Você está na página 1de 10

INFORMAÇOES SOBRE COOPERATIVAS

E ATITUDES A SEREM TOMADAS.

A cooperativa:
Dissolução : decisão de extinguir a sociedade e liquidação: apuração dos
créditos e pagamento dos débitos da sociedade dissolvida.

A Cooperativa está sujeita à dissolução e


liquidação, pelas razões expostas em seus estatutos (art.21, inciso VII, da Lei nº
5764/71), ou nos incisos : I à VII do art.63 da Lei nº 5764/71

CAPÍTULO XI
Da Dissolução e Liquidação

Art. 63. As sociedades cooperativas se dissolvem de pleno direito:

I - quando assim deliberar a Assembléia Geral, desde que os associados,


totalizando o número mínimo exigido por esta Lei, não se disponham a assegurar a
sua continuidade;

II - pelo decurso do prazo de duração; III - pela consecução dos objetivos


predeterminados; IV - devido à alteração de sua forma jurídica; V - pela
redução do número mínimo de associados ou do capital social mínimo se, até a
Assembléia Geral subseqüente, realizada em prazo não inferior a 6 (seis) meses, eles
não forem restabelecidos;

VI - pelo cancelamento da autorização para funcionar; VII - pela


paralisação de suas atividades por mais de 120 (cento e vinte) dias.

...podendo ser dissolvida e liquidada extrajudicialmente, se todos os cooperados


estiverem de acordo, observando-se o disposto no Capítulo XI da Lei nº 5764/71, ou
judicialmente, quando este consenso não existir, por iniciativa de qualquer
cooperado (art.64 da Lei nº 5764/71).

Art. 64. Quando a dissolução da sociedade não for promovida voluntariamente, nas
hipóteses previstas no artigo anterior, a medida poderá ser tomada judicialmente a
pedido de qualquer associado ou por iniciativa do órgão executivo federal.
CUIDADO: convém frisar que tal pedido de dissolução e liquidação da
Cooperativa pressupõe a existência de uma verdadeira Cooperativa.

Muito embora se possa sustentar a legitimidade do Ministério Público, em


pleitear a dissolução judicial de Cooperativa que esteja exercendo atividade ilícita
(art.607 do CPC de 1939, c/c o art.1218, inciso VII, do CPC atual, bem como artigos
127, “caput”e 129, III, da Constituição Federal), é de se ressaltar que , na hipótese
de inexistir verdadeira Cooperativa, estando ela sendo usada como mera fachada ,
o pedido de dissolução e liquidação judicial, além de incabível, seria inconveniente
aos interesses dos consumidores adquirentes, pois estes seriam considerados
como cooperados e, pois, donos da Cooperativa, só passando a receber o valor de
seus créditos após o pagamento prévio de todos os credores externos da
Cooperativa (arts. 72 e 73 da Lei nº 5764/71)

CONCLUSÃO: No caso Bancoop dissolução ou liquidação solicitada pelas


associações ou cooperados esta fora de questão.

Fonte: http://www.scribd.com/doc/12890816/Cooperativas-HAb-Dora-Bussab

DORA BUSSAB CASTELO -Integrante do Ministério Público de São Paulo

Dissolução e liquidação da cooperativa (2)

A cooperativa pode ser dissolvida e liquidada voluntária e extrajudicialmente,


nos termos de seu estatuto (art. 21, inciso VII, da Lei n.º 5764/71) ou nos termos do
art. 63 e seguintes da legislação específica, seguindo-se o procedimento ali previsto.
Quando os cooperativados não estiverem em consenso quanto ao tema, qualquer
deles poderá postular a dissolução e liquidação judicial da cooperativa, conforme
dispõe o art. 64 da Lei n.º 5.764/71. Isso posto, impõe-se a questão: pode o
Ministério Público ajuizar ação civil pública para a dissolução e liquidação judicial
de Cooperativa Habitacional?

Dora Bussab Castelo acredita que sim...

CASTELO, Dora Bussab. Obra citada, p. 131)

...sustentando
o argumento pela referência ao art. 670 do Código de Processo Civil
de 1939 , combinado com o art. 1218, inciso VII, do Código de Processo Civil atual:
Lei n.º 5.869, de 11 de janeiro de 1971 (Código de Processo Civil): Art. 1.218.
Continuam em vigor até serem incorporados nas leis especiais os procedimentos
regulados pelo Decreto-lei no 1.608, de 18 de setembro de 1939, concernentes:
(...)VII - à dissolução e liquidação das sociedades (arts. 655 a 674)

...assim como nos artigos 127, “caput”, e 129, inciso III15, ambos da Constituição
Federal.

Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função


jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime
democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.)

Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público: (...) III - promover o
inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e
social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos

Essa argumentação já foi manejada judicialmente pelo Ministério Público, sendo


defensável, ao menos em tese. É uma remédio drástico, a ser utilizado apenas em
situações extremas.
Corroborando a argumentação no sentido da legitimidade do Ministério Público
para ajuizar, acrescenta-se apenas o fato de que existe entendimento doutrinário no
sentido de que pode o Promotor de Justiça atuar para a dissolução de associações
habitacionais, no caso de constatação de desvio de finalidade17.

A sustentar-se tal posição, seria ilógico negar ao Ministério Público a


possibilidade de coibir abusos semelhantes, apenas porque praticados por pessoa
jurídica com organização societária distinta, como é o caso de cooperativa.

SUSPENÇÃO DE AÇOES EM COOPERATIVA EM LIQUIDAÇÃO

O objetivo do legislador foi garantir às cooperativas em liquidação a dilação


do prazo para o adimplemento de suas dívidas, de maneira a possibilitar sua
reorganização financeira. Em última análise, a mens legis da norma é resguardar o
acervo patrimonial da entidade liquidanda e amparar a pretensão de seus credores.

Assim, avalistas, fiadores e afins não estão sujeitos a eventuais dilações ou


moratórias estabelecidas em favor da entidade em liquidação.

Somente as ações propostas em face da própria cooperativa são alcançadas


pela suspensão, sendo certo que seus credores conservam seus direitos e eventuais
privilégios em relação a coobrigados e obrigados de regresso.
Para todos os efeitos, portanto, não há qualquer interferência na relação do
credor com os coobrigados do devedor falido, liquidado ou em recuperação, de
maneira que devem prosseguir normalmente quaisquer ações ou execuções contra
eles ajuizadas.

Fonte: http://pt.scribd.com/doc/50611453/stj-liquidacao-coop

A liquidação extrajudicial de sociedade cooperativa suspende a


execução dos créditos trabalhistas existentes contra ela?

Não.
Conforme entendimento cristalizado na Orientação Jurisprudencial nº 53 da SDI-2
do Tribunal Superior do Trabalho, a liquidação extrajudicial de sociedade
cooperativa não suspende a execução dos créditos trabalhistas existentes
contra ela.
http://www.jurisway.org.br/v2/pergunta.asp?pagina=1&idarea=1&idmodelo=13486

Suspensão de ações contra cooperativa em


liquidação não se estende a seus litisconsortes

Superior Tribunal de Justiça - 28 de Abril de 2010

A prerrogativa da suspensão das ações judiciais previstas no artigo 76 da Lei n.


5.764/71 destinada exclusivamente às cooperativas em processo de liquidação, não
podendo ser estendida a seus litisconsortes.

A Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) aplicou esse entendimento


ao julgar recurso especial interposto pelos coobrigados da Cooperativa Tritícola
Palmeirense (Copalma), do Rio Grande do Sul. A cooperativa estava em fase de
liquidação.

O processo teve origem em 2008, quando a Cooperativa Agrícola Tapejara


ajuizou ação contra a Copalma para reaver bens de interesse da cooperativa. Tendo
em vista a superveniente liquidação extrajudicial da Copalma, foi determinada a
suspensão do processo pelo prazo de um ano. O juiz de primeiro grau, contudo,
estabeleceu o normal prosseguimento da execução com relação aos sócios e
coobrigados da Copalma.
Inconformados, os sócios interpuseram agravo de instrumento contra a decisão
que determinou o prosseguimento da execução O Tribunal de Justiça do Rio Grande
do Sul, por sua vez, entendeu que a suspensão das ações judiciais propostas contra a
cooperativa em liquidação, não favorece seus fiadores ou avalistas, de acordo com o
artigo 76 da Lei n. 5.764/71.

