. 28 - Iniciada a obra, a validade do Alvará dos imóveis
I – pinturas externas e internas; enquadrados nas categorias 3 e 4 fica condicionada ao
II – passeios, pisos, muros de alinhamento e gradis; cumprimento do cronograma físico apresentado, ou de uma
III – revestimentos de fachadas que não impliquem em declaração do proprietário com a previsão de prazo para o término
modificações nas suas características originais nem acréscimo de da obra.
sua área construída;
IV – recuperação de tetos, telhados que não implique na execução 5.4.7: DA EXPEDIÇÃO DE LICENÇA AMBIENTAL
de lajes, nem em modificações na área construída.
Art. 32 - São passíveis de Licença Ambiental todos as atividades
Parágrafo único - A inexigibilidade do licenciamento, a que se utilizadoras de recursos ambientais consideradas efetiva ou
refere o caput deste artigo, não implica na dispensa do potencialmente poluidoras, conforme definido na legislação
atendimento das normas de segurança exigida por esta Lei e pelas ambiental vigente, bem como os empreendimentos capazes, sob
normas da legislação em vigor, ficando a obra passível de qualquer forma, de causar degradação ambiental no Município de
fiscalização pelo órgão municipal de licenciamento e controle. Natal, sem prejuízo de outras licenças legalmente exigíveis. 37

5.4.6: DA EXPEDIÇÃO DE ALVARÁS Art. 33 - Os estudos ambientais solicitados enquadram-se como:

Art. 26 - O Alvará de construção tem validade de um (1) ano para I – Memorial Descritivo (MD)
o início da obra. II – Relatório de Impacto de Vizinhança (RIV)
III – Diagnóstico Ambiental (DA)
Art. 27 - Caracteriza-se iniciada a obra de construção a execução IV – Relatório de Avaliação Ambiental (RAA)
dos serviços abaixo relacionados: V – Relatório de Controle Ambiental (RCA)
VI – Projeto de Recuperação de Área Degradada (PRAD)
I – instalação do canteiro de obras; VII – Relatório Ambiental Simplificado (RAS)
II – terraplenagem, quando for o caso; VIII – Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e respectivo Relatório de
III – ligação provisória de água e luz; Impacto Ambiental (RIMA)
IV – início das fundações.
5.4.8: DA EXPEDIÇÃO DA CERTIDÃO DE CARACTERÍSTICAS E
HABITE-SE
CURSO TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS

Art. 38 - O imóvel, qualquer que seja a sua destinação, só pode Art. 71 -. A aplicação de penalidades decorrentes de infrações a
ser habitado, ocupado ou utilizado após a expedição da Certidão esta Lei não prejudica:
de Características e do Habite-se, devendo para tanto:
I – o reconhecimento e conseqüente sanção de infrações à
I – estar, a construção, completamente concluída; legislação federal, estadual e municipal, inclusive de natureza
II – haver a comprovação de que a obra executada tenha observado tributária;
o projeto aprovado; II – a adoção de medidas judiciais cabíveis.
III – estar concluída, a calçada em todas as testadas, quando for o
caso, e identificada, em local visível, a numeração do imóvel. 5.4.10: DA CLASSIFICAÇÃO E E DO DIMENSIONAMENTO DOS
COMPARTIMENTOS
5.4.9: DO EMBARGO E INTERDIÇÃO
Art. 139 - Todo compartimento da edificação deve ter dimensões
Art. 67 - O embargo consiste no ato de polícia administrativa de e formas adequadas, de modo a proporcionar condições de
interrupção da execução da obra e/ou serviço, em caráter liminar higiene, salubridade e conforto ambiental, condizentes com a sua
e provisório. função e habitabilidade.

Art. 68 - A obra e/ou serviço são embargados nos seguintes casos: Art. 140 - Conforme sua destinação, os compartimentos da
I – quando em desacordo com esta Lei e com as demais normas da edificação, de acordo com o tempo de permanência humana em
legislação em vigor. seu interior, classificam-se em: 38
II – quando, após intimado, persistir na prática da infração;
III – quando executado em desacordo com o projeto licenciado; I – de uso prolongado;
IV – quando causar prejuízo ao interesse ou patrimônio públicos. II – de uso transitório;
III – de uso especial.
Art. 69 - A interdição consiste no ato administrativo coercitivo,
com apoio de força policial, Art. 141 - Consideram-se compartimentos de uso prolongado
para interrupção da execução da obra e/ou serviço, em aqueles que abrigam as funções de dormir ou repousar, trabalhar,
decorrência do não cumprimento às comercializar, estar, ensinar, estudar, consumir alimentos, reunir,
determinações contidas no auto de embargo. recrear e tratar ou recuperar a saúde.

Art. 70 - O Município pode obrigar o infrator a paralisar, demolir Art. 142 - Consideram-se compartimentos de uso transitório
ou refazer a obra, no prazo aqueles que abrigam as funções de higiene pessoal, de guarda e de
acordado entre as partes, sempre que esta estiver em troca de roupas, de circulação e de acesso de pessoas, de
desconformidade com a Lei ou com o preparação de alimentos, de serviços de limpeza e manutenção e
projeto aprovado. de depósito.
CURSO TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS

Art. 143 - Consideram-se compartimentos de uso especial àqueles


que, além de abrigarem as funções definidas nos artigos 141 e 142,
apresentam características próprias e peculiares, conforme sua
destinação.

Art. 144 - Conforme o uso a que se destina, todo compartimento


da edificação deve ter dimensões, pés direitos e áreas mínimas
estabelecidas de acordo com o quadro abaixo:

39
CURSO TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS

06 - REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
CAROL, Francisco José. Noções de arquitetura e representação
gráfica. Disponível em:
<<http://cursos.unisanta.br/projeto/images/Apostila.zip>> acesso
em 19, ago., 2006.

CHING, Francis D. K. Dicionário Visual de Arquitetura. São Paulo:


Martins Fontes 2000. 2a Reimpressão.

MONTENEGRO, Gildo A. Desenho Arquitetônico. São Paulo: Edgar


Blücher, 1995. 2ed. 7a reimpressão.

ESCUELA SUPERIOR DEL COMIC. Disponível em


<<www.walthertaborda.com.ar/ comic/leccion_19.htm>> acesso
em 19, ago., 2006.

Prefeitura do Natal: Plano Diretor de Natal. 40

Prefeitura do Natal: Código de Obras de Natal.

Você também pode gostar