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Artigo Inédito

O Emprego das Radiografias da Mão e do Punho


no Diagnóstico Ortodôntico
The Use of the Hand and Wrist Radiograph in Orthodontic Diagnosis

Resumo bre o grau de maturidade esquelética do pa-


Por meio de uma extensa e detalhada aná- ciente4,5,7,11,15,21.
lise retrospectiva, os autores enfatizam a im- Quando as alterações no desenvolvimen-
portância do profundo estudo do crescimento to craniofacial e o diagnóstico demonstram a
craniofacial e a sua interrelação com os está- necessidade de uma intervenção baseada em
gios de maturação esquelética, visando o diag- aparelhos ortopédicos mecânicos ou funcio-
Vania Célia
Vieira de Siqueira nóstico ortodôntico. nais, a época para iniciar o tratamento deve
ser bem avaliada. O sucesso da terapia depen-
Introdução derá do estudo cuidadoso das características
Devido ao envolvimento multifatorial da má oclusão e do estágio de maturação es-
das estruturas que compõem o crânio e a quelética, em que se encontra o paciente.
face, durante os eventos que regulam o cres- A correção ortodôntica ou ortopédica da
cimento e o desenvolvimento craniofacial, Classe II, por exemplo, deve ser iniciada dos 8
torna-se imprescindível um acurado estudo aos 11 anos de idade, por ser mais efetiva nes-
para a sua compreensão. Durante o proces- te período de crescimento, pois a viscoelastici-
so do diagnóstico, muitos fatores devem ser dade tecidual e a boa cooperação dos pacien-
analisados na busca de um tratamento or- tes mais jovens auxiliam no tratamento4,29.
todôntico adequado, questionando-se qual O início de uma terapia precoce implica em
a época apropriada para o início do trata- um tratamento demasiadamente prolongado,
mento ortodôntico, bem como qual o mais reduzindo a cooperação do paciente e prejudi-
rápido e o mais eficaz. cando a saúde periodontal51. Os resultados
Com o intuito de sanar estas dúvidas, os ortopédicos durante a utilização de aparelhos
pesquisadores desenvolveram análises cefalo- extrabucais (AEB) ou aparelhos ortopédicos
métricas, propondo medidas, tanto angulares funcionais (AOF), são mais efetivos durante o
quanto lineares, que pudessem orientar o trata- período mais significativo do crescimento
mento ortodôntico12,13,27,28,33,45. Outros inqui- craniofacial4,5.
riram o desenvolvimento corporal geral, obser- A terapia selecionada correlaciona-se com o
vando indicadores que pudessem informar so- objetivo a ser alcançado. No relacionamento

Vania Célia Vieira de SiqueiraA


Décio Rodrigues Martins B
Conceição Eunice Canuto C
Unitermos: Guilherme R. P. JansonD
Maturação esque- A
Aluna do Curso de Pós - Graduação em Ortodontia, em nível de Doutorado, da Faculdade de Odontologia
lética; Diagnóstico de Bauru-USP. Professora Assistente Doutora da Disciplina de Ortodontia do Departamento de Odontologia Infantil da
ortodôntico; Tra- Faculdade de Odontologia de Piracicaba - UNICAMP.
B
Professor Titular do Departamento de Ortodontia da Faculdade de Odontologia de Bauru – USP.
tamento ortopédi- C
Aluna do Curso de Pós - Graduação em Ortodontia, em nível de Doutorado, da Faculdade de Odontologia de Bauru
co; Tratamento -USP. Professora Adjunta da Disciplina de Ortodontia da Faculdade Federal de Odontologia de Diamantina (MG) -
ortodôntico. FaFeOD.
D
Professor Associado da Disciplina de Ortodontia da Faculdade de Odontologia de Bauru – USP.