Já no STJ, a relatora do processo, ministra Nancy Andrighi, ressaltou que a


suspensão das ações está restrita apenas à cooperativa em liquidação. Apontou que a
norma jurídica não permite deduzir que a suspensão das ações de que trata o artigo
76 seja extensiva aos coobrigados das cooperativas em liquidação. A ministra
acrescentou ainda que o objetivo do legislador foi garantir às cooperativas uma
extensão maior do prazo para o pagamento de dívidas e possibilitar sua
reorganização.

Autor: Coordenadoria de Editoria e Imprensa

http://www.jusbrasil.com.br/noticias/2167084/suspensao-de-acoes-contra-cooperativa-em-liquidacao-nao-se-estende-
a-seus-litisconsortes

Intervenção.

Finalmente, há ainda o instrumento da intervenção na cooperativa, previsto no


art. 75, §§ 1º e 2º, da Lei n.º 5.764/71 (quando deve preceder, tanto quanto possível,
a dissolução e liquidação da pessoa jurídica) e no art. 94, “caput”, daquele diploma
legislativo.

Além dos casos previstos na lei, são encontrados na jurisprudência variados


casos de nomeação de interventor judicial, a pedido de um grupo de cooperativados
ou mesmo do Ministério Público, com o propósito de estancar o descalabro
administrativo na cooperativa habitacional.

A legitimação do Ministério Público para propor tal medida parece evidente em


face dos mesmos argumentos enunciados quanto à dissolução e liquidação de
cooperativas – não seria lógico que o Promotor de Justiça pudesse postular a medida
mais extrema, mas não lhe fosse possível demandar judicialmente o paliativo capaz
de eventualmente salvar a própria existência da pessoa jurídica.

Quanto à execução da medida, salienta-se apenas que deve ser pontual, isto é,
destinada a durar apenas o tempo necessário à reorganização administrativa e
financeira da entidade e à mobilização dos cooperativados para que, pelos processos
previstos no estatuto, substituam os dirigentes afastados dos cargos, fornecendo
nova direção à cooperativa.
Da mesma forma, o interventor – pessoa de confiança do juízo e que deve ser
habilitada para o exercício da direção societária (deve ser dada preferência para
pessoas com formação em administração ou ciências contábeis) – deverá prestar
contas regularmente durante o exercício da atividade interventiva, e, ao cabo,
encerrar o desempenho da função com relatório circunstanciado, enunciando a
situação encontrada e as medidas tomadas

COOPERATIVAS HABITACIONAIS: natureza jurídica, distorções, soluções.


Luciano de Faria Brasil / Promotor de Justiça – RS

Cooperativas: falência não, liquidação judicial


Paulo Campos Costa em 04/08/2010

As cooperativas não são sujeitas à Falência (artigo 4º, Lei 5767/71). São sujeitas à
liquidação extrajudicial (artigo 63 e nas hipóteses de seus incisos I a VII), podendo,
quando não estabelecida voluntariamente, ser judicialmente liquidadas por algum de
seus associados (artigo 64).

Também é prevista a liquidação extrajudicial pelo “órgão executivo federal” se


faltantes condições operacionais da cooperativa e, principalmente, diz a lei, se
constatada insolvência. A intervenção do Estado nas cooperativas, diz a maciça
jurisprudência, não cabe mais em virtude do que diz o artigo 5º, XVIII, da CF
(“...vedada a interferência nas cooperativas...”).

Assim, restou apenas referência de que a liquidação é extrajudicial e realizada


voluntariamente pela cooperativa ou judicialmente, a pedido de qualquer associado
nas hipóteses do artigo 63.

A hipótese de insolvência, presente no artigo 75 que, antes era fiscalizada pelo


“órgão executivo federal” ficou só. A insolvência não mais foi tratada pelo órgão
que teve vedada sua interferência nas cooperativas e, a partir daí, ninguém mais
atendendo aos interesses da sociedade e da economia (insolvência) passou a lidar
com essa questão que, por certo é de extrema importância para a sociedade.

