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Caderno de Apoio A Pratica Pedagogica Nomes Proprios e Listas PDF
Caderno de Apoio A Pratica Pedagogica Nomes Proprios e Listas PDF
À PRÁTICA
PEDAGÓGICA
Consultoria
Maria Esther Pacheco Soub
Sistematização
Antônia Maria de Souza Ribeiro
Maria de Lourdes Nova Barboza
Elizabete Regina da Silva Monteiro
Esta publicação destina-se exclusivamente para uso pedagógico nas escolas Municipais de Salvador,
sendo vedada a sua comercialização. A reprodução total ou parcial deverá ser autorizada pela Secretaria
Municipal da Educação e Cultura de Salvador.
APRESENTAÇÃO
INTRODUÇÃO
O nome próprio pode considerar-se como uma palavra a mais, no nível de tantas
outras; mas também pode considerar-se como uma palavra singular, muito
diferente de outras em muitos aspectos. Por outro lado, a carga emocional
vinculada com esta escrita não pode ser comparada com a carga emocional de
tantas outras palavras neutras. O nome próprio escrito, ou a assinatura, é parte da
pessoa, de sua própria identidade. Provavelmente, através do uso da escrita do seu
nome, a criança descobre algumas funções da escrita em geral, coma a de
identificar objetos, lugares. (FERREIRO, 1993).
[...] é um referente singular, serve para nomear uma única presença, representa um
valor de verdade etc. Nesse sentido, a escrita do próprio nome parece ser uma
peça-chave para o início da compreensão da forma de funcionamento do sistema
de escrita. A escrita do próprio nome adquire mais importância ao se iniciar a
escolaridade. Com efeito, a entrada na escola pressupõe marcar o desenho, a
lancheira, a mesa, os utensílios, o avental. Uma vez na escola, a criança encontrará
o seu nome em muitos lugares: nos cabides, trabalhos, tapetinhos etc. Portanto,
seja como conseqüência do meio escolar ou extra-escolar, o nome próprio dá
elementos importantes para a criança (TEBEROSKY, 1993).
O aluno na fase inicial de seu processo de alfabetização não compreende a escrita como
representação da fala e sim como representação do objeto a que se refere. Por isso, a
escrita do nome próprio é de grande importância para o processo de aquisição da base
alfabética. A escrita do nome próprio reforça a justificativa de trabalhar didaticamente a
leitura e a escrita dos nomes dos alunos. Além disso, oportuniza uma aprendizagem bem
próxima dos alunos, particular a cada ser, ligando o ensino a vivências realmente
significativas, em vez do uso de material impessoal, destituído de um significado real
(cartilha), elaborada à distância, não condizente com a realidade do aluno e com uma
perspectiva geral tanto quanto temática, como previsão dos progressos dos alunos no
início da aquisição de base alfabética.
CARACTERÍSTICAS
O nome próprio tem uma característica: é fixo, sempre igual. Uma vez aprendido, o
aluno não escreve seu próprio nome segundo suas suposições, mas, sim, respeitando as
restrições do modelo apresentado. Ao escrevê-lo, os alunos se identificam com ele, o
reconhece graficamente e usa-o como fonte de informação para escrever outros nomes
ou palavras.
A escrita de nome próprio é uma boa situação para trabalhar com modelos de escrita e
isso é conveniente porque esse tipo de modelo oferece as seguintes informações:
ABORDAGEM PEDAGÓGICA
Para essa autora, a escrita do nome próprio representa uma ocasião privilegiada para
organizar atividades que envolvam análise e reflexão sobre o funcionamento do sistema
de escrita, visto que:
• Tanto do ponto de vista lingüístico como gráfico, o nome próprio é um modelo
de escrita estável.
• O nome próprio é um nome que se refere a um único objeto, com o que se
elimina, para a criança, a ambigüidade na interpretação.
• O nome próprio tem valor de verdade porque se reporta a uma existência, a um
saber compartilhado pelo emissor e receptor.
• Do ponto de vista da função, fica claro que identificar objetos ou indivíduos com
nomes faz parte dos intercâmbios sociais de nossa cultura.
• Do ponto de vista da estrutura daquilo que está escrito, a pauta lingüística e o
referente coincidem.
OBJETIVOS
• Refletir sobre o sistema de escrita alfabética.