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deficiente entre a maxila e a mandíbula, ção da idade óssea, empregando radio- de, não sendo possível correlacioná-lo com
nos casos de Classe II, 1a divisão, onde grafias da mão e do punho. TANNER; os eventos que caracterizam os estágios de
constata-se uma deficiência no desenvol- WHITEHOUSE52 e TAVANO53,54 relatam em maturação. Porém, estas jovens apresen-
vimento mandibular ou o seu retrognatis- seus trabalhos que, em 1907, PRYOR já taram um desenvolvimento anatômico pre-
mo, pode-se optar pelo tratamento com os demonstrava que o aparecimento dos cen- coce de seus centros de ossificação, sendo
aparelhos ortopédicos funcionais, como o tros de ossificação ocorre bilateral e sime- que dos 13 aos 14 anos de idade, já se
ativador de ANDRESEN, o bionator de tricamente, sofrendo influências hereditá- encontravam em fase final de crescimen-
BALTERS, ou os reguladores de função de rias, porém há divergências em relação à to, clinicamente significante.
FRÄNKEL. Para a movimentação ortodônti- tomada radiográfica da mão esquerda ou Analisando os ossos pisiforme,
ca, a saúde periodontal prepondera sobre a da direita. Alguns autores recomendam ganchoso e as falanges média e proximal
idade do paciente. Nos jovens, torna-se im- radiografar ambas, outros afirmam que as dos segundos e terceiros dedos, de jovens
prescindível definir a época mais apropriada diferenças são ínfimas, podendo ser des- de ambos os sexos, dos 8 aos 14 anos de
para o início do tratamento, aproveitando o prezadas durante a avaliação. (FIG. 1). idade, TIBÉRIO; VIGORITO56. constata-
surto de crescimento pubertário. Uma tera- Dentre os fatores que podem influenci- ram que o surto de crescimento pubertário
pia que relegue o estágio de maturação es- ar no desenvolvimento ósseo, ressaltam- iniciou-se entre 10 e 11 anos, no sexo
quelética do paciente compromete o seu su- se as condições nutricionais deficientes, que feminino, e entre 11 e 12 anos, no mas-
cesso e a sua estabilidade. perdurando por longos períodos, atuam de culino. A velocidade do surto aumentou
O peso, a estatura, as idades óssea e den- maneira significante na maturação esque- significativamente entre os 12 e 13 anos
tária, têm sido considerados na avaliação lética, provocando um atraso da idade ós- diminuindo a partir desta idade e alcan-
do crescimento e desenvolvimento, compa- sea em relação à idade dentária35. çando o seu pico em torno dos 13 - 14
rando as informações obtidas de jovens sau- Nota-se um dimorfismo sexual, no iní- anos. Para o sexo masculino, a velocida-
dáveis com as dos pacientes. Algumas des- cio e na maturação dos centros de ossifica- de do surto de crescimento pubertário
tas variáveis mostram-se ineficientes pois ção, ocorrendo numa velocidade maior para aumentou entre os 13 e 14 anos e o seu
não apresentam uma relação íntima com a os jovens do sexo feminino32,44,56. pico situando-se provavelmente entre os
maturação esquelética. Dentre elas desta- Estudando um grupo de 70 jovens de 15 e 16 anos de idade.
cam-se as idades dentária e cronológica, pro- ambos os sexos, dos 10 aos 17 anos de Com uma amostra constituída de ra-
vavelmente devido à variabilidade da idade, PRATES et al44 verificaram que a al- diografias da mão e do punho, de jovens
maturação esquelética e do irrompimento tura do ramo (Ar-Go) e o comprimento to- dos 8 aos 15 anos, LIMA; VIGORITO32.
dentário, em uma mesma população56. tal da mandíbula (Ar-Gn), apresentaram determinaram o início, a velocidade e o pico
Realizaram-se vários trabalhos para uma velocidade de crescimento acelerada do surto de crescimento pubertário, obser-
investigar um indicador da maturação dos 12 aos 14 anos e o comprimento do vando a época do surgimento do osso
esquelética 2,4,5,6,7,11,14,15,16,17,19,20,21,22, corpo mandibular (Go-Gn) dos 13 aos 15 sesamóide da junção metacarpofalangea-
23,24,32,36,38,43,44,47,49, 50,52,53
. A idade ós- anos, para o sexo masculino. Comparan- na do primeiro dedo. Observaram que para
sea têm sido considerada como um re- do estes resultados com os estágios de o sexo feminino o início do surto ocorreu
gistro fiel da idade biológica, justifican- maturação esquelética, observaram que o entre 10 e 11 anos, a maior velocidade entre
do-se a sua utilização pois o tecido ós- maior crescimento mandibular ocorreu 12 e 13 anos e o pico entre 13 e 14 anos.
seo diferencia-se, desenvolve-se e ama- quase que simultaneamente às fases pré- Já para o sexo masculino, estes eventos
durece ao longo de linhas definidas, a pubertária e pubertária. Entretanto, para provavelmente manifestaram-se entre 11
partir de um centro de ossificação pri- o sexo feminino, notaram um crescimento e 12 anos, 13 e 14 anos e entre 15 e 16
mário, culminando em um osso comple- mandibular quando analisaram todo o pe- anos respectivamente.
tamente desenvolvido54. ríodo ou seja, dos 10 aos 17 anos de ida- A eleição do centro de ossificação e da
Na busca destes indicadores, os ossos dos radiografia empregada para a avaliação da
tornozelos, joelhos, cotovelos, bacia e ombros maturidade esquelética, depende dos crité-
foram inicialmente utilizados. A maior quan- rios de cada profissional, podendo selecio-
tidade de radiações ionizantes utilizadas nas nar um ou mais centros, utilizando uma
técnicas precedentes, contribuiu para o em- película de 18 x 24 cm, para a tomada
prego crescente das radiografias da mão e do radiográfica da mão e do punho ou, sim-
punho. Além disso, a mão fornece uma mai- plesmente, um filme periapical para a aná-
or quantidade de ossos e epífises localizados lise de uma região específica.
em uma mesma área, facilmente Os centros de ossificação podem ser
radiografável e com uma adequada proteção avaliados, tanto por métodos quantitati-
do indivíduo às radiações53,54. FIGURA 1 - Radiografias da mão e vos, identificando-se quantos centros de
do punho, direita e esquerda, de um
A literatura relata diversos trabalhos jovem, do sexo feminino, aos 8 anos
ossificação estão presentes, quanto qua-
descrevendo a importância da determina- de idade. litativamente, observando-se as mudan-

