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ltimas palavras
Aps estes exemplos, fica claro que a comparecem tanto a
memria coletiva remetendo a fatos e crenas originados na nossa
histria quanto o peso da estrutura econmica e social do Brasil
e as polticas que a sustentam, com os problemas e conflitos que
provocam. Os estudantes mostraram em seus mapas, ademais, uma
viso que exprime o olhar situado no contexto geogrfico e cultural
deles. Por ltimo, para entender a maneira como o Brasil imaginado
por eles, no se pode contornar o seu atravessamento pelos afetos.
O exemplo dos paraenses feliz para mostrar o entrelaamento
do social e do psicolgico. O sentimento de distncia, excluso e
espoliao que vrios deles expressam denuncia o lugar de onde
falam, e parece ser o produto tanto dos dados de realidade relativos
explorao dos recursos naturais da Amaznia quanto da herana
de uma histria complicada das relaes entre o Par e o resto do
Brasil. Desta forma, se a histria, a poltica, a economia esclarecem a
origem de mitos e crenas que ainda se manifestam quanto ao Brasil,
a representao social do pas integra a tambm a Sociologia, o
tempo presente, vivido e veiculado pelas instituies produtoras
de subjetividade, como a escola e os meios de comunicao, num
tecido bem urdido e denso, entremeado dos afetos que este conjunto
de fatores ajudou a criar. A representao social do Brasil um
Notas
1 Para uma discusso a respeito da Psicologia Social e Sociologia, remeto
a S (1998) e sobre a relao entre Sociologia e representaes sociais,
a Doise (1986), Jodelet (2009) e Porto (2009), no sem antes retomar
algumas reflexes de Moscovici (1988) e Moscovici e Markova (2006)
sobre o encontro (e desencontros) dessas duas reas.
Referncias bibliogrficas
AMADO, J. Regio, serto, nao. Estudos Histricos, v. 8, n. 5, p.145-
151, 1995.