• Dar sentido ao escrito porque é a primeira forma estável de escrita que as
crianças e os adultos reconhecem e produzem.
Além destes objetivos, os nomes próprios aparecem escritos na forma de lista para
controlar a presença, nas atividades cotidianas escolar, nos objetos pessoais dos/as
alunos, nos armários, nas gavetas, nos murais da sala de aula, exercendo assim uma
função sociopedagógica.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
SUGESTÕES DE ATIVIDADES
I. CRACHÁS
Desde o primeiro dia de aula deve-se iniciar com atividades que envolvam nomes dos
alunos. Começa-se com crachás, que podem ser confeccionados a partir de uma folha de
papel de ofício até modelos mais elaborados, como cartões retangulares com um cordão
amarrado em duas das suas pontas para serem dependurados no pescoço. Os primeiros
devem ter apenas o prenome em letras de imprensa ou bastão maiúsculas. Depois de um
tempo, deve-se acrescentar a letra cursiva e mais adiante o sobrenome. Várias
modalidades de distribuição foram adotadas:
- Reconhecer seu nome em meio a um agrupamento de crachás espalhados no chão ou
na mesa.
- Reconhecer nome de colegas nomeados.
- Agrupar os crachás pela letra inicial.
- Copiar os crachás com os nomes dos colegas de um mesmo grupo.
- Dispor todos os crachás sobre uma superfície (mesa, piso) sem observar ordem
alfabética; chamar os alunos, de um a um, para identificar seu próprio crachá.
- Pedir a cada dupla de aluno para fazer a distribuição com os colegas.
- Cada aluno deve pegar aleatoriamente e entregar ao colega certo.
- O professor vai mostrando crachá por crachá e os alunos vão reconhecendo.
- Um só aluno tenta distribuir todos os crachás, o que exige distinguir todos os nomes
dos colegas.
- Fazer a entrega “solene” a cada aluno/a (no início).
- Fazer os crachás, de preferência com tamanhos diferentes.
EXEMPLO:
A N A O S V A L D O
EXEMPLO:
A α
ANA
A a
EXEMPLO:
A C E F G J L M O P R
- Pedir a um aluno para arrumar todos os crachás ao final da aula, nos espaços, de
acordo com a letra inicial. Ele irá atrapalhar-se algumas vezes e os colegas ajudarão.
- Um aluno pega um crachá qualquer que não pode ser o seu. Lê o nome do colega,
entrega-lhe o crachá e esse, por sua vez, pega o de outro colega e assim por diante, até
todos os crachás serem distribuídos. Dar “dicas” para que o aluno descubra o nome de
algum colega: começa com a letra “R” e termina com a letra “O”. Ex.: Roberto
(procede-se como se fosse um jogo de adivinhação – o professor perguntando, os alunos
respondendo em coro.
- Distribuir uma folha de papel ofício da esquerda para direita (um aluno sim, outro não)
– verificar e analisar com a classe a possibilidade de fechar o círculo.
- Mandar dobrar o papel ao meio, dividi-lo e oferecer uma das metades da folha ao
colega da sua direita, aquele que não recebeu.
- Mandar dobrar a metade do papel recebido em três partes iguais e na parte central
escrever o nome do colega da direita e vice-versa (vide fig. 1).
- Em seguida, cada aluno troca o crachá com o seu colega (com o nome escrito pelo
companheiro ao lado). Rever a questão da LATERALIDADE e REVERSIBILIDADE,
pois a distribuição realiza o seguinte movimento.
EXEMPLO:
IZABEL ANTÔNIA
MARIA
BELA AMA
IZA TÔNIA
BIZA RITA
TOLA – BELA – NAILZA
COMBINATÓRIA
BETO – AMA – LIZA
- Depois, contar uma história a partir dos nomes ou palavras formadas na combinatória
ou ainda construir uma frase ou texto (prosa, verso, etc.). Veja a sugestão.
“VAMOS COMBINAR...”
ISABEL tem Isa e Abel Juntando em parceria
que mais vamos COMBINAR achamos:
com quem vive para amar SABEDORIA
e um coração a ofertar... HARMONIA
ALEGRIA
ANTONIA MARIA e quantas...
sempre em companhia a amizade deixar!...
de Santo casamenteiro Vale a pena tentar
e da Virgem Maria... sem deixar a rima escapar
para a brincadeira continuar!...