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ças na forma e no tamanho dos diferen- Os estudos realizados por GREULICH e pesquisadores patrícios demonstraram que
tes ossos. Além disso, podem ser avalia- PYLE20, TANNER e WHITEHOUSE52, EKLÖF os métodos propostos podem ser aplicados à
dos de forma multissegmentar, consistin- e RINGERTZ14, proporcionam informações nossa população36,44,50,51,54,55.
do na tomada radiográfica de todo o es- valiosas auxiliando na identificação do grau Com o intuito de facilitar a compreen-
queleto e da análise das melhores regiões da maturidade óssea dos pacientes. Embora são destes estudos, torna-se necessário re-
que evidenciem o processo de maturação ocorram poucas diferenças entre as popula- visar a anatomia da mão e do punho,
óssea, ou de forma unissegmentar, avali- ções investigadas por estes autores e a po- identificando-se as suas estruturas ósse-
ando uma única estrutura óssea53,54. pulação brasileira, estudos realizados por as. (FIG. 2, 3, 4 e 5).

FIGURA 2 - Radiografia da mão e do pu-


nho, de um jovem, do sexo masculino, aos
11 anos de idade.

FIGURA 3 - Desenho esquemático identi- FIGURA 4 - Radiografia da mão e do pu- FIGURA 5 - Desenho esquemático identi-
ficando as estruturas ósseas, segundo nho, de um jovem, do sexo feminino, aos ficando as estruturas ósseas
GREULICH e PYLE20. 11 anos de idade.

Ossos do punho
01 - Capitato. 15 - Epífise da falange média do se- U – Ulna
02 -Hamato. gundo dedo. R – Rádio
03 -Epífise distal do Rádio. 16 -Piramidal.
04 -Epífise da falange proximal do 17 -Epífise da falange distal do ter- Ossos do carpo
terceiro dedo*. ceiro dedo. C – Capitato T – Trapézio
05 -Epífise da falange proximal do 18 -Epífise da falange distal do H – Hamato Te – Trapezóide
segundo dedo*. quarto dedo. P – Piramidal E – Escafóide
06 -Epífise da falange proximal do 19 -Epífise do metacarpo do primei- SL – Semilunar Psi – Psiforme
terceiro dedo. ro dedo.
07 -Epífise do metacarpo do segun- 20 -Epífise da falange proximal do Ossos do metacarpo
do dedo. primeiro dedo*. M1 – metacarpo do primeiro dedo
08 -Epífise da falange distal do pri- 21 -Epífise da falange distal do quin- M2 – metacarpo do segundo dedo
meiro dedo. to dedo. M3 – metacarpo do terceiro dedo
09 -Epífise do metacarpo do tercei- 22 -Epífise da falange distal do se- M4 – metacarpo do quarto dedo
ro dedo. gundo dedo. M5 – metacarpo do quinto dedo
10 -Epífise do metacarpo do quarto 23 -Epífise da falange média do Se – Sesamóides
dedo. quinto dedo*.
11 -Epífise da falange proximal do 24 -Semilunar*. Falanges:
quinto dedo. 25 -Trapézio. FP1-2-3-4-5 - Falanges proximais
12 -Epífise da falange média do ter- 26 -Trapezóide. dos primeiro, segundo, terceiro,
ceiro dedo. 27 -Escafóide. quarto e quinto dedos.
13 -Epífise da falange média do 28 -Epífise distal da Ulna. FM2-3-4-5 - Falanges médias dos
quarto dedo. 29 -Pisiforme. segundo, terceiro, quarto e quinto
14 -Epífise do metacarpo do quinto 30 -Sesamóide adutor*. dedos.
dedo. FD1-2-3-4-5 - Falanges distais dos
* Centros de ossificação que podem apresentar alteração na ordem de sua primeiro, segundo, terceiro, quarto
mineralização. e quinto dedos.

