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APOIO

À PRÁTICA
PEDAGÓGICA

NOMES PRÓPRIOS E LISTAS


EDUC. INFANTIL / CICLOS DE APRENDIZAGEM I e II / EJA
Prefeito da Cidade de Salvador
JOÃO HENRIQUE DE BARRADAS CARNEIRO

Secretário Municipal da Educação e Cultura


NEY CAMPELLO

Coordenadora de Ensino e Apoio Pedagógico - CENAP


ANA SUELI PINHO

Equipe Técnica da Edição Original (1996)


Coordenação da Elaboração dos Cadernos
Kadja Cristina Grimaldi Guedes

Consultoria
Maria Esther Pacheco Soub

Sistematização
Antônia Maria de Souza Ribeiro
Maria de Lourdes Nova Barboza
Elizabete Regina da Silva Monteiro

Edição Atualizada (2007)


Angela Maria do Espírito Santo Freire

Coordenação da reedição dos Cadernos


Maria de Lourdes Nova Barboza

A edição deste caderno atende aos objetivos da SMEC em dar suporte


didático/pedagógico às atividades de sala de aula.

Esta publicação destina-se exclusivamente para uso pedagógico nas escolas Municipais de Salvador,
sendo vedada a sua comercialização. A reprodução total ou parcial deverá ser autorizada pela Secretaria
Municipal da Educação e Cultura de Salvador.
APRESENTAÇÃO

É com muita satisfação que a Coordenadoria de Ensino e Apoio Pedagógico - CENAP –


apresenta aos professores do Sistema Municipal de Ensino, a reedição dos Cadernos de
Apoio à Prática Pedagógica.

Nascidos em 1996, de um trabalho de vanguarda que conectava a teoria à prática da sala


de aula das escolas municipais, tais cadernos procuravam ser – e certamente ainda são –
um instrumento estratégico da nossa luta diária para aumentar os índices de
desempenho acadêmico dos alunos da Rede Municipal de Ensino de Salvador.

Os Cadernos de Apoio à Prática Pedagógica apresentam vários blocos de sugestões com


diferentes gêneros textuais e algumas atividades voltadas para aquisição da base
alfabética e ortográfica dos alunos, subsidiando os professores no seu saber-fazer
pedagógico.

Acreditamos que quanto mais investirmos na formação continuada, na prática reflexiva,


na pesquisa de soluções originais, mais será possível uma progressiva redefinição do
nosso ofício de professor, no sentido de uma maior profissionalização.

Atualizamos e publicamos esses cadernos, apostando no potencial criativo dos


professores, tendo em vista o bem comum de todas as crianças, jovens e adultos que
freqüentam as escolas municipais de Salvador.

Sucesso professor, é o que lhe desejamos!

Ana Sueli Pinho


Coordenadora da CENAP
CADERNO DE NOMES PRÓPRIOS

INTRODUÇÃO

O nome próprio compõe um tipo de texto (palavra-texto) muito presente no cotidiano


dos sujeitos sociais. Ele é parte da identidade social, cultural e psicológica de todos os
indivíduos. É, antes de tudo, um reforçador da individuação e da identidade, carregado
de um grande valor afetivo e social, posto que identifica seus pertences, marca seu
lugar no mundo e dá-lhes a satisfação de pertencer a um grupo e está relacionado ao
exercício da cidadania. É por intermédio do nome próprio que eles são identificados e
reconhecidos como sujeitos cidadãos. Portanto, nada é mais pessoal que o nome
próprio, ele define o lugar de cada um no mundo.

O nome próprio pode considerar-se como uma palavra a mais, no nível de tantas
outras; mas também pode considerar-se como uma palavra singular, muito
diferente de outras em muitos aspectos. Por outro lado, a carga emocional
vinculada com esta escrita não pode ser comparada com a carga emocional de
tantas outras palavras neutras. O nome próprio escrito, ou a assinatura, é parte da
pessoa, de sua própria identidade. Provavelmente, através do uso da escrita do seu
nome, a criança descobre algumas funções da escrita em geral, coma a de
identificar objetos, lugares. (FERREIRO, 1993).

O trabalho pedagógico sistemático e freqüente com o nome próprio representa


importante estratégia didática voltada para a alfabetização inicial dos alunos, visto que:

[...] é um referente singular, serve para nomear uma única presença, representa um
valor de verdade etc. Nesse sentido, a escrita do próprio nome parece ser uma
peça-chave para o início da compreensão da forma de funcionamento do sistema
de escrita. A escrita do próprio nome adquire mais importância ao se iniciar a
escolaridade. Com efeito, a entrada na escola pressupõe marcar o desenho, a
lancheira, a mesa, os utensílios, o avental. Uma vez na escola, a criança encontrará
o seu nome em muitos lugares: nos cabides, trabalhos, tapetinhos etc. Portanto,
seja como conseqüência do meio escolar ou extra-escolar, o nome próprio dá
elementos importantes para a criança (TEBEROSKY, 1993).

