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Determinação Experimental do
Coeficiente Joule-Thomson
Introdução
Quando há passagem de um fluido por um estrangulamento (redução no
diâmetro da tubulação), ocorre uma queda de pressão, conseqüentemente,
proporcionando uma diminuição ou aumento da temperatura, Efeito Joule-Thomson
(decréscimo da temperatura de um gás em função da expansão sem realização de
trabalho externo).
O coeficiente de Joule-Thomson é uma propriedade termodinâmica que
relaciona temperatura e pressão, para um processo de estrangulamento tendo as
seguintes características:
• Regime permanente;
• Processo adiabático;
• Variações de energias cinéticas e potenciais são desprezíveis;
• W&e = 0 (o processo não realiza trabalho).
A importância do coeficiente de Joule-Thomson é que ele pode ser medido
experimentalmente e consequentemente ser usado para calcular outras propriedades
termodinâmicas. Em um processo isentálpico, um coeficiente de Joule-Thomson maior
que zero caracteriza um resfriamento e um coeficiente menor que zero caracteriza um
aquecimento.
Objetivo
Desenvolvimento
Desenvolvimento Teórico
James Prescott Joule, juntamente com Lord Kelvin (então Sir William Thomson),
desenvolveu o experimento do tampão poroso. Neste experimento, Figura 1, o gás a
pressão constante p1 e temperatura T1 é forçado a escoar por um tampão (P), feito de
material poroso, colocado no interior de um tubo isolado. O gás sai do outro lado do
tampão no estado (p2,T2) após sofrer uma queda de pressão p1 - p2. Um efeito similar
ocorre quando gás é induzido a passar por uma restrição em um tubo ou capilar
Universidade Federal de Itajubá
IEM – Instituto de Engenharia Mecânica
EME 503 – Termodinâmica I
LEM/LMT
∂T
µ J =
∂p h
∂T T −T
µ J = = lim 1 2 ( parah1 = h2 )
∂p h p → p p1 − p 2
2 1
µJ =
∂T ∆T T1 − T2
≅ =
(T − T )
= 2 1
∂p ∆p p1 − p2 ( p2 − p1 )
Assim:
Se µ J >0 a temperatura cai durante o estrangulamento (região de resfriamento);
Se µ J <0 a temperatura sobe durante o estrangulamento (região de aquecimento).
O valor numérico do coeficiente de Joule-Thomson também pode ser obtido
pelo diagrama p,T,Figura 2, ele é igual à inclinação da tangente da curva isentálpica no
diagrama.
Desenvolvimento Prático
Nota:
As pressões obtida pelos manômetros estão em kgf/cm², portando devem ser
convertidas para atm para o cálculo do coeficiente de Joule-Thomson.
Adotando 1atm = 1bar = 1,03323 kgf/cm²
Sabe-se ainda que: Pabs = Patm + Pman ,
Temos que: p2 – p1 = Δpabs ou P2 – P1 + (Pman – Patm) = ΔPman
Logo Δ pman = Δpabs.
Para o ar: T1>T2 Resfriamento durante o processo de estrangulamento.
Procedimento experimental
P1 P2 T1 T2
Medida
[kgf/cm²] [kgf/cm²] [°C] [°C]
1 10 5,0 21,9 21,6
2 10 4,5 21,6 21,3
3 10 4,0 21,4 21,0
4 10 3,5 21,1 20,4
5 10 3,0 21,0 20,2
6 10 2,5 20,9 20,1
7 10 2,0 20,8 19,9
Tabela 1: Valores medidos das variáveis primárias
T2
Medida P1 [atm] P2 [atm] T1 [°C]
[°C]
1 9,67 4,83 21,9 21,6
2 9,67 4,35 21,6 21,3
3 9,67 3,88 21,4 21,0
4 9,67 3,41 21,1 20,4
5 9,67 2,94 21,0 20,2
6 9,67 2,44 20,9 20,1
7 9,67 1,98 20,8 19,9
Tabela 2: Valores Medidos das Variáveis Primárias
Universidade Federal de Itajubá
IEM – Instituto de Engenharia Mecânica
EME 503 – Termodinâmica I
LEM/LMT
Utilizando a aproximação µ J ≅
(T2 − T1 ) tem-se:
( p2 − p1 )
Medida μj [ºC/atm]
1 0,061
2 0,056 μj
P1 [atm] P2 [atm] T1 [°C] T2 [°C]
3 0,069 [ºC/atm]
4 0,111 9,67 3,40 21,24 20,64 0,093
5 0,121
6 0,118 Tabela 3: Média dos Valores
7 0,117
1
0,9
0,8
0,7
0,6
0,5
y = 0,2401x - 0,9042
0,4
0,3
0,2
0,1
0
0 2 4 6 8 10
Conclusões
Bibliografia