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Metodologia Preconizada por
GREULICH e PYLE20,54,55
O atlas elaborado por GREULICH e PYLE
em 1950 e aperfeiçoado em 1959, apre-
senta 60 radiografias de jovens norte-ame-
ricanos, de bom nível sócio-econômico, do
nascimento aos 20 anos de idade. As ra-
FIGURA 6 - Radiografia da mão e do pu- FIGURA 7 - Radiografia apresentada no
diografias foram tomadas em intervalos de
nho, de um jovem, do sexo masculino, aos atlas desenvolvido por GREULICH e 3 meses, do nascimento até 1 ano e 6 me-
8 anos de idade. PYLE20, correspondendo a um jovem da
mesma idade e sexo.
ses; semestralmente, dos 2 aos 5 anos;
anualmente, dos 6 aos 11 anos; semes-
FIGURA 8 tralmente, dos 11 anos e 6 meses aos 16
Quadro descritivo analisando cada centro de ossificação, de uma radiografia
apresentada no atlas de GREULICH e PYLE 20 , correspondendo a um jovem,
anos; e retornando ao intervalo anual até
do sexo masculino, aos 8 anos de idade. os 18 anos, para o sexo feminino e 19 para
Epífise distal do Rádio 8a. 2m. Falange proximal I 8a. 0m. o masculino.
Epífise distal da Ulna 8a. 6m. Falange proximal II 8a. 0m. O método compara a radiografia carpal
Capitato 8a. 0m. Falange proximal III 8a. 0m. do paciente, com a radiografia do jovem do
Hamato 8a. 0m. Falange proximal VI 8a. 0m. mesmo sexo e idade apresentado no atlas.
Piramidal 8a. 0m. Falange proximal V 8a. 0m. Observa-se então a anatomia dos ossos e
Semilunar 8a. 8m. Falange média II 7a. 10m. compara-se com o estágio de desenvolvi-
Escafóide 8a. 2m. Falange média III 7a. 10m. mento. Ocorrendo diferenças, localiza-se a
Trapézio 8a. 2m. Falange média VI 7a. 10m. radiografia que mais se aproxima da ma-
Trapezóide 8a. 2m. Falange média V 7a. 8m. turidade esquelética demonstrada pela ra-
Metacarpo I 8a. 0m. Falange distal I 8a. 0m. diografia do paciente, identificando-se as-
Metacarpo II 8a. 0m. Falange distal II 8a. 0m. sim as idades cronológica e a esquelética.
Metacarpo III 8a. 0m. Falange distal III 8a. 0m. Quando se situar entre dois padrões, cal-
Metacarpo VI 8a. 0m. Falange distal VI 8a. 0m. cula-se a idade óssea intermediária corres-
Metacarpo V 8a. 0m. Falange distal V 8a. 0m. pondente. (FIG. 6 e 7).
Os centros Psiforme, sesamóides adutor e flexor encontram-se cartilaginosos neste Ao lado de cada radiografia, os auto-
estágio de desenvolvimento.
res apresentam um quadro descritivo.
Nele, cada centro de ossificação observa-
do é analisado individualmente, em rela-
ção ao seu grau de desenvolvimento,
correlacionando com a sua idade esquelé-
tica, em meses, no momento da tomada
radiográfica. Destacam também os cen-
tros de ossificação que se encontram ain-
FIGURA 9 - Radiografia corresponden- FIGURA 10 - Radiografia de um jo- da cartilaginosos e mencionam as possí-
te do atlas de GREULICH e PYLE 20 vem, do sexo masculino, aos 8 anos
de idade, destacando-se o osso es-
veis alterações. (FIG. 8 e 9).
cafóide.

FIGURA 11
Quadro descritivo apresentado no atlas, analisando todo o desenvolvimento do osso escafóide.
Aproximadamente dos 5 aos 6 anos, para o sexo masculino.
Aproximadamente dos 3 anos e 6 meses aos 4 anos e 2 meses, para o sexo feminino.
Aproximadamente dos 5 aos 6 anos, para o sexo masculino.
Aproximadamente dos 4 anos e 2 meses aos 5 anos, para o sexo feminino.
Aproximadamente dos 6 aos 7 anos, para o sexo masculino.
Aproximadamente dos 4 anos e 2 meses aos 5 anos, para o sexo feminino.
Aproximadamente dos 7 aos 8 anos, para o sexo masculino.
Aproximadamente dos 5 aos 5 anos e 9 meses, para o sexo feminino.
Aproximadamente dos 9 aos 10 anos, para o sexo masculino.
Aproximadamente dos 6 anos e 10 meses aos 7 anos e 10 meses, para o sexo feminino.
Aproximadamente dos 12 anos e 6 meses aos 13 anos, para o sexo masculino.
Aproximadamente dos 10 aos 11 anos, para o sexo feminino.
Aproximadamente dos 13 aos 13 anos e 6 meses, para o sexo masculino.
Aproximadamente dos 12 aos 13 anos, para o sexo feminino.
Aproximadamente dos 16 aos 17 anos, para o sexo masculino.
Aproximadamente dos 14 aos 15 anos, para o sexo feminino.