O aluno na fase inicial de seu processo de alfabetização não compreende a escrita como
representação da fala e sim como representação do objeto a que se refere. Por isso, a
escrita do nome próprio é de grande importância para o processo de aquisição da base
alfabética. A escrita do nome próprio reforça a justificativa de trabalhar didaticamente a
leitura e a escrita dos nomes dos alunos. Além disso, oportuniza uma aprendizagem bem
próxima dos alunos, particular a cada ser, ligando o ensino a vivências realmente
significativas, em vez do uso de material impessoal, destituído de um significado real
(cartilha), elaborada à distância, não condizente com a realidade do aluno e com uma
perspectiva geral tanto quanto temática, como previsão dos progressos dos alunos no
início da aquisição de base alfabética.
CARACTERÍSTICAS

O nome próprio tem uma característica: é fixo, sempre igual. Uma vez aprendido, o
aluno não escreve seu próprio nome segundo suas suposições, mas, sim, respeitando as
restrições do modelo apresentado. Ao escrevê-lo, os alunos se identificam com ele, o
reconhece graficamente e usa-o como fonte de informação para escrever outros nomes
ou palavras.

A escrita de nome próprio é uma boa situação para trabalhar com modelos de escrita e
isso é conveniente porque esse tipo de modelo oferece as seguintes informações:

• A percepção da forma e do valor sonoro convencional das letras.


• A constatação da conservação das sílabas.
• A quantidade de letras necessária para escrever os nomes, além de permitir o
contato com diferentes sílabas e diferentes tamanhos de palavras.
• A variedade, posição e ordem das letras em uma escrita convencional.
• A realidade convencional da escrita, o que serve de referência para checar as
próprias hipóteses.

ABORDAGEM PEDAGÓGICA

Segundo Teberosky (1993), o conhecimento do próprio nome tem duas conseqüências


importantes para os alunos que estão se alfabetizando:
• É uma escrita livre de contexto; ou seja, uma escrita de interpretação estável,
que não depende das eventualidades do contexto.
• É uma escrita que informa sobre a ordem não aleatória dentro do conjunto de
letras.

Para essa autora, a escrita do nome próprio representa uma ocasião privilegiada para
organizar atividades que envolvam análise e reflexão sobre o funcionamento do sistema
de escrita, visto que:
• Tanto do ponto de vista lingüístico como gráfico, o nome próprio é um modelo
de escrita estável.
• O nome próprio é um nome que se refere a um único objeto, com o que se
elimina, para a criança, a ambigüidade na interpretação.
• O nome próprio tem valor de verdade porque se reporta a uma existência, a um
saber compartilhado pelo emissor e receptor.
• Do ponto de vista da função, fica claro que identificar objetos ou indivíduos com
nomes faz parte dos intercâmbios sociais de nossa cultura.
• Do ponto de vista da estrutura daquilo que está escrito, a pauta lingüística e o
referente coincidem.

OBJETIVOS
• Refletir sobre o sistema de escrita alfabética.
• Dar sentido ao escrito porque é a primeira forma estável de escrita que as
crianças e os adultos reconhecem e produzem.

Além destes objetivos, os nomes próprios aparecem escritos na forma de lista para
controlar a presença, nas atividades cotidianas escolar, nos objetos pessoais dos/as
alunos, nos armários, nas gavetas, nos murais da sala de aula, exercendo assim uma
função sociopedagógica.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Ao planejar a situações didáticas com nomes próprios, faz-se necessário que o


professor:

• Considere os conhecimentos prévios dos alunos, os seus ritmos de aprendizagem


e suas formas de aprender; o grau de habilidade no uso do sistema alfabético; as
características concretas do grupo; bem como as diferenças individuais.
• Compreenda que numa classe de desenvolvimento heterogêneo a formação de
grupos produtivos enriquece o aprendizado. Os alunos em fases diferentes de
desenvolvimento, trabalhando em grupo, fazem com que haja uma troca de idéias,
conflito cognitivo, e conseqüentemente, a aquisição e o desenvolvimento do
conhecimento.
• Entenda que a situação de conflito na qual o aluno é colocado quando está
fazendo a leitura, escrita e análise lingüística de nomes possibilita a intervenção
efetiva do professor, posto que ele fornecerá dados, fará questionamentos,
provocações, análises e reflexões sobre as dificuldades, transformando-as em
soluções.
• Proponha atividades de leitura e análise lingüística de nomes próprios (que
devem ser gradativas e possíveis de serem resolvidas) para que o aluno não só se
sinta desafiado e confiante, como também capaz de resolver .

SUGESTÕES DE ATIVIDADES

I. CRACHÁS

Desde o primeiro dia de aula deve-se iniciar com atividades que envolvam nomes dos
alunos. Começa-se com crachás, que podem ser confeccionados a partir de uma folha de
papel de ofício até modelos mais elaborados, como cartões retangulares com um cordão
amarrado em duas das suas pontas para serem dependurados no pescoço. Os primeiros
devem ter apenas o prenome em letras de imprensa ou bastão maiúsculas. Depois de um
tempo, deve-se acrescentar a letra cursiva e mais adiante o sobrenome. Várias
modalidades de distribuição foram adotadas:
- Reconhecer seu nome em meio a um agrupamento de crachás espalhados no chão ou
na mesa.
- Reconhecer nome de colegas nomeados.
- Agrupar os crachás pela letra inicial.
- Copiar os crachás com os nomes dos colegas de um mesmo grupo.
- Dispor todos os crachás sobre uma superfície (mesa, piso) sem observar ordem
alfabética; chamar os alunos, de um a um, para identificar seu próprio crachá.
- Pedir a cada dupla de aluno para fazer a distribuição com os colegas.
- Cada aluno deve pegar aleatoriamente e entregar ao colega certo.
- O professor vai mostrando crachá por crachá e os alunos vão reconhecendo.
- Um só aluno tenta distribuir todos os crachás, o que exige distinguir todos os nomes
dos colegas.
- Fazer a entrega “solene” a cada aluno/a (no início).
- Fazer os crachás, de preferência com tamanhos diferentes.
EXEMPLO:

A N A O S V A L D O

Ou todos no tamanho padrão, colocando-se sempre as iniciais em cada canto:


maiúsculas e minúsculas, imprensa e cursiva.

