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FICHA INFORMATIVA:
OS LUSÍADAS, CANTO IV, EPISÓDIO DA BATALHA DE ALJUBARROTA
O narrador realça logo o tremendo sinal de combate, dado pelos castelhanos, por
meio dos adjectivos horrendo, fero, ingente, temeroso, som terríbil. Com o fim de realçar o efeito
produzido por esse tremendo som da trombeta castelhana, há a personificação de seres da
natureza física (o monte, os rios), que tremeram frente a esse terrível sinal de guerra.
Associada à personificação surge também a hipérbole: o Guadiana atrás tornou as ondas de
medroso; correu ao mar o Tejo duvidoso.
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Segunda parte – Desenvolvimento ( est. 30 a 42)
A guerra começa. Uns são movidos pela defesa da sua própria terra (os
portugueses) e outros pelo desejo de vitória (os castelhanos). Os inimigos são muito
numerosos, mas os portugueses defendem-se com bravura. D. Nuno Álvares Pereira
destaca-se na luta. D. Diogo e D. Pedro Pereira, irmãos de Nuno Álvares Pereira, estão a
combater contra ele, “caso feio e cruel” – no entanto, não tão grave como combater contra
o rei e a pátria. No primeiro esquadrão há portugueses que renegaram a pátria e combatem
contra seus irmãos. D. João I, sabendo que D. Nuno Álvares corria perigo, acudiu à linha
da frente para apoiar os guerreiros com a sua presença e palavras de encorajamento e, com
um único tiro, matou muitos adversários (hipérbole: Com força tira; e deste único tiro/Muitos
lançaram o último suspiro). Depois desta situação, os portugueses, mais entusiasmados, lutam
sem recearem perder a vida. Muitos são feridos, muitos morrem, mas a bandeira castelhana
é derrubada aos pés da lusitana.
Com a queda da bandeira castelhana, a batalha tornou-se ainda mais cruel. Sem
forças para combaterem, os castelhanos começam a fugir e o rei de Castela vê-se
derrotado e impedido de atingir o seu propósito.
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