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FIGURA 13
Quadro descritivo completo identificando a idade estimada em meses de cada centro
de ossificação, e o resultado final.

Seqüência de aparecimento Idade estimada


01 - Capitato 11a. 6m.
02 - Hamato 11a. 6m.
03 - Epífise distal do rádio 11a. 6m.
04 - Epífise da falange proximal do III 11a. 6m.
05 - Epífise da falange proximal do II 11a. 6m.
06 - Epífise da falange proximal do IV 11a. 6m.
FIGURA 12 - Radiografia de um jovem,
do sexo masculino, aos 11 anos de idade. 07 - Epífise do metacarpo do II 11a. 6m.
08 - Epífise da falange distal do I 11a. 6m.
09 - Epífise do metacarpo do III 11a. 6m.
O mesmo atlas apresenta um estudo 10 - Epífise do metacarpo do IV 11a. 6m.
minucioso dos ossos do carpo, das epífises 11 - Epífise da falange proximal do V 11a. 6m.
dos metacarpos, das falanges proximais, 12 - Epífise da falange média do III 11a. 3m.
médias e distais, totalizando-se em apro- 13 - Epífise da falange média do IV 11a. 3m.
ximadamente 30 ossos e suas respecti- 14 - Epífise do metacarpo do V 11a. 6m.
vas epífises. Desta forma, complementa- 15 - Epífise da falange média do II 11a. 3m.
se o diagnóstico, pois cada osso é analisa- 16 - Piramidal 11a. 6m.
do, desde o grau de mineralização obser- 17 - Epífise da falange distal do III 11a. 6m.
vado ao nascimento, o início de minerali- 18 - Epífise distal do IV 11a. 6m.
zação de sua epífise e o seu desenvolvi- 19 - Epífise do metacarpo do I 11a. 6m.
mento até a fusão com a diáfise corres- 20 - Epífise da falange proximal do I 11a. 6m.
pondente. O profissional elege um ou mais 21 - Epífise da falange distal do V 11a. 6m.
ossos e os estuda comparando o grau de 22 - Epífise da falange distal do II 11a. 6m.
maturidade descrita no atlas com o ob- 23 - Epífise da falange média do V 11a. 3m.
servado na radiografia do paciente. (FIG. 24 - Semilunar 11a. 6m.
10 e 11). 25 - Trapézio 11a. 6m.
Aconselha-se utilizar uma ficha onde 26 - Trapezóide 11a. 6m.
o profissional anota a idade média estima- 27 - Escafóide 11a. 6m.
da de cada osso analisado e ao final, o va- 28 - Epífise distal da ulna 11a. 6m.
lor médio total, identificando-se assim a 29 - Pisiforme 11a. 6m.
maturidade esquelética. (FIG. 12 e 13). 30 - Sesamóides 0
O método de GREULICH e PYLE tem Resultado da avaliação 11a. 6m.
sido amplamente utilizado, devido à facili-
dade do manuseio do atlas, identificação ossos do punho
Epífise distal do Rádio
das estruturas e de sua interpretação. Epífise distal da Ulna

Metodologia preconizada por Ossos do carpo


Capitato Trapézio
TANNER e WHITHEHOUSE37,52,53,54,55 Hamato Trapezóide
A primeira parte deste método, foi Piramidal Escafóide
Semilunar
publicada em 1959, na forma de um atlas,
contendo informações e ilustrações dos ossos do metacarpo
estágios de desenvolvimento de 28 ossos Epífise do metacarpo do primeiro dedo
Epífise do metacarpo do terceiro dedo
da mão e do punho, acompanhados de ins- Epífise do metacarpo do quinto dedo
truções sobre a técnica de obtenção das
falanges
radiografias. Os autores analisaram 3.000 Epífise da falange proximal do primeiro dedo
radiografias de jovens britânicos, saudá- Epífise da falange proximal do terceiro dedo
veis, do nascimento aos 16 anos de idade, Epífise da falange proximal do quinto dedo
Epífise da falange média do terceiro dedo
de ambos os sexos. Epífise da falange média do quinto dedo
Cada centro de ossificação recebe uma Epífise da falange distal do primeiro dedo
Epífise da falange distal do terceiro dedo
letra de A a I, exceto para o rádio que recebe Epífise da falange distal do quinto dedo
uma notação adicional indo até a letra J, FIGURA 14 - Desenho esquemático, identificando os centros de ossificação analisados
indicando o seu estágio de desenvolvimento pelos autores.

