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ALDOUS HUXLEY
Londrina
2017
RESENHA DO LIVRO “ADMIRÁVEL MUNDO NOVO”, DE
ALDOUS HUXLEY
Londrina
2017
SUMÁRIO
3 PROBLEMATIZAÇÃO .............................................................................. 7
4 CONCLUSÃO.............................................................................................9
5 LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO.......................................................10
1. RESENHA DO LIVRO:
Sem culturas não existe uma sociedade estável e ao mesmo tempo, como
teorizado por Bauman em “Ensaios sobre o conceito de cultura”, a cultura é um meio natural
contrario a alienação. Para manter o controle social por meio da criação de uma única cultura
global baseada nos pilares anteriormete ditos se explica na união entre estes dois autores. A
cultura como mecanismo de controle neste caso se da a partir da manipulação desta unica
cultura, existente, mas imutável e cristalizada.
O antropólogo brasileiro Roque Laraia na segunda parte da sua obra
“Cultura, um conceito antropológico”, trata do dinamismo cultural. Para ele, as culturas estão
em constante modificação e nunca estáticas. Estas modificações se dão a partir da
“capacidade de questionar os seus próprios hábitos e modificá-los” e também das relações
entre povos culturalmente diferentes. Para anular esta capacidade de modificação e manter a
ordem vigente os “administradores mundiais” e “diretores” de “Admirável Mundo Novo”
aboliram as diversidades culturais para não abrir espaço para qualquer tipo de interação e, se
utilizando do consumo excessivo do soma e diversos outros meios, alienam a população
deixando-a inerte a qualquer imposição do Estado.
Podemos relacionar esta cultura hegemônica retratada no livro com a atual
conjuntura global. Traços de uma cultura idealizada como modelo de desenvolimento se
espalham para todo mundo por meio da globalização. Padrões estéticos, de comportamento,
hábitos alimentares e toda uma cultura pautada no consumo circulam entre as mídias e redes
sociais e são incorporadas por diversas sociedades. Costumes desenvolvidos durante décadas
são dissolvidos e substituidos por novos padrões atualizados para a sociedade capitalista, a
sociedade do consumo.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS:
- LARAIA, Roque. Como Opera a Cultura. In: LARAIA, Roque. Cultura, um conceito
antropológico. 14ª Ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2001. p. 94-102.
- BONA, Juliano. BONA, Camila Thaisa Alves. A Cultura como Mecanismo de Controle: um
Estudo sobre a Homogeneização Cultural no Espaço Escolar. Cadernos de educação,
tecnologia e sociedade, Blumenau, v. 9, n. 3, p. 423-430, 2016.
- BAUMAN, Zygmunt. Ensaio sobre o Conceito de Cultura. 1ª Ed. Rio de Janeiro: Zahar,
2012.
- BRITTOS, C. Valério. GASTALDO, Édison. Mídia, Poder e Controle Social. Alceu, Rio de
Janeiro, v. 7, n. 13, p. 121-133, jul./dez. 2006.
- COSTA, Rogério. Sociedade de Controle. São Paulo Perspect, São Paulo, v. 18, n. 1,
Jan./Mar. 2004.
- CARVALHO, José Jorge de. Imperialismo Cultural hoje: uma Questão Silenciada. Revista
- BRANT, Leonardo. O Poder da Cultura. 1ª Ed. São Paulo: Editora Peirópolis, 2009.