O documento descreve a regulamentação em desenvolvimento do mercado de capitais em Angola, cobrindo áreas como fundos de investimento, bolsas de valores, corretoras e ofertas públicas. A Comissão do Mercado de Capitais está a consolidar projetos legislativos para regular estas áreas e dinamizar o mercado de capitais angolano. Espera-se que a aprovação destas leis e regulamentos criem um sistema financeiro competitivo em Angola.
O documento descreve a regulamentação em desenvolvimento do mercado de capitais em Angola, cobrindo áreas como fundos de investimento, bolsas de valores, corretoras e ofertas públicas. A Comissão do Mercado de Capitais está a consolidar projetos legislativos para regular estas áreas e dinamizar o mercado de capitais angolano. Espera-se que a aprovação destas leis e regulamentos criem um sistema financeiro competitivo em Angola.
O documento descreve a regulamentação em desenvolvimento do mercado de capitais em Angola, cobrindo áreas como fundos de investimento, bolsas de valores, corretoras e ofertas públicas. A Comissão do Mercado de Capitais está a consolidar projetos legislativos para regular estas áreas e dinamizar o mercado de capitais angolano. Espera-se que a aprovação destas leis e regulamentos criem um sistema financeiro competitivo em Angola.
PLMJ, atravs da sua parceria com a MG Advogados, escritrio de advogados angolano, tem vindo a acompanhar a evoluo do enquadramento legal e regulamentar do mercado de capitais angolano, sobretudo aps a aprovao da Lei dos Valores Mobilirios (Lei n. 12/05, de 23 de Setembro) e da Lei das Instituies Financeiras (Lei n. 13/05, de 30 de Setembro). Mais recentemente, o impulso para a criao de um mercado de capitais em Angola resultou na elaborao e discusso pblica de um vasto pacote legislativo e regulamentar, processo em que a nova Comisso do Mercado de Capitais (CMC) tem assumido um papel preponderante. Os projectos legislativos e regulamentares em causa encontram-se, neste momento, num processo acelerado de consolidao, estimando-se que venham a ser aprovados e publicados no decurso do corrente ano. A expectativa criada com o arranque efectivo da Bolsa de Valores e Derivativos de Angola (BVDA), tambm em 2008 (estando, nesta data, a operar em regime experimental), o ritmo de consolidao dos referidos projectos legislativos e regulamentares e as vrias iniciativas em curso no mbito da formao e sensibilizao sobre o mercado de capitais demonstram a vitalidade e determinao de Angola em dinamizar aquele que pode vir a ser um dos pilares estruturantes e competitivos do seu sistema financeiro. Os projectos de legislao e regulamentao cobrem reas to vastas como a institucionalizao e funcionamento das bolsas de valores em Angola, a constituio de fundos de investimento, a actividade de intermediao financeira, a admisso de valores mobilirios negociao, as ofertas pblicas e o regime das sociedades abertas. Salientamos, embora sumariamente, alguns dos principais aspectos que viro a ser cobertos referida legislao e regulamentao: . Sociedades Gestoras de Fundos de Investimento (SGFI) O Regulamento das SGFI disciplina, entre outras matrias, a constituio e funcionamento destas sociedades, os requisitos de capital a que devem obedecer, as suas funes, as condies e requisitos de idoneidade a que esto sujeitos os seus administradores, as relaes com as entidades depositrias dos valores sob gesto, as normas operacionais e as regras relativas s demonstraes financeiras. As SGFI so reconhecidas no relatrio de fundamentao do referido Regulamento como as grandes impulsionadoras dos fundos de investimento mobilirios e imobilirios e certamente tero um papel pioneiro na criao de uma indstria de fundos de investimento angolana e na proteco dos investidores (ditos quotistas) nestes produtos. . Fundos de Investimentos Imobilirio (FII) O Regime Jurdico dos FII agrega um conjunto significativo de normas estruturantes que disciplinam as caractersticas, as regras de constituio, autorizao e registo dos FII, a informao que deve constar dos seus regulamentos de gesto, os deveres e responsabilidade das SGFI, a informao peridica, as operaes vedadas s SGFI, o regime da liquidao, as competncias da assembleia de participantes (quotistas) dos FII fechados, a emisso, colocao e negociao de quotas, os encargos e despesas imputveis aos FII e os princpios relativos sua contabilidade. Espera-se que a CMC - entidade supervisora dos FII - desenvolva oportunamente, atravs de regulamentao, as matrias tcnicas e operacionais que venham a revelar-se convenientes boa implementao das regras aplicveis aos FII. Melhor Departamento Fiscal do Ano - International Tax Review - Tax Awards 2006, 2008 Sociedade de Advogados Portuguesa do Ano - IFLR Awards 2006 & Whos Who Legal