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FIGURA 17
Quadro descritivo, analisando os 20 centros de ossificação, exemplificando o cálculo
A B C D da idade óssea da radiografia descrita anteriormente.
Centros de ossificação Critério Escores
Epífise distal do Rádio G 52
E F
Epífise distal da Ulna G 81
Capitato I 100
Hamato I 100
Piramidal H 65
G H
Semilunar H 67
Escafóide G 46
Trapézio H 60
Trapezóide H 59
I J Epífise do metacarpo do primeiro dedo F 48
FIGURA 15 - Desenho esquemático, de-
Epífise do metacarpo do terceiro dedo F 40
monstrando os critérios utilizados,
pelos autores, para determinar a ida- Epífise do metacarpo do quinto dedo E 30
de esquelética, exemplificando-se a Epífise da falanges proximal do primeiro dedo F 48
epífise do rádio.
Epífise da falanges proximal do terceiro dedo F 49
Epífise da falanges proximal do quinto dedo F 50
Epífise da falange média do terceiro dedo F 30
Epífise da falange média do quinto dedo F 36
Epífise da falange distal do primeiro dedo G 74
Epífise da falange distal do terceiro dedo F 44
Epífise da falange distal do quinto dedo F 47
Total parcial 1 629
FIGURA 16 - Radiografia da mão e do Total parcial 2 497
punho, de um jovem, do sexo feminino, Idade óssea equivalente em anos 11 anos
aos 10 anos de idade.

Ossos do punho:
1- Largura da epífise distal do Rá-
dio

Ossos do carpo:
2- comprimento do Capitato
3- largura do Capitato
4- comprimento do Hamato
5- largura do Hamato

Ossos do metacarpo:
6- comprimento do metacarpo do
segundo dedo
7- comprimento do metacarpo do
terceiro dedo
8- comprimento do metacarpo do
quarto dedo

Falanges:
9- comprimento da falange proxi-
mal do segundo dedo
10- comprimento da falange proxi-
mal do terceiro dedo

FIGURA 18 - Desenho esquemático, identificando as estruturas ósseas eleitas para o estudo.

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FIGURA 19 - Radiografia da mão e do punho, de um jovem do FIGURA 21 - Radiografia de um jovem, do sexo feminino, aos 14
sexo masculino, aos 8 anos de idade. anos de idade, apresentando 4 ossos sesamóides.

FIGURA 20
Tabela demonstrando a utilização do índice de EKLÖf e RINGERTZ14 analisando a radiografia anterior.
Mensuração Idade Óssea estimada
Centros de Ossificação
(mm) (anos)
Largura da epífise do Rádio 20,5 10,50
Comprimento do Capitato 18,0 11,75
Largura do Capitato 12,0 12,75
Comprimento do Hamato 13,0 10,75
Largura do Hamato 11,0 10,50
Comprimento do metacarpo do segundo dedo 45,5 9,25
Comprimento do metacarpo do terceiro dedo 41,0 8,75
Comprimento do metacarpo do quarto dedo 36,0 8,50
Comprimento da falange proximal do segundo dedo 27,5 10,0
Comprimento da falange proximal do terceiro dedo 30,5 10,0
Idade óssea estimada 10,27

Por exemplo, a letra A é designada para a lino, e até aos 16 anos para os do feminino, jovens, os pesquisadores idealizaram duas
ausência do centro de ossificação e a letra I e os escores de 0 a 1000. Após a avaliação e tabelas, uma para cada sexo, onde cada
ou J para a fusão total da epífise com a sua a obtenção dos escores para cada centro de centro de ossificação apresentava um valor
respectiva diáfise. Paralelamente, o centro ossificação, somam-se estes valores e o re- em milímetros, máximo e mínimo, com dois
de ossificação analisado, recebe também sultado final é comparado com os escores desvios padrão para cada média encontra-
um valor numérico ou escore, de 0 a 100, indicados na tabela,que compara as idades da. Os valores foram calculados para cada
de acordo com o estágio de maturação apre- cronológica e a esquelética, para cada sexo, idade, de 1 a 15 anos, totalizando 56
sentado. identificando-se assim a idade esquelética parâmetros para cada centro de ossificação.
Desta forma, o profissional compara a equivalente à radiografia carpal, apresen- Desta forma, o profissional por meio de um
radiografia de seu paciente com as ilustra- tada pelo paciente. (FIG. 16 e 17). compasso de pontas secas ou um
ções e descrições contidas no atlas, para paquímetro, obtêm as dimensões em milí-
cada centro de ossificação. (FIG. 14 e 15). Metodologia preconizada por metros dos centros de ossificação analisa-
Em 1962, após a análise de 2.600 jo- EKLÖF e RINGERTZ14,54,55 dos e transfere os resultados para uma fi-
vens britânicos, os autores publicaram a Analisando 1.013 jovens suecos, de cha específica. A idade óssea estimada é cal-
segunda parte do atlas complementan- ambos os sexos, de 1 a 15 anos de idade, culada com o auxílio das tabelas preconi-
do-o e aperfeiçoando-o. Eliminaram as in- os autores elegeram 10 centros de ossi- zadas, correlacionando a dimensão com a
formações obtidas previamente na primei- ficação da mão e do punho, como refe- idade mais provável.O valor médio final
ra parte do trabalho, sobre os segundo e rência para o estudo da maturação ós- corresponde a idade óssea do jovem em es-
quarto dedos, porque a maturação de seus sea. A eleição baseou-se em testes preli- tudo. (FIG. 19 e 20 ).
metacarpos e falanges são muito próximas, minares, entre os ossos que proporcio- As metodologias descritas anteriormen-
diminuíndo assim o número de centros de nassem resultados estatisticamente mais te, demonstram que os investigadores ele-
ossificação a serem analisados, mas não exatos, em relação à curva de regressão geram determinados centros de ossificação
prejudicando a precisão das informações. de crescimento. para avaliar o estágio de maturação óssea
Acrescentaram tabelas associando a ida- O método proposto, preconiza a men- de seus pacientes. GREULICH e PYLE20,
de cronológica aos estágios de maturidade suração em comprimento e/ou em largura utilizaram30 centros de ossificação,
esquelética. As idades foram avaliadas até destes 10 centros de ossificação. (FIG. 18). TANNER e WHITEHOUSE52, e EKÖF e
aos 18 anos, para os jovens do sexo mascu- Após realizarem as mensurações dos RINGERTZ14, 10 centros, mas todos em-