EXEMPLO:
A α
ANA
A a

- Fazer um porta-crachás de tecido ou qualquer outro material resistente.

EXEMPLO:

A C E F G J L M O P R
- Pedir a um aluno para arrumar todos os crachás ao final da aula, nos espaços, de
acordo com a letra inicial. Ele irá atrapalhar-se algumas vezes e os colegas ajudarão.
- Um aluno pega um crachá qualquer que não pode ser o seu. Lê o nome do colega,
entrega-lhe o crachá e esse, por sua vez, pega o de outro colega e assim por diante, até
todos os crachás serem distribuídos. Dar “dicas” para que o aluno descubra o nome de
algum colega: começa com a letra “R” e termina com a letra “O”. Ex.: Roberto
(procede-se como se fosse um jogo de adivinhação – o professor perguntando, os alunos
respondendo em coro.

DINÂMICA DOS CRACHÁS Nº 1

Com a combinatória dos nomes da dupla.

- Distribuir uma folha de papel ofício da esquerda para direita (um aluno sim, outro não)
– verificar e analisar com a classe a possibilidade de fechar o círculo.
- Mandar dobrar o papel ao meio, dividi-lo e oferecer uma das metades da folha ao
colega da sua direita, aquele que não recebeu.
- Mandar dobrar a metade do papel recebido em três partes iguais e na parte central
escrever o nome do colega da direita e vice-versa (vide fig. 1).
- Em seguida, cada aluno troca o crachá com o seu colega (com o nome escrito pelo
companheiro ao lado). Rever a questão da LATERALIDADE e REVERSIBILIDADE,
pois a distribuição realiza o seguinte movimento.
EXEMPLO:

(na troca dos crachás)

IZABEL ANTÔNIA
MARIA

BELA AMA
IZA TÔNIA
BIZA RITA
TOLA – BELA – NAILZA
COMBINATÓRIA
BETO – AMA – LIZA

- Depois, contar uma história a partir dos nomes ou palavras formadas na combinatória
ou ainda construir uma frase ou texto (prosa, verso, etc.). Veja a sugestão.

“VAMOS COMBINAR...”
ISABEL tem Isa e Abel Juntando em parceria
que mais vamos COMBINAR achamos:
com quem vive para amar SABEDORIA
e um coração a ofertar... HARMONIA
ALEGRIA
ANTONIA MARIA e quantas...
sempre em companhia a amizade deixar!...
de Santo casamenteiro Vale a pena tentar
e da Virgem Maria... sem deixar a rima escapar
para a brincadeira continuar!...

Antonia Maria de S. Ribeiro

OBSERVAÇÕES
- As palavras são partes de um todo significativo. Pode-se trabalhar agrupamentos, o
que contém e não contém. O professor explora as múltiplas possibilidades das áreas
afins.
- Cada um de posse de seu crachá pode fazer o “caldeirão das letras”. Junta-se e forma-
se novas palavras, ainda a “caixa do tesouro” ou a “sapateira das letras”.

DINÂMICA DOS CRACHÁS Nº 2

Proceder como na dinâmica anterior. Distribuir a folha, dividir ao meio, oferecer metade
e fazer o crachá, só que o aluno escreverá seu próprio nome. Personalizar com algo
significativo. Pedir para a classe comentar a forma final do crachá.
EXEMPLO
ANTÔNIA MARIA

GRÁFICO DOS ANIVERSARIANTES COM CRACHÁS

- Distribuir uma folha de papel ofício com a classe, um sim, dois não, da esquerda para
direita (classe em semicírculo).
- Pedir para o aluno que recebeu a folha, dobrá-la em três partes, ficar com uma e dar as
outras.

CONSÍGNA:
- Colocar a letra ou o nome dos meses do ano no quadro de giz.
- Pedir para classe, de posse do pedaço da folha (um terço da folha), escrever o nome no
crachá depois de tornar a dobrá-la em três partes iguais.
- Pedir para cada aluno fixar o seu crachá na coluna correspondente ao mês de seu
aniversário, começando de baixo para cima.

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
(Nº de alunos que aniversariam)

Vamos analisar o gráfico?

Mês Nº de alunos Mês Nº de alunos


Janeiro 3 Julho 1
Fevereiro 6 Agosto 0
Março 2 Setembro 6
Abril 4 Outubro 7
Maio 9 Novembro 4
Junho 10 Dezembro 3

- Quantos alunos têm na sala? Calcular e comparar quantos estão faltando.


- Qual o mês que têm mais aniversariantes?
- Qual o mês que não têm aniversariantes?
- Qual o mês do ano que tem um aniversariante?
- Qual a diferença dos dois meses que têm mais e os que têm menos aniversariantes?
- Quais os meses que têm a mesma quantidade de aniversariantes?
- Colocar os números em ordem crescente e decrescente.
- Questão da ordenação: quantos aniversariantes têm no mês quatro? Quantos no mês
seis?
- Quem nasceu no mês de dezembro é mais velho do que quem nasceu no mês de maio
do mesmo ano? Os alunos verificam quem nasceu primeiro. Comparar a questão da
idade com o tamanho dos mesmos.