Awards 2006, 2008 Prmio Mind Leaders Awards Human Resources Suppliers - 2007 EM PARCERIA COM MG ADVOGADOS A experincia recente tem revelado a grande expectativa que os agentes do mercado e investidores tm em relao a estes instrumentos de desenvolvimento profissional de patrimnios imobilirios colectivos e de captao de capitais no mercado. . Fundos de Investimento Mobilirio (FIM) semelhana dos FII, o Regime Jurdico dos FIM consagra a disciplina fundamental destes instrumentos financeiros, cuja dinamizao est naturalmente ligada ao arranque da BVDA. De notar que o legislador angolano consagrou a possibilidade de coexistncia, no mercado de fundos de investimento, de verdadeiros instrumentos de aforro, destinados subscrio pelo pblico, e de outros exclusivamente destinados a investidores institucionais, ferramentas importantes para o desenvolvimento de uma indstria de grande abrangncia, atentas as vrias oportunidades de mercado neste mbito. . Bolsa de Valores Mercadorias e Futuros A regulamentao da CMC sobre esta matria , com efeito, um marco importante na histria do sistema financeiro angolano. Tal como enunciado no respectivo relatrio de fundamentao, trata-se da abertura de uma nova porta de acesso capitalizao e financiamento das empresas, principalmente nacionais, funcionando como uma alternativa ao financiamento bancrio, e viabilizar a disperso do capital social das sociedades abertas. O Regulamento das Bolsas de Valores, Mercadorias e Futuros estabelece as regras fundamentais aplicveis constituio, admisso, organizao e funcionamento das bolsas de valores, mas seguiu a opo de deixar espao auto-regulao pelas suas entidades gestoras, soluo adequada juventude de um mercado que se pretende slido e transparente, mas tambm eficiente e capaz de se ir adaptando, no apenas s particularidades da comunidade financeira angolana, mas tambm aos padres internacionais, de modo a constituir uma verdadeira plataforma competitiva. A regulamentao da CMC disponibilizada para consulta pblica no desenvolve a disciplina aplicvel aos sistemas de registo centralizado, a compensao e liquidao de transaces e as estruturas vitais neste mbito, no obstante a sua consagrao legislativa j ser conhecida desde a aprovao da Lei dos Valores Mobilirios em 2005. . Correctoras e Distribuidoras (agentes de intermediao) Uma vez criado o ambiente legislativo e regulamentar para o desenvolvimento das instituies do mercado de capitais angolano e operacionalizados os meios materiais, tcnicos e humanos para a implementao deste projecto nacional, urge disciplinar o acesso e exerccio da actividade de intermediao financeira e dos operadores profissionais que directamente intervm no mercado e que aplicam os recursos dos investidores. Os princpios e objectivos esto claramente vertidos nos dois regulamentos que disciplinam a actividade das corretoras e das distribuidoras de valores mobilirios, ou seja, a proteco dos investidores, a transparncia do mercado e a segurana das operaes. Para alm das normas relativas forma e denominao, ao objecto social e ao registo para o funcionamento destes operadores, os dois Regulamentos da CMC consagram regras sobre o seu capital social e patrimnio lquido, a sua administrao, sobre diversas questes operacionais, registo de transaces e mecanismos de preveno de conflitos de interesses. O papel destas instituies, cuja disciplina se encontra agora desenvolvida, ser fundamental para o futuro da BVDA. . Ofertas Pblicas de Valores Mobilirios A regulamentao da CMC no descurou a necessidade de autonomizar a disciplina das ofertas pblicas de valores mobilirios, tratando desta matria atravs do Regulamento das Ofertas Pblicas. Est em causa a captao de poupanas junto do pblico e a necessidade de criar instrumentos que permitam aos investidores tomar contacto com o novo mercado de capitais e os riscos de investimento que lhes so inerentes. O respeito pelo princpio da legalidade das ofertas pblicas, assegurado pelo registo e aprovao de prospecto pela CMC e o acesso dos investidores informao sobre as sociedades emitentes e os valores oferecidos, so as traves mestras deste Regulamento. Considerando os seus destinatrios, a lngua portuguesa ser a usada em todo o processo de registo, prestao de informaes ou esclarecimentos CMC. De referir que esta regulamentao no trata as ofertas pblicas de aquisio (OPA) por, segundo antecipado, revestirem caractersticas muito prprias e por no existir, ainda nesta fase, a necessidade imperiosa de aprovar regras desenvolvidas sobre a matria. No obstante, como veremos de seguida, a disciplina das sociedades abertas, da imputao de direitos de voto e dos mecanismos de defesa dos accionistas minoritrios face a posies de controlo relevante, determinar a reflexo futura sobre a temtica complexa