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aos 15 e aos 17 anos respectivamente,
mas a duração foi de aproximadamente
4 anos e 8 meses para os jovens do sexo
feminino e de 4 anos e 11 meses, para os
do masculino. Em relação à mineralização
do sesamóide, evidenciaram que em 14,3%
dos jovens do sexo feminino e em 8,3%
do masculino, este fenômeno precedeu ao
início da curva ascendente.
Com o intuito de determinar o relacio-
A - epífise menor que a largura da diáfise
namento entre a mineralização do
B - o comprimento da epífise iguala à largura da diáfise sesamóide ulnar ou adutor do primeiro dedo
C - capeamento
D - fusão
e o pico máximo de crescimento mandibu-
lar, PILESKI et al43 analisaram jovens de
FIGURA 22 - Desenho esquemático mostrando as fases de maturação de um osso
longo. ambos os sexos. Observaram que em 25,3%
dos jovens do sexo masculino e em 19,5%
pregaram uma película radiográfica que te centro de ossificação43, 50. O início da do feminino, o pico de crescimento mandi-
reproduzisse toda a mão e o punho. mineralização do sesamóide adutor da ar- bular ocorreu antes da mineralização do
Outros pesquisadores, avaliaram o ticulação metacarpofalangeana do primei- sesamóide.
momento do início da mineralização,o seu ro dedo, coincide com o início da adoles- Mediante estas considerações, elegen-
desenvolvimento e a mineralização total cência, podendo ser então utilizado como do-se o sesamóide como referência para a
do osso sesamóide3, 5, 7, 11, 19, 21. Estes pe- referencial biológico e relaciona-se com o avaliação da maturidade esquelética, o
quenos ossos de origem cartilaginosa, po- pico de crescimento estatural e mandibu- bom senso deve prevalecer.
dem aparecer em número de 5 em cada lar. A mineralização do sesamóide anteci- Preferivelmente, elege-se mais de um
mão, sendo 2 sesamóides na articulação pa ou coincide com o pico de crescimento evento de ossificação no estudo da ma-
metacarpofalangeana do primeiro dedo estatural, ocorrendo em média de 0,7 a 1 turidade óssea. Associada à mineraliza-
(sesamóide radial ou adutor), 1 na articu- ano antes do pico máximo de crescimento ção do sesamóide, a avaliação das alte-
lação interfalangeana do mesmo dedo, e 1 estatural 3,5,7,11,19,21,43,44,50. rações epifisárias dos osso longos, ob-
na articulação metacarpofalangeana dos HÄGG e TARANGER21 em 1981, anali- servadas nas falanges necessitam ser
segundo e quinto dedos (figuras 5 e 21)50. sando jovens suecos, de ambos os sexos, consideradas7, 19, 20,21,50.
Os mais regulares são os da articulação observaram que o início do pico máximo Nos ossos longos em crescimento, ob-
metacarpofalangeana do primeiro dedo5, 7, de crescimento estatural ocorreu aos 10 serva-se a epífise separada de sua diáfise,
20
. Determinadas pesquisas relatam que anos, nos jovens do sexo feminino e aos aparecendo inicialmente como um pequeno
ocorre uma agenesia de somente 0,5% des- 12 anos, nos do masculino, finalizando centro de ossificação centralizado, em
relação à sua diáfise. Esta epífise expande-
FIGURA 23
Gráfico localizando o estágio de capeamento da epífise da falange proximal do se gradualmente, alcança o mesmo ta-
primeiro dedo, nas curvas de crecimento somático, para os sexos feminino e manho da diáfise, começa a envolvê-la (fase
masculino, segundo os trabalhos de GRAVE e BROWN19.
do capeamento) e inicia o processo de fusão,
até visualizar-se radiograficamente a união
completa entre estes centros de ossificação.
Neste momento, a maturação esquelética
alcança o seu pico. (FIG. 22).
Associando estes eventos com a curva
de crescimento somático, nota-se que o
processo de capeamento da epífise com a
diáfise da falange proximal do primeiro
dedo, ocorre próximo ao pico de crescimento
estatural, localizando-se no lado descen-
dente da curva7, 19. (FIG. 23).
O emprego de filmes periapicais radio-
grafando o primeiro dedo, também é possí-
vel, pois avalia tanto a mineralização do
sesamóide como todo o processo de desen-
volvimento de sua epífise.