OBSERVAÇÃO

- Cada quadrinho equivale a um aluno. Contornar com giz o perfil da coluna. Depois
mandar a classe colorir as colunas, uma de cada cor de acordo com a legenda:

EXEMPLO: Legenda: Mês 3 = azul. Mês 2 = vermelho. Assim sucessivamente...

GRÁFICO DOS NOMES

- Entregar uma folha de papel ofício a um aluno sim, a outro não (referência sobre
fração no cotidiano)
- Dobrar o papel em quatro (o nome que recebeu a folha).
- Ficar com uma e passar as três.
- Escrever seu nome na parte que lhe couber.
- O aluno deverá fixar seu crachá no gráfico, de acordo com a quantidade de letras do
seu nome.

OBJETIVO
- Estudar conceitos matemáticos.
- Ler gráficos e legendas.
- Analisar linguisticamente os nomes (o aluno percebe quais letras escreve seu nome, os
sons das letras, etc).

10
9
Nome dos alunos

8
7
6
5
4
3
2
1
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

Numero de letras dos nomes


CRACHÁ - ORIGEM DO NOME
OBJETIVO

- Possibilitar a ampliação do universo lingüístico.


- Perceber e produzir rimas.
- Ampliar os campos semânticos.

VARIAÇÃO 1.

- Distribuir uma folha de papel ofício, um sim outro não (os alunos deverão estar
sentados em semicírculo).
- Mandar dobrar e dividir o papel em duas metades e, em seguida, dar uma das metades
ao colega do lado.
- Solicitar aos alunos que escrevam seu nome do papel e façam pinturas ou desenhos
que combinem com ele.
- O professor deverá perguntar: quem gostaria de contar a história do seu próprio nome?
- Os alunos deverão apresentar o papel e contar a história do seu nome. Quem não
souber a história do seu nome, pedir para pesquisar na família e apresentar num outro
momento.

VARIAÇÃO 2.

- Organizar os alunos em um grande círculo e ler para eles a seguinte poesia:

Nomes e Histórias
Maria começa com mar
E termina com dia
Que mais posso imaginar
Com quem se chama Maria?
Roberta é sorriso aberto.
Luciana é luz que atravessa
Leonardo, é nome danado!
Já vem com leão marcado.
O Pedro tem pedra no nome.
Marcelo parece martelo.
O Marcos é cheio de marcas.
O Severino é severo?
Augusto, Leandro, Aurora
João, Marina da Glória
Benedita, Sérgio, Vitória
Cada um tem sua história.
E você como se chama?
Venha logo me falar
Pois a história do seu nome
Só você pode contar. Edilsete Franco dos Reis

- Colocar à disposição do grupo: papel, hidrocor, lápis de cera, lápis de cor e lápis
comum.
- Pedir aos alunos e alunas que contém as histórias dos seus nomes.
- O professor deverá contar a história do seu nome também.
ACRÓSTICO

- Perguntar se os alunos sabem o que é um acróstico. Se não souberem, explicar que


acróstico é uma composição poética na qual o conjunto das letras iniciais (e por vezes as
mediais ou finais) dos versos compõe verticalmente uma palavra ou frase.
- Escrever na lousa um acróstico e pedir que os educando observem a sua composição.

M eu nome é bem comum


A gora você vai descobri
R epare as letrinhas de pé
I magina já qual é?
A certou! Fácil né?
Maria Lúcia – 1ª série

- Solicitar aos educandos que façam, do jeito que souberem, um acróstico com seus
nomes. Em seguida, apresentar para a classe.

JOGO DO TAPÃO

- Dividir a classe em grupo de cinco alunos.


- Distribuir uma folha de papel ofício e pedir a eles que dividam em cinco retângulos
iguais, de modo que todos recebam papéis do mesmo tamanho.
- Cada aluno escreve com letra de imprensa maiúscula ou bastão seu nome no centro do
retângulo e coloca-o no centro da mesa. A parte escrita deverá estar virada para baixo.
Os alunos que não souberem escrever seu nome, os colegas do grupo deverão ajudar.
- Cada membro do grupo deverá bater sobre o papel, com a mão em concha, como se
faz com figurinhas. Quando o papel virar, o aluno deverá ler o nome que está escrito,
caso não saiba, o grupo poderá ajudar. Quem ficar por último sem virar o nome pagará
uma prenda.

OBSERVAÇÃO
- O jogo do tapão é uma atividade que pode ser feita com o nome dos alunos ou com
outros temas como: frutas, animais, lugares, objetos, etc.

ADIVINHE O NOME

- O professor pronuncia o nome de um aluno com as sílabas trocadas.

EXEMPLO: CE LO MAR

- Perguntar: quem advinha que nome é este? Quem adivinhar o nome ganhará.

CAÇA-NOMES

- O professor deverá confeccionar um caça-nome com nomes dos alunos e distribuir


entre eles.
- Pedir aos alunos alfabéticos que encontrem os nomes dos colegas e, em seguida,
escreva-os ao lado do diagrama. Para os não-alfabéticos, solicitar que observem a
escrita dos nomes dos colegas ao lado e, em seguida, os encontrem no diagrama.
- Escrever o diagrama na lousa e fazer a correção da atividade, levando os alunos a
refletirem sobre a escrita dos nomes, sinalizando: para a direção da escrita, forma e
quantidade de letras, uso de letras maiúscula e minúscula, etc.
- Professor e alunos deverão fazer uma leitura coletiva em voz alta dos nomes
encontrados.