Quando há uma administração idônea, a cooperativa estabelece em assembléia o


estado de Liquidação Extrajudicial e isso lhe outorga o direito de ver suspensas as
ações executivas contra si que contenham atos expropriatórios. Neste período os
liquidantes reúnem o ativo, chamam os credores e elaboram o quadro de pagamento,
podendo ainda fazer reerguer a cooperativa.
No entanto, quando não é idônea, o lapso de 02 anos é uma cápsula para a
prática de atos mais ruinosos e fraudatórios do que o quadro anterior ao estado de
liquidação extrajudicial. Nesse ínterim, bens são vendidos, credores são
privilegiados e uma empresa que estava em situação de pré-insolvência, adentra de
vez em um imenso vazio patrimonial.
Aos credores que assistem a esse festival dos devedores o que lhes resta?
Executar é vitória de Pirro uma decisão ineficaz. Falência é pedido juridicamente
impossível. Entendemos que há uma solução, ou melhor, é inafastável deva haver
uma solução, pois é a própria Constituição, que desmantelou a Lei 5.764, que
impede que a lei afaste da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito
(artigo 5º, XXXV) que veda exclusão de apreciação do Juiz de ameaça ou lesão a
direito.
Assim, evidenciada a insolvência da cooperativa, em notoriedade regional,
papel que a mídia exerce muito bem, estando ela em liquidação extrajudicial e não
observados rigorosamente os procedimentos liquidatórios pelos seus liquidantes,
imperioso admitir-se a qualquer interessado (credor) que busque seja a liquidação
pela via judicial, impondo observância às normas da lei que a rege.
Ora, o credor não é sócio e não pode, portanto, votar para destituir os
liquidantes. Também não pode exigir dos sócios (artigo 63, VII) “a integralização
das respectivas quotas-partes do capital social não realizada, quando o ativo não
bastar para solução do passivo”, pois a dívida é da sociedade. Até ponderamos que
em face de flagrante desordem tudo pode o credor, pois o que visa é proteger direito
seu. O problema é que tamanha ingerência na sociedade por terceiros seria de
instrumentalização não recomendável. Até porque conceber-se exclusivamente aos
associados a propositura de pedido de liquidação seria exigir-lhes que pagassem
espontaneamente do débito, pois fatalmente teriam de integralizar suas quotas,
extrema generosidade que a lei já deixou há muito de esperar através do (hoje)
cumprimento de sentença.

Assim, única alternativa é a propositura de liquidação judicial, sob os olhos do


juiz, do promotor de Justiça (gritante o interesse social, artigo 82, III, CPC) e de um
liquidante nomeado pelo Juiz, em verificados danos e outros potenciais à sociedade
e aos credores.
E a solução não está só em impedir a ruína, mas permitir que a cooperativa siga
exercendo sua atividade e retome, através de uma chancela judicial, a confiabilidade
do mercado. A intenção de preservar empregos, confiabilidade no mercado e
garantir a circulação de riquezas, as quais, inclusive, garantem impostos ao Estado
dispensam comentários e constam de diversos dispositivos constitucionais e infra.

No que tange à pretensão de liquidação pela via judicial e seu cabimento alguns
julgados proferidos pelo c. STJ já apreciaram, a lo largo, o tema (CC 28.996/SP, 1ª
Seção, Rel. Min. Nancy Andrighi, DJ de 12.6.2000; CC 32.687/SP, 2ª Seção, Rel.
Min. Ruy Rosado de Aguiar, DJ de 27.8.2001).

Essa, portanto, a nosso ver, a melhor leitura a se fazer da lei das cooperativas e
esperamos encontre eco na análise dos colegas sem, contudo, encerrar o tema.
Paulo Campos Costa é Advogado, OAB/RS nº 56.546 (www.camposcostaadvogados.com.br)

http://www.contratosonline.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=11361:cooperativ
as-falencia-nao-liquidacao-judicial&catid=11&Itemid=144
ASSEMBLEIAS EM COOPERATIVAS
Atos Obrigatórios para Convocações de Assembléias Gerais

O que me leva a escrever sobre a matéria acima, é a prática que algumas


cooperativas vêm utilizando quando da convocação de seus cooperados para a
realização das Assembléias Gerais, por intermédio dos jornais.

Tenho costume, como todo bom advogado deve ter, de estar atento as todas as
matérias publicadas que ocorrem nos diversos jornais da Capital, bem como os
Diários Oficiais do Estado, como da União.

O que me chamou atenção foi que, no Diário Oficial do Estado de S.Paulo, tenho
notado convocações de Assembléias Gerais pelas Cooperativas, citando muitas
vezes o § 1º do Art. 38 da Lei 5764/71, estando assim convocados todos os
cooperados por intermédio de jornal de grande circulação.

A Lei não menciona que tipo de jornal, mas o bom senso nos indica o que seja, é um
jornal de grande circulação na área de ação da cooperativa, no seu Estado, porém,
para um específico e determinado público e, somente este público tem acesso ao
Diário Oficial.

