Caroline Tannus
NUTRIÇÃO PARENTERAL
O fornecimento de nutrientes por via intravenosa (IV) em teores suficientes para manter o
repor a massa celular corporal é um processo relativamente recente. Apenas nas duas
últimas décadas conseguiu-se administrar por via IV, calorias e nitrogênio numa proporção
adequada para se obter um balanço nitrogenado positivo (BERNARD, M. A, 1986),
utilizando formulações que simulem o estágio final das transformações das
bioquímicas naturalmente sofridas pelos alimentos no trato digestivo.
A NP é de importância primordial na clínica médica constituindo-se num instrumento
para a manutenção da vida nas situações em que seja possível ou contra-indicada a
alimentação por via oral. O objetivo principal dessa metodologia é melhorar ou prevenir a
desnutrição nos pacientes, que apresentam impossibilidade total ou parcial de utilizar o
tubo digestivo, corrigindo os sinais, sintomas e seqüelas da desnutrição.
Em sua concepção mais geral a NP é o fornecimento de nutrientes essenciais,
carboidratos, gorduras, proteínas, eletrólitos, vitaminas e água, por via venosa.
Evidencia-se que nos pacientes com perda pré-operatória de 30% de peso corporal,
antes de uma intervenção cirúrgica, a mortalidade pós-operatória chega a ser 10 vezes
maior que em indivíduos estróficos, sendo a infecção a causa da maioria das mortes.
Correlaciona-se a hipoproteínemia a um aumento da freqüência de infecções pós-
operatória, bem como um retardo de cicatrização do corte cirúrgico.
Indicações
Os pacientes que apresentam obstrução da via digestiva por doença maligna ou benigna,
peritonites, pancreatite associada com íleo paralítico, síndrome do intestino curto, enterite
actínica, fístulas digestivas, doenças inflamatória intestinal, síndrome da má-absorção,
sepse, insuficiência orgânica múltipla, insuficiência renal aguda, encefalopatia hepática,
anorexia nervosa, insuficiência refrataria, incompetência imunológica, entre outros,
Disciplina Farmácia Hospitalar
Caroline Tannus
devem ter propriedades desinfetantes (M.S. Portaria 196, 1983; M.S. Portaria 930, 1992).
São indicados pela Portaria Ministerial Soluções de dois ou mais fenóis sintéticos
(ortofenifenol paraterciário, butilfenol ou ortobenzil paraclofenol) em concentrações que
variam segundo o fabricante.
Durante a limpeza da sala não deve ser criada corrente de ar e nem dispensar
partículas de pó pelo ambiente. As janelas e portas permanecerão constantemente
fechadas e serão utilizados panos úmidos destinados exclusivamente para área.
O preparo intra-hospitalar da NP que exige condições rigorosas de controle para garantir
sua esterilidade é de total responsabilidade do farmacêutico, cuja formação técnica
assegura a compatibilidade química dos seus componentes, controle físico, físicoquímico
e microbiótico dos aditivos e estabilidade da mistura. Cabe o farmacêutico informar,
através de palestras ou cursos realizados no hospital, os resultados obtidos com controle
microbiótico, técnicas mais adequadas de preparo e principais problemas de
incompatibilidade e estabilidade nas misturas.
•Evitar gestos bruscos, movimentos excessivos que possam provocar turbulências no ar;
•Procurar não bloquear a corrente de ar com suas mãos na direção do material estéril;
•Manter os materiais não essenciais, tais como requisição, etiquetas, etc., fora da área
de preparo. Considerando que o equipamento de fluxo não remove pós e outros
contaminantes da superfície.
Controle de qualidade
determinado paciente;
c) que contenham corretamente os componentes nas concentrações prescritas e que sejam
conservadas, distribuídas e administradas convenientemente.
• Bibliografia especializada;