EXEMPLOS:

D X A N T O N I O Z G D X A N T O N I O Z G
H I A U E W P F K L C H I A U E W P F K L C
F B D A N I E L A M A F B D A N I E L A M A
L S A N A H O D B Q R L S A N A H O D B Q R
A C Ç M A R C O S R L A C Ç M A R C O S R L
R G M O K F S A E D O R G M O K F S A E D O
A U A N G E L I C A S A U A N G E L I C A S
_______________________________ ANGÉLICA _____________________
_______________________________ MARCOS _____________________
_______________________________ ANA _____________________
_______________________________ ANTÔNIO _____________________

Alunos alfabéticos Alunos não-alfabéticos

CRUZADINHAS DE NOMES

- O professor deverá organizar cruzadinha usando nomes dos alunos.


- Solicitar que eles contem as letras que cada nome tem e, em seguida, preencha os
quadrinhos de acordo com o número de letra de cada nome.
– Os alunos deverão ler em voz alta os nomes que compõem a cruzada. Em seguida,
registrá-los no caderno.

EXEMPLOS: alunos alfabéticos e não alfabéticos:


CARLOS – DANIELA – MARCOS – CLARA – ANGELA – ANTÔNIO

D M A C S

A A

C A O S
BARALHO DE NOMES

- O professor deverá confeccionar baralhos tendo sílabas ou letras e distribuir para os


alunos, que deverão estar organizados em equipe.

EXEMPLOS:

G A C L E D N

DA RA GE CLA

- Solicitar que formem alguns nomes com as cartas do baralho. Em seguida, cada equipe
deverá ditar para o professor os nomes formados. O professor deverá escrevê-los na
lousa, porém fazendo a análise e reflexão sobre a escrita dos nomes.

EXEMPLOS:

A N G E L A

CLA RA

BINGO DE NOMES

- O professor deverá distribuir cartelas com nomes dos alunos da sala de aula, que
deverão estar organizados em equipes. O bingo poderá ser feito também com letras.
- Cada equipe marcará em sua cartela os nomes ou as letras que forem sorteadas pelo
professor, que deverá ter num saco os nomes dos alunos ou das letras do alfabeto.

QUEBRA-CABEÇA DE NOMES

- O professor deverá escrever os nomes dos alunos em cartões e deixar espaço entre as
letras para recortar e fazer quebra-cabeças com os nomes. Em seguida, distribuir para os
alunos, que deverão estar organizados em equipes.

Exemplo:

AN
CLA CAR LOS
RA GE
LA
- A equipe deverá misturar alguns nomes, depois compor, ler e escrevê-los no caderno.

GE
AN CAR
CLA

RA LOS
LA

LISTA DE NOMES

- O professor deverá fazer uma lista com os nomes dos alunos da sala de aula,
realizando o seguinte procedimento:

1) Confeccionar e distribuir para os alunos a ficha abaixo:

Alunos não-alfabéticos

HIPÓTESE CORREÇÃO NÚMERO 1ª ÚLTIMA VOGAIS CONSOANTES


ALUNO ALUNOS DE LETRA LETRA LETRA (A E I (B C D F G H J K
+ O U) LMNPQRST
PROFESSOR V W X Y Z)

Alunos alfabéticos
HIPÓTESE CORREÇÃO Nº 1ª ÚLTIMA ENCONTRO ENCONTRO
ALUNO ALUNOS DE SÍLABA SÍLABA DE VOGAIS DE
+ SÍLABAS (A E I O U) CONSOANTES
PROFESSOR (B C D F G H J
KLMNPQR
S T V W X Y Z)

2) Pedir que os alunos escrevam, individualmente, do jeito que souberem (hipóteses de


escrita), as palavras que o professor ditar. As palavras devem ser retiradas de um texto
trabalhado em sala de aula.
3) O professor deverá escolher alguns alunos e pedir que cada um diga a sua hipótese de
escrita, em seguida, escrevê-la na lousa.
4) Solicitar que os demais alunos observem cada uma das hipóteses e vejam se estão
escritas corretamente. Caso não estejam, pedir que façam as correções e, se eles tiverem
alguma dificuldade, o professor fará as devidas intervenções, mas sempre os levando a
analisar e refletir sobre a língua escrita.
4) Em seguida, escrever na lousa a escrita da palavra correta, mas sempre a partir das
intervenções feitas. Na medida em que os alunos confrontarem as suas hipóteses de
escrita (padrão oral – escreve como fala) com a escrita correta ( padrão da norma culta ),
se estabelecerá o conflito cognitivo e, conseqüentemente, a aprendizagem da língua.
5) Pedir aos alunos e alunos que façam a análise lingüística das palavras, tomando como
referência as que já foram corrigidas. Em seguida, fazer a correção da análise e, se eles
tiverem alguma dificuldade, o professor fará as devidas intervenções.

FORCA DE NOMES
- Organizar os alunos em equipe.
- Pedir que cada equipe escreva um nome de um dos colegas da sala no papel. O
professor deverá recolher os nomes e fazer o jogo da forca com os mesmos.

