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O CONCEITO DE QUALIDADE
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QUALIDADE PERCEBIDA
Slack et al. (1997) ressaltam que um problema que acontece ao se basear a definição
de qualidade em expectativas é que as expectativas podem variar para diferentes
consumidores. E além das expectativas poderem ser diferentes, as percepções, ou seja, a
forma que os clientes “percebem” um produto, também podem variar para diferentes
clientes. No caso dos serviços, as percepções entre diferentes clientes podem variar ainda
mais, devido ao fato dos serviços serem intangíveis. Além disso, a própria tendência de
variabilidade dos serviços pode fazer que um mesmo cliente tenha percepções diversas do
mesmo serviço em diferentes ocasiões.
O processo de avaliação da qualidade pelo cliente pode ser ilustrado pela figura 4.1,
mostrada abaixo.
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Processo Resultado
do do
Serviço Serviço
Figura 4.1: A qualidade percebida pelo cliente [Fonte: Gianesi&Corrêa (1994, p. 80)].
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Serviço esperado
Lacuna 5
Serviço percebido
Cliente
Empresa de
Lacuna 4 Comunicações
serviços Prestação do
externas com o
serviço
cliente
Lacuna 3
Lacuna 1 Especificações do
serviço
Lacuna 2
Percepções da
gerência sobre as
expectativas do
cliente
Figura 4.2: Modelo da qualidade de serviços [Fonte: Parasuraman et al. (1985, p. 44)].
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Grönroos (1995) ainda afirma que a qualidade percebida de um serviço pode ter duas
dimensões: a dimensão técnica e a dimensão funcional. A dimensão técnica está
relacionada com o resultado do processo que produz um determinado serviço. Essa
dimensão se refere a “o que” o cliente recebe e ao que fica com o cliente quando o
processo de produção termina. A dimensão funcional está relacionada ao processo de
produção do serviço, ou seja, a “como” o cliente recebe e vivencia o serviço. Em uma
empresa aérea por exemplo, um cliente pode ser transportado de uma localidade para outra
como resultado do serviço (dimensão técnica), mas sua percepção de qualidade também
vai depender de como ele recebeu esse serviço (dimensão funcional).
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Um restaurante self-service por exemplo, poderia ser constituído por sete momentos
da verdade: 1. Entrar no restaurante, 2. Servir-se, 3. Pesar o prato na balança, 4. Sentar-se à
mesa, 5. Aguardar na fila, 6. Pagar a conta, 7. Sair do restaurante. Esses momentos da
verdade completariam o ciclo de serviço mostrado na figura 4.3.
Ciclo de serviço
4. Sentar-se à mesa
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Esses determinantes propostos não são resultados de uma pesquisa empírica, mas
resultam da integração de estudos disponíveis. Assim, procurou-se agrupar os
determinantes apresentados por diferentes autores em determinantes genéricos com
características distintas. O quadro 4.1 mostra a correspondência dos determinantes
apresentados pelos autores já citados com os determinantes propostos.
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essencialmente intangível. Por isso, Ghobadian et al. (1994) afirmam que a qualidade não é
um fenômeno singular, mas multi-dimensional. Dessa forma, mesmo que o preço tenha
uma forte relação com a qualidade, como é evidenciada na abordagem baseada em valor de
Garvin (1984), não se pode considerar o preço como uma dimensão da qualidade. Para
finalizar, Grönroos (1995) alega que o preço não parece ser um determinante direto da
qualidade, exercendo um efeito indireto sobre as percepções e expectativas do cliente.
Disponibilidade - Disponibilidade - -
Cada tipo de serviço poderá ter determinantes que são considerados críticos para o
setor em que se encontra (Johnston, 1997). Da mesma maneira, cada momento da verdade
nos diversos tipos de serviços sofrerá um maior ou menor impacto dos diferentes
determinantes da qualidade. A percepção da qualidade e a posterior avaliação do serviço se
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dão em relação aos determinantes considerados mais importantes pelo cliente em cada
momento da verdade. Por exemplo, o momento da verdade “aguardar na fila”, no exemplo
do restaurante self-service, é fortemente impactado pelo determinante rapidez, mas parece
ter uma relação menor com o determinante empatia, uma vez que praticamente não há
contato com o pessoal de linha de frente nesse momento.
MEDIDAS DE DESEMPENHO
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LEITURAS COMPLEMENTARES
ALBRECHT, Karl. Revolução nos serviços: como as empresas podem revolucionar a maneira de tratar os
seus clientes. 2.ed. São Paulo: Pioneira, 1992. 254p.
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FITZSIMMONS, James A., FITZSIMMONS, Mona J. Service management: operations, strategy, and
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GARVIN, David A. What does “product quality” really mean? Sloan Management Review. USA, v. 26, n. 1,
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GIANESI, Irineu G. N., CORRÊA, Henrique Luiz. Administração estratégica de serviços: operações para a
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PALADINI, Edson Pacheco. Gestão da qualidade no processo: a qualidade na produção de bens e serviços.
São Paulo: Atlas, 1995. 286p.
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Retailing. USA, v. 64, n. 1, p. 12-40, spring, 1988.
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QUALIDADE PERCEBIDA EM SERVIÇOS - EXERCÍCIOS DE REVISÃO