OBSERVAÇÕES
- As palavras são partes de um todo significativo. Pode-se trabalhar agrupamentos, o
que contém e não contém. O professor explora as múltiplas possibilidades das áreas
afins.
- Cada um de posse de seu crachá pode fazer o “caldeirão das letras”. Junta-se e forma-
se novas palavras, ainda a “caixa do tesouro” ou a “sapateira das letras”.
Proceder como na dinâmica anterior. Distribuir a folha, dividir ao meio, oferecer metade
e fazer o crachá, só que o aluno escreverá seu próprio nome. Personalizar com algo
significativo. Pedir para a classe comentar a forma final do crachá.
EXEMPLO
ANTÔNIA MARIA
- Distribuir uma folha de papel ofício com a classe, um sim, dois não, da esquerda para
direita (classe em semicírculo).
- Pedir para o aluno que recebeu a folha, dobrá-la em três partes, ficar com uma e dar as
outras.
CONSÍGNA:
- Colocar a letra ou o nome dos meses do ano no quadro de giz.
- Pedir para classe, de posse do pedaço da folha (um terço da folha), escrever o nome no
crachá depois de tornar a dobrá-la em três partes iguais.
- Pedir para cada aluno fixar o seu crachá na coluna correspondente ao mês de seu
aniversário, começando de baixo para cima.
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
(Nº de alunos que aniversariam)
OBSERVAÇÃO
- Cada quadrinho equivale a um aluno. Contornar com giz o perfil da coluna. Depois
mandar a classe colorir as colunas, uma de cada cor de acordo com a legenda:
- Entregar uma folha de papel ofício a um aluno sim, a outro não (referência sobre
fração no cotidiano)
- Dobrar o papel em quatro (o nome que recebeu a folha).
- Ficar com uma e passar as três.
- Escrever seu nome na parte que lhe couber.
- O aluno deverá fixar seu crachá no gráfico, de acordo com a quantidade de letras do
seu nome.
OBJETIVO
- Estudar conceitos matemáticos.
- Ler gráficos e legendas.
- Analisar linguisticamente os nomes (o aluno percebe quais letras escreve seu nome, os
sons das letras, etc).
10
9
Nome dos alunos
8
7
6
5
4
3
2
1
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
VARIAÇÃO 1.
- Distribuir uma folha de papel ofício, um sim outro não (os alunos deverão estar
sentados em semicírculo).
- Mandar dobrar e dividir o papel em duas metades e, em seguida, dar uma das metades
ao colega do lado.
- Solicitar aos alunos que escrevam seu nome do papel e façam pinturas ou desenhos
que combinem com ele.
- O professor deverá perguntar: quem gostaria de contar a história do seu próprio nome?
- Os alunos deverão apresentar o papel e contar a história do seu nome. Quem não
souber a história do seu nome, pedir para pesquisar na família e apresentar num outro
momento.
VARIAÇÃO 2.
Nomes e Histórias
Maria começa com mar
E termina com dia
Que mais posso imaginar
Com quem se chama Maria?
Roberta é sorriso aberto.
Luciana é luz que atravessa
Leonardo, é nome danado!
Já vem com leão marcado.
O Pedro tem pedra no nome.
Marcelo parece martelo.
O Marcos é cheio de marcas.
O Severino é severo?
Augusto, Leandro, Aurora
João, Marina da Glória
Benedita, Sérgio, Vitória
Cada um tem sua história.
E você como se chama?
Venha logo me falar
Pois a história do seu nome
Só você pode contar. Edilsete Franco dos Reis
- Colocar à disposição do grupo: papel, hidrocor, lápis de cera, lápis de cor e lápis
comum.
- Pedir aos alunos e alunas que contém as histórias dos seus nomes.
- O professor deverá contar a história do seu nome também.
ACRÓSTICO
- Solicitar aos educandos que façam, do jeito que souberem, um acróstico com seus
nomes. Em seguida, apresentar para a classe.
JOGO DO TAPÃO
OBSERVAÇÃO
- O jogo do tapão é uma atividade que pode ser feita com o nome dos alunos ou com
outros temas como: frutas, animais, lugares, objetos, etc.