VOGAIS
___ ___ ___ ___ ___

CONSOANTES
___ ___ ___ ___ ___

ANÁLISE LINGÜÍSTICA

Nº. DE LETRA: _______ Nº. DE SÍLABA: _______


1ª LETRA: _______ 1ª SÍLABA: _______
ÚLTIMA LETRA: _______ ÚLTIMA SÍLABA: _______
VOGAIS: _______ ENCONTRO DE VOGAIS: _______
CONSOANTES: _______ ENCONTRO DE CONSOANTES: _______

O BARQUINHO NAVEGA

- Os alunos deverão estar arrumados em círculo.


- Um barquinho, feito de papel jornal, carregado de ficha com nomes dos alunos, irá
passando de mão em mão, imitando o movimento do mar.
João

Lúcia

José
Ana
Sara
- Os alunos deverão retirar uma ficha e ler o nome que está escrito em voz alta. Em
seguida, escrevem no caderno, devolvendo a ficha ao barquinho, quando este fizer o
retorno.

OUTRAS ATIVIDADES

• Montagem de listas de nomes dos colegas da sala com alfabeto móvel, com ou
sem modelo.
• Leitura de cartões com nomes para saber em que lugar cada aluno/a deve sentar;
para saber, quem irá ser os ajudantes do dia, etc.
• Escrita de lista de chamada da classe.
• Organização da lista de nomes dos/as colegas em ordem alfabética.
• Organização de listas pela quantidade de letras, iniciando do que tem mais para
o que tem menos letras ou vice-versa.
• Organização através da última letra.
• Organização de nomes de meninos ou de meninas.
• Contagem de letras em cada nome para comparações como quais têm mais ou
menos letras, os que apresentam letras repetidas, os que apresentam letras iguais
às de outros nomes.
• Criação de novos nomes usando as primeiras sílabas de um e as últimas de outro,
por exemplo: LUCAS – LUCIANO, MARCOS – MARTA, JOSÉ – SELMA,
DANIELA – LAURA.
• Procurar nomes escondidos dentro de outros nomes, por exemplo. MARIANA =
MARIA + ANA, JULIANA = JULIA = ANA.
• Transformar nomes femininos em masculinos ou vice-versa, transformar nomes
em seus diminutivos ou aumentativos ou ainda transformá-los em plurais, por
exemplo: PAULA = PAULO, MARIANA = MARIANO; PAULO = PAULINHO
/ PAULÃO; MARIANA = MARIANAS.
• A QUEM PERTENCE? Os alunos recebem cada qual seu cartão, para aprender
a reconhecer seu nome escrito. Misturam-se depois os cartões em uma caixa.
Um/a aluno/a de cada vez retira um cartão. Todos observam e dizem a quem
pertence. Continua a brincadeira até que todos os cartões sejam retirados e, à
medida que forem sendo reconhecidos, cada aluno coloca o cartão com o seu
nome no peito.

AVALIAÇÃO
A avaliação é um ato diagnóstico contínuo que serve de subsídio para uma tomada de
decisão na perspectiva da construção da trajetória do desenvolvimento do educando e
apoio ao educador na práxis pedagógica. Nessa perspectiva, a avaliação funciona como
instrumento que possibilita ao professor ressignificar a prática docente a partir dos
resultados alcançados com os alunos, ou seja, o resultado é sempre o início do
planejamento de intervenções posteriores.

Sugerimos a utilização do instrumento avaliativo apresentado a seguir, para


acompanhamento do desempenho dos seus alunos e replanejamento de suas ações.
3.
2.
1.
Aluno

Conhece a função social da escrita de


nomes próprios?

Escreve seu nome utilizando letras


convencionais?
Utiliza o conhecimento sobre seu
nome para escrever outras palavras?
Escreve seu nome e sobrenome com
modelo?
Escreve seu nome e sobrenome sem
modelo?

Ler o seu nome e sobrenome ainda


apresentando certa dificuldade?
Ler o seu nome e sobrenome com
autonomia?

Reconhece e ler outros nomes como


os dos colegas e do professor ainda
AVALIANDO O TRABALHO COM NOMES PRÓPRIOS

apresentando dificuldades?
Reconhece e ler outros nomes como
os dos colegas e do professor com
autonomia?
CADERNO DE LISTAS

INTRODUÇÃO
"É na linguagem e pela linguagem que o homem se
constitui como sujeito, porque só a linguagem
funda na realidade, na sua realidade que é a do ser,
o conceito de "ego".

Na história dos sumérios, a escrita foi uma ciência de listas. Desde 2700 a.C., que os
escribas já faziam listas de pessoal, de contas, de salários, de remessas, etc. Na
atualidade, as listas constituem um tipo de texto muito presente no cotidiano dos
indivíduos, posto que estão implicadas à contexto de comunicação real. Listar significa
relacionar nomes de pessoas, coisas e objetos para a organização de uma ação.

Segundo Ana Teberosky, as listas são formas expositivas de texto. Constituem-se em


exercícios discursivos que possibilitam a construção da base alfabética da língua escrita
para os alunos não-alfabéticos, assim como a construção da base ortográfica para os
alfabéticos.

CARACTERÍSTICAS
As listas são textos formados por palavras ou pequenos enunciados dispostos um
embaixo do outro que definem um campo semântico e têm uma função pragmática. Por
ter uma estrutura simples, a lista é um texto privilegiado para o trabalho com alunos
que não sabem ler e escrever convencionalmente. É um dos primeiros textos que eles
produzem com autonomia, quanto têm a oportunidade.

ABORDAGEM PEDAGÓGICA
As atividades de leitura e escrita de listas possibilitam que os alunos pensem sobre a:

• Percepção da forma e do valor sonoro convencional das letras.