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Metodologia simplificada5,7,50,51 tância foco-objeto em torno de 40 cm.e
Em 1972, CHAPMAM propôs uma
7
perpendicular ao filme, obteve-se uma me-
metodologia simplificada para a avaliação lhor imagem radiográfica.
da maturidade esquelética, empregando ra- Assim, a técnica descrita constitui-se
diografias periapicais. Utilizou como centro em um método alternativo útil para auxili-
de ossificação o sesamóide adutor do pri- ar na determinação do estágio da maturi-
meiro dedo. Infelizmente, não descreveu a dade óssea do paciente. Devido à sua sim-
técnica detalhadamente, para a obtenção das plicidade, pode ser empregada rotineiramen-
radiografias que permitissem o seu uso roti- te pelo ortodontista.
neiramente no consultório odontológico.
SILVA FILHO50,51, em 1989, fundamen- Conclusões
tado no trabalho de CHAPMAN, utilizando O emprego do filme periapical auxilia,
películas radiográficas periapicais, expôs a o profissional que atua em regiões que não
região do osso sesamóide adutor da junção possuem centros de documentação orto-
metacarpofalangeana do primeiro dedo da dôntica, pois com o aparelho de radiografi-
mão esquerda. Propôs aprimorar a técnica as periapicais convencionais pode-se ava-
da obtenção deste tipo de radiografia. Utili- liar um centro de ossificação específico,
zou filmes periapicais número 2, Ektaspeed, calculando-se assim a maturidade esque-
da Kodak e Agfa, da AgfaGevaert. O apare- lética do paciente.
lho empregado foi o “Spectro II”, da Dabi A radiografia da mão e do punho reali- FIGURA 24 - Desenho esquemático de-
Atlante S.A. regulado em 50 KVp e 10 mA. zada com uma película de 18X24cm, for- monstrando a localização do filme
periapical, para a tomada radiográfica
Os pacientes foram protegidos com um aven- nece informações de 30 centros de ossifi- do osso sesamóide adutor do primei-
tal de chumbo, permaneceram com a mão cação, tornando mais completa a avalia- ro dedo, segundo SILVA FILHO50,51 .

esquerda aberta, os dedos separados e apoi- ção. O profissional então, elegerá entre as
ados em um plano de madeira posicionado metodologias sugeridas por GREULICH e ma a necessidade de intervir nas más oclu-
horizontalmente. O filme periapical locali- PYLE20, TANNER e WHITEHOUSE52 e sões caracterizadas por discrepâncias esque-
zou-se na altura da articulação metacarpo- EKLÖF e RINGERTZ14, a mais adequada. léticas, a ortopedia funcional dos maxilares
falangeana do primeiro dedo, com o seu longo Este trabalho descreve os métodos de ou a ortopedia mecânica reúnem condições
eixo acompanhando o dedo e o picote do avaliação referidos, visando demonstrar a mais apropriadas para uma fase inicial de
filme por distal e lateral do dedo. (FIG. 24). facilidade de seu uso e a importância para tratamento. Depreende-se, portanto, que
Observou que, empregando a técnica o estabelecimento do momento mais preci- conhecer o estágio de maturidade óssea apre-
do cone longo, usando o filme Agfa, com o so para o tratamento ortodôntico. sentado pelo paciente no momento do tra-
tempo de 0,9 segundos de exposição, a dis- Portanto, quando o diagnóstico infor- tamento, é de vital importância.

Abstract

Using a detailed and extensive growth and its relation with the Uniterms: Skeletal maturation;
retrospective analysis the authors skeletal maturational stages, Orthodontic diagnosis; Orthope-
show the importance of the focussing on the orthodontic dic treatment; Orthodontic treat-
intense study of craniofacial diagnosis. ment.

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