ADIVINHE O NOME
EXEMPLO: CE LO MAR
- Perguntar: quem advinha que nome é este? Quem adivinhar o nome ganhará.
CAÇA-NOMES
EXEMPLOS:
D X A N T O N I O Z G D X A N T O N I O Z G
H I A U E W P F K L C H I A U E W P F K L C
F B D A N I E L A M A F B D A N I E L A M A
L S A N A H O D B Q R L S A N A H O D B Q R
A C Ç M A R C O S R L A C Ç M A R C O S R L
R G M O K F S A E D O R G M O K F S A E D O
A U A N G E L I C A S A U A N G E L I C A S
_______________________________ ANGÉLICA _____________________
_______________________________ MARCOS _____________________
_______________________________ ANA _____________________
_______________________________ ANTÔNIO _____________________
CRUZADINHAS DE NOMES
D M A C S
A A
C A O S
BARALHO DE NOMES
EXEMPLOS:
G A C L E D N
DA RA GE CLA
- Solicitar que formem alguns nomes com as cartas do baralho. Em seguida, cada equipe
deverá ditar para o professor os nomes formados. O professor deverá escrevê-los na
lousa, porém fazendo a análise e reflexão sobre a escrita dos nomes.
EXEMPLOS:
A N G E L A
CLA RA
BINGO DE NOMES
- O professor deverá distribuir cartelas com nomes dos alunos da sala de aula, que
deverão estar organizados em equipes. O bingo poderá ser feito também com letras.
- Cada equipe marcará em sua cartela os nomes ou as letras que forem sorteadas pelo
professor, que deverá ter num saco os nomes dos alunos ou das letras do alfabeto.
QUEBRA-CABEÇA DE NOMES
- O professor deverá escrever os nomes dos alunos em cartões e deixar espaço entre as
letras para recortar e fazer quebra-cabeças com os nomes. Em seguida, distribuir para os
alunos, que deverão estar organizados em equipes.
Exemplo:
AN
CLA CAR LOS
RA GE
LA
- A equipe deverá misturar alguns nomes, depois compor, ler e escrevê-los no caderno.
GE
AN CAR
CLA
RA LOS
LA
LISTA DE NOMES
- O professor deverá fazer uma lista com os nomes dos alunos da sala de aula,
realizando o seguinte procedimento:
Alunos não-alfabéticos
Alunos alfabéticos
HIPÓTESE CORREÇÃO Nº 1ª ÚLTIMA ENCONTRO ENCONTRO
ALUNO ALUNOS DE SÍLABA SÍLABA DE VOGAIS DE
+ SÍLABAS (A E I O U) CONSOANTES
PROFESSOR (B C D F G H J
KLMNPQR
S T V W X Y Z)
FORCA DE NOMES
- Organizar os alunos em equipe.
- Pedir que cada equipe escreva um nome de um dos colegas da sala no papel. O
professor deverá recolher os nomes e fazer o jogo da forca com os mesmos.
VOGAIS
___ ___ ___ ___ ___
CONSOANTES
___ ___ ___ ___ ___
ANÁLISE LINGÜÍSTICA
O BARQUINHO NAVEGA
Lúcia
José
Ana
Sara
- Os alunos deverão retirar uma ficha e ler o nome que está escrito em voz alta. Em
seguida, escrevem no caderno, devolvendo a ficha ao barquinho, quando este fizer o
retorno.
OUTRAS ATIVIDADES
• Montagem de listas de nomes dos colegas da sala com alfabeto móvel, com ou
sem modelo.
• Leitura de cartões com nomes para saber em que lugar cada aluno/a deve sentar;
para saber, quem irá ser os ajudantes do dia, etc.
• Escrita de lista de chamada da classe.
• Organização da lista de nomes dos/as colegas em ordem alfabética.
• Organização de listas pela quantidade de letras, iniciando do que tem mais para
o que tem menos letras ou vice-versa.
• Organização através da última letra.
• Organização de nomes de meninos ou de meninas.
• Contagem de letras em cada nome para comparações como quais têm mais ou
menos letras, os que apresentam letras repetidas, os que apresentam letras iguais
às de outros nomes.
• Criação de novos nomes usando as primeiras sílabas de um e as últimas de outro,
por exemplo: LUCAS – LUCIANO, MARCOS – MARTA, JOSÉ – SELMA,
DANIELA – LAURA.