• Constatação da conservação de letras e sílabas nas palavras.
• Quantidade de letras necessária para escrever as palavras.
• Variedade, posição e ordem das letras em uma escrita convencional.
• Função social da escrita.

OBJETIVOS

• Ampliar o volume de escrita e o vocabulário.


• Distinguir letras, sílabas e palavras.
• Interagir com diferentes sílabas e diferentes tamanhos de palavras.
• Refletir, individual e coletivamente, sobre a grafia e a ordem das letras, a
formação de sílabas e a escrita de palavras.
• Compreender a orientação e o alinhamento da escrita.
• Desenvolver habilidades grafo-motoras.
• Comparar as suas hipóteses conceituais de escrita com a grafia convencional
das palavras. Exemplo:

HIPÓTESE DE ESCRITA HIPÓTESE DE ESCRITA CORREÇÃO COLETIVA


INDIVIDUAL COLETIVA (NORMA CULTA)
(PADRÃO ORAL) (PADRÃO ORAL) ALUNOS/AS + PROFESSOR/A

CE B CACHORO CACHORRO
OUGNL TORO TOURO
COBA COBA COBRA
MAC0 MACACU MACACO

• Desenvolver a base alfabética e ortográfica.


• Analisar, lingüisticamente, as palavras. Exemplo:
Alunos não-alfabéticos:

HIPÓTESE CORREÇÃO NÚMERO 1ª ÚLTIMA VOGAIS CONSOANTES


INDIVIDUAL COLETIVA DE LETRA LETRA LETRA (A E I (B C D F G H J
(ALUNO) (ALUNOS + O U) KLMNP
PROFESSOR) QRSTVW
X Y Z)
CE B CACHORO 8 C O AOO CCH R R
OUGNL TOURO 5 T O OUO T R
AO COBRA 5 C A OA CBR
MCA MACACO 6 M O AAO MCC

Alunos alfabéticos:
HIPÓTESE CORREÇÃO NÚMERO 1ª ÚLTIMA ENCONTRO ENCONTRO
INDIVI COLETIVA DE SÍLABA SÍLABA DE VOGAIS DE
DUAL (ALUNOS + SÍLABA (A E I O U) CONSOANTES
(ALUNO) PROFESSOR) (B C D F G H J
KLMNPQR
S T V W X Y Z)
CAXORO CACHORRO 3 CA RO ----- ----
TORRO TOURO 2 TOU RO OU ----
COBA COBRA 2 CO BRA ---- BR
MACACU MACACO 3 MA CO ---- ----

Alunos ortográficos:
HIPÓTESE CORREÇÃO NÚMERO CLASSIFICAÇÃO ENCONTRO ENCONTRO DE
INDIVIDUAL COLETIVA DE DE SÍLABAS: DE VOGAIS CONSOANTES
(ALUNO) (ALUNOS + SÍLABA MONOSSÍLABO = (A E I O U) (B C D F G H J K
PROFESSOR) 1 SÍLABA LMNPQRST
DISSÍLABA = V W X Y Z)
2 SÍLABAS
TRISSÍLABA =
3 SÍLABA
POLISSÍLABA =
4 SÍLABAS
CAXORO CACHORRO 3 CA – CHOR – RO ----- ----
TORRO TOURO 2 TOU – RO OU ----
COBA COBRA 2 CO – BRA ---- BR
MACACU MACACO 3 MA – CA – CO ---- ----
DÍGRAFOS PLURAL DIMINUITIVO AUMENTATIVO MASCULINO / ARTIGO
(RR, SS, SC, FEMININO
SÇ, XC, XS,
NH, LH, CH,
QU, GU)
RR – CH CACHORROS CACHORRINHO CACHORRÃO CADELA O
CACHORRO
----- TOUROS TOURINHO TOURÃO O TOURO
----- COBRAS COBRINHA COBRÃO COBRA A COBRA
----- MACACOS MACAQUINHO MACACÃO MACACA O MACACO

Procedimentos:
• Solicitar que os alunos escrevam, individualmente, do jeito que souberem
(hipóteses de escrita), as palavras que o professor ditar. As palavras devem ser
retiradas de um texto trabalhado em sala de aula.
• O professor deverá escolher alguns alunos e pedir que cada um diga a sua
hipótese de escrita, em seguida, escrevê-las na lousa.
• Solicitar que os demais alunos observem cada uma das hipóteses e vejam se
estão escritas corretamente. Caso não estejam, pedir que façam as correções e, se
eles tiverem alguma dificuldade, o professor fará as devidas intervenções, mas
sempre os levando a analisar e refletir sobre a língua escrita.
• Em seguida, escrever na lousa a escrita da palavra correta, mas sempre a partir
das intervenções feitas. Na medida em que os alunos confrontarem as suas
hipóteses de escrita (padrão oral – escreve como fala) com a escrita correta
(padrão da norma culta), se estabelecerá o conflito cognitivo e, conseqüentemente,
a aprendizagem da língua.
• Pedir aos alunos e alunos que façam a análise lingüística das palavras, tomando
como referência as que já foram corrigidas. Em seguida, fazer a correção da
análise e, se eles tiverem alguma dificuldade, o/a professor/a fará as devidas
intervenções.

Cabe ressaltar que como a lista é um gênero textual que favorece a aquisição da base
alfabética e ortográfica, sua utilização deve ser mais intensa enquanto houver alunos
que não lêem e escrevem convencionalmente.