A Lei 5764/71 determina, conforme acima, a publicação que deve ocorrer em jornal,
por certo de grande circulação local, ou seja, jornal do município da sede da
sociedade, como prevê a Lei, ou seja, jornais da cidade, onde todos os cooperados
possam a ter oportunidade de comprar e tomar conhecimento do Edital, jornais estes
que se encontram em todas as bancas de todos os bairros ou dentro do Estado.

Deve a Cooperativa afixar no mural ou, os locais mais freqüentados pelos


Cooperados, o Edital de Convocação, bem como a folha do Jornal em que foi
publicado o respectivo Edital, para uma maior transparência dos Administradores-
Cooperados.

Muitas Cooperativas alegam que a publicação em jornal supre o envio aos


cooperados da Circular a eles, não sendo obrigatória a comunicação.

O que não é verdade, senão vejamos:

A Lei é bem clara quando afirma que há 3 (três) etapas para a convocação dos
Cooperados:

a)- fixação em locais mais comumente freqüentados pelos Cooperados, aqui


entenda-se na sede da cooperativa e locais em que eles exerçam as suas atividades,
locais de trabalho.(afixado o Edital e "xerox" do Jornal em que se deu a publicação).
b)- Circulares aos sócios cooperados, comprovando os seu recebimento ou não.

c)- Publicação em jornal de grande circulação, sendo que o mesmo poderá ser
encontrado em todas as bancas de jornais, o que não ocorre com o Diário Oficial.

O questionamento vem muitas vezes das Cooperativas que têm em seu quadro
associativo mais de 2 ou 3 mil cooperados, alegando um gasto muito elevado para a
sociedade.

Ao constituir a Cooperativa que está baseada na Lei 5764/71 já é do conhecimento


de todos os Cooperados, principalmente dos Administradores e dos sócios da
obrigação do cumprimento da Lei em que todos os Sócios já conhecem.

Muitos Diretores ou Administradores alegam que apenas a publicação é necessária,


porque eles lêem nos jornais, ou mesmo, nos Diários Oficiais, publicações
intimando pessoas por Edital a comparecerem para regularizar alguma pendência.

Quis o legislador, no caso das cooperativas, quando o cooperado tenha que


participar de algumas decisões na sua sociedade, que o mesmo seja intimado
pessoalmente. Caso não seja localizado no endereço, deverá a sociedade intimá-lo
por Edital, no caso estarão cumpridas as três etapas da Convocação.

Nos casos da Justiça, primeiro haverá uma correspondência de intimação que será
realizada pelo sr. Oficial de Justiça. Caso não o localize, aí sim, poderá o autor da
ação requerer a intimação por Edital publicado em Jornal de Grande Circulação
local.

Portanto, deve o Cooperado receber a "Circular",convocando-o para estar presente


na Assembléia Geral. Caso seja devolvida a Circular a ele endereçada, a publicação
estará suprindo o que a Lei determina.

Lembramos que as correspondências encaminhadas terão que ter o recebimento


do Cooperado ou de alguém de sua moradia.

Podemos também efetivar a comunicação ao Cooperado através de mensagem por


e.mail o que fará, por esse meio de comunicação que o Cooperado tome
conhecimento e estará devidamente intimado.

Podem os Diretores fazer a entrega da Circular no dia em que o Cooperado recebe


a sua produção pelo trabalho realizado, tomando assim ciência da data e assuntos da
Assembléia Geral a ser realizada, lembrando sempre que o mesmo deverá receber
com antecedência para comparecer na Sociedade e tomar conhecimento dos
assuntos a serem discutidos, por exemplo, contas em que ele poderá verificar os
valores ali citados de onde e para onde foram utilizados, tendo por certo a ajuda do
Contador para esclarecê-lo.
Diante do Código Civil no caso das sociedades Simples às quais as Cooperativas
estão equiparadas o Cooperado se obriga conhecer a legalidade ou não dos valores
ali expressos.

O não cumprimento das normas estabelecidas poderá propiciar a anulação da


Assembléia Geral, de acordo com o Art. 43 da Lei do Cooperativismo.

Este é o meu entendimento

http://www.sindicooperativas.com.br/paginas/geraldo_volpe_3.htm

MCB: MOVIMENTO DOS CLIENTES BANCOOP

Você também pode gostar