DE SERVIÇOS PROFª CAROLINA BRAGHIROLLI STOLL O QUE É?
Para Cobra (2001, p. 222), “o consumidor é quem define o que é qualidade”.
Hoffman e Bateson (2003, p.357) destacam que medição da qualidade do serviço e
satisfação do cliente estão relacionadas. QUAL A RELAÇÃO QUALIDADE X SATISFAÇÃO?
Satisfação é uma medida de curto prazo. Leva à percepção de qualidade do
serviço.
Qualidade do serviço decorre da avaliação geral do desempenho geral, a
longo prazo. Resulta na satisfação do cliente.
Entrelaçamento é explicado pelos autores como “satisfação atualiza nos
clientes suas percepções de qualidade do serviço” (HOFFMAN; BATESON, 2003, p.358) Cliente percebe qualidade de uma empresa sem experiência anterior, com base nas próprias expectativas – Nos encontros subsequentes com a empresa, o cliente atualiza suas percepções, através do processo de quebra de expectativas – Cada encontro adicional reforça essas percepções, que são atualizadas, modificadas e cria novas intenções. Cliente percebe qualidade de uma empresa sem experiência anterior, com base nas próprias expectativas – Nos encontros subsequentes com a empresa, o cliente atualiza suas percepções, através do processo de quebra de expectativas – Cada encontro adicional reforça essas percepções, que são atualizadas, modificadas e cria novas intenções.
Qualidade não é um objetivo ou programa, mas sim uma sistemática
de gestão e produção do serviço. Clientes satisfeitos, que percebem a qualidade do serviço, são uma verdadeira fonte de vantagem competitiva. No entanto, está se tornando cada vez mais difícil para muitas organizações a compreensão e a sustentação dessa tal vantagem (AL-ALLAK e BEKHET, 2011). De acordo com Parasuraman, Berry e Zeithaml (1991), o desempenho de alta qualidade do serviço produz benefícios mensuráveis em lucratividade, redução de custos e participação de mercado A qualidade do serviço é frequentemente definida como o grau e a direção da discrepância entre as percepções e expectativas dos consumidores, expressa como uma medida de expectativa de desconfirmação (OLIVER; 1980; PARASURAMAN; ZEITHAML; BERRY, 1988 apud MONDO) O processo de qualidade pode ser examinado em termos de lacunas entre expectativas e percepções da gerência, dos funcionários e dos clientes (HOFFMAN; BATESON, 2003, p.359).
Objetivo da empresa é fechar ou estreitar a lacuna ao
máximo. quais as lacunas na qualidade de serviços? Lacuna de serviço: entre a expectativa do cliente e sua percepção do serviço prestado.
Para eliminar a lacuna de serviço faz-se necessário estreitar
outras: Lacuna de conhecimento: diferença entre o que os clientes esperam de um serviço e o que a gerência percebe que os clientes esperam. Lacuna de padrões: diferença entre o que a gerência percebe que os clientes esperam e as especificações de qualidade estabelecidas para a prestação do serviço. Lacuna de execução: diferença entre as especificações de qualidade estabelecidas para a prestação do serviço e sua qualidade real. Os funcionários executam o serviço conforme foram treinados? Lacuna de comunicação: diferença entre qualidade real do serviço prestado e a divulgada nas comunicações da empresa. A busca do fechamento das lacunas por alta qualidade de serviço resulta em maior lealdade do cliente, maior disposição para recomendar a alguém e aumento da participação de mercado Bolton; Drew, (1991); Boulding et. al., (1993) apud Mondo (2014, p.54) . Percepções são definidas como as crenças dos consumidores sobre o atendimento recebido (PARASURAMAN; ZEITHAML; BERRY 1985) ou experiência do serviço (BROWN; SWARTZ, 1989) Expectativas são definidas por Parasuraman, Zeithaml e Berry (1988, p. 17) como "desejos dos consumidores, ou seja, o que eles sentem que um prestador de serviços deve oferecer". Parasuraman et. al. (1988) enfatizam que o termo "expectativa" é utilizado de forma diferente na literatura de qualidade do serviço do que na literatura de satisfação do consumidor em que as expectativas de serviços não representam previsões sobre o que prestadores de serviços "iriam" oferecer, mas sim o que eles "devem" oferecer. Gronroos (1984) distinguiu entre os aspectos técnicos ("o que" é fornecido) e os aspectos funcionais ("como" o serviço é prestado) e Parasuraman, Zeithaml e Berry (1985), que identificaram duas dimensões inter-relacionadas de serviços de qualidade, a qualidade do resultado e qualidade do processo, reforçando a ideia de Gronroos. REFERÊNCIAS AL-ALLAK; BEKHET.. Beyond SERVQUAL: A Paradigm Shift. Australian Journal of Basic and Applied Sciences, v. 5, n. 7, p. 129-134, 2011. ALBU. The importance of the quality of environmental factors on tourism products. An application of the kano model. Bulletin of the Transilvania University of Braşov• Vol, v. 2, p. 51, 2009 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS ABNT NBR ISSO 9000:2005: Sistemas de Gestão de qualidade – fundamentos e vocabulário. Rio de Janeiro: 2006. Disponível em: Gronroos (1984) distinguiu entre os aspectos técnicos ("o que" é fornecido) e os aspectos funcionais ("como" o serviço é prestado) e Parasuraman, Zeithaml e Berry (1985), que identificaram duas dimensões