• Procurar nomes escondidos dentro de outros nomes, por exemplo. MARIANA =
MARIA + ANA, JULIANA = JULIA = ANA.
• Transformar nomes femininos em masculinos ou vice-versa, transformar nomes
em seus diminutivos ou aumentativos ou ainda transformá-los em plurais, por
exemplo: PAULA = PAULO, MARIANA = MARIANO; PAULO = PAULINHO
/ PAULÃO; MARIANA = MARIANAS.
• A QUEM PERTENCE? Os alunos recebem cada qual seu cartão, para aprender
a reconhecer seu nome escrito. Misturam-se depois os cartões em uma caixa.
Um/a aluno/a de cada vez retira um cartão. Todos observam e dizem a quem
pertence. Continua a brincadeira até que todos os cartões sejam retirados e, à
medida que forem sendo reconhecidos, cada aluno coloca o cartão com o seu
nome no peito.
AVALIAÇÃO
A avaliação é um ato diagnóstico contínuo que serve de subsídio para uma tomada de
decisão na perspectiva da construção da trajetória do desenvolvimento do educando e
apoio ao educador na práxis pedagógica. Nessa perspectiva, a avaliação funciona como
instrumento que possibilita ao professor ressignificar a prática docente a partir dos
resultados alcançados com os alunos, ou seja, o resultado é sempre o início do
planejamento de intervenções posteriores.
apresentando dificuldades?
Reconhece e ler outros nomes como
os dos colegas e do professor com
autonomia?
CADERNO DE LISTAS
INTRODUÇÃO
"É na linguagem e pela linguagem que o homem se
constitui como sujeito, porque só a linguagem
funda na realidade, na sua realidade que é a do ser,
o conceito de "ego".
Na história dos sumérios, a escrita foi uma ciência de listas. Desde 2700 a.C., que os
escribas já faziam listas de pessoal, de contas, de salários, de remessas, etc. Na
atualidade, as listas constituem um tipo de texto muito presente no cotidiano dos
indivíduos, posto que estão implicadas à contexto de comunicação real. Listar significa
relacionar nomes de pessoas, coisas e objetos para a organização de uma ação.
CARACTERÍSTICAS
As listas são textos formados por palavras ou pequenos enunciados dispostos um
embaixo do outro que definem um campo semântico e têm uma função pragmática. Por
ter uma estrutura simples, a lista é um texto privilegiado para o trabalho com alunos
que não sabem ler e escrever convencionalmente. É um dos primeiros textos que eles
produzem com autonomia, quanto têm a oportunidade.
ABORDAGEM PEDAGÓGICA
As atividades de leitura e escrita de listas possibilitam que os alunos pensem sobre a:
OBJETIVOS
CE B CACHORO CACHORRO
OUGNL TORO TOURO
COBA COBA COBRA
MAC0 MACACU MACACO
Alunos alfabéticos:
HIPÓTESE CORREÇÃO NÚMERO 1ª ÚLTIMA ENCONTRO ENCONTRO
INDIVI COLETIVA DE SÍLABA SÍLABA DE VOGAIS DE
DUAL (ALUNOS + SÍLABA (A E I O U) CONSOANTES
(ALUNO) PROFESSOR) (B C D F G H J
KLMNPQR
S T V W X Y Z)
CAXORO CACHORRO 3 CA RO ----- ----
TORRO TOURO 2 TOU RO OU ----
COBA COBRA 2 CO BRA ---- BR
MACACU MACACO 3 MA CO ---- ----
Alunos ortográficos:
HIPÓTESE CORREÇÃO NÚMERO CLASSIFICAÇÃO ENCONTRO ENCONTRO DE
INDIVIDUAL COLETIVA DE DE SÍLABAS: DE VOGAIS CONSOANTES
(ALUNO) (ALUNOS + SÍLABA MONOSSÍLABO = (A E I O U) (B C D F G H J K
PROFESSOR) 1 SÍLABA LMNPQRST
DISSÍLABA = V W X Y Z)
2 SÍLABAS
TRISSÍLABA =
3 SÍLABA
POLISSÍLABA =
4 SÍLABAS
CAXORO CACHORRO 3 CA – CHOR – RO ----- ----
TORRO TOURO 2 TOU – RO OU ----
COBA COBRA 2 CO – BRA ---- BR
MACACU MACACO 3 MA – CA – CO ---- ----
DÍGRAFOS PLURAL DIMINUITIVO AUMENTATIVO MASCULINO / ARTIGO
(RR, SS, SC, FEMININO
SÇ, XC, XS,
NH, LH, CH,
QU, GU)
RR – CH CACHORROS CACHORRINHO CACHORRÃO CADELA O
CACHORRO
----- TOUROS TOURINHO TOURÃO O TOURO
----- COBRAS COBRINHA COBRÃO COBRA A COBRA
----- MACACOS MACAQUINHO MACACÃO MACACA O MACACO
Procedimentos:
• Solicitar que os alunos escrevam, individualmente, do jeito que souberem
(hipóteses de escrita), as palavras que o professor ditar. As palavras devem ser
retiradas de um texto trabalhado em sala de aula.