das OPA. Escritrios Internacionais : Angola, Brasil e Macau (em parceria) Escritrios Locais: Lisboa, Porto, Faro e Coimbra, Guimares e Aores (em parceria) A presente Nota Informativa, foi preparada por PLMJ atravs da sua parceria com MG Advogados e destina-se a ser distribuda entre Clientes e Colegas. A informao nela contida prestada de forma geral e abstracta, no devendo servir de base para qualquer tomada de deciso sem assistncia profissional qualificada e dirigida ao caso concreto. O contedo desta Nota Informativa no pode ser reproduzido, no seu todo ou em parte, sem a expressa autorizao do editor. . Sociedades Abertas A abertura do capital social das sociedades ao investimento do pblico atravs das referidas ofertas pblicas de valores mobilirios transforma estas sociedades em agentes fundamentais do mercado de capitais, sendo fundamental sujeit-las a regras transversais e idnticas, superviso da CMC, cultura de divulgao de informao relevante sobre a sua actividade e situao financeira, sobre os seus accionistas com participaes relevantes e sobre a participao dos accionistas nas suas assembleias gerais. O Regulamento das Sociedades Abertas consagra ainda princpios de bom governo societrio e a figura do administrador no executivo independente. A dinmica e cultura das sociedades abertas so certamente uma novidade para o universo empresarial angolano - naturalmente assente na figura das sociedades fechadas e por isso mesmo constituem um grande desafio lanado pelos reguladores angolanos como um dos pilares do desenvolvimento de um mercado de capitais moderno, eficiente, transparente e competitivo. . Financiamento do Agro-Negcio Uma ltima chamada de ateno para o projecto da lei do financiamento do denominado agro-negcio, de inspirao brasileira, que consagra a disciplina dos diversos ttulos provenientes do agro-negcio pretendendo criar mecanismos de financiamento, atravs do mercado de capitais, produo agro-pecuria, uma necessidade vital para o desenvolvimento econmico de Angola. Uma leitura atenta aos referidos projectos legislativos e regulamentares permite concluir que, pesando a influncia da legislao e regulamentao brasileiras e, tambm, portuguesas, o legislador angolano conseguiu acomodar solues conhecidas e testadas nos mercados mais desenvolvidos s particularidades do mercado de capitais local, tendo presente os mecanismos necessrios defesa dos seus pilares fundamentais: a proteco dos investidores, a defesa do mercado, a transparncia da informao e a superviso efectiva da actuao dos agentes de intermediao. De referir, no entanto, que as iniciativas legislativas e regulamentares a que nos referimos no esgotam o universo de actividades que podem vir a ser desenvolvidas pelas instituies financeiras no bancrias ligadas ao mercado de capitais e ao investimento em Angola e que j encontram consagrao expressa na Lei n. 13/05, de 30 de Setembro, como por exemplo o capital de risco e a titularizao de crditos. A construo do mercado de capitais angolano est, pois, em marcha acelerada e, embora se reconhea que existe um caminho importante a percorrer no que respeita sensibilizao das empresas locais e dos investidores para esta nova cultura de mercado, Angola tem todas as condies de concretizar este projecto nacional e de ser uma praa financeira africana importante e sustentvel. Uma vez atingido este desiderato, com facilidade se antecipa o impacto do mercado de capitais angolano na consolidao do sistema financeiro nacional, na criao de uma nova dinmica da economia, na canalizao diversificada de poupanas, na atraco do investimento estrangeiro e no fortalecimento do sector privado angolano. Para alm dos desafios e profundo interesse que a nova legislao e regulamentao ir despertar aos investidores e operadores no mercado de capitais angolano, no podemos esquecer que tambm implica uma ponderao e um esforo de articulao com a legislao angolana existente e que rege matrias afins de grande relevncia, tais como a Lei das Sociedades Comerciais, a Lei Cambial, a Lei dos Sistemas de Pagamentos e a Lei Fiscal, esta ltima tambm em processo de reviso face s particularidades criadas pelo mercado de capitais angolano. A referida articulao revela alguma complexidade e no se enquadra no objecto da presente Nota Informativa. No obstante, tencionamos trat-la no mbito do acompanhamento que faremos sobre esta temtica. Como nota final, acreditamos que o interesse e expectativa que a Parceria PLMJ - MG Advogados tem sobre os desenvolvimentos recentes e futuros da regulao do mercado de capitais angolano sejam igualmente partilhados pelos destinatrios desta Nota Informativa, razo pela qual entendemos ser oportuna a sua divulgao. 12 de Agosto, 2008 Snia Teixeira da Mota stm@plmj.pt Lus Miguel Nunes lmn@plmj.pt