inter-relacionadas de serviços de qualidade, a qualidade do resultado e qualidade do processo, reforçando a ideia de Gronroos. Acessado em: 10 jul. 2023. BEECHAM, R. Teaching quality and student satisfaction: nexus or simulacrum?. London Review of Education, v. 7, n. 2, p. 135-146, 2009. BITNER, MJ. Evaluating service encounters: the effects of physical surroundings and employee responses. The Journal of Marketing, p. 69-82, 1990. BRISOT, Valério Garcia. Sistema de Gestão da Qualidade: entendendo a NBR ISO9001:2008. Santa Cruz do Rio Pardo, SP: Editora Viena, 2013. ISSBN 978-85-371-0207-7. BROGOWICZ, A. A.; DELENE, L.M.; LYTH, D. M. A synthesised service quality model with managerial implications.International Journal of Service Industry Management, v. 1, n. 1, p. 27-45, 1990. BROWN, S. W.; SWARTZ, T. A. A gap analysis of professional service quality. The Journal of Marketing, p. 92-98, 1989. CÂNDIDO, C. J. F; MORRIS, D. S. The implications of service quality gaps for strategy implementation. Total Quality Management, v. 12, n. 7-8, p. 825-833, 2001. CHANG, T; WILDT, A. Price, product information, and purchase intention: An empirical study. Journal of the Academy of Marketing science, v. 22, n. 1, p. 16-27, 1994 CHEN, L.H.; KUO, Y.F. Understanding e-learning service quality of a commercial bank by using Kano's model. Total Quality Management, v. 22, n. 1, p. 99-116, 2011. CHURCHILL JR, G. A.; SURPRENANT, C. An investigation into the determinants of customer satisfaction. Journal of Marketing research, p. 491-504, 1982 COBRA, Marcos. Marketing de Turismo. São Paulo: Cobra, 2001. DIAS, Reinaldo; ALZIRA, Maria (org.). Gestão de Hotelaria e Turismo. São Paulo: Pearce Prentice Hall, 2005. EVANS, K. R.; BROWN, S. Strategic options for service delivery systems. First Interstate Center for Services Marketing, Arizona State University, 1988 GRONROOS, C. A service quality model and its marketing implications, European Journal of Marketing, Vol. 18 No. 4, pp. 36- 44, 1984. HOFFMAN, K. Douglas; BATESON, John E.G. Princípios de Marketing de Serviços: conceitos, estratégias e casos. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2003. HUME, M. How do we keep them coming?: examining museum experiences using a services marketing paradigm. Journal of Nonprofit & Public Sector Marketing, v. 23, n. 1, p. 71-94, 2011. KANO, N., et al. Attractive quality vs must be quality. Journal of the Japanese Society for Quality Control, Tokyo, v. 14, n. 2, p. 39-48, 1984. KOTLER, Philip. Marketing de A a Z: 80 conceitos que todo o profissional precisa saber. Rio de Janeiro: Campus, 2003. LOVELOCK, C. H.; YOUNG, R. F. Look to consumers to increase productivity. Harvard Business Review, v. 57, n. 3, p. 168-178, 1979. MONDO, Tiago Savi. Tourqual: proposta de um modelo de avaliação da qualidade de serviços em atrativos turísticos. 2014. Tese de Doutorado. Centro Sócio-Econômico da Universidade Federal de Santa Catarina. Disponível em: Gronroos (1984) distinguiu entre os aspectos técnicos ("o que" é fornecido) e os aspectos funcionais ("como" o serviço é prestado) e Parasuraman, Zeithaml e Berry (1985), que identificaram duas dimensões inter-relacionadas de serviços de qualidade, a qualidade do resultado e qualidade do processo, reforçando a ideia de Gronroos. Acesso em: 10 jul. 2023. NANAYAKKARA, L. A comparative study on marketing of reader services in academic libraries in Asia: with special reference to India, Malaysia, Thailand and Sri Lanka. MLS thesis. University of Colombo, Colombo, 2008. PALADINI, Edson Pacheco. Gestão da Qualidade: teoria e prática. São Paulo: Atlas, 2011. ISBN. 978-85-224-3673-6. PARASURAMAN, A. et al. A conceptual model of service quality and its implications for future research, Journal of Marketing, Vol. 49 No. 4, pp. 41-50, 1985. PARASURAMAN, A., BERRY, L. L. e ZEITHAML, V.A. Refinement and reassessment of the SERVQUAL Scale.In Journal of Retailing . Volume 67, n. 4, Winter,1991. p. 420-450. PARASURAMAN, A., ZEITHAML, V.; BERRY, L. SERVQUAL: a multiple-item scale for measuring consumer perception of service quality, Journal of Retailing, V. 64 N. 1, p. 12-40, 1988. RITCHIE, J. R. B.; CROUCH, G. I. The competitive destination [electronic resource]: a sustainable tourism perspective. Cabi, 2003. SAADÉ, R.; BAHLI, B. The impact of cognitive absorption on perceived usefulness and perceived ease of use in online learning: an extension of the technology acceptance model. Information & Management, v. 42, n. 2, p. 317- 327, 2005. SHAMDASANI, P.; MUKHERJEE, A.; MALHOTRA, N. Antecedents and consequences of service quality in consumer evaluation of selfservice internet technologies. The Service Industries Journal, v. 28, n. 1, p. 117-138, 2008. VAN GORDER, B. E. Satisfying the customer of the ‘90s’. Credit, v. 16, n. 2, p. 10-15, 1990 WESTBROOK, R. A.; OLIVER, R. L. Developing better measures of consumer satisfaction: some preliminary results. Advances in consumer Research, v. 8, n. 1, p. 94-99, 1981. YANG, C. C. et al. Methods for determining areas for improvement based on the design of customer surveys. The Service Industries Journal, v. 29, n. 2, p. 143-154, 2009