• O professor deverá escolher alguns alunos e pedir que cada um diga a sua
hipótese de escrita, em seguida, escrevê-las na lousa.
• Solicitar que os demais alunos observem cada uma das hipóteses e vejam se
estão escritas corretamente. Caso não estejam, pedir que façam as correções e, se
eles tiverem alguma dificuldade, o professor fará as devidas intervenções, mas
sempre os levando a analisar e refletir sobre a língua escrita.
• Em seguida, escrever na lousa a escrita da palavra correta, mas sempre a partir
das intervenções feitas. Na medida em que os alunos confrontarem as suas
hipóteses de escrita (padrão oral – escreve como fala) com a escrita correta
(padrão da norma culta), se estabelecerá o conflito cognitivo e, conseqüentemente,
a aprendizagem da língua.
• Pedir aos alunos e alunos que façam a análise lingüística das palavras, tomando
como referência as que já foram corrigidas. Em seguida, fazer a correção da
análise e, se eles tiverem alguma dificuldade, o/a professor/a fará as devidas
intervenções.
Cabe ressaltar que como a lista é um gênero textual que favorece a aquisição da base
alfabética e ortográfica, sua utilização deve ser mais intensa enquanto houver alunos
que não lêem e escrevem convencionalmente.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Ao planejar as situações didáticas com esse tipo de gênero textual, faz-se necessário que
o professor:
• Não solicite a escrita de palavras que comecem com a mesma letra, pois
descaracterizam a função social deste gênero.
• Perceba que quando se trata de elementos sintaticamente homogêneos, como
uma lista de nomes, adota-se uma disposição vertical. Quando são composições
que implicam em diferentes elementos sintáticos, como uma receita de cozinha
(onde os ingredientes estão em escritos na vertical e a preparação está em
horizontal), a disposição gráfica será linear e horizontal.
• Proponha atividades de leituras em que os alunos sejam leitores. Por exemplo:
leitura da lista de aniversariantes do mês, dos ajudantes do dia, dos personagens de
uma história lida, dos títulos das fábulas lidas, dentre outras.
• Proponha atividades de escrita de lista das quais os alunos possam de alguma
forma fazer uso. Por exemplo: escrita de lista dos títulos dos contos lidos, dos
animais, regiões e plantas estudadas, dentre outras.
• Favoreça a reflexão sobre a escrita, fazendo a análise lingüística, a comparação
entre as palavras que começam ou terminam da mesma forma (letra, parte das
palavras).
• Discutir sobre a escolha do tema da lista e escrever na lousa.
SUGESTÕES DE ATIVIDADES
Listar :
A avaliação é um ato diagnóstico contínuo que serve de subsídio para uma tomada de
decisão na perspectiva da construção da trajetória do desenvolvimento do educando e
apoio ao educador na práxis pedagógica. Nessa perspectiva, a avaliação funciona como
instrumento que possibilita ao professor ressignificar a prática docente a partir dos
resultados alcançados com os alunos, ou seja, o resultado é sempre o início do
planejamento de intervenções posteriores.
palavras silabicamenete?
de uma lista?
autonomia?
limpeza?
textuais?
de lista?
Alunos
1.
2.
3.
REFERÊNCIAS
COSTA, Doris Anita Freire. Fracasso Escolar: Diferença ou Deficiência. Porto Alegre:
KUARUP, 1993.