Em resumo, a organização do ensino sistemático e freqüente com a lista representa


importante estratégia didática, posto que contribui para construção da base alfabética e
ortográfica dos alunos e na apropriação das normas convencionais da Língua
Portuguesa, principalmente nas classes em que os alunos estão em processo de
apropriação da língua escrita. Porém, a competência do professor é fundamental neste
processo, pois ele é o mediador entre o aluno e o objeto do conhecimento: a escrita de
lista.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Ao planejar as situações didáticas com esse tipo de gênero textual, faz-se necessário que
o professor:
• Não solicite a escrita de palavras que comecem com a mesma letra, pois
descaracterizam a função social deste gênero.
• Perceba que quando se trata de elementos sintaticamente homogêneos, como
uma lista de nomes, adota-se uma disposição vertical. Quando são composições
que implicam em diferentes elementos sintáticos, como uma receita de cozinha
(onde os ingredientes estão em escritos na vertical e a preparação está em
horizontal), a disposição gráfica será linear e horizontal.
• Proponha atividades de leituras em que os alunos sejam leitores. Por exemplo:
leitura da lista de aniversariantes do mês, dos ajudantes do dia, dos personagens de
uma história lida, dos títulos das fábulas lidas, dentre outras.
• Proponha atividades de escrita de lista das quais os alunos possam de alguma
forma fazer uso. Por exemplo: escrita de lista dos títulos dos contos lidos, dos
animais, regiões e plantas estudadas, dentre outras.
• Favoreça a reflexão sobre a escrita, fazendo a análise lingüística, a comparação
entre as palavras que começam ou terminam da mesma forma (letra, parte das
palavras).
• Discutir sobre a escolha do tema da lista e escrever na lousa.

SUGESTÕES DE ATIVIDADES

Listar :

• Nome dos alunos da sala de aula.


• Aniversariantes do mês.
• Materiais que os alunos precisam trazer para a escola.
• Tarefas pendentes.
• Livros emprestados.
• Lista de brinquedos preferidos.
• Nomes dos jogos preferidos do grupo (para sortear quais irão brincar na hora do
recreio).
• Jogos que têm na sala.
• Animais, personagens, países e outros. Sempre relacionados aos temas de
trabalho.
• Pratos ou lanches para a cozinha ou cantina.
• Títulos de histórias conhecidas.
• Times de futebol finalistas de campeonatos. (Pode- se fazer a lista e colocar em
tabela para acompanhar resultados).
• Ingredientes de uma receita.
• Componentes da rotina diária.
• Palavras do texto trabalhado.
• Brincadeiras com utilização de listas: Lá vai uma barquinha carregada de...
coisas que comecem com a letra x ou de palavras que comecem com o Ca de Caio
(nome do aluno de cada sala).
AVALIAÇÃO

A avaliação é um ato diagnóstico contínuo que serve de subsídio para uma tomada de
decisão na perspectiva da construção da trajetória do desenvolvimento do educando e
apoio ao educador na práxis pedagógica. Nessa perspectiva, a avaliação funciona como
instrumento que possibilita ao professor ressignificar a prática docente a partir dos
resultados alcançados com os alunos, ou seja, o resultado é sempre o início do
planejamento de intervenções posteriores.

Sugerimos a utilização do instrumento avaliativo apresentado a seguir, para


acompanhamento do desempenho dos seus alunos e replanejamento de suas ações.

AVALIANDO O TRABALHO COM LISTAS


Escreve uma lista representando as

Escreve uma lista representando as

Escreve uma lista representando as


Conhece a função social da escrita

Diferencia lista de outros gêneros


Conhece a estrutura e organização

Ler palavras de uma lista com


Produz lista com organização e

Ler palavras de uma lista


demonstrando certa autonomia?
palavras alfabeticamente?
palavras silabicamenete?

palavras silabicamenete?
de uma lista?

autonomia?
limpeza?

textuais?
de lista?
Alunos

1.
2.
3.
REFERÊNCIAS

ALMEIDA, Zélia. O Jogo das Palavras. Belo Horizonte: Dimensão, 1999.

BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais : Língua Portuguesa.MEC/SEF,


Brasília , 1997.

COSTA, Doris Anita Freire. Fracasso Escolar: Diferença ou Deficiência. Porto Alegre:
KUARUP, 1993.

DAVIS, Claudia; ROSERLEY, Tereza. É Proibido Repetir: Coleção Cadernos de


Educação Básica, Série Atualidades Pedagógicas. MEC/SEF, Brasília, 1998.

FERREIRO, Emilia. Com Todas as Letras. São Paulo: Cortez, 1993.

MORI, Nerli Nonato Ribeiro. Uma Experiência de Alfabetização com Repetentes.


Série alfabetização. Porto Alegre: KUARUP, 1993.

RUSSO, Maria de ; VIAN, Maria Inês Aguiar. Alfabetização: Um Processo em


Construção. São Paulo: Saraiva, 1993.

RUTH Rocha; FLORA Anna. Escrever e Criar é só Começar! A Redação através do


Jogo e da Literatura. Vols. 1, 2, 3 e 4. São Paulo: FTD, 1993.

TEBEROSKY, Ana. Psicopedagogia da Linguagem Escrita. São Paulo: Editora da


UNICAMP, 1990.

TEBEROSKY, Ana. Reflexões sobre o Ensino da Leitura e da Escrita. São Paulo:


Editora da UNICAMP, 1993.

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